quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

memórias literárias - 147 - OS MEUS SONHOS SE CUMPRIRÃO

147 - OS MEUS
SONHOS SE
CUMPRIRÃO
 
Pedro sonhava em matar o seu chefe. Sim, porque era ele um antigo amigo em dificuldades, que encontrara emprego na firma por intercessão de Pedro. Contudo, esse amigo progrediu e Pedro estagnou. Não era justo. Além disso Pedro sentia-se preterido por esse novo chefe. "Um dia eu irei matá-lo!"
 
Maria amava Carlos, que era marido de Sofia. Era um sentimento adúltero, mas ela não conseguia dominá-lo. Na verdade nem queria. Fora madrinha de Sofia naquele casamento e naquela época nada sentia. Mas Carlos insinuava-se pelo olhar, pelo piscar e por mensagens particulares no celular. Maria alimentou o sentimento. Sofia nem desconfiava; tinha tanta confiança que às vezes pedia a Maria para ficar em sua casa enquanto ia a um mercado ou banco, mesmo que Carlos estivesse presente. Em seu coração pensava: "Eu hei de tiar Sofia desse casamento, ainda que seja com um adultério".
 
Juvenal era um rapaz sem prudência. Tudo o que fazia era impensado. Agora, alimentado por uma falsa propaganda tencionava vender a casa e investir numa pirâmide financeira. Tinha diversos e-mails de pessoas que diziam ter enriquecido da noite para o dia e ele também queria ter muito dinheiro. Como a casa estava em seu nome pensou em hipotecá-la, pegar o dinheiro e investir tudo na pirâmide financeira. A promessa era: receberia dez vezes mais!
 
Pedro, Maria e Juvenal foram à igreja, convidados por amigos e encontraram-se naquele dia em que o Apóstolo Jacinto faria uma grande reunião. Era uma igreja batista, mas o pastor local pouco se importava; jamais conseguira tantos visitantes e o Apóstolo tinha fama de milagreiro. Assim, após músicas e muita falação, passou a palavra ao performático Apóstolo Jacinto.
 
Depois do show pirotécnico desse embusteiro, passou a fazer afirmações e chamar pessoas para a frente:
 
"- O Espírito Santo está me dizendo que você, que sonha em tomar o lugar do seu chefe, conseguirá realizar o seu sonho! Venha à frente e Deus concretizará o que você tanto tem imaginado!"
 
"- Também estou vendo, através da clarevidência do Espírito que aquele homem que você ama e que tem grande impedimento será libertado e você o terá como seu marido, realizando  seu sonho! Não importam as barreiras, Deus o trará direitinho para você!"
 
"- Deus não é Deus de covardes; você, que precisa dar aquele passo e investir um grande dinheiro no seu sonho, hoje receberá a vitória esperada: pode dar o patrimônio naquele projeto que o Senhor lhe concederá a vitória estarrecedora!"
 
Pedro saiu da reunião muito feliz e realizado, certo de que seu chefe iria fracassar e que ele iria prosperar. E mais: agradeceu a Deus pela morte do oponente. Saiu feliz e satisfeito, e absolutamente distante do Deus verdadeiro, que diz em Sua Palavra: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Lc 6.27) e "obedecei aos vossos chefes (Col 3.22).
 
Maria estava tão feliz que não parava de sorrir e cumprimentar as pessoas. Para ela Carlos pediria o divórcio ou adulteraria imediatamente, colocando um ponto final no casamento de Sofia, que tanto lhe atrapalhava. Ela pensava: "Deus disse que o que é meu virá a mim!" E saiu feliz da vida, confiando num deus falso e mentiroso, anunciado pela boca de um falso profeta. O Deus verdadeiro diz diferente: "não adulterarás" (Êx 20.14) e "Deus julgará os adúlteros" (Hb 13.4).
 
Juvenal saiu decidido a vender todo o seu patrimônio e investi-lo na pirâmide disfarçada. Agora ele estava possuído de uma palavra de fé, emitida pelo Apóstolo, supostamente enviado por Deus, mas que, na verdade, era um enviado de Satanás e fortalecera a natureza pecaminosa de Juvenal. Não adiantava acreditar no sonho, pois se tornaria pesadelo, ainda que um suposto apóstolo tivesse proclamado. Diz a Escritura: "de que adianta ganhar o mundo inteiro?" (Mt 16.26)? "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (I Tm 6.10) e "tendo o que comer e o que vestir, estejamos contentes (I Tm 6.8).
 
Povo de Deus: cuidado com o púlpito de suas igrejas! Cuidado com os seus supostos apóstolos! Cuidado com as pregações triunfalistas e satânicas de quem não obedece ao Deus da Bíblia! Que sejamos como os bereanos: a cada pregação, que venhamos conferir se a mensagem está de acordo com a Palavra de Deus. Se não estiver, DENUNCIEMOS! Só assim não erraremos.
 
Wagner Antonio de Araújo

28/01/2015

memórias literárias - 146 - HÁ FLORES NO JARDIM



 

 
ontem, 11 de maio de 2014, domingo, o Rev. Jairo (IPI Jd. São Paulo, Osasco SP) celebrou o culto de casamento de Evelyn (IBBNR) e Brenon (IPIJSP). Tive a honra de pregar e orar pela cerimônia das alianças.
 
A mensagem está aqui, com os meus votos de felicidades imensas ao casal amado e querido.
 
 

146 -
Flores no
Jardim!

Há Flores no Jardim!
“Olhe, Evelyn! Há flores no jardim!” É o que diz Brenon, extasiado ao ver o jardim de sua casa.

São lindas estas flores! Seu perfume é sublime, suas cores magníficas, sua beleza encantadora!

E pensar que tudo começou com a terra arada e adubada, onde colocaram-se pequeninas sementes!

O casamento é um jardim. E a sua glória pode ser comparada a um campo belíssimo, com flores perfumadas e primorosas!

A terra deste jardim é o coração de ambos. Uma terra arada e adubada, cuidada e preparada pelas mãos de Deus. O coração de vocês vem sendo trabalhado pelo Senhor desde que nasceram. Cada experiência, cada emoção, cada aprendizado, foram detalhes na preparação de suas vidas para a felicidade de um jardim regado. E quando vocês converteram-se a Cristo de todo o coração, pautando o viver na vontade de Deus, receberam preparo e adubagem adequada para a semente da felicidade.

A semente foi o amor que ambos descobriram um pelo outro. Sementes divinas do amor idealizado pelo Criador. Homem e mulher, o único par legítimo que cumpre os propósitos de Deus para um jardim abençoado. Diz-nos a Bíblia: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.27) No dia em que Brenon descobriu que amava Evelyn e que Evelyn amava Brenon, a semente foi lançada na terra. E que lindas mudinhas nasceram!

Nascidas as plantinhas, necessário se faz cultivá-las, ajustá-las, alinhá-las, transplantá-las para os locais definitivos de crescimento. Assim acontece com vocês também. É hora de formar a família. Diz-nos a Bíblia: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (idem, 2.24) Deixar pai e mãe para começar um novo lar é um replante. Há de se ter um tempo de ajuste. Tão logo isso aconteça as plantinhas perceberão o quão bom é o lugar que Deus lhes reservou!

Agora vocês dois terão papéis distintos como família no Senhor. Brenon assumirá o seu papel de marido, de esposo, de cabeça do lar, de líder espiritual. Há atribuições familiares que competem ao marido e, portanto, deve ele esforçar-se, fazendo o melhor que puder. Ensina-nos a Palavra de Deus: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” (Efésios 5.25) Se há algo que dignifica e valoriza um marido verdadeiramente cristão é o seu amor e cuidado para com a esposa. “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; tratai-a com dignidade, porque sois juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.” (I Pedro 3.7) E como se zela e ama de forma eficaz? A Bíblia nos ensina: “O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera (se irrita), não se ressente do mal ... Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (I Coríntios 13.4-5,7) Aprender a agir dessa forma é um curso no qual o Brenon ingressa no dia de hoje e continuará a progredir dia após dia, ano após ano, sempre descobrindo maneiras nobres e eficazes de zelar pela Evelyn, amando-a ternamente.

Ao Brenon caberá o papel de cabeça do lar.  Assumirá a liderança espiritual de sua família. Deus espera isso dos maridos. Jó assumia a responsabilidade de orar e suplicar pelos seus filhos. Jacó tornou-se o patriarca de sua grande prole, cabendo-lhe o papel de transmitir a bênção do Senhor para a posteridade. Para os nossos dias, espera-se que você, Brenon, seja o responsável pelo culto doméstico, o encontro com Deus no lar. Espera-se que você conduza a família para a igreja, para o serviço do Senhor, para a hospitalidade, para a intercessão, para a leitura bíblica, para os agradecimentos nas refeições. Diz a Escritura sobre o homem: “ ... tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl 1:2). Afirma que deverá ensinar a Palavra “... a teus filhos, e dela falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (Dt 6:7). Também lhe caberá o papel de sustentar a família e proteger a sua esposa, dedicando a sua vida como Cristo fez em amor pela Igreja. Se necessário for trabalhar dobrado, que Deus lhe dê a coragem de Jacó, que por amor da esposa, encarou 7 longos anos como meros dias “pelo muito que a amava”. Serão suas as decisões do lar. O diálogo é fundamental, mas a decisão caberá a você. Um lar bem dirigido é uma âncora num mundo instável. Uma esposa segura vive feliz e realizada, pois sabe que pode confiar no seu esposo. Um homem que assume o seu papel torna-se referencial aos filhos, que compreenderão melhor o próprio Deus, na justiça e no amor do pai, que ama e que vive de forma justa. Usando as palavras do Apóstolo Pedro, deve você manter-se exemplar em todos os seus procedimentos. Mente limpa, sem nunca usar palavras indecorosas, gentil no procedimento, firme nas decisões, misericordioso nas horas difíceis, inspirador da fé.

Há também um papel fundamental para que Evelyn desenvolva na vida, adornando o casamento com a beleza de uma vida consagrada. Há um provérbio que diz: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias.” (Provérbios 31.10) Um marido realizado diz sobre sua esposa: “Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.” (idem, 31.29) E o que é que torna uma esposa tão virtuosa aos olhos de Deus e do marido? O respeito, a consideração, a submissão em amor. A Bíblia louva a atitude de Sara, mulher de Abraão, dizendo: “Como fazia Sara, que obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.” (I Pedro 3.6) A beleza de uma esposa não está no frisado dos cabelos, nos adereços de ouro ou no aparato dos vestuários, conforme o verso 3 do texto citado, mas num comportamento digno e obediente, com todo o respeito e a consideração pelo marido. As belíssimas vestes nupciais de hoje darão lugar às vestes corriqueiras do quotidiano e somente um coração bondoso, submisso e amoroso manterá a beleza do casamento por todos os dias.

O que Deus espera de você, Evelyn? Que respeite e honre o seu marido, reconhecendo-o como o cabeça e chefe do seu lar. Assim nos ensina a palavra inspirada do Senhor: “As mulheres sejam submissas a seu próprio marido, como ao Senhor.” (Efésios 5.22) A mesma ordenança repete-se em Colossenses 3.18. Por que? Porque, para o marido, o respeito e a submissão são as expectativas mais necessárias no exercício de sua função familiar; é o encorajamento diário para ser um marido cada vez mais exemplar, tanto quanto para a esposa o amor, a abnegação, a dedicação e o bom tratamento são indispensáveis para a sua plena realização.

A mãe de Lemuel, em Provérbios 31, diz que a boa esposa é aquela que teme ao Senhor. “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada.” (v. 30). Ela diz que a boa mulher se destaca por algumas virtudes muito especiais. Segundo ela, a esposa que teme ao Senhor trabalha (v. 13: “Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos”); mantém a casa abastecida e em ordem (v. 14: “É como o navio mercante: de longe traz o seu pão.”); cultiva (v. 16: “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.” ; tem força (v. 17: “Cinge os lombos de força e fortalece os braços.”); está sempre atenta (v. 18: “a sua lâmpada não se apaga de noite.”); é generosa para com os necessitados (v. 20: “Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.”); é providente (v. 21: “No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate.”); confia no Senhor (v. 25: “quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações.” ); é sábia (v. 26: “Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.”); não é preguiçosa (v. 27: “Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça.” ); é louvada pelos filhos (v. 28: “Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa;” ) e considerada pelo marido (v. 29: “Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.” )

Vocês fizeram bem em buscar alguém no Senhor, primando pela partilha da mesma fé, do mesmo novo nascimento, da mesma graça irresistível e transformadora do Senhor. Um casal biblicamente constituído partilha da mesma fé em Cristo e começa pela comunhão espiritual. Em decorrência dessa comunhão, estende-se pelos vínculos emocionais, físicos, existenciais e assim constroem com amor e alegria uma excelente vida em família.

Mas, voltemos à janela onde Brenon está a olhar: “Olhe, Evelyn! Há flores no jardim!” E que lindas flores, Brenon! É o jardim no qual se transformou a vida de vocês dois! Daqui há alguns anos o jardim será imenso, florido, colorido, perfumado, acolhedor! Haverá rosas brancas a evocar a paz na família. Que belas orquídeas florescerão anualmente, celebrando cada data, cada evento, cada momento! E a flor-de-maio, linda e renovada, indicando que para cada tempo só de folhas há uma florada perfumosa que chega, encantando o viver! Lindos lírios amarelos a marcar a estrada e o caminho do casal; belíssimas hortências a colocar buquês claros e evocando o azul-esperança! Lindas margaridas, crisântemos, gerânios e cravos decoram a história da família, com realizações, viagens, serviços, dedicações ao Senhor, lágrimas e consolo, doenças e curas, nascimentos e partidas.  Se o Senhor lhes der filhos, serão belíssimas flores que figurarão centrais no jardim de suas vidas. Eles levarão em si um pouco da mulher virtuosa que há na Evelyn e do homem honrado e crente que há no Brenon. Serão frutos benditos do Senhor! A história da família exalará um aroma perfumado e cativante, despertando em todos o desejo de louvar a Deus por existir uma família tão maravilhosa! Na igreja dirão: que casal maravilhoso! Na vizinhança comentarão: que família exemplar! Os amigos dirão:  que casal feliz! E Deus, no Céu, dirá: “E viu Deus que isto era muito bom, e os abençoou, e fez-se tarde e manhã”. Amém!

Brenon e Evelyn: sejam felizes, unidos consagrados, até que a morte os separe. Deixem um legado de dignidade, de amor, de beleza e de dedicação ao Senhor, mostrando ao mundo que vale à pena ser uma família crente em Cristo.

Evelyn e Brenon: há flores no jardim! Nós as desejamos a vocês.

Que Deus lhes abençoe!


São Paulo, 12 de maio de 2014

Wagner Antonio de Araújo

domingo, 18 de janeiro de 2015

memórias literárias - 145 - SATANÁS ESTÁ CHEGANDO

Post Scriptum: Boko Haram, ISIS (Estado Islâmico), Al Kaeda etc, grupos de barbárie inimaginável até para os períodos antigos da história, hoje munidos com bombas e armas de destruição em massa: Satanás está se armando dia após dia e sua vinda está próxima. Leiam o texto, já desatualizado após um ano!
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo, 18/01/2015
 

 



145 -
SATANÁS
ESTÁ CHEGANDO
 
Cristãos dividem-se no assunto ESCATOLOGIA, isto é, na doutrina das últimas coisas. Há muito tempo o pós-milenismo era uma parcela imensa da população evangélica. Com o tempo e as decepções pelas duas gerras mundiais e as posteriores, o amilenismo tornou-se a opção do momento, inclusive entre muitos pioneiros na educação teológica das denominações históricas como os batistas. Mas o pré-milenismo organizou-se de maneira consistente e agigantou-se em todas as vertentes, passando a enxergar as últimas coisas como "por vir", não "como alegorias ou fábulas".
 
Por mais anti-pré-milenistas que muitos sejam, certamente estão perplexos com o fluxo de acontecimentos profetizados na Bíblia e que agora surgem no cenário mundial. Um deles se chama "contra tudo o que Deus fez". Ouvi um professor de história, no púlpito da Boas Novas, recentemente dizer: "o mundo prepara-se para uma Nova Ordem Mundial, da qual a IGREJA não fará parte". Esta frase sintetizou exatamente o que cremos com relação ao mundo que emerge das muitas águas, como a Besta que subiu do mar: a Terra será dominada por SATANÁS.
 
Hoje a ONU lançou, em parceria com a Prefeitura do Município de São Paulo, com o dinheiro dos impostos de todos os paulistanos, a campanha "Livres e Iguais", contra a "homolesbotransfobia", isto é, contra qualquer ato que signifique discordância do homossexualismo em todas as suas perversões e promiscuidades. Quer a ONU e a Prefeitura de SP distribuir entre nossos jovens e adolescentes cartilhas ensinando que "todos são iguais", não em termos de humanidade, mas em termos de comportamento. Então não há diferença entre um casal de homens ou de mulheres formando parcerias "familiares". A palavra PECADO, em qualquer instância e essência, está BANIDA do vocabulário. Aliás, o próprio catolicismo, com seus padres televisivos, explica pecado como "más decisões que fazem sofrer e por isso devem ser evitadas", não como "atos que desonram e ousam contra Deus".
 
Prezados leitores, até o mais cético amilenista é obrigado a confessar: isto é inédito e absolutamente escatológico. Dias atrás a empresa que faz o Mozzila demitiu o seu presidente porque ele ousou dar mil dólares a uma campanha contra o homossexualismo. Qualquer político que queira eleger-se no Brasil não poderá confessar-se contra o relacionamento afetivo/sexual entre pessoas do mesmo sexo. As mídias de toda espécie trabalham em uníssono para desaterrorizar as pessoas sobre a homossexualidade e transformar os gays em celebridades, dando-lhes lugares nos programas de auditório, dirigindo entrevistas, construindo programas de viagem, culinários e de entretenimento e fazendo com que se respire homossexualismo dia e noite, em casa, na escola e no trabalho. E aqui em São Paulo, no próximo domingo, respiraremos "gayzismo" com a marcha gay, a maior passeata do mundo para  transformar essa prática em coisa linda e aceitável.
 
E por que tudo isso está a acontecer? Porque por trás de tudo há o "Príncipe deste mundo", "o deus deste século", cujo tempo é "a hora e o poder das trevas" e que "colocará um selo sobre todos", uma unidade, um código, sem o qual não se poderá mais comprar, vender ou participar da sociedade. É a unificação do anti-cristo acontecendo de forma explícita com o dinheiro de nossos impostos, com políticos malignos que se elegem sob a influência explícita de Satanás, que cativa e hipnotiza os incautos e também os sábios, obrigando-os a votar nos filhos do Maligno. Ele usa o dinheiro dos impostos para comprar o voto dos que ganham bolsas e benefícios e no momento das eleições votam pelo estômago, não pela justiça.  E isto não se restringe aos dois grandes partidos brasileiros (PT e PSDB em SP, por exemplo); isto está esparramado por TODOS os partidos, porque hoje não há um único partido que ouse ser explicitamente contrário ao que está se construindo na sociedade.
 
A técnica é simples. Deus criou o homem e a mulher, dando-lhes a função biológica e familiar da procriação e domínio da humanidade. Deu papéis, estabeleceu compromissos, colocou responsabilidades específicas. Fez do ser humano um casal. Satanás, cujo tempo se esgota, e que procurará destruir o projeto de Deus e levar as almas humanas para o inferno, inicia a sua batalha com a tradicional pergunta: "É assim que Deus disse?", e completa: "Deus sabe que não!". Então hoje, com a sociedade dos últimos tempos e com a tecnologia extremamente avançada, unifica as mentes e os corações com internet, com tv, com rádio, jornal, revista e, principalmente celulares, e diz: "homem com homem é coisa divina, mulher e mulher é coisa maravilhosa". Daí conclui: "homem e mulher são iguais", não iguais em dignidade e importância, mas "sem funções próprias". E continua: "é lindo o amor homossexual!". E passa a levantar seus súditos, INCLUSIVE protestantes, como o médico oriental protestante, que já operou 300 transexuais, dizendo: "estou corrigindo os erros de Deus". E agora, com as cartilhas da ONU, essa organização diabólica, coloca nas mãos de nossos adolescentes, crianças e jovens, além de pais e formadores de opinião, a sua filosofia de beleza, ternura e normalidade naquilo que é uma provocação à criação de Deus.
 
E assim Satanás caminha para "estar onde não deve estar", isto é, assenhorando-se da humanidade. E não de forma política (ao menos por agora), mas de forma MENTAL/ESPIRITUAL/FILOSÓFICA. E isto ele está conseguindo. Igrejas cristãs já se tornaram andrógenas, reinterpretando coisas de responsabilidade de um dos sexos como para ambos, e para isso construindo uma teologia "inclusiva", cheia de suposta justiça e humanidade, buscando corrigir os erros crassos do machismo bíblico, segundo afirmam. Hoje nenhuma função eclesiástica deve restringir-se ao que ficou estabelecido no Novo Testamento. E, sob um impacto de ternura infundada, abrem as portas do Inferno para que os crentes nele caiam, criando igrejas metropolitanas e cidades de refúgio, ou igrejas históricas inclusivas com pastores universalistas bonzinhos e cheios de auditório. Usam, inclusive, seus templos cheios como argumentação de que "foram abençoados" e "os outros não".
 
Amigos que me lêem, estas palavras não poderão ser publicadas em breve. Seremos censurados. A Bíblia já está a ser censurada em vários lugares, exigindo versões "filtradas" de seus textos, evitando, assim, qualquer dificuldade na implantação do Novo Reino, do Novo Sistema, da Nova Era, da Nova Ordem Mundial. É o "Protocolo dos Sábios de Sião" e todo o sistema de "Socialização" a vingar nas sociedades. O atual governo dos Estados Unidos da América, cuja sociedade até 80 anos atrás cristã e fortalecida pelo evangelho, é hoje o carro-chefe de Satanás, propagando seu enxofre maligno nas mídias globalizadas de opção erótica e anti-cristã. Aquela anedota está se tornando verdade: "Antigamente ser gay era doença, depois tornou-se opção; está chegando o dia em que será imposição". É o que estamos a enxergar.
 
Não posso terminar este texto com alguma esperança para este mundo. O despenhadeiro não tem volta. Um avivamento cristão só terá abrangência localizada, não mais mundial. É chegada a hora da ceifa. Deus está passando  o prumo pelo mundo e procurando os Seus fiéis. Das nossas crianças devemos cuidar, zelar. Dos nossos púlpitos devemos propagar a verdadeira Palavra de Deus e o "Assim diz o Senhor". De nossos blogs, sites, artigos, jornais e canais devemos ensinar a verdade enquanto ainda tivermos tempo e oportunidade. Mas que saibamos que a nossa liberdade está próxima de acabar. A volta de Jesus está próxima. Mesmo para os amilenistas. E os pós-milenistas, que acreditam que já estamos a gozar da eternidade, precisarão rever seus valores e entender que a glória não virá neste mundo tenebroso. O Reino de Deus, que está em nós, há de chegar com juízo e justiça, antes de imperar pelo Planeta. A Grande Tribulação já está terminando de montar o seu palco.
 
Jesus em Breve Virá.
 
Wagner Antonio de Araújo,

28/04/2014

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

memórias literárias - 144 - A IMPORTÂNCIA DO SILÊNCIO

144 -
A IMPORTÂNCIA
DO SILÊNCIO
 
Silêncio é o que menos fazemos nas horas mais necessárias. Já afirmava a Palavra de Deus sobre o valor de se ficar quieto: "Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã." (Tg 1:26)
 
Nós falamos demais. Tudo tem o seu tempo determinado, mas há a hora de calar. "Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;" (Ec 3:7)
 
Existem horas em que temos que falar. Trata-se de uma necessidade, uma afirmação da verdade, uma atitude de ousada valentia no Senhor. "Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido." (At 4:20). Mas há tempo em que falar é a pior escolha. "Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio." (Pv 10:19)
 
Quando o silêncio é melhor do que o falar? Quando é mais importante nada dizer do que dizer algo?
 
1) Quando o que vamos falar não edifica a ninguém, só ao nosso próprio ego. Palavras que dizemos não porque amamos o outro, mas porque amamos a nós mesmos. Queremos falar do assunto que mais nos interessa: nós mesmos. Queremos dar a nossa opinião, não importando se magoaremos a quem escutar. Esse tipo de palavra é plenamente hostil e dispensável. "Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro," (2Pe 2:18)
 
2) Quando as palavras só servem de combustível para a desavença. Quanto mais falamos, mais ateamos fogo ao relacionamento, à situação, à vida da igreja, à estabilidade familiar. "Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo intrigante, cessará a contenda." (Pv 26:20). Há certas palavras que tornam a crise muito maior do que era, de maior duração do que deveria durar. Ficar quieto é melhor e fala mais alto.
 
3) Quando o que falamos não é verdade. Nós sabemos que estamos blefando, estamos enganando, simulando, inventando, aumentando, fantasiando. Queremos transformar algo em um fato maior, mais relevante, e construímos uma farsa. Este tipo de palavra não presta, não edifica, não vem de Deus e certamente um dia virá à tona, para vergonha de quem falou. "Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade." (1Jo 2:21)
 
4) Quando quem tem que ouvir não está pronto para entender. Muitas vezes o que temos a dizer não será compreendido, não trará edificação, não contribuirá para nada, só para confundir. De que adiantará? Apenas para satisfazer ao nosso ego, tirando de nossas mãos a suposta responsabilidade em ter dito aquilo; contudo, nosso interlocutor não entendeu nada, só se confundiu. É importante dizer as coisas certas no tempo certo e na circunstância certa, nem antes e nem depois. "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." (Jo 16:12)
 
5) Quando as nossas palavras não terão qualquer valia. Quando não irá adiantar argumentar, explicar, ponderar, defender, quando o nosso direito não for prioridade numa questão ou numa relação. Assim foi que Jesus guardou silêncio diante dos seus algozes: ele sabia que ao Pai cabia por fim àquilo, porém, a Ele, tão-somente aguardar na vontade de Deus. "Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus." (Mt 26:63)
 
6) Quando as nossas palavras não estão temperadas com amor. Podemos ter toda a razão, mas se o nosso falar não estiver temperado com sal, com graça, com o desejo do bem, as nossas palavras serão lixo. Podemos dizer tudo o que é certo, mas da forma errada. Os ouvintes levarão em consideração a forma e não atentarão para o certo. Quantos de nós não ouviram os nossos pais ou patrões dizerem coisas certas, mas permeadas de grosserias, de ofensas, de violência? De que adiantou? Somente quebrou qualquer chance de comunicação. "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Pv 15:1)
 
7) Quando o nosso falar encobre o falar do Senhor. Sim, pelo muito falar do homem escondemos o falar de Deus. Às vezes a voz de Deus é simples e clara, mas nos enveredamos na exibição de conhecimentos e sabedoria, e encobrimos o Senhor. Assim um sermão, que poderia ser simples e claro, deixando Deus pela Bíblia nos falar, torna-se um pavão ostentador, cheio de barulho, prédica, prosa e turba a autêntica mensagem. Ao invés de mostrar o Senhor, mostramos o quanto somos bons faladores. "Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã." (1Co 1:17)
 
Para terminar: mamãe contava sobre o nosso avô, o pai dela. Muitas filhas e filhos, muita criança para educar, mas ali estava o pai Leandro, cônscio de sua responsabilidade. Quando dois de seus filhos se desentendiam ou quando algo iria azedar, Leandro apenas olhava para eles e tossia, encarando-os. A demanda logo cessava e a paz voltava a reinar. Nenhuma palavra, mas tudo a dizer! Que bom se também a nossa palavra tornar-se assim, tão preciosa, curta e relevante! "Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo." (Pv 25:11)
 
Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. (Tg 1:19)
 
Wagner Antonio de Araújo

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

memórias literárias - 143 - A CASA E OS DOIS AMIGOS

143 -
A CASA
E OS
DOIS AMIGOS
Pedro e João eram grandes amigos. Amigos mesmo, desde a infância. Nadavam juntos no riozinho da vila, jogavam bola nas tardes após as aulas, iam às quermesses de junho, estouravam latas de querosene com bombinhas, enfim, foram crianças e adolescentes numa época mais humana. Estudaram juntos, mas não se deram bem na escola. Acabavam indo às farras de final de semana, com moças e colegas. Não tiveram uma juventude correta.
Por fim, cada um encontrou um par e casaram-se. As responsabilidades do lar fizeram-nos trabalhar muito, pois não haviam estudado o suficiente para uma boa profissão. Aliás, não tinham experiência de nada. Faziam bicos, eram ajudantes, quebravam o galho em serviços temporários. Mas Pedro seguiu a profissão de pedreiro e acabou por tornar-se um excelente profissional. João seguiu o comércio e tornou-se vendedor de materiais de construção. Saiu-se muito bem também. Não ficaram ricos, nem se podia dizer que de classe média; mas o pão não faltava à mesa de nenhum dos dois.
Um dia Pedro conheceu o evangelho de Jesus. Trouxeram-lhe um folheto em sua casa e no verso havia o telefone da igreja. Ele interessou-se pelo assunto, chamou um irmão, que o visitou sem demora. Apresentando-lhe o plano da salvação, Pedro converteu-se. Foi à igreja, ergueu a sua mão, firmou-se em Cristo, preparou-se na classe de doutrinas e foi batizado. Sua vida foi transformada. Uma das grandes mudanças foi o seu domingo. Antes, por causa da profissão, não tinha domingo ou feriado; trabalhava sem parar. Construía casas, sobrados, galpões, fazia pequenas reformas, dava tudo de si. Agora, conhecedor da Palavra de Deus, decidiu guardar o domingo para ir à igreja, congregar com o povo, comungar com os irmãos, falar de Jesus aos amigos e descansar. Há muito tempo ele não tinha essa alegria, um dia de adoração e descanso em 7!
Sua alegria por ter achado a Jesus foi tamanha, que buscou João, seu grande e fiel companheiro de infância, com quem há muito não conversava. Achou-o em casa numa noite. Foi contar a experiência que teve com Deus. E falar da bênção de estar na igreja aos domingos. João, dono de si próprio, afirmou categoricamente:
- Se eu não trabalhar a família não come. Pago aluguel e não quero isso para nós por muito tempo. Estou juntando dinheiro e vou comprar um terreninho, farei uma "meia-água" e me mudarei com a patroa e os barrigudinhos. Não tenho tempo pra igreja". Pedro explicou para ele que também não tinha casa, que pagava aluguel, mas que Deus o sustentava e que não seria a troco do dia do Senhor que ele compraria a casa; disse da importância do Reino de Deus e de um dia de descanso com a família, de serviço ao Senhor e de comunhão com o próximo. Tudo em vão.
Pedro não comprou nenhuma casa, mas João comprou um terreno de 10 x 25 metros quadrados. Foi à casa de Pedro e, querendo agredi-lo por não ter comprado uma casa em 10 anos (passaram-se dez anos desde a conversão de Pedro), falou assim:
- "Pedro, aqui está o meu dia do Senhor: belo terreno, bela casa e sossego para a minha família. E você? De que valeu ir à igreja, servir ao Senhor e descansar? Eu sou a formiga, que atentei para o inverno, você é a cigarra, viveu cantando na igreja, louvando com instrumentos, descansando no seu domingo. E agora, Pedro?"
Pedro,  com calma, com muita paciência e também com muita convicção falou:
- "João, eu não tenho uma casa aqui porque não tive recursos para comprá-la. Mas não me faltou responsabilidade e muito trabalho. Porém não trocaria o amor que tenho pelo meu Deus e pelos seus mandamentos por um terreno ou uma casa aqui neste mundo. Os meus filhos podem não herdar uma casa ou um terreno aqui, mas receberão de seu pai a melhor herança, o temor de Deus e uma boa educação. João, um dia nós vamos morrer e vamos deixar tudo aqui. Não valorize tanto os bens materiais, olhe para o Céu, onde Jesus foi preparar uma morada! Entregue seu coração para Deus, João!
- "Ah, vá, seu crente bitolado! Impossível chamar você ao bom senso! Vá congregar com seus irmãos, rapaz, e depois atole-se sem ter eira nem beira! Adeus!"
Não passou um mês e uma desapropriação foi decretada pelo prefeito, justamente na propriedade onde João  construiu. Como a prefeitura estava sem recursos, prometeu pagar os proprietários em no máximo 3 anos. Pedro entrou em choque. Depois de pagar pelo terreno, de construir uma bela casa e de mangar com seu amigo Pedro, agora atravessava esse vexame! Seu coração não suportou. Teve um infarto. Levado ao hospital, foi medicado, mas não resistiu e acabou falecendo.
Pedro lamentou profundamente a morte e o coração duro do seu velho amigo. Sua família veio para a igreja (João é quem não deixava) e também converteu-se. Encontraram uma casinha e alugaram.
Dias depois a prefeitura abriu um loteamento num bairro novo e ofereceu terrenos com benfeitorias por um preço tão pequeno que facilitou a vida de muita gente que pagava aluguel. Pedro entrou no programa. A família de João, agora convertida, também. O que pagariam pela prestação do terreno era metade do que pagavam de aluguel, e a outra metade poderiam usar na construção duma casinha. Em um ano e meio Pedro estava em sua própria casa, pagando pouquinho e acolhendo, feliz, toda a sua família. A única tristeza foi a de saber que seu querido amigo João estava morto, sem casa e sem salvação.
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; (Mt 6:19)
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mt 16:26)
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. (Mc 12:30)
Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. (2Co 5:1)
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6:33)

Wagner Antonio de Araújo

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

memórias literárias - 142 - LÁGRIMAS DE MÃE

142 -
Lágrimas
de
Mãe
Lágrimas de mãe
são lágrimas de que nunca se esquece.
Lágrimas sentidas,
Lágrimas doídas,
Som silente de uma alma que padece!
 
Algumas caem pela dor da humilhação;
Um marido infiel, um esposo e pai cruel,
Uma mentira qualquer, nem uma verdade sequer;
São lágrimas que caem e queimam no chão.
 
Outras caem impotentes, ao ver o filhinho doente;
A vida daria se com isso a cura trouxesse;
E ao vê-lo dormente, com dores e em febre ardente,
Ora ao Pai celeste e em lágrimas eleva sua prece!
 
Lágrimas que caem enquanto espera a chegada
Do filho atrasado que da escola não veio.
Coração em brasa, mente nos ruídos ligada,
Pede aos céus que o traga a salvo ao seu seio!
 
Ah, lágrimas de mãe! Também caem felizes,
Jubilosas e dóceis, ao vê-lo na formatura,
Depois de tantas vezes impedi-lo dos deslizes
Burilando-lhe o caráter, elevando-o à altura!
 
Mais profundas, eternas e felizes são, porém,
As lágrimas que a mãe derrama pelo filho convertido;
Criou-o bem e preparou-o para o além,
Agora chora ao vê-lo entregue a Cristo!
 
Sim, é verdade, não há bem mais precioso neste mundo
Que as lágrimas derramadas dos olhos de nossas mães,
Elas tocam, incendeiam e mostram o amor profundo,
Alimentando a alma, como o corpo se alimenta dos pães!
 
 

da esquerda para a direita:
Wagner, mamãe, papai e Daniel,
foto de 1974
 
À minha inesquecível e memorável
Elzira Bonfante (1930-2005),
tesouro incomensurável, mãe incansável,
inspiração constante!
 
Wagner Antonio de Araújo

24/09/2014

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

memórias literárias - 141 - VOU CUIDAR DE TI, MEU PAI

Escrevi uma homenagem póstuma ao meu velho e saudoso pai, ANTONIO PAULINO DE ARAÚJO, que morreu salvo pelo sangue de Cristo em 1991.
 
Uma pergunta: o meu leitor ainda tem pai? Por obséquio, valorize-o!
 
Eis a minha homenagem.

141 -
VOU CUIDAR DE TI,
MEU PAI...

papai com Daniel no colo, e eu em 1973
 
Vou cuidar de ti, meu pai!
Cuidaste de mim o quanto pudeste,
Foste herói em cada luta,
Foste vencedor em cada embate,
Foste corajoso em cada medo.
 
Criaste-me, pai querido, fizeste de mim um homem!
Agora tens-me como teu amigo, teu companheiro,
Teu parceiro, teu admirador.
Jamais terás teu nome esquecido ou tua luta ignorada,
Pois hei de dar-te minha força e meu amor.
 
Não cairás, pois te acompanharei pela rua;
Não ficarás só, pois serei tua companhia até o fim;
Não sofrerás privação, pois te darei do meu sustento.
Não sucumbirás ante o avanço do envelhecimento.
 
Tu és para mim fonte inesgotável de inspiração.
Tu és para mim exemplo profundo de virtude.
Tu és para mim motivo de dedicação.
Tu és para mim o herói de atitude.
 
Muito obrigado, meu pai!
 
======
Wagner Antonio de Araújo
ABRIL 2014

memórias literárias - 140 - PODEMOS TER CERTEZA


140 -
PODEMOS
TER
CERTEZA
O fim vem. É líquido e certo. Ou melhor, é gasoso e certo: os vazamentos de gás metano na região da Sibéria fazem cientistas entrarem em choque. E por que? Porque perceberam que o planeta age anomalamente, somando fenômenos que fatalmente liberarão esse gás aprisionado nas profundezas. Para que se tenha uma idéia, se 1% daquilo escapar, não haverá mais o que fazer para deter as anomalias climáticas. Acontece que o escape será maciço, no instante em que o vazamento atingir um ponto sem volta. E, segundo eles, está próximo, pois vazamentos aos milhares estão aparecendo e seu fechamento é IMPOSSÍVEL.
 
Vejam:
 
 
Os incrédulos acusadores dos cristãos, que diziam estarmos sonhando e delirando quando citávamos textos alusivos ao fogo sobre a Terra, sobre o sol tornar-se sete vezes mais forte, sobre os fenômenos climáticos extremos, como a queda de pedras de gelo com 31 quilos, sobre os maremotos, sobre a morte oceânica, sobre os terremotos incontroláveis e as pestes sem precedentes, agora temem por suas vidas. Eles, que nada esperam do além, agora estão temendo pelo término da existência da humanidade.
 
O fim vem, não tenham dúvidas. Deus não mente e Jesus não blefou, nem sequer foi meramente metafórico quando fez suas afirmações escatológicas. Os homens já desmaiam de terror pelas coisas que sobrevirão ao mundo. Lançavam tudo num futuro longínquo, mas o futuro chegou sem que percebessem. E na sociedade a corrupção moral e a falta de estima pela vida matam como peste. Em nome da religião matam sem dó ou piedade, e em nome da política eliminam cristãos.
 
Só podemos dizer como os antigos e primitivos cristãos:
 
MARANATA!
 
Ora, vem, Senhor Jesus!
Wagner Antonio de Araújo

08/01/2015

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

memórias literárias - 139 - ESTE MUNDO

139 -
ESTE MUNDO
 
Quando vejo as mídias da época de 1964 reposicionadas em sua opinião apenas porque não querem perder a opinião pública e os seus usuários, ajustando-se ao politicamente correto, demonstrando que neste país a opinião não tem valor concreto, mas é temporária e mutante; e ao mesmo tempo vejo a mentira institucionalizada, a baderna oficializada, o que era errado tornando-se certo e o que era imoral tornando-se moral, com o fim do respeito na linguagem, com a quebra dos valores familiares, com a sexualização de todos os segmentos da mídia, eu penso: estou cansado deste mundo.
 
Quando vejo igrejas neopentecostais e neocarismáticas repletas de gente, pessoas que se acotovelam de pé nas igrejas denunciadas pelas reportagens, cujos líderes são bandidos, pilantras, ladrões, enganadores, blefes, e não usam qualquer juízo de valor inteligente, mas apenas o maldito pragmatismo pelo hedonismo de suas vidas (não estão lá por amor "à obra", mas por amor próprio, até conseguirem bênçãos); e vejo as igrejas sérias, biblicas, fundamentadas na Bíblia, com salões vazios e com auditório pequenino, com recursos parcos e difíceis, então penso que estou cansado deste mundo.
 
Quando vejo a minha denominação batista optando pelas grandes igrejas, bendizendo, lambendo e enaltecendo os grandes ministérios, grandes porque construídos em sólidas estruturas dos pioneiros, mas com pastores que não temem nem a Deus nem aos crentes, que levam o povo ao liberalismo, ao pecado, ao antropocentrismo dos seus cultos e ganham cada dia mais espaço nos congressos e jornais; e vejo o abandono das pequenas congregações, das igrejas de periferia, dos trabalhos missionários em cidades pequenas, dos velhos obreiros que gastaram suas vidas na semeadura difícil em terrenos pedregosos, que hoje padecem sem cuidados e sem lembranças de ninguém, e todos acham que está muito bom, então eu penso: estou cansado deste mundo.
 
Quando vejo a cidade demolir suas casas de família, seus casarões históricos, suas marcas e identidades, e transformar tudo em condomínios de moradias caras, onde no valor de um IPTU teremos 200 ou 300 novos, quando vejo as ruas cheias de faixas exclusivas, não sobrando uma sequer para que um carro trafegue sem que lhe seja dada uma multa por alguma contravenção, quando vejo os metrôs, os trens e os ônibus entupidos como panela de purê de batata (pois sardinhas em lata têm mais espaço) e contemplo os pervertidos aproveitando-se da situação, e vejo o governo alheio ao sofrimento do povo, indiferente às carências e apenas procurando uma nova bandeira para ganhar a próxima eleição, então eu penso: estou cansado deste mundo.
 
Quando vejo operários morrendo nas construções de estádios, quando vejo o dinheiro gigantesco que está sendo investido para uma ridícula rodada de jogos de futebol, quando percebo que milhares estão levando fortunas nestas construções, quando as denúncias comprovadas de roubos e fraudes nas grandes estatais apontam os líderes da nação como culpados e ladrões e temos a certeza de que isso não dará em nada; e vejo os hospitais públicos fedendo a urina, com pacientes gemendo nos corredores sem médicos que lhes atendam, quando vejo um idoso esperar 6 meses para realizar um exame clínico e um carente morrer na fila porque não chamaram o seu número de senha, então eu penso: estou cansado deste mundo.
 
Quando vejo as mídias destruindo a língua portuguesa, transformando o coloquial no formal e tirando todo e qualquer valor no estudo da gramática e da elegância do falar, quando vejo os jornais das 8 usando gírias na transmissão das notícias e um linguajar errado; quando ouço os palavrões ditos até nos púlpitos das igrejas, quando leio jornais, artigos, livros ou textos sem qualquer elegância, correção ou nível intelectual, mas apenas um nivelamento ao mais baixo nível comunicativo da linguagem, e contemplo as editoras bíblicas destruindo suas versões clássicas, transformando-as dia após dia no mais medíocre dialeto sem profundidade, desvalorizando a cultura e empobrecendo a mensagem, então eu penso: estou cansado deste mundo.
 
Que mundo é este? Que geração é esta? Que líderes e estadistas são estes? Seria preciso uma guerra de grandes proporções para desgrudar os escravos dos celulares, dos videogames, das mídias de internet e colocá-los novamente nos trilhos da humanidade, da solidariedade, da vida em carne e osso? Nunca nos comunicamos com tanta facilidade, com mídias imediatas sem fronteiras, e nunca fomos tão isolados sem comunicação com o próximo! Pelas ruas e avenidas vemos pessoas andando com um aparelho à mão, como zumbis, que não olham para mais nada senão para o seu mundo ridículo de grandes contatos com o nada! São capazes de grandes conversas em SMS, torpedos e Whatsapp, mas quando estão ao lado das mesmas pessoas não conseguem trocar mais do que dez palavras! Filhos enviam torpedos para seus pais durante o dia e não se falam quando estão em casa!
 
Não, o mundo não mudou. Ele apenas continua apodrecendo e está prestes a acabar. Seu príncipe, Satanás, condenado, tem pouco tempo e tudo faz para iludir cristãos, buscando não ir sozinho para o Inferno.  Quanto mais sintonizados com o Altíssimo, tanto mais buscamos a Pátria Celestial. Afinal, aqui não é o nosso lar. Nossa permanência neste mundo vai a 90 anos, quando muito. Deixamos tudo, exceto a nossa alma, que segue rumo ao Criador, que nos dará ou a Sua gloriosa presença em glória, no Céu, ou o afastamento perpétuo e o juízo, no Inferno. Este destino está nas mãos dEle, mas nos colocou o direito de optar pelo Seu plano de salvação. Em Cristo, pela sua morte e ressurreição, podemos obter o perdão dos pecados e a plena salvação. É necessário, contudo, girar a chave na fechadura da eternidade.O Céu tem uma porta que só se abre com duas voltas: ARREPENDIMENTO e FÉ. Uma volta não abre o portal da eterna felicidade. Os dois juntos escancaram-nos a Pàtria Celestial. Arrependimento dos pecados (conversão) e fé em Cristo (novo nascimento). Só em Cristo, em mais ninguém.
 
Quem isso faz não se acostuma mais com este mundo. Acaba por sentir o mesmo que Abraão. "Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus." (Hb 11:10). Jesus disse: "Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui." (Jo 18:36). Dos Seus servos declarou Jesus em oração: "Não são do mundo, como eu do mundo não sou." (Jo 17:16).
 
Que bom! O tempo que por cá estou é um tempo de propósitos: propósito de testemunhar de Cristo, propósito de levar a mensagem do Senhor aos perdidos, tempo de construir o Reino no coração dos homens a quem Deus quer bem. Quanto ao mundo, irá de mal a pior. "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno." (1Jo 5:19)
 
Que eu possa encarar este tempo como tempo de peregrinação, de oração, de evangelização. E que os olhares sempre estejam lá no Alto, lá na Glória, lá na Terra além do Rio Jordão! Não em Israel, mas na Jerusalém Celestial!
 
Wagner Antonio de Araújo
abril 2014
 

NOSSAS MÍDIAS UNIFICADAS:
 
1. RÁDIO NAFTALINA WEB
 
2. VÍDEOS DO PR. WAGNER ANTONIO DE ARAÚJO
 
3. ARTIGOS DO PR. WAGNER ANTONIO DE ARAÚJO
 
4. BIBLIOTECA VIRTUAL DA OPBCB
 
5. VELHO REALEJO CRISTÃO
 
6. ARTIGOS DO PASTOR TIMOFEI DIACOV
 
7. MEMORIAL DO PASTOR JOSUÉ NUNES DE LIMA

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

memórias literárias - 138 - SACRIFÍCIO QUE NÃO ME CUSTE NADA


 
138-
SACRIFÍCIO QUE NÃO
ME CUSTE NADA
 
O texto bíblico é o de I Crônicas 21, similar a 2 Samuel 24. Há algumas diferenças de números e nomes, mas a história é a mesma, os fatos são os mesmos. O Rei Davi vivia um período relativamente calmo de reinado. Certamente a aparente tranquilidade despertou-lhe o orgulho. Vencera os seus inimigos com os valentes de sua equipe, mantinha uma política de superioridade, a população estava vivendo tranquila, logo o seu coração considerou-se "o tal". Geralmente somos assim: quando as coisas dão certo acabamos por nos considerar responsáveis pelas próprias bênçãos. "Sou muito douto, dei duro para chegar aqui"; "tudo o que eu tenho é fruto do meu trabalho"; "sou muito inteligente e culto, por isso consigo as melhores soluções"; "ganhei o destaque pelos meus próprios méritos somente". Davi decidiu fazer um levantamento, um recenseamento da população de Israel. Queria ver quantos eram os cidadãos. Queria gabar-se de ser rei de tanta gente e de contar com um exército tão grande.
 
Joabe, seu ministro da guerra/defesa/capitão de seu exército, tentou dissuadi-lo, desejando que Deus multiplicasse em cem vezes o seu poder, mas que não fizesse esse tipo de pesquisa. É como se dissesse: "Davi, para quê fazer isso? Usufrua do que tem, não se gabe de sua própria força!" Não adiantou. Deus permitia isso para punir Israel. A nação, escolhida para ser berço do Messias que viria, mantinha na privacidade de seus lares e nos altos as suas macumbas particulares, adorando a Rainha dos Céus, os baalins diversos, ofertando até crianças em sacrifício aos ídolos.
 
Foi feita a contagem. Recebida a numeração, Davi caiu em si e descobriu que o que fizera tinha um nome: OSTENTAÇÃO.. Pesou-lhe no coração. O pecado é assim: enquanto estamos a praticá-lo não enxergamos o seu mal. Terminado o ato, o Espírito do Senhor "pesa" o coração e nos mostra a bobagem que fizemos. Não é assim para o jovem que se prostitui? Não é assim para o casal que adultera? Não é assim para quem é desonesto? Não é assim para quem rouba o Dia do Senhor? Não é assim para o ministro religioso que se gaba de pastorear muitas pessoas como se as "ovelhas" fossem dele? No ato do pecado parece que somos felizes e não temos dúvidas; passado o ato, vem a tristeza. O que buscamos não agradou. Exultávamos não pelo que receberíamos, mas pelo processo do erro, a felicidade por rebelar-nos, por desobedecer. Esse prazer interior se chama pecado e está no coração de todo homem. Foi para isso que Cristo veio ao mundo: lutar e vencer o pecado, cravando-o na cruz e obtendo a vitória sobre ele. E conseguiu. Aleluia!
 
Assim que Davi sentiu o peso de sua arrogância o profeta Gade foi enviado a ele. Deus tinha um castigo que não voltaria atrás. A justiça divina é tão completa e forte quanto o amor do Senhor. Por mais que o Senhor amasse a Davi não poderia tê-lo como inocente. O seu pecado fora institucional e a punição seria institucional. Ele pecou como rei, pecou como líder, pecou gabando-se de sua autoridade. A punição seria em seu reinado. Três castigos ofertados, dentre os quais Davi deveria escolher um: três anos de fome em Israel, ou três meses a fugir dos inimigos, ou ainda três dias de peste e doença para a população. Que dura escolha! Que situação difícil! Seria tão edificante se compreendêssemos que o mal sobre o nosso país está muito acima de fenômenos naturais ou de abuso do meio ambiente! Os problemas climáticos possuem sim a mão do homem que destrói; mas muito mais forte tem sido o pecado institucional de líderes que não temem a Deus e não respeitam o Criador. Ainda que não sejamos uma teocracia, a mão de Deus está atenta ao satanismo da população; Deus vê as oferendas jogadas nos rios, nas encruzilhadas e nos mares; Deus vê os ídolos do lar e suas velas acesas; Ele vê os objetos de culto que entraram nas igrejas evangélicas; Deus conhece a idolatria do populacho aos seus líderes religiosos. Deus vê a corrupção, o roubo, a desonestidade, a promiscuidade.
 
Davi então decidiu escolher o último castigo, o de 3 dias. E acrescentou: que eu caia nas mãos de Deus e não nas mãos dos homens, pois as misericórdias de Deus são infinitas. Que bom que ele pensou assim. Contudo, melhor teria sido se tivesse evitado essa desgraça. Deus, então, enviou o Seu Anjo a desembainhar a espada. Imediatamente a peste invadiu o país. Que doença seria? Uma virose com diarréia de consequência fatal? Uma crise de respiração? Algum virus transmitido pela água, pelo ar, por insetos? Não sabemos. Apenas somos informados que 70 mil pessoas faleceram em 72 horas!
 
Foi então que o Rei Davi fez sua oração em forma de brado arrependido, de dor profunda, de lamento eterno: "Senhor, fui eu quem pecou, não o povo! Puna-me a mim, eles nada fizeram!" Era isso que Deus desejava ouvir de Davi. Ah, quisera que a Presidente Dilma confessasse os seus pecados institucionais e as assinaturas que deu a leis contra a vida e contra o evangelho! Quisera que os deputados e senadores reconhecessem que suas omissões e suas corrupções estão destruindo o Brasil! Quisera que Obama reconhecesse que sua liberalidade moral e espiritual está destruindo a América! Aqui no Brasil o sistema Cantareira, represa imensa que fornece água para São Paulo, está secando. O Rio Madeira, no norte, está alagado e não para de subir. No Pará a fumaça e a queimada destrói fauna e flora. O Anjo do Senhor ainda tem na mão a espada e quer justiça!
 
Diante da atitude de Davi, o profeta Gade lhe foi novamente enviado. A mensagem: oferece um sacrifício para Deus nas terras de Ornã, local onde o Anjo está. Imediatamente Davi procurou o proprietário daquela terra. Este, que havia fugido ante o fulgor do Anjo do Senhor, agora recebe Davi com todo o temor. "Quero oferecer um sacrifício em sua terra. Venda-me aquele alto. Vou pagar-lhe pelo preço devido". Ornã, assustado com tudo aquilo e talvez desejoso que a praga parasse, diz: "Não, ó Rei, eu lhe dou a terra, lhe dou os animais, dou a lenha, o trilho, dou-lhe tudo, faça o sacrifício!" Não podemos saber se era bondade de Ornã, se era desejo de agradar o Rei ou se era ansiedade intensa para que a peste cessasse. Mas a oferta foi muito boa. Davi, contudo, disse uma frase histórica:
 
"NÃO, ANTES PELO SEU INTEIRO VALOR A QUERO COMPRAR; PORQUE NÃO TOMAREI O QUE É TEU PARA O SENHOR, NEM OFERECEREI AO SENHOR SACRIFÍCIO QUE NÃO ME CUSTE NADA" (2 Cr 21.24)
 
Davi não manifestava orgulho, mas consciência. O sacrifício que iria fazer, o holocausto que ofertaria no altar, teria que CUSTAR PARA SI e não para os outros. Teria que custar no seu bolso, exigir seu compromisso, ser tirado de seus próprios bens. E foi exatamente o que fez: ao colocar o holocausto sobre o altar e orar, o Senhor enviou fogo do Céu que consumiu tudo, provando, dessarte, que Deus aceitara o sacrifício. O Anjo do Senhor guardou sua espada e a matança terminou.
 
As palavras de Davi são contundentes:
 
NÃO TOMAREI O QUE É TEU PARA O SENHOR - Muitas vezes queremos ofertar a Deus o que é dos outros. Queremos fazer caridade com o chapéu do próximo. Em nossas igrejas somos grandes proponentes de serviços e gastos no Reino de Deus, mas com o dinheiro alheio. Nós nos omitimos na participação. Há muitos que votam, que exigem, que discutem, mas nunca participam com aquilo que é seu. Querem gastar, mas do alheio, não do seu. Querem verbas, mas nem de longe tencionam contribuir. Esse tipo de oferta Deus não aceita. Esse tipo de serviço Deus não considera. "Que darei EU ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?" (Salmo 116.12). Missões não são feitas com a omissão dos crentes, mas no ajuntamento dos que vão, dos que sustentam e dos que oram. Aqueles que só assistem tomam o que é dos outros para dar ao Senhor. E Deus rejeita!
 
NÃO OFERECEREI AO SENHOR SACRIFÍCIO (HOLOCAUSTO) QUE NÃO ME CUSTE NADA - Davi queria comprometer o próprio bolso e o próprio patrimônio para considerar aquilo um sacrifício autêntico. E ele estava certo. Aquilo que não custa, que não compromete, que não faz a menor diferença não pode ser chamado de sacrifício. São migalhas. São restos. São supérfluos. São excedentes. São esmolas. Deus não precisa de nossas esmolas! Deus não recebe os nossos restos. Experimente dar à sua esposa um maço de rosas pegas num velório, sobras de caixões já sepultados. Experimente dar ao seu marido o resto de seu tempo na agenda, aqueles dez minutos entre um compromisso e outro. Será automática a rejeição. Mas é exatamente o que fazemos com Deus!
 
De segunda a sábado madrugamos e nos preparamos para trabalhar, estejamos com tosse, com febre, com frio ou cansados. Sabemos de nosso compromisso. Mas basta um vento mais frio ou uma trovoada no céu para dizermos: ah, hoje não irei à igreja. Basta um trabalho de faculdade, uma visita de amigos ou um almoço mais caprichado para lesarmos os nossos compromissos com Deus e com a nossa igreja. Professores de Escola Bíblica Dominical e pastores preparam suas mensagens e o povo falta descaradamente. As desculpas sempre são as mesmas, desculpas que não ousam apresentar nem para o patrão, nem para o credor, nem para o diretor da faculdade! Clara demonstração de que a nossa vida eclesiástica, levada nesse espírito, constitui-se em sacrifício que não nos custa nada!
 
Muitos de nós procuramos grandes igrejas onde seremos muito bem atendidos com estruturas de primeiro mundo, mesmo sabendo que os nossos dons e talentos foram de "linha de frente" e que jamais serão utilizados ali. Não é errado ser membro de boas igrejas grandes. Errado é buscá-las por conveniência. Somos pregadores, professores, pianistas, organistas, regentes, cantores, evangelistas, mas procuramos locais onde ninguém dependa de nossos trabalhos e onde não nos venham cobrar nada. Há igrejas com dezenas de pastores, músicos, professores, todos absolutamente inertes, meros assistentes. Somos excelentes esquentadores de bancos. Isto é vida de quem oferta a Deus sacrifício que não custa nada. As nossas justificativas são várias: estou machucado, fui ferido em meu trabalho na igreja onde estava, estou cansado etc. Diante de Deus, porém, a realidade é uma só: um sacrifício sem custo.
 
Gostamos da igreja, comemos do genuíno pão espiritual e amamos os irmãos. Mas não colocamos a mão no bolso para ofertar nada. Dízimos? São práticas veterotestamentárias. Ofertas? Só quando for de bom coração e do que eu puder. E assim levamos a nossa vida, como autênticos parasitas do Reino. Usufruimos de tudo, não contribuimos com nada. E ainda nos sentimos no direito de criticar o uso do dinheiro na igreja, o salário do pastor ou as ofertas missionárias. Fazemo-nos companheiros e camaradas de Judas, que, além de nada contribuir, ralhava até com Jesus que aceitou a unção com ungüento por parte daquela mulher. São provas incontestes de que ofertamos a Deus sacrifícios que não nos custam nada!
 
Deus não se agrada disto. Deus disciplina os Seus servos. Será bom olharmos para Davi, para seu pecado e seu orgulho, para a decisão impensada de achar-se o tal, de verificar o seu arrependimento tardio e o prejuízo que causou à instituição que presidia. E então inspirar-nos em sua atitude diante do sacrifício que ofertou a Deus: um sacrifício que seria seu próprio e que lhe custasse o suficiente. Que façamos assim. Que o frio ou o sono não nos faça deixar de ir à igreja, assim como não nos priva de ir trabalhar. Que não busquemos igrejas onde não sejamos necessários, mas que ofertemos a Deus o trabalho com os dons e talentos dados por Ele. Que consagremos ao Senhor dízimos e ofertas reais, não meras esmolas ou excedentes. Que possamos dizer com convicção: para Deus não há tempo ruim ou impossibilidade; Ele merece o meu melhor!
 
Que o Senhor nos faça melhores.
 
Wagner Antonio de Araújo
28/03/2014



NOSSAS MÍDIAS UNIFICADAS:
 
1. RÁDIO NAFTALINA WEB
 
2. VÍDEOS DO PR. WAGNER ANTONIO DE ARAÚJO
 
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memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...