quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

memórias literárias - 311 - O ÚLTIMO FORRÓ

O ÚLTIMO FORRÓ



O ÚLTIMO FORRÓ
311

Wagner Antonio de Araújo
O forró corria solto no centro da cidade, interior da Paraíba. O povo alegre dançava e fazia festa. A bebida rolava à vontade.

Zé Mutreta era o sanfoneiro afamado naquelas bandas. Tocava que era uma beleza. Gostava de desafios: “Se me pedirem uma música e eu não souber tocá-la, pago uma cerveja”. O povo não conseguia vencê-lo. Zé Mutreta tocava todas!

Numa noite dessas, já cansado de tocar, com vontade de dormir, começou a questionar-se: “Será que sou feliz?”

Nisso alguém gritou: “Tu sabes qualquer uma, seu menino?” “Sei qualquer uma, homem!” “Então toque aí FOI NA CRUZ, FOI NA CRUZ; essa você não sabe, pois é música de crente!”

Pois o Zé Mutreta tocou!  “Ó quão cego eu andei e perdido vaguei, longe, longe do meu Salvador! Mas da glória desceu e seu sangue verteu pra salvar um tão pobre pecador”... Zé Mutreta foi cantando e tocando. Lembrou-se da infância e da igreja, da Escola Dominical e dos conselhos do velho pastor: “Não vá pro Inferno, menino; converta-se a Cristo!”

“Foi na cruz, foi na cruz onde um dia eu vi meu pecado castigado em Jesus...” E subitamente parou. O povão, que dançava e até acompanhava a letra parou também e olhou pro sanfoneiro, que chorava ajoelhado. “Foi ali pela fé que meus olhos abri..” Zé Mutreta se levantou, enxugou os olhos e disse: “E agora me alegro em sua luz”. Em seguida, falou: “Esse foi meu último forró. Levei a vida toda como um pecador cego; esqueci as lições que aprendi na igreja. Mas hoje eu me entrego a Jesus e vou segui-lo, e sei que serei feliz, finalmente!”

Acabou-se o Zé Mutreta. Daquela noite em diante nascera o José Simão, homem de Deus.O sanfoneiro que se converteu no meio do forró.

O mundo passa e ilusões também. Mas aquele que se entrega a Jesus vive para sempre e tem a vida eterna. Converta-se hoje ao Senhor e seja feliz!

obs: este texto transformou-se num folheto.

sábado, 23 de janeiro de 2016

memórias literárias - 310 - NÃO DEIXE DE DIZER




NÃO DEIXE
DE DIZER
310

Não deixe de dizer o quanto alguém é importante, é capaz, é competente, é bondoso, seja no exercício de uma função, na condução de uma missão ou nas coisas simples da vida. Palavras assim estimulam quem ouve e fortalecem o amor no coração de quem as pronuncia.
Não deixe de dizer que gosta, que ama, que admira, que aprecia, que estima. Amanhã, quando essa pessoa partir, será tarde demais para falar e a sua consciência irá doer pelo resto dos seus dias. Fale à sua mãe o quanto aprecia tudo o que tem feito por você, desde a concepção, o parto e os primeiros cuidados, até os dias de hoje. Agradeça ao seu pai pelos calos que ele carrega em suas mãos para poder trazer a comida e o conforto em casa. Agradeça aos seus irmãos mais velhos por terem cuidado de você e aos mais novos por terem lhe inspirado a continuar. Agradeça ao vovô, aos seus tios e até a sua sogra! Bendiga a sua esposa por ser tão maravilhosa e tornar sua vida mais completa! Levar toneladas de flores ao cemitério, criar ruas e avenidas com o nome de alguém ou organizar fundações em homenagem não substitui um olhar sincero, humilde e verdadeiro de quem diz que ama, que gosta, que admira, que estima.
Não deixe de observar o progresso. Às vezes alguém esforça-se tanto por fazer algo melhor do que antes e nós simplesmente não apreciamos o fato. Talvez porque achamos que ainda não está perfeito; talvez porque não consideremos importante aquilo que se executou. Mas lembremo-nos de que foram esses estímulos pelo progresso realizado que nos ajudaram na alfabetização, no conhecimento, na melhora da performance. Lembremo-nos daquela professora admirada com a primeira palavra que escrevemos, daquele professor que admirou a nossa frase bem escrita ou a conta bem resolvida, daquele treinador que nos encorajou pelo esforço realizado. O progresso aumenta na medida em que somos encorajados pelos passos que já foram dados!
Não deixe de abrir a sua boca em palavras de encorajamento, palavras de fortalecimento, palavras de afeto, ternura e apreciação. Uma boca cheia de palavras sinceras dessa qualidade assemelha-se a pistola de pintura, que cobre um muro feio e desbotado da mais bela tinta multicor! Nossas palavras boas dão acabamento àquilo que já está bom ou que tende a melhorar.
Não deixe de dizer ao seu pastor o quanto ele é importante para você e para a igreja onde congrega. Diga-lhe o quanto tem sido importante ouvir a pregação domingo após domingo e o quanto tais mensagens têm sido preciosas para o seu crescimento espiritual. Não deixe de agradecer ao seu professor da Escola Bíblica Dominical pelas aulas bem preparadas e bem apresentadas que ele, domingo após domingo, apresenta à sua classe. Não deixe de agradecer ao regente e ao instrumentista por tornarem os louvores cantados tão belos e tão harmoniosos nos cultos e nas reuniões. Não deixe de agradecer aos introdutores de sua igreja a paciência e a constância de seu trabalho à porta e na recepção das pessoas. Não esqueça de agradecer aos faxineiros, aos que cuidam das crianças, aos que tomam conta dos carros e aos que dão caronas aos que estão sem veículo!
Não deixe de dizer a Deus o quanto Ele é importante para você e para o mundo. Não deixe de dizer a Cristo o quanto você é grato por Ele ter morrido na cruz por seus pecados e ressuscitado para a sua salvação. Não deixe de dizer ao Espírito Santo que você glorifica a Jesus pela presença dEle lhe encorajando, lhe dotando para o serviço e lhe confortando nas horas mais necessárias. Lembre-se de que o verdadeiro louvor é, antes de mais nada, FRUTO DE LÁBIOS, fruto de expressões de quem diz, quem reconhece, quem agradece! Mesmo o mudo pode fazê-lo na mente e no coração.
Por fim, não deixe para dizer as coisas quando não for mais possível. Não espere ficar velho o bastante para ver seus amigos, parentes e conhecidos partirem, ou adoecer e não poder mais expressar-se com toda a nitidez mental. Não espere todos irem embora para falar-lhes o que realmente era importante. Diga o que tem que ser dito, diga com amor, com carinho, destacando as coisas boas e enaltecendo a graça de Deus na vida de quem está ao seu lado.
NÃO DEIXE DE DIZER!
Wagner Antonio de Araújo
23/01/2016

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

memórias literárias - 309 - CORAGEM PARA TESTEMUNHAR A SUA FÉ

CORAGEM PARA TESTEMUNHAR A SUA FE

 
 

 
Conquanto esta aula apresente o ponto de vista batista (o autor é convictamente um  batista), certamente haverá coisas importantes para quaisquer irmãos em Cristo, desejosos de proclamar corajosamente o Evangelho. (N.A.)

CORAGEM
PARA
TESTEMUNHAR
A
SUA
309
         
 
Mateus 28.18-20
 
(UMA AULA PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL)


Leituras bíblicas na semana

Segunda-feira:               Lucas 10.1-12
Terça-feira:                  Lucas 10.13-20
Quarta-feira:                       Atos 1.6-11
Quinta-feira:                    Atos 11.19-26
Sexta-feira:             Romanos 10.11-15
Sábado:                      2 Timóteo 1.1-5
Domingo:                   Mateus 28.18-20

INTRODUÇÃO
 
Quando eu ainda era adolescente, aconteceu um fato muito interessante. Havia poucos dias em que eu me convertera a Cristo, e o interesse em saber quem eram os colegas crentes na escola era muito grande. Numa noite, na fila da lanchonete, um dos meus colegas, famoso por ser da “turma do fundão”, dos “bagunceiros”, chamou-me de lado e disse ao meu ouvido: “-Não conte para ninguém, mas eu sou um crente batista.”

Jesus não chamou ninguém para ser seu “agente secreto”. Para Ele, os Seus seguidores deveriam proclamar explicitamente a sua fé, a sua confiança em Seu Nome.

Muitos têm perdido a própria vida por causa do Nome de Jesus. Na verdade não perderam realmente nada, pois Jesus afirmou: ‘Quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á”. ( Mateus 10.39). Outros têm sofrido pressões, perdido promoções profissionais, enfim, o mundo tem feito de tudo para desanimar os seguidores de Jesus Cristo. Mas não importa. A promessa de Jesus é real e verdadeira: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). Aleluia!
 
 
O CONTEXTO
 
Jesus havia sido crucificado em favor de nós como o “Cordeiro de Deus”, pagando Ele mesmo o preço pelos pecados da raça humana. Tínhamos uma dívida incalculável para com Deus, algo que jamais poderia ser pago. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 3.23). Somente Jesus poderia dar a vida e obtê-la de volta. Somente Ele poderia morrer sem merecer. E assim foi. Com Sua morte Ele pagou a nossa dívida. Ao terceiro dia saiu da sepultura, ressurreto, vivo e transformado, para nunca mais morrer. Durante 40 dias apareceu aos seus apóstolos, ora particularmente para alguns, ora à todos eles; ora apenas falando, ora comendo com eles. No entanto, era chegada a hora de subir aos Céus e sentar-se à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, para retornar no final dos tempos em juízo. Seus discípulos deveriam ficar e cumprir Sua ordem, a qual costumamos intitular de "A GRANDE COMISSÃO".
 
Eles deveriam ir à todas as nações, isto é, a todos os povos, raças, tribos e reinos da Terra. Estamos em 1996 (ano em que escrevi esta lição), e ainda há muitos povos não alcançados (hoje, 1997, após um ano, ouço falar sobre o descobrimento de novas tribos selvagens no grande Amazonas, tribos ferozes e desconhecidas, talvez até canibais!). Jesus disse que deveríamos ir e realizar uma grande Obra, composta de 3 importantíssimas tarefas. À luz de Mateus 28.18-20, vejamos quais são elas:
 
I - TESTEMUNHAR A FÉ É PREGAR O EVANGELHO
 

Jesus disse: “Pregai o Evangelho a toda criatura”. Pregar é anunciar, proclamar, divulgar.
 
Jesus mandou que pregássemos a Sua Palavra. Enquanto escrevo (estou em Orlando, EUA), contemplo pessoas na piscina lá embaixo. No outro lado da rua há 2 torres de ferro, com cabos de aço, onde os jovens pagam 10 dólares para serem jogados lá de cima, numa queda de 30 metros, vivendo a sensação de “pêndulo de relógio”, de um lado para o outro. No entanto, ao abrir a gaveta do criado-mudo do hotel, encontro uma Bíblia dos Gideões (missão internacional de divulgação da Palavra de Deus, através de Homens de Negócio). Os 10 dólares gastos lá fora para sentir-se  pêndulo por 3 minutos, foram investidos por outros na confecção de 10 bíblias para hotel, antecipando, assim, o pêndulo do relógio de Deus para a volta do Senhor Jesus Cristo. Também tenho conhecimento de um outro fato: os irmãos de High Point, na Carolina do Norte, estão se preparando fervorosamente para a campanha evangelística de Billy Graham em setembro de 1996. Ele irá ao estádio pregar o evangelho. Mas, afinal, o que é “pregar” o evangelho ?

Pregar o evangelho é falar a todos os homens e mulheres 9 verdades fundamentais:
1. Deus nos criou para Sua glória;
2. O homem pecou contra Deus, desobedecendo-O, entristecendo-O;
3. O salário (pagamento, fruto) do pecado é a morte;
4. Morte é inferno, é separação eterna entre Deus e o homem;
5. Deus nos amou e nos ama infinitamente, não desejando que venhamos a perecer
6. Jesus Cristo veio ao mundo para nos salvar (libertar do pecado e nos fazer totalmente dedicados a Deus, transformando o nosso intelecto, a nossa vontade e as nossas emoções);
7. Para sermos salvos é necessário que nos arrependamos dos pecados e tenhamos fé no Nome de Jesus.
8. Aqueles que confessarem a Cristo como Salvador e Senhor serão salvos;
9. Qualquer pessoa pode ser salva agora, neste exato momento!

Não importa em que ordem se diga isso. O importante é conduzir as pessoas à fé em Cristo e, ao mesmo tempo, ao arrependimento dos pecados. Podemos divulgar essas boas notícias através de folhetos, músicas, peças teatrais, mímicas, livros, filmes, INTERNET, usando todo e qualquer recurso que os meios de comunicação nos proporcionem. É necessário, contudo, que se use de ordem e decência no pregar o evangelho, para que a liberdade não se transforme em libertinagem. Decência e ordem são primordiais (I Coríntios 14.40). É pena que os chamados “roqueiros” de Cristo desconheçam este texto das Escrituras, pois, juntamente com o Evangelho vem o abandono do pecado, dos paradigmas antigos, do mundanismo. Infelizmente alguns têm ensinado o povo a "acostumar-se com o pecado", não a abandoná-lo...

Você pode pregar o evangelho, aproveitando o tempo livre com os amigos, colegas de escola,  serviço, etc. Há donas de casa que levam folhetos à feira e ao mercado, distribuindo-os aos comerciantes. Há operários que aproveitam a hora do almoço para falarem do amor de Deus aos companheiros. Há chefes de família que presenteiam amigos e vizinhos com exemplares das Escrituras Sagradas. Outros dão literatura aos frentistas nos postos de combustível. Adolescentes presenteiam adesivos bíblicos, fazem festivais musicais em praças ou oram publicamente, agradecendo a refeição, nos lugares onde comem. Falar de Jesus: é disso que o Brasil precisa!
 
II - TESTEMUNHAR A FÉ É  SER BATIZADO
 

“Batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. É bom frisar que devemos batizar os discípulos, e não as nações, como consta na tradução revista e corrigida de João Ferreira de Almeida. Jesus mandou batizar os convertidos. “Batismo” significa “mergulho” na língua grega, e simboliza “sepultamento”. O texto de Romanos 6.3-5 deixa isso bem claro. Cristo morreu e foi sepultado. Nós também, ao entregarmos a vida para Ele, morremos para os velhos hábitos, velha mentalidade, velha vida, velhos pecados, sendo sepultados simbolicamente nas águas batismais. Cristo ressuscitou ao terceiro dia e nós, simbolicamente, ao levantarmos das águas, simbolizamos a ressurreição, a novidade de vida. É um símbolo maravilhoso, de algo que aconteceu conosco no instante de nossa conversão (João 3.1-20).
Precisamos batizar as pessoas! O batismo é um compromisso público com Cristo. Ninguém deve ter responsabilidades ou privilégios de servir ao Senhor na igreja, se negá-Lo, rejeitando o batismo. Excetuando-se casos de impossibilidade física, rejeitar o batismo é rejeitar a Jesus, pois foi Ele quem ordenou tal cerimônia. A ordem bíblica é: ACEITAR A PALAVRA - SER BATIZADO - PARTICIPAR DA IGREJA (Atos 2.38-42). Mudar a ordem dos fatores é ir contra a Bíblia! Às vezes acabamos por aceitar as pessoas em nossa comunidade, com  direitos de comunhão, quando, na verdade, a estamos prejudicando, pois fazemos com que pense estar tudo bem, que tudo já está feito. Mas faltou o batismo, ordenança de Cristo, que simboliza a conversão.  A porta para o céu é a conversão a Cristo, mas a porta de entrada para a igreja local é o batismo. Se para ser salvo é preciso ser convertido, para ser membro, gozar da comunhão do Corpo de Cristo é necessário “vestir a camisa”, submetendo-se à profissão de fé e público batismo.

Através do batismo nos tornamos membros da igreja. Passamos a participar ativamente do Reino de Deus na Terra. Passamos a ter direito em participar da Ceia do Senhor. Também podemos, a partir daí, participar da vida administrativa da igreja, nas públicas assembléias, votando, sendo votados e expressando opiniões.

III - TESTEMUNHAR A FÉ É FAZER DISCÍPULOS
 
“Fazei discípulos... ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. Gary Kruhne, em seu livro “Discipulado Dinâmico”, cita uma interessante ilustração. Faz-de-conta que alguém acabou de ganhar um bebê. Então, para comemorar, os seus pais deixam bastante comida congelada no freezer e partem para uma longa viagem, deixando-o sozinho. Você acha que o bebê saberá se cuidar? Você acha que ele sobreviverá? O que é necessário para que um bebê se desenvolva? Alimento, higiêne, conforto, segurança, atenção, etc. Ora, alguém que aceita a Cristo como Salvador também pode ser comparado a um bebê, uma criancinha, um recém-nascido em Cristo. Mas nós o tratamos como se já tivesse 10 anos de vida cristã, como se já fosse maduro. É como se déssemos a um bebê uma cumbuca de feijoada, uma panela de mocotó, uma bacalhoada! Ele morreria!

Existem recém-nascidos em Cristo. Você sabia? Veja o que diz a Palavra de Deus: “...Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite...” (I Pedro 2.2). Ele se refere aos novos convertidos. Precisam de leite, isto é, atenção, doutrinas elementares, exemplos para seguir. Precisam dos “rudimentos da fé”. São os caçulas na família de Deus.

Há três tipos de crentes: os “filhos”, os “jovens” e os “pais” (I João 1.12-14). O que vem a ser isso? DISCIPULADO! Sim, o método mais antigo e mais eficiente de tornar alguém amadurecido na fé cristã. Leia II Timóteo 2.2: “E o que de mim ouvistes entre muitas testemunhas, isto mesmo transmite a homens fiéis e idôneos, para também ensinarem a outros...”. Como isso funciona?

Primeiro você é “filho”. Será discipulado por alguém que já é maduro em Cristo. Estudará a Bíblia, imitará o seu exemplo e acatará seus conselhos bíblicos. Depois você se torna um “jovem”. Já está avançando no conhecimento da Palavra de Deus, na maturidade cristã, já produz frutos, já sabe e consegue andar sozinho. Já está pronto para "reproduzir-se" , isto é, fazer outros discípulos para Jesus.

Finalmente você se torna um “pai”. Já amadureceu, já tem alguém aprendendo a bíblia com você, que poderá seguir o seu exemplo e que desenvolverá o mesmo processo que desenvolveu desde quando era um “filho”.

Isto pode ocorrer como um processo natural ou como um projeto. Quando uma igreja é pequenina e com muitos novos convertidos, até que se alcance esse estágio, o trabalho tem que ser implícito nas atividades normais, pois, caso contrário, ocorre um “afogamento” dos novos crentes, um excesso de compromissos, uma militarização do Reino de Deus, o que não é útil nem edificante. Lembremo-nos que a Igreja é a família de Deus, não um campo de prisioneiros. Regras sim; métodos, sim; exageros, não!
 
CONCLUSÃO

Para esse tipo de cristianismo é preciso ter muita coragem. Estive pregando numa grande igreja, na cidade de Huntzville, no Alabama, EUA. O templo deveria comportar umas 1500 pessoas. O órgão eletrônico valia 35 mil dólares. Haviam tantas salas, pianos, geladeiras, equipamentos, que daria para sediar a prefeitura de Osasco, cidade paulista onde sirvo ao Senhor. No entanto, com 1200 membros, 300 a freqüentavam e, no ano passado (1995), houvera apenas 10 batismos...

Enquanto todos viviam suas vidas indiferentes e cheias de pecado, Noé fazia questão de ser diferente, de ter coragem para testemunhar sua fé no Deus Criador. Resultado: Somente ele e sua família foram salvos do Dilúvio. Ele não ligava para risos, chacotas, zombarias ou perseguições. Ele tinha coragem para testemunhar sua fé.

E você? Já possui essa coragem? Já assumiu todo o testemunho necessário? Prega o evangelho? Foi batizado? Está crescendo em sua vida cristã? Que Deus o ajude a ter essa coragem. Amém!

Pastor Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas, Osasco, SP.
Membro 1402 da OPBB-SSP
esta aula foi escrita em 1996, em Orlando, U.S.A.

memórias literárias - 308 - CORAGEM PARA SER CRISTÃO

CORAGEM PARA SER CRISTAO
 
CORAGEM
PARA SER
CRISTÃO
Lucas 9.57-67
308
                          

(UMA AULA PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL)


Leituras bíblicas na semana
 Segunda-feira:       Lucas 9.23-27
Terça-feira:             Lucas 9.57-62
Quarta-feira:             Marcos 8.34-38
Quinta-feira:               Marcos 10.25-31
Sexta-feira:                II Timóteo 2.1-13
Sábado:                  Lucas 18.24-30
Domingo:              Hebreus 2.1-3
INTRODUÇÃO

Para tudo na vida é preciso ter coragem. Aprendemos desde pequenos a enfrentar o medo, as situações desconhecidas, as barreiras, e a superar as nossas limitações. Quando crianças enfrentamos o medo de escuro, de tomar injeções, de andar sozinhos. Depois criamos coragem para ir aos parques de diversões ou piscinas. Na escola enfrentamos a realidade de ficar sozinhos, longe dos pais por algumas horas diárias. Quando jovens enfrentamos a puberdade com todas as alterações bruscas provocadas em nosso corpo. A vida é uma sucessão de experiências, onde aprendemos coisas novas, fazendo escolhas.

Para ser cristão também é preciso ter coragem, muita coragem. Em nosso mundo ocidental dificilmente entendemos o que venha a ser isso, mas, no mundo islâmico, hindu ou comunista, a coragem é primordial para alguém converter-se a Cristo. Pessoas convertidas perdem empregos, sofrem perseguições, são expulsas da escola e podem chegar a ser presas. Seus bens podem ser confiscados, podem sofrer torturas físicas ou psicológicas, e até morrer! A Missão Portas Abertas possui muitas informações sobre a chamada “Igreja Sofredora”. Faríamos muito bem em conhecê-las e orar pelos cristãos que sofrem. Porém, no mundo ocidental, também é preciso coragem para ser cristão. Seja aqui (EUA), no Brasil, Europa ou qualquer outro lugar. Para ser um cristão verdadeiro, autêntico, é preciso ter coragem. Vejamos em que aspectos precisamos tê-la:

O CONTEXTO

Jesus caminhava para outra aldeia samaritana. Os samaritanos eram judeus mestiços e não tinham amizade com os judeus puros, pois estes os consideravam inferiores. Eram mestiços porque misturaram-se com os gentios (não judeus) na época do exílio (587 a.C.). Jesus estava indo para Jerusalém e deveria passar por uma aldeia samaritana. Os discípulos foram à frente para proverem pousada, mas não foram bem recebidos. Tiago e João ficaram deveras irados, como eu e você também ficaríamos. Pediram a Jesus para fazer descer fogo do céu, como Elias fizera no passado. Creio que nós não chegaríamos a tanto, não é mesmo? Jesus, todavia, os repreendeu duramente, pois este não era o espírito de Sua mensagem. Rumaram então para outra aldeia. No caminho ocorreram três diálogos, que nos apontam para a coragem exigida por Jesus da parte dos seus seguidores.

I - CORAGEM PARA SER PEREGRINO (LC 9.57-58)
 
O primeiro diálogo é entre Jesus e um provável jovem. Sim, pois os jovens são imbuídos deste espírito romântico e aventureiro. Palavras poéticas, dignas de serem ditas com um fundo musical especial: “Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores!” Poderíamos imaginá-lo seguindo a Jesus pelas campinas, vales, montanhas, praias cidades, campos, etc. Esse tipo de palavras é muito bonito, mas nem sempre corresponde à verdade. Muitos jovens dizem isto às pessoas que pensam amar, mas acabam não se casando com elas. Jesus bem sabia o que era a fraqueza humana e, ao invés de elogiá-lo por tal expressão, trouxe-o à realidade fria do alto custo por seguí-Lo:

“As raposas têm seus covis...” - Jesus poderia estar se referindo ao poder político nas mãos de Herodes, um idumeu esperto, que se valia do prestígio de Roma, para dominar os judeus. Os amigos de Herodes, como por exemplo os sacerdotes, os saduceus, obtinham favores e vantagens diversas. Certa feita, num desabafo, Jesus chamou Herodes de “velha raposa”! “...As aves têm seus ninhos” - Pássaros constróem ninhos longe da cobiça de outros animais, em lugares seguros e altos. (enquanto transcrevo estas lições escritas no ano passado, contemplo um ninho que os pássaros fizeram no pé de louro, aqui no jardim de casa, bem no alto!). Roma tinha a águia como símbolo de sua força, que alçava vôos altíssimos e construía ninhos nas altas rochas. Quem era à favor de Roma contava com segurança e proteção. Pilatos a representava entre os judeus, e Jesus poderia estar se referindo a este poder político, poder que perverte as pessoas, no afã de receberem proteção e poder.

“...Mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” Jesus não possuía palácios, nem exércitos, nem prestígio ou poderio humano. Ele não poderia pagar a esse moço nenhum salário, nenhuma benécie. Os discípulos esperavam que Jesus fosse um rei terreno, que dominasse o mundo através da força, mas Jesus mostrava um poder diferente, um Reino que não era deste mundo. Jesus não tinha um palácio do governo, não tinha prestígio internacional e, provavelmente, não daria cargos aos seus seguidores. A questão colocada era se, subtraídos estes interesses, o moço ainda desejaria seguir a Jesus Cristo. Será?

Quantas pessoas procuram a Jesus Cristo para obter favores, vantagens, poder político, cura de enfermidades, ou, como outros, poder para realizar milagres. Querem Jesus para obterem coisas através dEle. Para estes, Jesus mostra a dura realidade: seguí-Lo é carregar a cruz, é renunciar ao mundo, é ser, muitas vezes, vítima da indiferença dos amigos e familiares. Devemos seguir a Jesus conscientes disto. O nosso lugar não é aqui. Nosso lugar é o Céu. A nossa pátria definitiva é lá. A nossa riqueza deve ser armazenada lá
.
 
 
II - CORAGEM PARA PRIORIZAR O REINO DE DEUS (Lc 9.59-60)

Outro diálogo de Jesus. Desta feita Ele convida alguém para seguí-Lo. Porém, este outro é mais realista e apresenta a Jesus uma grande dificuldade: tinha o pai para sepultar. Sim, nada mais justo. Não se pode esperar para sepultar a alguém. Já pensou embrulhar um defunto e guardá-lo no guarda-roupas, em casa?!

No entanto, seguindo Keneth Bayley, autor do livro A POESIA E O CAMPONÊS, o sentido daquilo que o moço dizia era outro. Provavelmente ele estaria dizendo que “ficaria com o pai até que esse viesse a morrer”. Sim, ele queria seguir a Jesus, mas a prioridade de sua vida era cuidar de seu pai. Tal tarefa era mais importante. Oh, como encontramos pessoas assim também, que preferem agradar os seus pais, suas famílias, ao invés de agradarem primeiro a Jesus Cristo! Preferem manter a tradição religiosa, a posição social, os relacionamentos diversos, do que deixar tudo isto de lado por Cristo!

Somos assim também. Talvez o pai com quem ficaríamos até morrer são as desculpas que damos a Deus em tantas ocasiões. Não podemos serví-Lo, porque trabalhamos demais, porque a nossa profissão não permite, porque moramos longe, porque nossas agendas andam repletas, etc, etc, etc. Muitas vezes dizemos que só quando nos aposentarmos é que Jesus Cristo poderá esperar alguma coisa mais de nós...

“Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” - palavra firme de Jesus. Deixa que os que não têm vida cuidem de suas prioridades mortas, inferiores. Deixe para trás as coisas secundárias. Dê o seu melhor para Cristo. Se alguma coisa o está atrapalhando de seguir plenamente ao Senhor, renuncie esta coisa e dê prioridade ao Reino de Deus.
 
III - CORAGEM PARA NÃO OLHAR PARA TRÁS (LC 9.61-62)

Terceiro diálogo. Alguém se oferece para seguir a Jesus, mas pede autorização para despedir-se primeiro de seus queridos familiares. Algo natural, justo e humano, não acham? Quando deixei o Brasil (estou em Orlando, nos Estados Unidos da América, enquanto escrevo este texto), fiquei muito feliz quando irmãos em Cristo vieram se despedir de mim no Aeroporto Internacional de Guarulhos, SP. O que aquele jovem estaria pedindo, que eu não pediria também?!

Provavelmente era algo mais que simplesmente dizer adeus aos familiares. Ele desejava ficar! Sua despedida seria trágica, como se estivesse sendo condenado à pena de morte. Daria um adeus à vida. “Adeus, queridos pais; adeus; adeus, lar, doce lar; adeus, mundo amado e querido...” Certamente ele carregaria consigo uma tristeza imensa, uma dor intensa, uma saudade profunda de tudo que deixou para trás, de tudo que deixou de ter, de fazer, de viver, pelo fato de ter que seguir a Cristo.
 
“Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o Reino de Deus”. Seguir a Jesus e continuar chorando pelo que deixou é perda de tempo. Já pensou alguém se casar e viver chorando pela saudade do tempo de solteiro, ou de alguma pessoa que fez parte de sua vida? Seria um inferno, não é mesmo? Aqui nos Estados Unidos alguns brasileiros falam mal do Brasil. Passam uma imagem negativa de nossa amada terra. São maus brasileiros. Deveriam deixar definitivamente o país, pois, afinal, não podemos ter dois senhores, dois amores. Não se pode ter Jesus e continuar com os santos, as santas, as “senhoras”, os guias, os orixás ou outras aberrações quaisquer. Não se pode ter a Jesus e sonhar com os prazeres do pecado ou das paixões infames. Ou ficamos com Cristo em Seu Reino para sempre, ou escolhemos as trevas e o deixamos para sempre.

Jesus contou uma parábola onde uma pessoa possuía muitíssimas pérolas. Elas valiam muito. No entanto, certo dia encontrou uma pérola preciosíssima, cujo valor excedia a toda a riqueza que possuía. Tomando suas pérolas, vendeu-as e adquiriu aquela que era mais que especial. E ficou muito feliz com o negócio realizado. Há irmãos que vendem carro, telefone ou outros bens valiosos, para aproveitarem uma oportunidade e comprarem a casa própria. Outros deixam muitos gastos para se dedicarem aos estudos. Já pensou se fizessem isso com tristeza? Mas não ficam tristes com isso. Se você está seguindo a Jesus, não pense nas coisas que deixou para trás, mas naquelas que recebeu e ainda receberá! Aliás, nossa herança não está aqui, mas no Céu, no Reino de Deus! O melhor está por vir! Com Cristo obtemos a vida eterna, o perdão de todos os nossos pecados, o direito à ressurreição da carne, num corpo imortal e transformado, uma grande família de irmãos, poder para vencer as tentações, e tantas coisas mais! Não é maravilhoso? Então, se Jesus é melhor, por que chorar pelo que ficou para trás? Jesus é melhor, sim, melhor que ouro ou bens! Aleluia!
 
CONCLUSÃO

Ouvi certa vez um testemunho de coragem cristã, numa conferência missionária. Aconteceu certa feita, num país distante e de governo comunista, onde o evangelho não tinha permissão de existir e sofria duríssima perseguição, que uma igreja se reunia, escondida, na floresta. Eram cerca de 15 pessoas. Oravam, cantavam, realizaram batismos e aprendiam os ensinos de Cristo. O pastor estava pregando. Subitamente um grupo de 10 soldados invadiu o recinto, armados de metralhadoras e granadas. Mandaram todos para a parede, inclusive o pastor. O comandante avisou-os que não era permitido serem cristãos, e que deveriam imediatamente renunciar ao evangelho, pois, caso contrário, seriam mortos naquele instante. Porém, se obedecessem, teriam a vida preservada. Com vergonha e tristeza, o pastor deu um passo à frente, negou à fé e recomendou ao seu rebanho que fizesse o mesmo. Os irmãos, no entanto, repreenderam o pastor e desafiaram os soldados, mandando que atirassem logo, pois em breve estariam com o Senhor Jesus Cristo. Atônito, o comandante sentiu orgulho daquela coragem demonstrada, mas sentiu ódio daquele covarde ministro religioso. Numa decisão pessoal, mandou que aqueles crentes fossem embora, exceto o pastor. Ao saírem, o comandante disse: “Seu impostor: se você não tem coragem para ser um cristão, também não serviria para ser um comunista. Morra!”. E metralhou-o sem piedade.
 
Que lugar você ocuparia? O lugar do pastor ou o dos crentes? Que Deus o ajude a ter coragem, coragem para ser a cada dia um cristão autêntico e destemido, que vira as costas ao mundo e levanta o olhar para Deus. Que Ele o abençoe. Amém
 
 
 
Pastor Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas, Osasco, SP.
Membro 1402 da OPBB-SSP

esta aula foi escrita em 1996, em Orlando, U.S.A.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

memórias literárias - 307 - ALMA INSATISFEITA


 

ALMA
INSATISFEITA

307
 
Nada agrada. Nada alegra. Nada parece fazer sentido. Sons de riso, de festa, de celebração. Lá dentro, entretanto, um grande vazio, um grande nada. Para o mundo o rosto mostra harmonia, equilíbrio, otimismo. No coração, todavia, a tristeza de uma grande farsa. A alma está insatisfeita.
 
Pensou em progredir. E até conseguiu. Estudou. Formou-se. Trabalhou. Graduou-se. Acumulou recursos, comprou imóveis e veículos. Conseguiu ajuntar dinheiro e possuiu prestígio. Mulheres o desejaram; homens o invejaram; invejosos o criticaram; novatos queriam imitá-lo. Mas dentro da alma encontrou um caos sobrevivente: nada disso satisfez. Não via sentido em nada, não encontrava valor algum permanente. A força da conquista terminava no instante em que conquistava. O desejo de comprar morria com a compra.
 
Pensou em viajar. E viajou. Conheceu cada canto e recanto que havia por conhecer. Viu as praias, viu os sete mares. Viu montanhas e vales, picos e cataratas, aldeias e metrópoles. Sentiu o calor das zonas equatoriais e o frio dos polos. Viu a aurora boreal e também a noite sem fim do inverno nos países baixos. Bebeu os vinhos europeus, comeu os chocolates suiços e o queijo dos Alpes. Conheceu cada rua de sua cidade e ainda assim não conseguiu conhecer a própria alma, que teimava em não sentir qualquer felicidade, qualquer alegria constante e verdadeira. Seu coração estava solitário e vazio.
 
Tratou-se com amores. Conquistou todas as mulheres que desejou. Perverteu os seus caminhos e não limitou-se ao mundo feminino. Praticou toda sorte de prazeres físicos de que se tinha notícia. Experimentou todas as drogas, todas as dores e todas as alegrias. Explorou todo o universo da sensibilidade. E descobriu-se mais pobre do que nunca, vazio de corpo (destruído) e de alma (insatisfeito).
 
Refugiou-se na religião. Converteu-se a vários credos. Vestiu-se como um devoto. Carregou uma cruz às costas e pagou suas promessas. Decidiu fazer meditação e explorou as religiões orientais. Cheirou incenso e foi para as comunidades. Saiu delas e entrou para os evangélicos. Queimou rosas secas e fez desafios em fogueiras santas. Pagou votos e peregrinou pelas montanhas de oração. Desiludido, entrou para o espiritismo. Tentou psicografar, fez terapia, hipnose e descobriu que nada disso tinha sentido. O que a alma queria era suicidar-se. Afinal, por mais que se corresse atrás de algo, nunca encontrava a felicidade desejada. Morrer seria o melhor.
 
A alma insatisfeita queria terminar a jornada. Morando em SP, chegou ao Viaduto do Chá. Era noite e iria atirar-se na avenida que passava por baixo (antes da reforma do Anhangabaú). Seria rápido e eficaz, talvez demorasse uns minutos para morrer, mas seria fatal. Subiu ao muro e deu um último olhar. Nisso aproximou-se dele um transeunte, que lhe perguntou:
 
- Se for perder a vida, por que não fazê-lo por Jesus? O senhor já tentou de tudo, mas ainda não tentou Jesus.
 
- Como? Que invasão é essa? Deixe-me em paz! E para o seu governo eu fui evangélico!
 
- Mas não perdeu a vida por Jesus. E agora irá perdê-la sem Jesus. Que desperdício!
 
- Homem, perder por perder, que diferença isso fará?
 
- Com relação a morrer, nenhuma. Mas definirá o que virá depois disso, creia o senhor ou não creia. Antes de pular poderia dar-me 5 minutos de atenção? Se o que eu lhe disser for válido o senhor desce daí e não se suicida. Se não, eu irei embora e o senhor fará o que quiser. Pode ser?
 
O homem da alma insatisfeita aceitou. Sentou-se no muro e passou a ouvir aquele desconhecido. Com palavras simples ele lembrou-se de que Cristo dissera: "aquele que amar a sua vida mais do que a mim, não é digno de mim". Contou para ele que Cristo viera para saciar a alma insatisfeita e que ele estava a um passo de destruir essa chance. Falou sobre si próprio, cuja vida era tão vazia quanto a dele, falou das mulheres, das drogas, do crime e do satanismo com o qual se comprometera. E convidou-o para fazer uma última tentativa, agora com Cristo, de verdade.
 
- Fale agora de coração a Deus, dizendo que sua alma está insatisfeita. Diga para Ele que eu lhe apontei Cristo como a solução. Pede para que Ele envie agora o Espírito Santo em seu ser, recebendo Jesus como Salvador e Senhor. E eu lhe garanto que algo irá mudar aí dentro. E sua alma insatisfeita será saciada. Que tal? Se não der certo, o senhor pode me condenar e se matar à vontade. Mas se der certo, o senhor terá oferecido a sua vida com um propósito e com uma recompensa. Que tal?
 
Aquele homem da alma insatisfeita fez isso. Ao iniciar a prece sentiu-se absolutamente solitário e desiludido. Ao terminá-la sentiu-se diferente, um certo alívio tomou conta do coração. Acompanhou o desconhecido ao bar da Rua São Bento e, enquanto tomaram um café reforçado, o desconhecido lhe falou do amor de Deus. E despediram-se, para nunca mais se verem (até hoje).
 
O homem da alma insatisfeita tornou-se feliz. Tornou-se um crente, estabeleceu-se na vida, formou família e ao longo de seus anos ajudou outros de almas insatisfeitas a acharem na cruz de Cristo a razão de suas vidas. Ele ainda deseja rever o evangelista que o livrou da morte, mas talvez só o reveja no Céu, quando estiver com Cristo.
 
"Alma cansada, não desespere, espera em Deus,
Que Ele vem, que Ele vem te socorrer,
Espera em Deus, espera em Deus e no seu amor!"
 
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mt 16:26)
 
Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Lc 12:20)
 
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. (Mt 16:25)
 
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. (Jo 4:14)
 
Este texto foi inspirado numa história real.
 
Wagner Antonio de Araújo

11/01/2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

memórias literárias - 306 - TÃO MODERNO ...


TÃO MODERNO ...
306
 
Após 40 minutos na fila única do caixa, o gerente grita para os clientes:
- Infelizmente o sistema caiu e não tem previsão de voltar. Pedimos que voltem outra hora.
Um cliente, aborrecido, diz:
- Mas só quero levar esse pacote de sulfite, são R$ 8,00, já estou com o dinheiro contado!
- Sinto muito, mas sem sistema não podemos vender nada!
 
 
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O conferencista internacional, ovacionado pelos 2 mil pagantes naquela igreja famosa, prepara-se para falar. Liga seu tablet, aciona o datashow e exibe o primeiro slide. De repente a energia acaba. A igreja não tem gerador próprio. O conferencista grita então:
- Eu lamento, não posso dar-lhes o estudo que preparei. Tudo o que eu iria falar está no tablet e tudo o que iria mostrar está nos slides. Sem energia, sem palestra.
Um participante pagante, aborrecido, diz:
- Mas diga de cabeça o que lembra, não se importe com a ordem ou a estrutura, viemos aqui para ouvir-lhe!
- Sinto muito, mas sem tablet e sem datashow não sei falar nada!
 
 
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O culto começa. O "grupo de louvor" vai à frente. Mandam ligar microfones, guitarras, teclado, datashow e começam a exibir a letra. A energia acaba. Sem um prazo para voltar o diretor de música diz:
- Eu lamento, mas não poderemos cantar ao Senhor e nem levar a igreja a cantar conosco, pois todas as partituras e todas as letras para acompanhamento estavam no computador. Sem energia não dá.
Um cultuante, aborrecido, diz:
- Mas, irmão, tem dois violões aí, estão afinados e prontos para o uso! Toque os cânticos no violão e, se não se lembrar desses, cante um dos conhecidos por todos nós! Viemos para cantar ao Senhor!
Então o músico diz:
- Nossa música é técnica, é de qualidade, sem partitura e sem letra não sabemos tocar nada; não poderemos louvar ao Senhor hoje...
 
 
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O crente abre seu celular para ler a bíblia. O celular, já usado e com a memória carregada, tem um problema e trava irremediavelmente. Ele tenta de toda forma ligar, descarregar a memória, formatar, mas sem sucesso. Então diz para si:
- Eu queria muito ler a bíblia. Mas ela está na memória do celular e sem celular não tenho como lê-la. Portanto, fica para outra oportunidade, quando eu tiver dinheiro para comprar outro aparelho.
E o Espírito Santo lhe diz ao coração:
- E as palavras que lhe gravei na mente e na alma, não quer meditar nelas?
O crente então diz:
- Sinto muito, não sei meditar, só sei ler. E para ler preciso de um celular que funcione. Sem celular, sem palavra de Deus.
 
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Que mundo é esse?
 
Que mundo é esse onde o comércio só sabe funcionar com um sistema complexo e interligado, com conexões bancárias, de almoxarifado, de atendimento, de comércio exterior etc? Ninguém mais sabe escrever num papel o que comprou ou o que vendeu? Ninguém sabe fazer uma conta de cabeça ou dar um troco sem olhar o que o ecrã mostrou? Tem que olhar na tela? Sem sistema, sem comércio? Armazém cheio, loja cheia de gente, mas não se compra e nem se vende sem que se tenha "a senha, o número na testa ou na palma da mão?"
 
Que mundo é esse onde os pastores só pregam com um notebook no púlpito e um datashow ligado? Que pregadores são esses, que usam esquemas prontos, garimpados na internet, fruto de conferências de auto-ajuda ou de outros pregadores tão vazios quanto eles? Que mensageiros de palha são esses que não sabem dizer nada se não olharem para o papel ou entupirem o povo de figuras, de cliparts, de esquemas ou de slides brilhantes com efeitos? Não têm nada no coração? Não sabem ler a bíblia? Não podem pregar de cabeça? Estão vazios? São meros papagaios de pirata, repetindo tudo o que supostos prósperos já falaram?
 
Que mundo é esse onde os músicos só tocam profissionalmente, com equipamentos de última geração, com potências enormes e com performances previamente gravadas? Não sabem tocar um violão sem eletricidade, uma flauta, um piano, nada? Não sabem cantar nada que tenham aprendido para sempre? Não conseguem decorar as próprias letras? São escravos dos equipamentos eletrônicos? Suas letras não podem ser distribuídas em papel e o povo só pode vê-las se olhar na tela ou comprar seu cd? É isso a que chamam de louvor moderno? Tudo de forma eletrônica, tudo automático, tudo plástico e falso? Que glória humana de fumaça de neblina colorida é essa?
 
Que mundo é esse onde os crentes se satisfazem com uma bibliazinha de celular para a sua vida devocional? Não tem espaço para marcar, não tem páginas para anotar, não tem volume para levar, não tem nada, é apenas uma sopa de letras bíblicas no aparelho. Quando quebra, jogam fora e arrumam outra, às vezes igual, outras com música ou com paisagens, mas todas hermeticamente distantes, eletrônicas, que não entram no coração e nem sobem à mente! Não há mais amor pelo livro de Deus, pois qualquer tela abre qualquer bíblia, mas só quando há um aparelho e onde haja eletricidade para movê-lo! Sem energia, sem bíblia.
 
Tempos modernos! Tempos de tanta complexidade e de tamanha burrice! Tempos em que as máquinas fazem tudo e os homens não fazem mais nada! Tempos em que os motoristas não conhecem mais a cidade, apenas seguem um GPS sem alma. Tempos em que não se sabe fazer contas, apenas anotar o que a calculadora determinou! Tempos em que não se guarda mais a Palavra de Deus no coração, mas no computador, e, se o HD pifar, pifou também o alicerce da vida. Tempos em que somos meros escravos da tecnologia, onde não somos mais senhores do saber, onde não buscamos, pesquisamos, descobrimos, aprendemos! Nós não nos deslumbramos com mais nada! Tempos sem alma, sem vida, sem personalidade, sem Deus!
 
Tempos modernos! Preferia o tempo de outrora! Aliás, quando a energia elétrica falhar, somente os que não construíram a sua vida sobre essa tecnologia escravagista, poderão viver, progredir e desfrutar. O comerciante pode usar o sistema, mas tem que saber usar a caneta, o papel e a borracha também. O pregador pode usar a tecnologia, mas só como acessório, não como fundamento; ele tem que ter a palavra na mente e no coração, e tem que ser dele, não copiada de outro. O músico pode usar a tecnologia, mas se tudo falhar, um acústico com um violão surrado faltando cordas e uma alma tocada pelo Espírito Santo deve falar muito mais alto e ter muito maior potência! O crente pode ter a Bíblia no celular, mas jamais subsituir a sua bíblia de estudos, devocional, aquela que o acompanha à presença de Deus, pois com ela ele pode manter-se em contato com a voz de Deus, ainda que não haja energia elétrica. Pode manchá-la com suas lágrimas, pode anotar suas dúvidas, registrar suas experiências, enfim, pode fazer dela sua parceira que nunca pifa.
 
Estes tempos modernos são o pano de fundo para a vinda do iníquo. Um tempo onde ninguém poderá comprar ou vender se não tiver a marca da besta, o seu número na testa ou na mão, isto é, sua senha, seu password, seu login, estar NO SISTEMA. Quem for escravo do sistema sucumbirá com ele. Mas quem for inteligente e crente não ficará refém de um sistema que castra a inteligência, mas o usará (e não será usado).
 
Que possamos refletir com cuidado no mundo moderno no qual vivemos. Que não sejamos escravos dele, que não construamos a nossa espiritualidade em equipamentos que não funcionam sem energia elétrica. Que não vivamos na dependência de computadores e nem vivamos a olhar para um ecrã, para um monitor. Que os nossos olhos estejam em Deus, e, por causa disso, tenhamos olhos inteligentes, que sabem discernir, aprender, criar, distinguir e resolver.
 
Que Deus nos ajude!
 
Wagner Antonio de Araújo
05/01/2016
 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

memórias literárias - 305 - SÓ 200?

QUANDO DO TRÁGICO ACIDENTE DO AVIÃO DA TAM,
ESCREVI ESTE ARTIGO.
REENVIO-O PARA QUE A VIDA NUNCA SEJA ESQUECIDA!

 

 
 
Falando Francamente - número 8
18/07/2007
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SÓ 200?
- crônica de uma tragédia -
305
 

 
 
 
 
Minha cidade chora. Chora copiosa e tristemente. As águas que sobre ela caem, com nuvens que custam ir embora, simbolizam o que cada paulistano sente, ao saborear novamente o fel amargo da tragédia. São Paulo chora. E geme...
 
Tragédia avisada, denunciada, antecipada, temida, tragédia  sem importância aos imperadores deste país caótico e hipócrita, que embeleza os saguões e salas 'vip' dos aeroportos, e não se importa com com os sistemas de controle aéreo, que funcionam mal, tanto quanto os dos países mais pobres do planeta, aeroporto de  pistas alagadas, esburacadas e esfarrapadas, com obras entregues às metades, promovendo políticos promíscuos, bêbados de poder a qualquer custo!
 
Chora a cidade e choram mais de 200 famílias. Algo em torno de 200 pessoas morreram ontem. Um avião lotado, vindo de Porto Alegre, ao pousar em Congonhas, aeroporto de São Paulo, não conseguiu aderência à pista, escorregando por centenas de metros, e, ao que parece, numa última tentativa de evitar o mal anunciado, tentou subir novamente, vindo cair em cima da própria empresa que o administrava.
 
Meu Deus! Quantas vezes ouvimos dizer que a situação precária deste aeroporto prenunciava outro acidente de grandes proporções? Quantas vezes uma simples chuva interrompia pousos e decolagens, numa era moderna como a nossa, demonstrando estar o país regredido à era dos aviões de papel? Quantas denúncias recebia? Um dia antes outro vôo, da PANTANAL,  fez o mesmo caminho da morte, porém, dadas as condições, com poucos estragos. Mas deixaram como estava, não houve providência alguma, e agora eis aí, 200 mortos!
 
Não! Eu disse 200? De jeito nenhum. MUITO MAIS!
 
Há também 200 famílias que morrem. Pais que não chegarão mais em suas casas, filhos que não completarão seus estudos, mulheres que não realizarão seus sonhos profissionais e existenciais, funcionários que não galgarão mais seus degraus de progresso, cidades que não contarão mais com seus professores, médicos, bombeiros, homens do povo, mulheres que não educarão mais os seus filhos! Quantas famílias não terão mais a renda de seus familiares! Indenização? Sejamos honestos: alguns NUNCA as receberão, assim como famílias do acidente de 1996 não receberam e nunca receberão! Porque, para a empresa, o que vale é a vitória na justiça e o lucro no bolso, e que se danem os acidentados! Lei do capitalismo selvagem, onde canta de galo quem paga um advogado melhor...
 
E o que dizer das 200 histórias interrompidas? Quantos sonhos queimaram nas labaredas da Avenida Washington Luiz? Custou dominar as chamas, mais de sete horas de trabalho. Na verdade, a fumaça escura, cinzenta e mal-cheirosa era um protesto das duzentas vidas que não completaram seus sonhos: a formatura, o casamento, o nascimento ou a concepção do filho, a visita ao familiar, as férias de julho, a volta para casa, o regresso ao trabalho, a aposentadoria tão esperada! Lá se foram as histórias e os seus protagonistas, transformados em fumaça preta e fedor de carne queimante!
 
E o que falar das 200 agonias? Deus, o que passou pela cabeça do piloto, ao escorregar e arremeter novamente, vindo a cair? E os passageiros, já quase desafivelando seus cintos de segurança, ligando celulares, com pressa para desembarcar? De repente o avião sobe novamente, faz uma curva medonha e cai sobre um prédio! Ouço o grito das mães desesperadas, escuto o choro das crianças assustadas, vejo pessoas desesperados em chamas pelos corredores vermelhos de tanto fogo, nas labaredas da grande explosão de combustível; observo aqueles dois religiosos rezando e outro crente orando, buscando ou um milagre ou pedindo uma morte indolor, azul de medo, vermelho de dor!
 
E agora, INFRAERO? E agora, Governo Federal? E agora, TAM? E agora, responsável por Congonhas? E AGORA, BRASIL???
 
Enquanto me lembro do tempo de criança, quando cantávamos ESTE É UM PAÍS QUE VAI PRA FRENTE, agora lamento muito e transformo a frase em ESTE É UM PAÍS QUE CAI PRA FRENTE... Deus do Céu, mais um acidente aéreo!
 
Mas não é só São Paulo que lamenta. O Brasil lamenta. A América Latina lamenta. O mundo lamenta. Afinal, cada país tem seu histórico de tragédias aéreas, e sabe o quanto custa e que muitas são realmente fatalidades. Porém, nós, que somos brasileiros, podemos numa auto-crítica e numa lavagem de roupas em casa, dizer: CHEGA, BRASIL! Qual vôo será o próximo? Os que eu tomar? Os do meu irmão e seus funcionários viajores? Os do meu próximo? Ou outro de desconhecidos pessoais? Não há desconhecidos, pois todos somos interdependentes, e a dor das famílias que agora sofrem no hotel, com a notícia fatídica, é também a dor de todos nós, pais, mães, cunhados, irmãos, genros, sogras, tios, pastores, padres, vizinhos, colegas, amigos!
 
Eu, como cristão, crendo completamente no futuro, mas no futuro de uma Nova Terra, e na tragédia aumentante nesta, com o cumprimento de tudo o que Cristo disse que iria acontecer, só posso vislumbrar o crescente tumulto como um aviso: CRISTO ESTÁ VOLTANDO! É hora de preparar-nos,  pois ele pode vir a qualquer tempo e em qualquer circunstância, sob a égide de qualquer governo, em qualquer lugar. Hoje morreram passageiros e tripulantes, mas também funcionários de um prédio e transeúntes que nada tinham a ver com isso. Estaremos nós preparados para o encontro? Estaremos prontos para morrer?
 
Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor. (Jr 22:29)
Prepara-te para te encontrares com o teu Deus. (Am 4:12)
Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Lc 12:20)
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. (Mt 6:20)
 
Parafraseando Getúlio Vargas, são 200 pessoas que deixam a vida para entrar na História. Trágica história de um acidente previsto, anunciado e tetricamente aguardado. Mais uma efeméride maldita para este país que chora!
 
Que seja o último desse tipo, pois, em pleno século XXI, não é aceitável ter uma aviação regressiva e de botar medo no mais corajoso piloto, que reclama à torre o trabalho aflitivo de pousar a aeronave numa pista molhada. Que seja o último numa era de tecnologia, que não foi capaz de sinalizar suficientemente que o aeroporto tinha que estar fechado, ou com um comando covarde, político e hipócrita, que, amedrontado pelas hostes políticas, deixou de tomar as decisões certas na hora certa.
 
Como se diz, 'só no dia em que se cortar da própria carne do governo'. Bem, com lamento, mas com realismo, agora há um deputado falecido com o grupo. Creio que a inércia chegará ao fim. Ajam, por favor!
 
Que Deus tenha misericórdia de nós.
 
Vem, Senhor Jesus, e abençoa este país!
 
falando por mim mesmo,
Wagner Antonio de Araújo
pastor batista 
radialista/escritor/conferencista internacional.
(5511) 9699-8633
 
obs: reenvio autorizado.
 


 
Adendo
Em memória
dos que morreram -
 
Informe da TAM

A TAM divulgou agora à 1h25 desta quarta-feira a lista completa das 162 pessoas mortas no acidente com o Airbus A-320.

Veja abaixo a nota oficial da TAM:

A TAM expressa os mais profundos sentimentos aos familiares e amigos dos passageiros que estavam no vôo número JJ 3054.

Lamentamos confirmar os nomes dos passageiros que estavam a bordo do vôo:

Adelaide Moura
Akio Iwasaki
Alanis Andrade
Alejandro Camozzi
Alexandre Goes
Ana Carolina Cunha
Anderson Cassel
Andre Dona
Andrea Seiczkowski
Andrei Melo
Angela Haensel
Antonio Carlos Araujo De Souza
Arnaldo Batista Ramos
Arthur Queiroz
Atilio Sassa Bilibio
Bruna De Villi Chaccur
Bruno Ferraz
Bruno Nascimento
Caio Augusto Bueno Dal Prata
Caio Felipe Cunha
Carla Fioratti
Carlos Alberto Andriotti
Carlos Rockemback
Carlos Zanotto
Carmen Luisa Victoria Fonseca
Cassio Vieira Servulo Da Cunha
Catilene Oliveira
Christine Souza
Ciro Numada
Claudemir Arriero
Clove Mendonça Junior
Decio Tevola
Demetrio Travessa
Denilson Lopes Costa
Deolinda Magaly Victor Fonseca
Douglas Teixeira
Edmundo Smith
Eduardo Mancia
Elcita Ramos
Elenilze Ferraz
Eliane Dornelles
Elida Dembinski
Emerson Freitag
Enrico Shiohara
Esio Freitas
Fabiana Amaral
Fabiane Ruzante
Fabiano Rosito Matos
Fabio Balsells
Fabio Marques
Fabio Velloza
Fatima Santiago
Felipe Fratezi
Fernando Antonio Laro Oliveira
Fernando Marques
Fernando Pessoa
Gabriel Correia Pedrosa
Gilmar Tenorio Rocha
Gottfried Tagloehner
Guilherme Moraes
Guilherme Pereira
Gustavo Martins
Heloiza Helena Lopes
Heurico Tomita
Ines Maria Kleinowski
Ivalino Bonato
Ivanaldo Cunha
Jamille Leao
Janus Silva
Jaqueline Dias
Joao Brito
Joao Caltabiano
Joao Valmir
Jose A Flores Amaral
José Lima Luz
José Pinto
Julia Camargo
Julia Elizabete Gomes
Julio Cesar Redecker
Katia Escobar
Katiane Lima
Jose Carlos Pierucetti
Larissa Ferraz
Leila Maria Oliveira Dos Santos
Levi Leão
Lina Barbosa Cassol
Lisiane Schubert
Lucas Palomino Mattedi
Luciana Siqueira Lana Angelis
Luis Schneider
Luiz Baruffaldi
Luiz Luz
Luiz Zacchini
Marcelo Marthe
Marcelo Palmieri
Marcelo Pedreira
Marcelo Stelzer
Marcio Alexandre De Moraes
Marcio Andrade
Marco Antonio Da Silva
Maria Elizabete Caballero
Maria Isabel Gomes
Mariana Pereira
Mariana Sell
Mario Gomes
Marli Pedro Santos
Marta Almeida
Melissa Andrade
Mery Vieira
Mirtes Suda
Nadia Moyses
Nadja Soczeck
Nelly Priebe
Nelson Wiebbelling
Paula Masseran De Arruda Xavier
Paulo Cassiano Feliza Oliveira
Paulo Pavi
Paulo Rogerio Amoretty Souza
Paulo Silveira
Pedro Abreu
Pedro Augusto Caltabiano
Jose Carlos De Oliveira
Priscila Bertoldi Silva
Rafaela Bueno Dal Prata
Raquel Warmiling
Rebeca Haddad
Remy Moller
Renan Klug Ribeiro
Renato Ribeiro
Renato Soares
Ricardo Almeida
Richard Salles Canfield
Roberto Gavioli
Roberto Wilson Weiss Junior
Rodrigo Benachio
Rodrigo Prado
Rodrigo Souza Moreale
Rogerio Laurentis
Rogerio Sato
Rosangela Maria De Avil Severo
Rospierre Vilhena
Rubem Wiethaeuper
Sandro Schubert
Sergio Freitas
Silvan Stumpf
Silvania Regina De Avila Alves
Silvano Almeida
Silvia Grunewald
Simone Wetrupp
Sonia Machado
Soraya Charara
Sueli Fleck
Suely Fonseca
Thais Scott
Valdemarina Souza
Valdir Cordeiro De Moraes
Vanda Ueda
Vilma Klug
Vitacir Paludo
Zenilda Santos


A TAM está mantendo contato com os familiares dos passageiros, prestando todo o atendimento por meio de seu Programa de Assistência às Vítimas e Familiares.
 

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...