sábado, 29 de agosto de 2015

memórias literárias - 242 - 1o. PRÊMIO


 

1o. PRÊMIO

242
 
 
Petrônio era um jovem trabalhador. Era cristão e muito ambicioso. Queria ficar rico. Os estudos que tinha não eram qualificados e submetia-se a funções bastante modestas. Em conversas com o pastor sempre recebia conselhos para que agradecesse a Deus pelo que tinha e que buscasse estudar mais e aproveitar as oportunidades que lhe surgissem, desde que fossem lícitas.
 
Começou a trabalhar numa farmácia. E transformou-se em pouco tempo num querido e estimado atendente. Aplicava injeções, recomendava profilaxias, falava sobre medicamentos e buscava atender a todos da melhor maneira. O gerente o ensinou a comprar das distribuidoras, a buscar as melhores ofertas e a manter o estoque em dia. Petrônio era tido como o "médico da região", não por medicar indevidamente, mas por ter informações precisas e seguras e por atender bem a todos.
 
Certo dia o pastor precisou de um remédio e foi à pé à farmácia. Caminhando e pensando, aproximou-se da drogaria e viu ao longe o Petrônio rodeado de gente. Parecia que estava distribuindo alguma coisa. Chegou-se perto e ouviu: "Mané? O seu é o gato; Zé, o seu é a vaca; Aloísio, está aqui o tatu". O pastor, perplexo, percebera que o Petrônio estava vendendo papéis do "jogo do bicho" (uma contravenção brasileira muito popular nos grandes centros). Quando ele terminou de distribuir os papéis e viu o pastor, sua fisionomia mudou. Ficou branco e vermelho, e foi perguntando:
 
- Oi, pastor, como vai, tudo bem? Posso ajudar?
 
- Sim, Petrônio. Pode ajudar a si mesmo, explicando-me o que acabei de ver. Você está vendendo jogo do bicho?
 
- Ah, pastor, é só uma ajuda no orçamento, coisa pouca. Logo vou parar com isso e ficar só com a farmácia.
 
- Petrônio, lembre-se de que isso é contra a lei e que não é dessa forma que Deus nos ensina a ganhar o nosso pão!
 
- Pastor, os políticos são os primeiros a quebrar a lei; logo, não estou fazendo nada que as autoridades não saibam e não façam pior.
 
- Petrônio, você é crente! Você tem um testemunho para dar! Deus é o nosso sustentador e não deseja que você duvide de Sua graça! Não é necessário fazer serviço extra em algo que vicia, que leva um a ganhar e todos a perder, não é digno um cristão meter-se com a jogatina!
 
- Vou pensar nisso, pastor! Ore por mim! Obrigado!
 
Naquela semana o pastor orou muito e pensou no que faria. Afinal, Petrônio era um bom crente, mas infelizmente fora fisgado pela tentação das riquezas. Lembrou-se da Palavra de Deus, que dizia: Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. (1Tm 6:9); Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (1Tm 6:10)
 
No mês seguinte, no domingo pela manhã, quando o culto começava, Petrônio chegou com a família. Estava trajado diferente, com óculos escuros, deixara um carro enorme e caro no estacionamento, estava rodeado de irmãos que beijavam sua esposa e admiravam seu veículo. O pastor insistitu para que todos entrassem.
 
Findo o culto o tesoureiro veio falar com o pastor.
 
- Pois não, irmão. O que há?
 
- Pastor, acho que Deus atendeu às nossas necessidades! - Entregou-lhe um envelope à mão, contendo um cheque de um milhão de reais.
 
- O que é isto, irmão? Quem entregou?
 
- Foi o Petrônio.
 
- Chame-o, por favor.
 
Logo chegou o Petrônio, sorridente, alegre, com uma caixa de bombons finos para o pastor.
 
- E aí, pastorzão? Tudo certinho? Gostou do dízimo? Espero que esteja feliz!
 
- Explique-me o que é tudo isso, Petrônio. Onde arrumou esse dinheiro todo?
 
Então ele contou que numa noite da semana sobrou um bilhete do jogo do bicho e ele não teve tempo para devolver. E o número do bilhete ganhou uma grande soma, pois foi sorteado com valor acumulado. Ganhara dez milhões de reais. Sua primeira atitude fora a de agradecer a Deus e de entregar o dízimo.
 
- Pastor, estou cumprindo Mateus 6.33. Antes de gastar comigo, quero entregar aquilo que é de Deus!
 
Naquele momento muita coisa passou pelo coração do pastor. Um milhão de reais! "Ah, ministro do Senhor, chegou a hora de erguer aquela escola anexa com a qual você sempre sonhou! É tempo de comprar o terreno ao lado para expandir o templo e fazer classes de Escola Bíblica Dominical! O ônibus para buscar os crentes sem condução e a compra do terreno para a congregação! Deus atendeu às suas preces! Aleluia!" Sim, ele pensou nisso. Em seguida lembrou-se do texto da tentação de Jesus: E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. (Mt 4:9). Percebera o quanto seria maravilhoso ter os recursos para a Obra de Deus e o quanto seria desastroso quebrar o ensino bíblico sobre como ganhar dinheiro e não ser escravizado pelos jogos de azar. A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará. (Pv 13:11). Era uma contravenção e, como tal, pecado, mau testemunho. Não fora roubado, mas não era do jeito bíblico de se conseguir recursos.
 
Então calmamente falou para o sortudo Petrônio:
 
- Irmão, os bens que chegam fáceis, também se vão facilmente. Não é assim que Deus nos sustenta. Não aceitarei esse dízimo e lhe digo que não foi uma maneira boa de conseguir recursos. Orarei por você para que o Senhor abra os seus olhos.
 
- O QUE, PASTOR? Quem é você para impedir que eu ajude a minha igreja? Vou depositar esse dinheiro sim. A igreja não é sua! Você não tem o direito de fazer isso! Exijo que a igreja decida!
 
E, de fato, abriu-se uma assembléia de membros para tratar da questão. Diante da quantia vultosa da oferta e das necessidades pelas quais a igreja passava, ainda que o pastor expusesse de forma clara o ponto de vista bíblico sobre como ganhar dinheiro e como sustentar a Obra de Deus de forma lícita, o povo acatou o desejo do Petrônio e exigiu que se aceitasse a doação. O pastor, entristecido, ciente de que o povo estava julgando a questão na carne e pela cobiça, solicitou a sua exoneração da igreja, pois não poderia conviver com o desrespeito aos valores bíblicos da licitude de recursos e do bom testemunho desejado pelo Senhor aos seus servos. A congregação pouco ligou. Eles estavam felizes pelos muitos recursos que viriam. Petrônio ainda decidiu dar mais 5% como gratidão pela compreensão de todos.
 
O tempo passou. Petrônio divorciou-se da esposa e pagou pensão pelos 2 filhos que tinha. Comprou fazenda, casas e abriu 3 farmácias. Amaziou-se com uma mulher que lhe roubou grande parte do que tinha nas contas. Abriu um processo contra ela e gastou 2 farmácias e parte da fazenda. Com tantas contrariedades adoeceu e teve que tratar-se no exterior, consumindo o que restara. Em pouco tempo Petrônio estava pior do que podia imaginar: sem saúde, sem dinheiro, sem família. E a igreja, tão generosa com a oferta que recebera, agora não tinha princípios cristãos para usar para com ele, uma vez que aderira a um ministério neoapostólico e tornara-se rede de um embusteiro da TV. Todos os recursos que adquirira foram vendidos para pagar os programas de televisão e depositar na conta do apóstolo. O templo tornou-se oficina mecânica e os membros esparramaram-se por outras igrejas e pelo mundo.
 
O pastor? Ah, este continua pastoreando num bairro próximo. O pão não lhe faltou, os filhos estão na faculdade e a igreja está feliz. Afinal, quem tem Jesus e Sua Palavra é verdadeiramente rico e não se arrepende! A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores. (Pv 10:22)
 

Wagner Antonio de Araújo

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

memórias literárias - 241 - SENHOR, NÃO QUERO SER CORRUPTO!

 



 
September  11 2006


SENHOR,
NÃO QUERO
SER CORRUPTO!
241


Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. (Sl 139:23)
 
Senhor, eu não quero ser corrupto! Livra-me das armadilhas e das tentações nestes tempos de eleições e de corrupção moral em meu país!


Se um político, um prefeito ou um candidato me oferecer um terreno para construir o templo de minha igreja, que não é minha, mas tua, ou a laje para cobri-la, ou a bancada e a decoração, os ventiladores, ar condicionado, forro de gesso, tela e projetor de "datashow", placa gigante e animada e toda a pintura da propriedade, faz-me forte o bastante para dizer NÃO, para lembrar-me que não é assim que tu sustentas o teu trabalho, que tu não precisas do "jeitinho" para "apoiar" o ministério, que o dinheiro do Estado não é para ser usado para fins privados ou religiosos. Que eu me lembre bem das "saias justas" que outros cristãos vestiram, quando aceitaram subornos, carros ou ofertas de política, e que não me esqueça que tenho um Senhor a honrar, que a igreja não é minha, que não tenho o direito de sujá-la com minhas barganhas, que não vendo apoios ou votos em nome de Jesus Cristo.
 
 
Se o contrabando e a pirataria me oferecerem aparelhagem de som, informática e vídeo,  com um custo baixo e sem impostos, quando eu tiver a oportunidade de copiar os cds de sucesso de cantores gospel famosos e ofertá-los ao povo "em troca de doações", roubando a obra do próximo, pregando contra a pirataria e sendo um pirata cristão, quando eu souber de instrumentos musicais ou de computadores que chegaram ao porto marítimo ao preço de bananas, vendidos por músicos que se dizem cristãos, e que não dão nota porque é material contrabandeado, que eu me lembre de dizer NÃO e que não suje as minhas mãos, mãos que uma vez por todas foram lavadas pelo sangue puro e sem mácula de nosso Senhor Jesus Cristo; que eu não perca a minha dignidade moral e o privilégio de ocupar um púlpito onde se prega a verdade, não só com o que se fala, mas principalmente com o que se vive.
 

Se eu pregar contra a corrupção, mas puxar um fio do poste de eletricidade para ajudar um irmão, sem pagar a conta, fazendo um "gato temporário", ou ficar devendo no cartão de crédito ou prestações de minhas compras, ou tornar-me assíduo freqüentador do cadastro do SCPC e SERASA, ou receber constantes visitas dos oficiais de justiça, intimando-me a ajustar contas com os credores, lembra-me que sou um discípulo de Cristo, e que fui chamado a ser exemplo dos fiéis, não só no que falo, mas no que vivo, no que compro, no que pago, no que respondo, no que acerto e no que cumpro, e que não tenho o direito de causar escândalo à fé por ser um cidadão desonesto e de vida financeira desequilibrada.
 

Se eu exigir de outros uma conduta que não tenho, obrigando-os a carregar um fardo que eu nem no pensamento me dou o trabalho de carregar,(insistindo que tenham vida de oração, de leitura da bíblia, de santidade moral, de boa administração do tempo e do dinheiro, de namorar condignamente, de não se embriagarem ou falarem palavrões), lembra-me que não fui chamado para ser um fariseu. Se isto acontecer, Senhor, pesa tua mão sobre mim, e não permite que eu seja um enganador do povo que é teu!
 
 
Se eu quiser as benesses do Estado, correndo atrás de lotes em novos povoados, ou de receber em doação terrenos na cidade, ou pedir materiais de alvenaria e pedreiros da prefeitura, ou querer ganhar horários no rádio e na TV em troca de apoio e propaganda, ou fingir piedade e solidariedade para ajudar o próximo, só para me beneficiar de verbas e privilégios junto aos grandes da minha região, lembra-me que Israel vendeu-se ao inimigo e foi destroçada, arrancada de sua terra, tornando-se vergonha para o nome de Deus. Ai de mim, Senhor, se eu, com minha sede de recursos e glórias humanas, te envergonhar também! Que eu caia nas tuas mãos, pois as tuas misericórdias não têm fim, pois tu disciplinas a todos quantos ama!

Se eu mentir para o imposto de renda, fingindo não ter, quando tenho, quando falsificar uma contabilidade em prol de zelar pelos gastos, e roubar o fisco e o povo, quando eu ensinar o povo a burlar a lei, dizendo-lhes que o governo e a justiça fazem isso também; se eu agir como um corruptor, Senhor, revela-me o meu pecado, para que eu não seja pego pelo laço do passarinheiro e pela peste perniciosa, pois o orgulho precede a queda, e aquele que acha estar de pé está também prestes a cair. Ó, Deus, mantém-me de joelhos, pois  quem assim está não cai jamais!
 
Quando eu trocar a glória de Deus pela glória dos homens, buscando estar de bem com as pessoas, ainda que quebrando os princípios das Escrituras Sagradas, quando eu fizer vistas grossas para o adultério, a prostituição, a idolatria, o sincretismo religioso, a corrupção, a injustiça social, a impiedade familiar, a opressão das viúvas e órfãos, desperta em mim, Senhor, o desejo intenso de ser justo, de não temer aos homens, mas a ti, e faz-me agradar-te, mesmo que não agrade a muitos. E que eu condene o mal em mim primeiro, para não me tornar um hipócrita, a ver o cisco dos olhos dos outros, esquecendo-me da trave no meu.
 

Se eu me tornar um homem sem princípios, vivendo apenas por aquilo que gere resultados, correndo atrás do "crescimento a qualquer custo", se eu vender os meus padrões de culto e de doutrina por qualquer coisa que traga gente para a igreja, não importando o que seja, se para mim o resultado for mais importante que a coerência, então, Senhor, me confronta com o inferno, para que eu veja qual é o destino daqueles que trocam a vida eterna por um simples prato de lentilhas, ou por míseras trinta moedas de prata, e que eu me lembre que a porta do Céu é estreita e que a do inferno é larga, espaçosa e apinhada de gente.
 

Senhor, não me deixa sujar o nome da tua igreja, não me permite levá-la aos cartórios de protesto, aos tribunais, à vergonha pública, não me permite ser um gerador de má fama à Casa do Senhor, através de um corportamento mesquinho e farisaico, desonesto e bajulador.

Senhor, que eu não proteja os ricos em pecado, das disciplinas necessárias na igreja, nem tampouco puna os pobres e ignorantes, considerando-os desprezíveis e dispensáveis. Que eu saiba discernir entre o bem e o mal, e que não julgue as pessoas pelo dinheiro que têm ou deixam de ter, nem pela cor da pele, nem pela escolaridade, nem pela origem. Assim como o Senhor me acolheu, que eu saiba acolher.
 
Também te peço, Senhor, que me ajudes a não precisar pedir nada emprestado para ninguém. Se pedir, que eu seja honrado e pague; e quando as condições forem difíceis, que eu seja homem o bastante para procurar pessoalmente o meu credor e pedir-lhe prazos e perdão, não dando margem a que se diga de mim que sou um desonesto, mau pagador e que não vivo o que prego. Que Tu me protejas de macular o Teu nome que repousa em mim como crente, como cristão e como ministro do evangelho de Jesus Cristo!
 

E um dia, Senhor, quando as crianças da igreja crescerem, crianças que me vêm e me ouvem domingo após domingo, que me recebem em suas casas, que festejam meus aniversários e choram meus lutos, que me vêm viajar, retornar, e envelhecer, que essas crianças, ao se tornarem adultas e maduras, possam afirmar solenemente que eu contribui na formação de seu caráter, sua fé, sua disciplina, seu altruísmo, sua dignidade, sua moral. E então, Senhor, dá-me a graça de mirar meu rosto no espelho, e de poder dizer: "OBRIGADO, SENHOR! VALEU À PENA! DESPEDE EM PAZ O TEU SERVO".
 
Dá-me esta graça, Senhor. Outra coisa não te peço.
 
 
Amém.
 
São Paulo, Setembro, 11, 2006,
complementado em 2015

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP
bnovas@uol.com.br www.uniaonet.com/bnovas.htm

memórias literárias - 240 - SENHA

10 de maio de 2009
10 -
SENHA
240

Logo cedo liguei o computador para verificar o saldo da campanha do terreno. Como sempre faço, acionei o certificado digital e coloquei o número do aparelhinho de identificação. “INVÁLIDO”. Como? Tentei novamente. Nada. Fui ao computador portátil tentar; nada. Liguei para o banco, tudo em ordem. Pensei: “por que não consigo?” Então liguei novamente para ao atendimento e disse: “vou fazer o procedimento-Padrão com o seu acompanhamento". Cliquei nisto, naquilo, agora abriu esse outro, etc”. Foi quando empacou de novo e a moça disse: “mas o senhor está a colocar uma senha indevida. Há uma senha antes da outra senha”. Imediatamente percebi o meu erro. Coloquei a senha adequada e lá estava ele, o extrato, vivo e aberto. Eu não entendi porque esquecera depois de anos de experiência. Como pude?

Isso se parece com a nossa comunhão com Deus. De repente percebemos que o interesse pelas Escrituras Sagradas, pela oração, pela comunhão com os irmãos em Cristo, simplesmente sumiu, foi drenado, e não sabemos o porquê ou para onde. Pensamos que tudo está certo nos seus lugares e não conseguimos ver qualquer anormalidade em nossa vida cristã: oramos, lemos a bíblia, vamos à igreja. Porém, não há alegria, não há celebração interior, nem brilho, nem cor, e, não raras vezes, não temos vontade alguma. Perdemos aquele primeiro amor, perdemos a motivação e o estímulo. E perguntamos: “por que, Senhor?”

O jovem rico, quando procurou Jesus para perguntar o que fazer para ter a vida eterna, recebeu de Jesus a lista dos mandamentos que lhe dariam uma vida digna. O jovem disse que já tinha tudo isso, e complementa: "o que me falta ainda?" Então Jesus diz: "falta ainda uma coisa". É o que sentimos também. Nós nos perguntamos: "Deus, o que me falta?"


Falta uma senha. Falta um procedimento. Estamos brecados e parados em algo dentro de nós mesmos, sem ir nem para frente e nem para trás. E nem desconfiamos do porquê.

Pode ser uma mágoa escondida, camuflada, disfarçada do tipo “já perdoei”, mas que na verdade continua latente e sórdida. A senha para esse tipo de problema está neste versículo: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” (Hb 12:15)

Talvez seja um pecado não confessado, enterrado, esquecido, cujas contas a consciência e o Espírito Santo estão a pedir constantemente. Para esse mal a Bíblia também tem remédio: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1Jo 1:9)

O problema ainda pode ser na área da participação no Corpo de Cristo, a Igreja: não tem paz ou comunhão em lugar algum, não consegue fincar raízes, não encontra um dom para servir e nem deseja servir. Essa senha é altamente necessária para uma vida cristã normal e está registrada em 1Jo 1:7: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.”

Eu consegui usar a conta do terreno depois de acioná-la com a senha que faltava. E todos nós voltaremos ao brilho de uma vida cristã sadia se investirmos naquilo que está faltando, ou retirarmos as que estão sobrando, porque às vezes juntamos coisas inúteis também.

Quando arrumamos o interior, o exterior agradece e fica mais feliz. “O coração alegre aformoseia o rosto.” (Pv 15:13)

Que Deus abençoe a nossa comunhão.
Espero que todos forneçamos a senha certa.

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

memórias literárias - 239 - O MEU AMOR POR ELA


O MEU AMOR POR ELA
239
 
Tudo começou em 1994. Deixei a Igreja Batista Boas Novas do Jardim Brasil, na zona norte de São Paulo, igreja que amo de coração, e fui pastorear uma igreja em Osasco, SP. Ali fiquei por 20 meses. Tive excelentes experiências, mas com o tempo percebi que não tínhamos afinidades suficientes. Após um período de debates deixei-a. Contudo, o Senhor tinha outros propósitos: 33 irmãos, que também iriam deixar aquela congregação procuraram-me, pedindo para que continuasse a pastoreá-los. Questionei os meus pastores a quem considerava superiores (por idade, por experiência, por amor). Certo de não estar fazendo nada errado, nem provocando qualquer cisão (esta já era ocorrida), fui pastorear esse pequenino rebanho. Em 07 de novembro de 1996 realizamos o primeiro culto, com uma Ceia do Senhor no quintal da casa de um irmão, com pão doce e fanta uva em copinhos plásticos. Não tínhamos absolutamente nada, mas tínhamos Deus! Fundamentados na Palavra, sem qualquer desvio doutrinário, seguimos em frente.
 
Amei-a. Essa pequenina igreja tornou-se o meu amor. No princípio era uma congregação subordinada amorosamente à Igreja Batista Betel de Itapevi, sob a direção sábia do Pr. Walter Roosch. Trataram-nos com estima, com consideração e com absoluta independência, sistema raro em nosso meio. A confiança era completa. Também éramos cientes de que a igreja-mãe nada poderia fazer por nós, em termos patrimoniais. A congregação crescia. Alugamos uma casa embaixo de um galinheiro, numa garagem descoberta realizamos os primeiros cultos. Chuva, galinhas correndo, bancos sem encosto, tudo isso experimentamos! O galinheiro foi embora e um bar chegou. Com ele, o fedor do vazamento do banheiro, cujo cano passava pela garagem. Decidimos sair. Fomos a uma casa que já acolhera 2 igrejas nascentes, casa do irmão Melo. Que tempo bom! Construímos um mesanino para o gabinete pastoral e classe de jovens. Cultos maravilhosos. Ali ficamos de 1998 a 2003.
 
Fomos organizados como igreja em 2000. Tivemos desentendimentos, como toda relação tem os seus. Foram sérios, trouxeram sequelas. Tamanha foi a crise que em 2002 um grupo expressivo deixou-a (já éramos 108), após um embate com o pastor. Como estávamos certos do que fazíamos e o direito estava do nosso lado, permanecemos. O grupo dissolveu-se, alguns regressando para a igreja de onde viemos, outros para outras e a maioria para o mundo, consequência natural de quem não segue o padrão bíblico. Nós? Ah, quanta luta e dificuldade! Eu, pastor de tempo integral, vi minha prebenda (sustento pastoral) diminuir 50%, insuficiente para o meu sustento. Alguns que saíram pensavam que eu desistiria, então voltariam e descarregariam dízimos contidos. Deus me fortaleceu e não desisti dessa relação e desse amor. Quando o tesoureiro não podia pagar-me nós dobravamos juntos os joelhos e orávamos. NUNCA a igreja ficou a dever algo para alguém, exceto ao pastor, que perdoou cada dívida. Frequência diminuta, finanças em crise, tínhamos certeza de que Deus não nos deixaria órfãos. Alguém expressou-se nesses termos, quando iniciamos a congregação: "esse mercenário (eu) lhes deixará em um ano e vocês darão com os burros n'água". Já estávamos no 5o. ano e graças a Deus a falsa profecia não se cumprira.
 
O amor manteve-nos unidos. Em 2003 encontramos um salão em outro bairro, maior e com divisórias para as classes de EBD. Para nós era uma catedral. Que bênção! Mudamo-nos e, no início houve um bom crescimento. Contudo, por não sermos do tipo que aceitava qualquer coisa, consideraram que éramos quadrados, retrógrados, tradicionalistas, e foram congregar em outros lugares. Sem músicos, criamos novos instrumentistas. Estes, ao começarem a tocar sozinhos, eram contatados por outras igrejas e iam embora, com promessas de fama, cds e muitos recursos. O ninho ficava vazio. Mais de 4 grupos de músicos voaram. Mantivemo-nos unidos. Às vezes Deus enviava a mim os corvos, que me traziam pão e carne, pois da ribeirinha de nossa igreja a água e o trigo desapareceram. Como dou graças a Deus por Sua confirmação!
 
O amor sedimentava-se. E consideramos que "quem casa quer casa". Assim, quem é igreja precisa congregar em algum lugar que não dependa de aluguéis altos. Começamos uma campanha para comprar um terreno. Deus sabe quanto sofrimento nos trouxe! Dificuldades mil. Foram anos de tentativas. Por mais de 5 anos juntamos recursos. Como os amigos de perto e de longe foram preciosos e importantes! Deus dera-me a bênção de ser um comunicador, e na internet a Boas Novas tornou-se conhecida de muita gente. Enfim, ajuntamos um recurso, mas não conseguíamos mais pagar os aluguéis mensais. Decidimos ficar sem salão. Juntamos as nossas tralhas na casa e escritório de irmãos, e fomos congregar na casa dos membros, enquanto aguardávamos o Senhor nos dar um local.
 
Nós dois fomos em busca de um terreno. Igreja e pastor. Em nossa cidade, Osasco, não encontramos nada. Mas em Carapicuíba encontramos um terreno precioso. Em 2011, com a graça do Senhor adquirimos À VISTA, sem dever nada para ninguém, um terreno de 560 metros quadrados, com 10 de entrada, abrindo bastante ao fundo. Cheio de pedras, é verdade, mas era nosso chão! E com que alegria consagramos aquele local!
 
Por ser um local afastado dos grandes aglomerados, por ser fim de um bairro, beira de córrego e numa rua sem saída, não ficamos à vista dos transeúntes, nem das linhas de ônibus. Cercados de igrejas neopentecostais que só atrapalham (o evangelho que pregam não é o evangelho da bíblia), encontramos dificuldades em mostrar a existência da Boas Novas como igreja. Nosso local de cultos pequeno e nossas condições difíceis. Foi em 2013, no final do ano, que, após uma visita do Pr. José Vieira Rocha, tivemos a convicção de que Deus preparava para nós uma revolução: a construção de uma laje com uma capela americana em cima!
 
E em 2014, com a maturidade de quem já convivia por 18 anos, passamos a construir a nossa casa. Pirimeiro uma laje para conter a capela. Depois a capela de madeira. E agora, com a graça de Deus, as dependências anexas. O caminho foi difícl, cheio de pedras. Pedras literais, que ocuparam a caçamba de 41 caminhões grandes, e pedras no relacionamento com empreiteiro e pedreiros, além de gastos acima do que podíamos pagar. Mas Deus, mais uma vez, demonstrou Sua graça e nos presenteou com o pão de cada dia. Devagarinho, com um tijolinho por dia, a Boas Novas vai construindo a sua casa, seu chão, seu templo, sua casa de oração.
 
Em 04 de novembro de 2015 faremos 15 anos de organização como igreja; e em 07 de novembro faremos 19 anos de existência, a contar do dia em que celebramos o primeiro culto no quintal da casa de um irmão. Como Deus tem sido bom! Eu estou na Boas Novas como prova de meu amor por ela. Aliás, como prova de meu amor POR DEUS, que é o dono dela. Até hoje a obra está inconclusa e não recebi da parte do Pai um: "levanta-te e vai". Enquanto esse tempo não chegar, sirvo ali ao meu Senhor. Em minha mente tenho para mim que a conclusão da construção será um tempo de apresentar-me ante a face de Deus e perguntar: "Senhor, terminou a tarefa ou o Senhor tem algo mais que eu deva fazer?" Estarei pronto para ir ou para ficar, conforme Ele determinar. Por isso a importância de terminar essa construção! Por isso a importância de poder olhar a obra e dizer: "está consumado", pelo menos até onde tenho certeza de que Deus mandou fazer. Nunca pleiteei riquezas, nunca tive nada meu, que pudesse dizer: "luxo". Dificilmente recebo um salário suficiente, mas NUNCA estive desamparado pelo Pai. Quando há amor qualquer problema é superável.
 
Testifico, com este texto, o meu profundo amor pela igreja que o Senhor formou e onde tenho a honra de O servir, Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil.
 
Venham nos visitar.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
27/08/2015
 

 

memórias literárias - 238 - EU VOU PARAR



05 - 25 / 08 / 2010

EU
VOUPARAR

238

Sim.
Já estou cheio.
Não dá mais pra continuar como está. Demorei para tomar essa decisão, mas agora é sério. E não adiantarão pressões contrárias, interiores ou exteriores,  pois não vou mudar de opinião.

Eu vou parar.

Eu vou parar de colocar a culpa em Deus, como se Ele fosse o responsável pelas conseqüências de minhas más escolhas.
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. (Gl 6:7)
Eu vou parar de culpar o Diabo pelas coisas erradas que fiz, pois o responsável por tudo o que faço ou deixo de fazer sou eu mesmo, e terei contas a prestar diante de Deus.
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. (Rm 14:10); Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. (Tg 1:15)
Eu vou parar de justificar o meu presente pelas tragédias do meu passado. A minha existência não é um acidente. Não nasci onde nasci, vivi onde vivi e conheci quem conheci por um acaso; há um plano maior por parte de Deus e eu vou encontrar a melhor maneira de vivê-lo. 
E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. (Mt 10:30); Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. (Jo 13:7)
Eu vou deixar de lamentar e de chorar; vou buscar soluções, enfrentando os problemas com a graça de Deus e no poder do Espírito Santo.
Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (Fp 4:13); Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. (1Jo 5:4)
Eu vou parar de achar que estou velho e vou remoçar no Senhor e na força de Seu poder, encontrando motivos e serviços que me façam útil, solidário e realizado.
Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão (Is 40:31); Com os idosos está a sabedoria, e na longevidade o entendimento. (Jo 12:12)
Eu vou deixar de perder tempo e dinheiro com banalidades, com coisas que não edificam, com diversões que não acrescentam nada, com afazeres que só despersonalizam.Eu quero dedicar o meu tempo àquilo que terá significado real.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. (Ef 4:29); Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. (Is 55:2)
Eu vou parar de parar. Essa história de “fechar para balanço” ou “ficar em análise” não solucionará o meu problema. Eu vou consertar a minha comunhão com Deus hoje, eu vou clamar hoje, eu vou evangelizar hoje, eu vou construir hoje, eu vou orar hoje, eu vou confiar hoje. Porque o ontem já foi e eu não posso fazer nada para mudá-lo; o amanhã ainda não chegou e eu jamais poderei tocá-lo enquanto ele não chegar. Então eu vou fazer do meu “hoje” a minha canção e o meu soneto, e numa linda poesia a minha vida se tornará. 
Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; (Hb 3:13)
Boa tarde!

 
Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP

memórias literárias - 237 - A MINHA PARTE

11/05/2007
A MINHA PARTE
237




Nesta semana tão agitada, tantos compromissos, reuniões, eventos e visitas, uma oração me tocou. Foi a do Serginho, no culto matinal da terça-feira (a Boas Novas de Osasco SP reúne-se às 7 horas desse dia para orar). Dizia ele ao Senhor: “Oh, Deus, dá-nos a graça de fazermos a nossa parte em prol da salvação de nosso país, e da transformação de nossa sociedade”. Amém!

Às vezes achamos que a nossa parte é tão pequena! Afinal, não temos a mídia a nos observar, a publicar nossos feitos, ditos e fotos nos sites e televisões. Consideramo-nos tão inexpressivos! Mas isto não é verdade. Se uma alma vale mais do que todo o mundo, então um bom exemplo e uma atitude construtiva também valem muito!

Podemos fazer a nossa parte quando mostramos boa educação. “Com licença” é algo tão belo, ao nos sentarmos no lugar vago do banco do ônibus, e tão poucos pedem! Dizer “Pode ir na minha frente”, numa fila de banco, significa muito no conceito de alguém, e foi algo tão pequeno! Às vezes ambos serão atendidos ao mesmo tempo! Contudo, o sentimento benfazejo no peito de quem ganhou a vez é encorajador! “Mas nem todos são dignos!” Sim, é verdade. Mas, e daí? Eu também não fui digno do amor de Cristo, e mesmo assim, Ele me amou, e a si mesmo se entregou por mim! E eu era um pecador! Sou ainda (miserável homem que sou!), mas um pecador perdoado, graças a Deus!

No trânsito, não precisamos entrar no “mistério da seta” – ainda estou para fazer um mestrado, no estudo comportamental da seta na ansiedade e da prepotência humanas: basta sinalizar que se  vai mudar de faixa, que o carro de trás acelera, buscando ocupar o lugar que pedimos! Faça um teste, e veja se minto! Porém, se pararmos para pensar, exigir esse lugar sinalizado é tão pouca coisa! E há gente que morre ali, vitimado pela violência e por buscar fazer justiça com as próprias mãos! Seria tão mais fácil ceder! Pode não parecer justo, podemos nos sentir injustiçados, mas é o que deveríamos fazer, pois, em última análise, não há um justo sequer. Assim, “dá a quem te pede” (Mt 5:42).

Dizer “bom dia”, “olá”, “como vai?”, “por favor”, “um momento apenas”, “Deus lhe abençoe”, “com muito prazer”, é tão fácil, mas tão em desuso em grandes capitais! Nas cidades do interior nem tanto, mas em capitais, em metrópoles em ebulição, as pessoas passam pelas outras, pisam em seus pés, esbarram, mas não cumprimentam. Que bom seria se mudássemos isso em nossas ruas, bairros, empresas, igrejas, classes, e cultivássemos a semeadura de bons hábitos, de gestos de cortesia, de palavras de atenção, de manifestação de afeto! No começo pode parecer ridículo, mas com o tempo, o bom exemplo “pega”.

Fazer a minha parte é também semear o evangelho de Cristo. Não estou falando de combater a igreja do outro, porque isso é fácil, e só provoca a guerra. Muitos combatentes desfalecem no caminho, porque acabam por perceber que seus líderes religiosos eram tão pecadores (ou mais) que os da igreja combatida, e desanimam até do Caminho. Mas falo de semear a Cristo, a bíblia, a mensagem redentora, a palavra de fé, encorajamento e conversão. Conheço alguém que mandou imprimir em copos plásticos de água a frase “quem beber essa boa água, sede sentirá, mas quem beber de Cristo, espiritualmente, nunca mais terá sede de Deus”. E sai a distribuir água nos semáforos da avenida! Outro presenteia mensalmente uma bíblia, a um colega de serviço. Ainda outro grava as mensagens do pastor, e distribui os cds para os não crentes. Cada um pode inventar o seu método de cristianizar seus arredores. O importante é usar um, e não viver a discutir. Enquanto discutimos se é com vestido ou calça comprida que deve se vestir, deixamos nus os que precisam de roupas. Portanto, seria tão bom falarmos menos, e fazermos mais!

A oração do Serginho falou comigo. Creio que já achei o meu caminho: pregar a Palavra de Deus, escrever minhas mal-traçadas linhas, comunicar-me na internet, pastorear o pequenino rebanho de Cristo aos meus cuidados, aconselhar, cantar nos cultos, tocar o pouco que sei, fazer amizades das mais variadas vertentes, e orar. E usar das coisas boas que aprendi, para melhorar os costumes, aumentar o bom relacionamento, tornar o trânsito menos violento, ser um agente ativo nos propósitos de Deus. Assim, terei vivido a minha vida com algum significado especial, e deixarei algum fruto.

Quero fazer a minha parte.

E você?
(2012)

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

memórias literárias - 236 - A METRALHADORA DE JEOVÁ


A METRALHADORA DE JEOVÁ
236
Uma paródia maldita, chamada de louvor do tipo "reteté", cujo título é A METRALHADORA DE JEOVÁ, tornou-se viral na internet. Centenas de paródias, refilmagens, dublagens e piadas têm sido publicadas e o nome JEOVÁ transformou-se em termo de piadas.
Falar sobre o "reteté" eu já falei. Aliás, fui o primeiro apologista a abordar o tema, no estudo MACUMBA EVANGÉLICA, há alguns anos. O fenômeno do sincretismo religioso invadiu as igrejas protestantes e transformou-as em centros de diversão publica, de mistura afro-veda-nórdico-cultural, tornando-a uma versão moderna da idolatria greco-romana, que fazia de seus deuses homens grandes e poderosos, de defeitos igualmente avolumados. Só que agora conseguiram transformar o santo nome de Deus em termo de humor e macumba. Deus foi travestido com toda a imbecilidade humana, feito um pateta raivoso que metralha os inimigos.
Não sabemos realmente se a pronúncia do Santo Nome de Deus é JEOVÁ. Só nos chegaram as consoantes; as vogais não foram registradas pelos antigos hebreus. Pode ser JEOVÁ, JAVÉ, IEHOWAH ou outra pronúncia. Alguns judaizantes acreditam que fazem reverência quando escrevem DEUS como D'US, sem colocar o E. Não importa. Essas transliterações referem-se ao SANTO NOME DE DEUS, de cuja menção se encontra a seguinte Lei Divina: Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. (Ex 20:7). E o que seria EM VÃO?
Tomá-lo em vão é usá-lo à toa. Brincar com o nome do Senhor ou transformá-lo em mera expressão idiomática do quotidiano. Nessa classificação encontra-se tudo o que se refere ao nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É comum expressões coloquiais na boca de crentes e carismáticos católicos, usando em vão o nome de Deus: "O sangue de Jesus tem poder"; "Ai, Jeová!"; "Tá amarrado em nome de Jesus!"; "Tá ligado pelo nome de Jesus!"; "Pega ele, Jeová!"; "Meu Jesus Cristinho" etc.
E agora, com a versão de macumba do reino do evangeliquês, surge a pérola desses pregadores engomadinhos, desses cantores mentirosos e pilantras do reteté de "jesuis": A METRALHADORA DE JEOVÁ. Começou a chamar atenção com o grande sucesso "VAI SER COMIDO DE BICHO". E então, com a anuência dos falsos ministros religiosos, que de evangélicos só têm o nome, descambaram para transformar o que era LOUVOR em ENTRETENIMENTO SINCRETISTA. Foi-se o tempo em que dizíamos que os católicos misturavam macumba com o evangelho. Os falsos crentes superaram em muito! Fank carioca, aché da Bahia, a música do norte amazonense, os chotes gaúchos, o caipirês do sudeste, tudo misturado com o entretenimento. O louvor a Deus perdeu a decência, perdeu a reverência, perdeu sua contemplação e canal com o Infinito. Virou música de consumo.
E a pedra dos Dez Mandamentos continua a clamar: NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO. Mandamento que não terminou na Era da Graça, pois DEUS, O SENHOR, NÃO MUDA. O que para Ele era afronta, desrespeito, abominação, continua a sê-lo. E a consequência mantém-se: DEUS NÃO TERÁ POR INOCENTE AQUELE QUE TOMAR O SEU SANTO NOME EM VÃO. Se antes estava cravado pelo dedo de Deus em pedras, agora está registrado nos corações dos verdadeiramente convertidos, que não admitem e não aceitam essa brincadeira e zombaria com o nome do Senhor.
Por isso muito cuidado: seu entretenimento, cristão ou não, que faz os atores a exclamarem "meu Deus", "Jesus Cristo", "O sangue de Jesus" à toa, que fingem orações que não existem, os humoristas-gospel que entalam os canais midiáticos com suas paródias grosseiras que já perderam o respeito com a Palavra de Deus, sim, o seu entretenimento, assistido passivamente com concordância, torna você UM CÚMPLICE e, consequentemente, enquadrado no mesmo desagrado do Senhor.
Para terminar: os escribas hebreus tomavam banho e usavam outra pena ou instrumento cada vez que iam escrever o Santo Nome do Senhor. Satanás transformou, ao longo do tempo, a reverência antiga em intimidade desrespeitosa, e hoje fabricam cuecas e calcinhas com o nome de Deus. Cuidado! Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. (Gl 6:7)
Jeová não usa metralhadora. Ele não precisa. Sua Palavra e Seu Nome são suficientes. Temamos-Lhe o Nome e não ousemos contra a Santidade dEle! Porque no dia em que Ele trouxer à juízo o uso indevido do Seu Santo Nome, muita gente irá experimentar a amargura de seus atos impensados.
Wagner Antonio de Araújo
26/08/2015

memórias literárias - 235 - MATAR GENTE & SALVAR PORCOS


 

MATAR GENTE
& SALVAR PORCOS
235
Este tempo confuso, beirando a grande apostasia e a grande tribulação apresenta-nos uma imagem da decadência dos seres humanos em sua agressão ao Criador: parecemo-nos com a descrição dos tempos pré-diluvianos: E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. (Gn 6:5)
 
Em São Paulo, ontem, 25 de agosto de 2015, um caminhão contendo 110 porcos que iam para o abate tombou. No afã de erguê-lo com um trator, a caçamba caiu sobre os animais, ferindo vários deles. Foi muito triste. Imediatamente um enorme grupo de direitos dos animais invadiu a pista, defendeu os suínos, levantou R$63.000,00 numa campanha e proporcionou um sítio onde os animais viverão bem para o resto da vida. Eram porcos que iam para o abate, transformaram-se em "porcos abandonados". Dificilmente se vê tamanho empenho social por uma criança abandonada ou por uma mãe que sofre necessidades; quase nunca um governante sente qualquer peso de consciência por tratar a população como manada de suínos nos hospitais e postos de atendimento do SUS. Mas os porcos comovem mais do que seres humanos! Não faltaram os discursadores do "sofrimento do porco ante a crueldade humana". Mas não se vê ou se escuta um só governante ou uma rede social que chore ou lamente que uma mãe aguarde 3 MESES UMA CONSULTA PEDIÁTRICA POR UM FILHO SOFREDOR!
 
Nos Estados Unidos uma jornalista e um cinegrafista faziam uma entrevista para um jornal matinal. Um colega de profissão, que se sentia agredido emocional e racialmente pelos colegas, aproxima-se da entrevista, exibe um revólver (e ninguém da redação ou dos telespectadores denuncia ou avisa imediatamente às autoridades!), espera o bom momento e descarrega sua arma na jornalista e no cinegrafista. Num país onde comprar armas é tão fácil quanto comprar café, não demora nada até aparecer um louco que anda de mal da vida para fazer essas coisas. Matou a jornalista, matou o cinegrafista, filmou e postou nas redes sociais. A comoção será momentânea e institucionalizada: uma nota presidencial, um culto fúnebre transmitido pela CNN, alguns debates sobre armas e tudo ficará esquecido. No mesmo dia outra tonelada de revólveres será vendida nas lojas da esquina e novos loucos matarão outros inocentes.
 
Porcos sobreviventes terão proteção, mas pessoas morrerão e nada se fará por isso. Hoje gasta-se mais para dar banho num cachorro e penteá-lo do que suprir de leite e remédio uma criança desamparada. Em São Paulo investe-se em ciclovias ridículas e sem projeto e esquece-se dos córregos e esgotos a céu aberto, bem como do policiamento periférico. Ciclovias dão fama e geram notícias (que prefeito prá-frentex, que herói, combatente contra a falta de mobilidade urbana!) Nossos valores estão absolutamente invertidos. Trocamos os valores humanos pelos valores midiáticos, preferimos a manchete e desprezamos os fundamentos de longo prazo. Celebramos uma ciclovia ridícula por R$600.000.000,00 e não lamentamos as creches, hospitais e encanamento de esgotos que perderam verbas! Não planejamos nada, nem a nível de governo, nem a nível de sociedade, nem a nível familiar, nem à nível de igreja. Tudo é momentâneo, tudo é reativo, tudo é remediado e não preventivo. Tempos difíceis. Tempos de amadorismo para a vida, tempos sem planejamento!
 
A geração que criamos fotografa um acidentado agonizando, filma um  tiroteio, posta um pedido de socorro como top de um youtube ou um twitter, mas não é capaz de solidarizar-se ou de colocar-se no lugar do outro, amando-o, socorrendo-o, fazendo algo por ele (há inúmeros vídeos onde a pessoa filma o agonizante até o último suspiro, sem fazer absolutamente nada por ele!). Choramos muito mais pelos rostinhos lindos dos bichinhos do que pelo rosto feio e ferido do garoto abandonado. Para estes dedicamos um chiqueiro chamado CASA, não punimos os criminosos (capazes de votar, de casar, mas considerados irresponsáveis para pagar pelos crimes) e fazemos campanhas televisivas para arrecadar dinheiro e criar ridículas casas onde aprenderão tocar bumbo e dançar capoeira. Que cultura! Para os animais compramos fazendas e lhes damos o paraíso que não temos. Os valores de longo prazo de que a sociedade carece, que são a educação verdadeira, o exemplo, o ensino, a experiência, o equilíbrio, o cultivo da cultura, a educação continuada e de qualidade, esses tornaram-se opcionais faz tempo!
 
Bem profetizou Isaías, o profeta, sobre o nosso tempo: Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! (Is 5:20). O Apóstolo Pedro afirmou: Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, (2Pe 3:3). E Cristo categoricamente declarou: Digo-vos: Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18:8); e: E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. (Mt 24:12)
 
Para terminar: amo os animais. Quico, João Grandão, Nina e Pollyana são animais habitantes do meu lar. Mas eles não ofuscam os cuidados que tenho para com minha esposa, irmã adotiva e filha. Quem teme a Deus cuida bem de seus animais. Mas quem teme a Deus zela pelo próximo e investe em gente e na proporção que gente precisa receber. Assim, lamento o acidente dos suínos, mas choro (e muito!) por mais um louco que matou pessoas com a facilidade do manuseio de uma arma. A vida humana não pode ser tratada dessa forma!
 
Chega de chacinas. E que façamos "vaquinhas" para ajudar gente que sofre também!
 
Wagner Antonio de Araújo

26/08/2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

memórias literárias - 234 - A ORIGEM E A ANÁLISE BÍBLICA DO CARNAVAL


A ORIGEM E A ANÁLISE BÍBLICA DO CARNAVAL
234
16/02/2012
PR. WAGNER ANTONIO DE ARAÚJO
IGREJA BATISTA BOAS NOVAS DO RODOANEL -
CARAPICUÍBA - SP - BRASIL
ASSISTA:

O TEXTO:

A ORIGEM DO CARNAVAL


4 mil a.C. - antigo Egito - culto a Isis - rituais agrários - colheitas de grandes safras
pintavam os rostos, dançavam, bebiam.

rituais pagãos - festas e orgias romanas
deus Pã e Baco - Pã (Lupércio) deus dos bosques e florestas
Baco - Dionísio - deus das festas, da intoxicação, da bebedeira, do lazer

Lupercais, Bacanais e Dionísicas

O povo de Israel, no deserto, ao aguardar por Moisés, que demorava no monte, decidiu criar um bezerro de ouro e realizar uma "festa", cujos sintomas eram exatamente o das festas egípcias: bebedeira, orgias, descontroles morais. (conforme (Ex 32:6) E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.

Nos primeiros séculos da Era Cristã

O Carnaval começava após o ano novo e Dia de Reis, mas acentuava-se próximo do período da Quaresma, principalmente na chamada "terça-feira gorda", que era o último dia em que os cristãos podiam comer carne à vontade. Daí pra frente a igreja insistia num jejum e abstinência de prazeres e comidas.


Na Idade Média

Jogos e disfarces.
em Roma: corridas de cavalos, carros alegóricos e guerra de confetes nas ruas.
O Papa Paulo II criou o BAILE DE MÁSCARAS no século XV...

As máscaras mais famosas são confeccionadas em Veneza e Florença. Eram símbolos de sedução.

COMÉDIA ITALIANA - grupo teatral que instalou-se na França para difundir COMMEDIA DELLARTE, peça italiana, onde havia 3 personagens:
PIERRÔ - Ingênuo, sentimental e romântico, apaixonado pela COLOMBINA.
COLOMBINA - Caricatura das antigas criadas de quarto, sedutoras e volúveis.
ARLEQUIM - amante de Colombina, inimigo de Pierrô, é o palhaço farçante e cômico.

na EUROPA:

Entrudo: ritual carnavalesco, significa entrada, início, começo da Quaresma. Existe desde 590 d.C.quando o Carnaval Cristão foi oficializado.
o povo comia e bebia até cair, para compensar o jejum que viria.
com o tempo tornou-se bruto e violento, tendo seu ápice em Portugal, nos séculos 17 e 18, onde homens e mulheres atiravam água suja, ovos podres, guerra de laranja, restos de comida, além de todo tipo de abusos, imoralidades e atrocidades.
no Brasil
origem portuguesa
chegou com as caravelas.
recebeu influência das mascaradas italianas.
só no século 20 recebeu a influência africana.

1) O entrudo chegou ao Brasil em 1641 no Rio de Janeiro.
A Igreja Católica insistiu em mudanças.
Então a água suja foi substituida por água com perfume, originando o lança-perfumes, éter perfumado com perfume francês. Criado em 1885
No lugar das grosserias vieram as batalhas de flores e desfile de carros alegóricos de origem européia.
REI MOMO - inspirado nos BUFOS, atores portugueses, que faziam  comédias para divertir os nobres.
ZÉ PEREIRA - 1846 - tocador de bumbo. Deu origem às baterias
Origem da palavra Carnaval
Estudiosos divergem quanto a origem do termo Carnaval. Para uns, a palavra vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C. Uma outra versão é a de que a palavra Carnaval surgiu quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "qüinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente se abreviado para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialetos italianos (milanês, siciliano, calabres, etc..) e que significam ação de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum da Quaresma.

20 RAZÕES PELAS QUAIS O CRENTE NÃO DEVE TOMAR PARTE DA FESTA DO CARNAVAL

1) É uma festa pagã, com práticas pagãs. Será, porém, que, se de qualquer modo te esqueceres do Senhor teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu testifico contra vós que certamente perecereis. (Dt 8:19)

2) É uma celebração da carnalidade, da imoralidade. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1Jo 2:16)

3) É uma festa de práticas vergonhosas; E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. (Rm 6:21)

4) É uma permissão à imoralidade, à prostituição. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. (1Co 5:11)

5) É servir a dois senhores, à carne e a Deus. Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6:24)

6) É uma festa consagrada ao Diabo e ao pecado. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. (1Co 10:21)

7) É destrutiva à instituição familiar. Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará. (Hb 13:4)

8) É festa mundana. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1Jo 2:16)

9) Corrompe a sociedade.  Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. (1Co 15:33)

10) Escandaliza os que amam a Deus. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? (1Co 8:10)

11) Não edifica. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. (1Co 10:23)

12) Produz inimizade contra Deus. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tg 4:4)

13) É dar lugar ao Diabo. Não deis lugar ao diabo. (Ef 4:27)

14) É o ambiente consagrado às obras da carne. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, (Gl 5:19)Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, (Gl 5:20);Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. (Gl 5:21)

15) Incita ao pecado. Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior. (Jo 5:14)

16) É roda de escarnecedores. Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Sl 1:1)

17) Afasta a imagem de Deus do coração do homem. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2Co 4:4)

18) É prática dos que perecem. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. (Rm 8:8)

19) Corrompe a santidade. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (2Co 11:3)

20) É deste mundo e não tem parte com Cristo. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1Jo 2:16)

Que Deus nos abençoe, santifique e afaste de qualquer prática carnavalesca.

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel, Carapicuiba, São Paulo, Brasil.


Fonte bibliográfica histórica de pesquisa: www.areliquia.com.br

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...