terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 319 - POR QUE A PORNOGRAFIA NÃO SERVE PARA O CRISTÃO

POR QUE A
PORNOGRAFIA
NÃO SERVE PARA
O CRISTÃO?
319

Há inúmeras razões e inúmeras questões bíblicas que poderiam ser colocadas. No entanto, mesmo sabendo disto, um número monstruoso de PASTORES, PROFESSORES BÍBLICOS, HOMENS CASADOS E ADOLESCENTES, CRENTES, assistem a vídeos pornográficos, gratuitamente distribuídos na internet e facilmente assistidos nos telefones celulares e computadores. No domingo presta-se culto a Deus, cantam-se músicas que enaltecem a santidade, e no banheiro, no quarto ou no escritório assistem-se vídeos de promiscuidade, de adultério, de orgias, de homossexualidade e de pedofilia.
A incoerência do que se diz e do que se faz é notória. A tentação também. TODOS nós, que somos inteligentes e temos acesso à informação da internet, somos tentados com os vídeos pornográficos oferecidos. Não somos assexuados. Todos nós, que somos cristãos, temos uma luta interna, onde as duas naturezas em nós brigam ferrenhamente, buscando a primazia. Diferentemente do que os pregadores da impecabilidade do crente afirmam, nós somos tentados e somos capazes de cair em tentação. Não fosse assim Jesus não teria dito, em sua oração do Pai Nosso: "Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal". Pedir algo impossível seria, na economia de Deus, sem sentido algum.
Quero alistar 10 razões pelas quais o crente, principalmente o homem crente deve manter-se longe da pornografia, seja ela pela internet, pelo dvd, pela tv a cabo, pelo cinema ou pelas revistas e publicidades em papel.
01) A pornografia expõe atores que poderiam ser nossos filhos - hoje eu sou pai de uma linda menina. Imagino o que um pai sentiria, ao deparar-se com a própria filha em atos de promiscuidade e pecaminosidade. Quantos pais não infartaram, não adoeceram, não tiveram a vida destruída por moças que menosprezaram as orientações morais e espirituais dos seus pais? Imaginem os filhos, os jovens que, ao invés de se dedicarem ao trabalho digno e à formação de uma família, mergulham na promiscuidade e no pecado, envergonhando pai e mãe! Quantas mães (que eu sei!) adoeceram por tomarem conhecimento da vida promíscua de seus filhos! Cada vez que um crente clica e assiste a essas produções, torna-se cúmplice do pecado e realimentador do sistema de lucro através das orgias.
02) A pornografia escraviza os seus atores - semelhantemente ao serviço escravo do campo, onde os operários são obrigados a comprar nos empórios das fazendas e cujas contas só sobem, jamais quitando os débitos, os atores pornográficos assinam contratos com os produtores e são obrigados a filmar horas e horas por semana, pagando pelos objetos, pelos produtos, pelas roupas, pelas produções, sempre devendo um pouco mais, até que, velhos, são descartados e jogados como roupas rasgadas. Quantos atores de pornografia estão nas sarjetas perdidos, destruídos, sem um tostão no bolso, sem família, sem dignidade, doentes e até dementes! Quando um crente assiste à pornografia ele está concordando com o império da escravidão do pecado.
03) A pornografia destrói a estrutura familiar na qual o cristão acredita - Como cristãos cremos no papel da família conforme a bíblia apresenta: pai, mãe, filhos, marido, esposa. Mas na pornografia não há nenhum limite para as aberrações bestiais e imorais, destruindo os vínculos e transformando tudo em motivos de falso prazer. Assim, há vídeos de promiscuidade entre pais e filhos, entre mães, filhas e sogras, entre homens com outros homens e entre seres humanos e animais. Deus chama esses atos de ABOMINAÇÕES. Na Lei que Deus decretou a Israel tais atos eram punidos com o apedrejamento. Na nova aliança o pecado continua sendo tão abominável quanto era no passado, mas a punição é a perdição eterna e a ida  ao Inferno. Quando o crente consome esses vídeos está se colocando entre os que se perdem e, talvez (só Deus sabe!) demonstrando que não é salvo e que sua verdadeira natureza continua sendo a do mundo, não a nova natureza, transformada. A pornografia destrói os valores familiares de quem faz e de quem assiste.
04) A pornografia exige o consumo secreto e discreto - exceto nos lares promíscuos ao extremo, quem consome esse material o faz escondido. O marido não conta à esposa, nem esta ao marido. O filho não conta aos pais e nem estes aos filhos. Todos escondem de todos, mesmo desconfiando que todos enganam a todos. Imagine o filho a descobrir essa prática mundana por parte do seu pai. "Papai, o senhor me ensinou a respeitar as moças, a não manter pensamentos impuros, a ser fiel; por que o senhor faz tudo ao contrário?" Quantas esposas flagram seus maridos no consumo dessas bestialidades e quantos casamentos naufragam por isso! Se a pornografia fosse boa não seria feita nem de forma escondida e nem contrária aos ensinos da boa convivência moral, espiritual e social. O crente que consome esse material esconde-se porque não quer que a luz o exponha.
05) A pornografia é um tropeço e um escândalo - Alguém que se diz cristão, que parece ser honrado e moralmente sadio, ao ser descoberto como promíscuo e consumidor de pornografia pode escandalizar a fé alheia e, infelizmente, causar a perda de vidas para o Inferno. Imagine uma mãe ao contemplar a filha nas chamas eternas da perdição do além a dizer-lhe: "Mamãe, a senhora me ensinou algumas palavras e me decepcionou com a sua prática, hoje eu estou no Inferno porque copiei a sua maneira de ser e não tenho como sair daqui. Mamãe, por que a senhora me concebeu? E por que não cuidou de minha alma? Mamãe, por que me fez isso?" Eu não posso imaginar o quanto um pai ou uma mãe sofreriam ao ver a perdição de um filho ou de uma filha, sabendo que estão no Inferno por culpa de sua promiscuidade! Quem usa a pornografia torna-se motivo de escândalo, e ai daqueles que são pedra de tropeço!
06) A pornografia cria um universo irreal - O mundo da pornografia não existe na realidade. Pessoas sedentas de prazer libidinoso, atléticas em suas práticas, sem pejo e sem nenhum constrangimento na frente de amigos e familiares, com corpos perfeitos e absolutamente completos, não passam de ilusões criadas pelas lentes e pelas câmeras! Os estúdios onde essas produções são feitas trabalham pela artificialidade e plástica, escondendo os defeitos, as limitações, os conflitos, o cansaço, a vergonha e a náusea que existem. Após a edição o vídeo mostra a mentira, o irreal, a ilusão. Quem consome pornografia acredita na mentira.
07) A pornografia drena a comunhão com Deus - Davi drenou a sua comunhão com Deus ao pecar em adultério com Betsabá. Salomão drenou a sua comunhão com Deus ao contrair núpcias políticas com filhas de reis e destruiu a sua comunhão com o Senhor. Inúmeros pastores colocaram fim aos seus ministérios por causa da promiscuidade e membros de igreja deram cabo da família por causa de sua lascívia e imoralidade. A consciência dói após cada vídeo de pornografia; não por causa de uma falsa culpa, mas porque o ESPÍRITO SANTO, que habita no coração do crente, ENTRISTECE-SE e sinaliza um abismo gigantesco nesta comunhão. As igrejas do Senhor, no século XXI são as mais bem equipadas e mais ricas da história do cristianismo, e as mais baixas e sem comunhão com Deus, pois deixaram-se drenar por causa do pecado. Quem consome pornografia consome a sua comunhão com Deus.
08) A pornografia promove indiretamente a fornicação e o adultério - Nenhum homem (digno) desejaria ser traído por sua mulher, assim como nenhuma mulher (digna) o desejaria. Porém, segundo Jesus, o DESEJAR já é o PRATICAR, quando o assunto se chama ADULTÉRIO E FORNICAÇÃO. Na prática, quando consumimos pornografia, somos os atores, sentimos o que os atores sentem, tomamos os seus lugares em nossas mentes. Por alguns momentos somos os protagonistas. E isto nos torna PRATICANTES de fornicação e adultério, pois desejamos e fazemos aquilo dentro de nós. Logo, não há crente que tenha paz diante de Deus e diante do cônjuge após esse tipo de prática imaginativa. Passam a funcionar duas realidades: a real, escondendo o que o coração sente, e a irreal, criada mentalmente em nossa imaginação. Quem consome pornografia fornica e adultera diante de Deus.
09) A pornografia não tem justificativa - Deus criou o sexo para a multiplicação da espécie e, para o ser humano, qualificou-o para dar maior comunhão e felicidade à família. Deve ser algo que solidifique os vínculos e o amor sincero, não a prática bestial, animalesca e doentia. Nada pode justificar a pornografia, nem a falta de motivação sexual do cônjuge. Quando alguém se casa, está assumindo uma vida de dedicação e absoluta fidelidade, INDEPENDENTE do que o cônjuge venha a fazer ou deixar de fazer. A minha fidelidade, educação ou espiritualidade não dependem de outra pessoa; depende apenas de mim. Nós não nos casamos com pares sexuais apenas; casamo-nos com pessoas, que sentem, que têm enfermidades, que se magoam, que se aborrecem, que precisam de paciência. Assim, se mesmo com tratamentos ou boas conversas não houver remédio, AINDA ASSIM nada justificará o consumo da pornografia por vingança, por necessidade ou por opção. A pornografia não tem justificativa.
10) A pornografia leva ao Inferno - Soa impopular falar de Inferno, de perdição, de condenação nos dias de hoje quando o próprio protestantismo e evangelicalismo não acredita muito em Inferno. Mas a Bíblia não mudou e a realidade é nua e crua: os fornicadores, os promíscuos, os adúlteros, os afeminados, os que cometem torpeza com o mesmo sexo, os que não são fiéis ao cônjuge serão condenados. Podem frequentar as igrejas, podem cantar louvores, podem ler quinhentas vezes a bíblia, podem doar fortunas para o trabalho de Deus. O Senhor não se deixará escarnecer. A santidade do corpo, da mente, da família e do sexo continuará sendo fundamental na vida de um cristão. Em Cristo somos libertos da pornografia. Sem Cristo somos escravos dela. E os escravos do pecado irão para a perdição.
Diante do exposto, pergunto: como anda a sua relação com a pornografia? Se há alguma, rompa-a, peça perdão a Deus e conserte-se diante do Criador. Não dê lugar ao Diabo e não se deixe seduzir pela irrealidade dos filmes. Deus prepara a Igreja de Cristo para levá-la e glorificá-la. Esteja pronto para isso. Não macule o nome do Senhor.
Pr. Wagner Antonio de Araújo

23/02/2016

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 318 - DIZE AO POVO DE ISRAEL QUE MARCHE


Este texto foi preparado para ser o sermão do 3o. aniversário de nossa congregação batista em ilha comprida, litoral sul de são paulo.
conquanto os fatos sejam locais e os desafios também, podem servir de incentivo aos ministros do evangelho e líderes de congregação que
acompanham as nossas publicações. Que Deus glorifique o Seu Nome.

DIZE AO POVO DE ISRAEL QUE MARCHE!
318
Êxodo 14.15


Mensagem do Pr. Wagner Antonio de Araújo em 20 de fevereiro de 2016, por ocasião do culto da noite na Congregação Batista em Ilha Comprida, São Paulo.

INTRODUÇÃO

O texto bíblico selecionado para a nossa meditação é um monumento à fé e ao trabalho dedicado daqueles que confiam definitivamente na graça e no poder de Deus.

Conquanto escrito há mais de 3 mil anos, é atual e presente, porque Deus, o nosso Senhor, não muda; Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Gostaríamos de meditar sobre o contexto histórico da época em que foi escrito. Depois, repartiremos com os irmãos as experiências que Deus tem nos dado ao longo do nosso ministério à frente da Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil. Finalmente, desafiaremos os irmãos a enxergarem e aceitarem os grandes desafios da fé que o Senhor se lhes apresenta.

I – MARCHAR RUMO AO MAR

O povo hebreu era escravo dos egípcios e sofria a agonia da tirania de Faraó. Seus meninos eram mortos, seus homens pelejavam de manhã à noite para fazer tijolos e construir as obras públicas e não conseguiam ver a promessa de Deus, feita a Abraão, se cumprir. Foi preciso trabalhar na vida de um homem especial, Moisés, sobrevivente dos bebês hebreus, criado pela filha de Faraó, educado para ser rei, perseguido por ter justiçado um patrício, que peregrinou por 40 anos nas terras de Mídiã e onde formou sua família, Lá esse homem teve a experiência com o Deus verdadeiro e recebeu uma ordem: liderar a nação escrava na saída e libertação.

De regresso ao Egito, aos 80 anos de idade, foi, com seu irmão Arão, anunciar ao Faraó que iriam sair. Proibidos e perseguidos, Deus enviara dez pragas terríveis que quase dizimaram o Egito. Desesperados por tantas pragas, que culminaram na morte de todos os primogênitos, os egípcios os libertaram, concedendo-lhes tudo o que pediam em termos materiais. Seguindo pelo deserto, encontraram-se frente ao mar. Ao olharem para trás, viram Faraó e todo o exército que seguia contra eles, arrependidos da liberdade concedida. Não havia por onde escapar. Os hebreus, desesperados, passaram a gritar, a murmurar, a cobrar de Moisés uma atitude. O que fazer? Moisés, perplexo e desesperado, busca a presença de EU SOU, o nome revelado para ele do Deus de Abraão, o Deus verdadeiro.

A resposta de Deus foi curta e direta: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem!” Deus admoesta a Moisés. À primeira vista pode soar como uma contradição: por que ralhar com o servo que O busca em oração? Mas, ao examinarmos a situação e o seu desenrolar, percebemos que  Moisés sabia o que tinha que fazer; ele apenas estava vacilante, amedrontado. Deus dera a ele a incumbência de sair e ir adorá-lo. Era sua tarefa conduzir o povo ao lugar que Deus mostrasse. Uma grande nuvem colocou-se entre os hebreus e Faraó, e uma grande luz alumiava a própria noite. Moisés vira as dez pragas, vira a sarça ardente, ouvira a voz de Deus. Já era mais do que tempo de confiar plenamente naquele que o conduzia, não amedrontar-se e vacilar em meio às provações.

De fato o povo marchou rumo ao Mar Vermelho. Deus fizera com que um vento contínuo e extraordinário dividisse as águas e o povo hebreu passou o mar à seco. Quando terminaram a travessia, Deus recuperou a normalidade do ambiente e o mar cobriu os egípcios impiedosamente, que faleceram naquelas águas. Moisés aprendera que, quando Deus determina um caminho, Ele dá as condições para que se chegue a bom termo. Ele protege, Ele conduz, Ele ilumina, ele dá forças, Ele concede a vitória. O povo hebreu adorou ao Senhor no Monte Sinai, recebeu as leis do Senhor e finalmente entrou na Terra Prometida.

II – A NOSSA EXPERIÊNCIA EM MARCHAR

Permitam-nos contar as experiências que o Senhor nos deu enquanto marchamos rumo à execução da vontade de Deus em Sua obra chamada Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil.

Entre 1994 e 1996 pastoreamos uma igreja na cidade de Osasco e bendizemos ao Senhor pela experiência que tivemos. Pela misericórdia do Senhor diversas pessoas foram conduzidas à salvação em Cristo e o nome do Senhor foi glorificado. Mas era o momento de deixarmos a sua liderança e em 06 de novembro de 1996 anunciamos a nossa saída. No dia seguinte participamos de um culto realizado por membros daquela igreja que, à semelhança de nós, deixariam a congregação. Estes nos perguntaram se aceitaríamos pastoreá-los. Consultamos os pastores experientes e maduros que conhecíamos, Estes nos animaram a aceitar o desafio, acalmando o nosso coração sobre estar fazendo algo irregular. Não estávamos. Assim, aceitamos o desafio de pastorear a pequenina congregação. Em 20 de novembro do mesmo ano inauguramos o primeiro imóvel alugado, embaixo de uma avícola. Ali permanecemos por mais de um ano.  Em 1998 fomos para um salão bem melhor, próximo dali, no bairro do Novo Osasco, na cidade de Osasco. Ficamos até o ano de 2003. Fomos organizados como igreja em 04 de novembro de 2000. Em 2003 transferimo-nos para um salão muito bom e bem maior, no bairro do Santo Antonio. Muitas pessoas receberam a salvação em Cristo na Boas Novas. Muitos vieram, muitos saíram. Nossos recursos eram poucos e precisávamos de um terreno, de um templo. Em 2006 o cantor e evangelista Luiz de Carvalho, de saudosa memória, esteve conosco e ajudou-nos a lançar uma campanha para a compra de um terreno. O Pr. José Vieira Rocha, então executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo, deu todo o apoio, gravando um depoimento. O Pr. Neilson Xavier de Brito, da Igreja Batista em Vila Pompéia, ajudou-nos a criar um plano baseado em quotas e iniciamos a arrecadação de fundos.

No ano de 2010 essa pequenina igreja de 25 pessoas já não podia pagar o seu aluguel e contas. Não podíamos alugar outra propriedade. Buscamos ao Senhor em oração. E a resposta dEle continuou sendo a mesma que dera a Moisés: “ Por que me procuras? Dize ao povo de Israel que marche!” Sim, nós já havíamos orado, já havíamos clamado, já tínhamos algum dinheiro em poupança e agora não poderíamos mais pagar aluguel. O que fazer? Decidimos nos reunir nas casas dos irmãos até encontrar um terreno apropriado para a nossa necessidade. E assim fizemos. Por mais de um ano congregamos na garagem das casas dos irmãos. Enquanto isso procurávamos um terreno, assessorados pelo Pr. Aparecido Donizete Fernandes. Até que, para a honra e a glória do nosso Deus, encontramos um terreno à beira de um córrego, no município vizinho a Osasco, Carapicuíba, de quase 600 metros quadrados, e o adquirimos. Aleluia! Imediatamente transferimos as nossas atividades para lá, valendo-nos das duas casas que encontramos e glorificamos a Deus pela fenomenal vitória.

No final de 2013 o Pastor José Vieira Rocha visitou-nos, lamentando que não tivéssemos ainda uma capela. Dissemos-lhe que não conseguíramos nenhuma. Ele imediatamente tratou de nos amparar: contatou o Pr. Arídio Pinto Barreto e indicou-nos um empreiteiro. Avaliada a situação, vimos que o dinheiro que teríamos que gastar era alto demais. Clamamos ao Senhor. “Por que clamas a mim? Dize ao povo de Israel que marche!” E lá fomos nós. O empreiteiro tirou 41 caminhões de pedras do terreno, construiu uma laje de 11 metros por 19 e levantou um batistério. Os irmãos norte-americanos ergueram uma capela de madeira. E nós demos seqüência, fazendo dois banheiros e agora estamos prestes a terminar o gabinete pastoral, o berçário e a sala de crianças. Dinheiro? Não temos. Data para terminar tudo o que precisa ser terminado? Não temos. Clamamos ao Senhor. E qual foi a sua resposta? “Por que clamas a mim? Dize ao povo de Israel que marche!”

III – MARCHAR EM ILHA COMPRIDA

Em novembro de 2012 um Mar Vermelho apareceu em Ilha Comprida. Algo que, à primeira vista inviabilizava o ministério de diversos irmãos em Cristo, incluindo os amados Pr. Luiz Rodrigues de Oliveira e sua esposa irmã Arlete. Ao sabermos disto o Pr. Aparecido e nós, prontamente, nos reunimos para avaliar a situação e estudar uma alternativa que fosse viável. Oramos a Deus. E o que foi que Ele nos respondeu: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem!” Se o trabalho da evangelização e da edificação de crentes em Ilha Comprida estava atravessando dificuldades, por que não começar um outro, da estaca zero, como nós em Osasco fizemos em 1996? Desafiamos o Pr. Luiz, a irmã Arlete e os irmãos amados que juntos com eles estavam. E, para a glória do Senhor, conseguimos alugar o atual salão de cultos e há três anos os irmãos reúnem-se aqui, contemplando as maravilhas que Deus tem realizado através da vida da Congregação Batista em Ilha Comprida.

E agora? O que fazer? Na celebração de três anos de existência quais as decisões a serem tomadas? Continuarão indefinidamente neste imóvel, que não comporta reformas, que dificilmente seria vendido e onde mais dificilmente conseguiriam ampliar? Alugarão outro, continuando a pagar aluguel pelos anos afora? Certamente que esta congregação tem orado ao Pai, perguntando: “Senhor, o que devemos fazer?” E a resposta, ainda que dura, continua sendo a mesma do início: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem!”. Em 2012 os irmãos poderiam ter diversos desejos e ideiais e morreriam com cada um deles, não fosse a determinação de encarar o Mar Vermelho, entrar no meio dele e enfrentar a dificuldade com a fé no Senhor que abre as águas. As águas abriram-se e há três anos os irmãos são uma excelente e crescente congregação.

E agora? Gostaríamos de desafiá-los a pensarem no futuro. Sabemos que a nossa pátria não é aqui; mas enquanto no mundo dependemos de espaço para a celebração de nossos cultos, para o ensino bíblico, para a convivência fraterna, para a ação social e para o desenvolvimento desse crescimento. Precisamos de um chão próprio, um imóvel onde visumbremos uma casa de oração digna de nós, de nossos filhos, dos visitantes que virão e do nome do Senhor. Precisamos ousar!

Temos dinheiro? Não. Temos recursos de fora que virão? Não. Os nossos dízimos são suficientes para separar audaciosamente uma verba que compre um terreno? Não. E o que fazer? Deixar como está até que o ânimo se esfrie, as pessoas se desloquem da cidade ou outras igrejas mais audaciosas ocupem o espaço que Deus deu a esta congregação? Creio que não!

Queremos desafiá-los a olhar com os olhos de quem crê, de quem enxerga o futuro como se já fosse o presente, que estabelece um propósito e tudo faz para atingi-lo. Jesus disse que alguém, para construir uma torre, deve calcular o seu custo, e um reino, para fazer uma guerra, deve calcular quantos soldados têm. Caso contrário servirá de mal exemplo e de menosprezo dos outros, que dirão: “começaram e não puderam terminar”.

Doamos 20 anos de nossas vidas na Boas Novas e ainda não terminamos. E não desistimos de perseguir o ideal que o Senhor plantou em nossos corações. Cada etapa é celebrada, cada bênção é testemunhada, cada degrau anuncia um próximo. Muitos desistiram no meio do caminho. Inúmeros voltaram para o Egito de suas existências; outros acharam que era tempo demais numa obra tão difícil. Mas quem crê no Senhor e tem certeza de Sua vontade não mede esforços, não coloca barreiras, não estabelece limites, exceto um: até a vitória! Sim, a vitória é o único limite. Ou vencemos ou morremos lutando!

Queremos desafiá-los a montarem um propósito para a compra de um terreno. Não um simples terreno, mas algo que vise servir ao Senhor com boas condições, algo amplo e que comporte uma boa construção. Quero desafiá-los a fazer o que fizemos: um sistema de quotas. Por menor que seja o valor estabelecido, elas trazem algo de prático e concreto: um alvo a atingir. Gostaríamos de sugerir-lhes um alvo de R$100.000,00, a serem divididos em quotas de R$30,00. Nesta sugestão, esta congregação voluntariamente decidiria contribuir mensalmente com tantas quotas quantas famílias houvessem, 16, 20 quotas. Talvez alguns, melhores remunerados em suas profissões, conseguissem contribuir com mais de uma quota mensal. Se 20 quotas de R$30,00 fossem levantadas por um ano, conseguiriam chegar a R$ 7.200,00 no final do período. Certamente cada crente conhece outros, sejam amigos, irmãos em Cristo ou parentes, que com amor contribuiriam também, e fariam essas quotas subirem para 40 por mês. Talvez alguns contatos pela internet aceitassem o desafio e então quotas extras fossem erguidas. Ao final do ano o Senhor poderia surpreendê-los com R$15.000,00. Quem sabe já poderiam adquirir um dos vários lotes que desejariam comprar? Quem sabe o proprietário já os reservasse para receber anualmente o valor de cada lote?

Garanto-lhes, amados e queridos irmãos em Cristo, que se pararmos de clamar para que Deus dê uma resposta, e aceitarmos aquela que Ele já deu a Moisés, teremos força, coragem e a graça celestial para conquistar a nossa Canaã dos sonhos, a aquisição do terreno. E então não precisaremos mais alugar um salão de cultos. Com os profissionais que o Senhor já deu entre os membros desta congregação conseguiriam erguer um galpão inicial para os cultos, enquanto comprariam os demais lotes e projetariam as salas de Escola Bíblica Dominical, cozinha, salão social e outras dependências.

CONCLUSÃO

Não haveria Monte Sinai se não houvesse Mar Vermelho. Nem maná, nem tábuas da lei, nem a glória do Senhor no tabernáculo, nem as conquistas do aquém-Jordão, da terra de Gileade. E, finalmente, não haveria a travessia do Rio Jordão, a conquista de Jericó e, consequentemente, toda a terra de Canaã. Era indispensável crer no Senhor, mesmo que tivessem que atravessar o Mar Vermelho. E atravessaram.

Da mesma forma a Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel não existiria mais se não tivéssemos nos enveredado numa campanha da compra de um terreno e, após a sua compra, na construção de uma laje e de sua capela. Foi necessário crermos contra a esperança. Foi necessário aceitarmos os que vacilaram, os que desistiram, os que traíram, os que pereceram. Hoje ainda não chegamos ao final, mas podemos nos considerar uma prova de que Deus dá forças àqueles que acreditam que o Mar Vermelho não é o fim de tudo.

Agora é a hora e a vez da Congregação Batista em Ilha Comprida. Os irmãos precisam tomar uma posição e responder à seguinte pergunta: continuaremos a clamar ao Senhor para que nos aponte um caminho ou corajosamente decidiremos que é de Sua vontade erguer em Ilha Comprida uma casa de oração digna do nome do Senhor, onde afluam os povos para ouvirem a mensagem de salvação e onde possam levar as suas famílias no convívio cristão?

Ousamos desafiá-los a aceitar o desafio.

Deus há de esperá-los do outro lado do Mar Vermelho, com a vitória e com a glória da conquista.

Que Ele seja exaltado.

Pr. Wagner Antonio de Araújo

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 317 - O BAMBUZAL

O BAMBUZAL

317

Havia um bambuzal muito grande que ocupava quase meio quilômetro de estrada. Pássaros e animais se abrigavam nele. As pessoas também, cansadas das viagens à cavalo ou à pé, recuperavam as energias à sombra daquele bambuzal.

Um dia aquela terra foi vendida para um pecuarista que arrancou o bambuzal com todas as raízes, procurando ganhar espaço para um pasto maior onde criar seu gado.
Dez anos se passaram. A estrada estava agora sem bambuzal e sem gado, uma devastação triste e solitária. Porém, eis que ao pé da cerca surgiram umas varetas de bambu, frágeis, verdinhas e vitoriosas, fruto da luta do velho bambuzal. Alguma raiz deveria ter sobrado e ao longo de uma década tentou sobreviver e alçar sua subida à superfície. Somente agora, dez anos depois, algum sinal de vida aparecia. Mais dois anos e o bambuzal se refez completamente, com grande ramada, forte e viçosa!

Muitas pessoas são como o bambuzal: outrora eram fortes, cheias de vida, sonhos, objetivos, lutavam e venciam. Entretanto, alguma coisa arrancou as suas raízes e quis matá-las: uma doença, um desemprego, uma desavença em família, um divórcio, um negócio mal sucedido, uma herança perdida. Sentem-se arrancados e destruídos e imaginam que não há mais esperança. Porém, mesmo nessas circunstâncias, ainda há uma esperança. Há um Deus nos Céus, que enviou Seu Filho a este mundo, para ser a esperança de uma nova vida e de uma ressurreição. Diz assim a Bíblia, em João 11.25: “Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Caro irmão, procure a Jesus. Sempre há uma esperança quando depositamos a nossa confiança nele. Ele é capaz de ressuscitar-nos; Ele pode nos dar nova oportunidade e, por fim, a vida eterna. Busque-o agora, em oração, e Ele lhe ouvirá. “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.”(Sl 51:10)
 
obs: este texto tornou-se um folheto:

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 316 - SENSAÇÕES





SENSAÇÕES
316
Creio que o brasileiro cristão, mormente evangélico, crente, passa por muitas sensações desconexas nestes dias tão tumultuados do Brasil contemporâneo. Uma grande parcela sente-se assim, e entre eles me incluo.
Gostaria de citar algumas dessas sensações.
SENSAÇÃO DE INDIGNAÇÃO
O poder executivo do país não possui credibilidade alguma. Todos vemos, ouvimos e assistimos diariamente a divulgação de fatos documentados da mais profunda corrupção de todos os tempos na história brasileira. Todos sabemos que o partido e os líderes desta nação quebraram a economia, roubaram cada centavo das estatais, destruíram os setores econômicos e levaram as fortunas para o exterior, deixando as migalhas nos Guarujás e Atibaias da vida. Porém, a cada dia que passa a injustiça mantém-se e acentua-se. O congresso nacional, que não representa ninguém mais a não ser o governo e a si próprio, destrói toda a esperança de justiça. O governo compra descaradamente cada representante dali, forma a sua base e aprova os seus desmandos. E a oposição? Que oposição? Tão imunda quanto a situação, só está preocupada em manter-se na mídia e preparar o campo para as próximas eleições; eles nem ligam para o desejo profundo de mudanças no poder. E o exército? Qual? Ah, o verde? Eu também não sei por onde anda; o povo brasileiro só os vê tirando água de pneus nas campanhas contra os mosquitos. E a justiça? Esta fica de mãos amarradas, como hoje, por exemplo, quando um ex-presidente, que se sente acima da Lei, conseguiu o benefício de não prestar depoimento à justiça. O que uma parcela considerável dos brasileiros sente? Indignação, sentimento de injustiça!


SENSAÇÃO DE NOJO
Nojo do povo brasileiro, não de todo ele, mas do passivo povo que é guiado pela lascívia, pela promiscuidade, pela prostituição, pelo prazer. O carnaval arrastou multidões pelas avenidas, gente que pagou mil reais para suar e feder com fogo no olhar e pecado no corpo; não bastasse isso, agora aglutina-se nos estádios para assistir corruptos times, corruptos jogadores e corruptos campeonatos, guiados por corruptos cartolas que compram os resultados às custas do dinheiro que os passivos brasileiros pagaram nos estádios e nas tvs à cabo, além dos patrocínios milionários. Cidades como São Paulo farão finais de semana com dezenas de shows caríssmos, para dar ao povo o circo que tanto almeja. As novelas das grandes tvs, inclusive da que se diz de uma (falsa) igreja evangélica, não param de publicar lascívia, adultério, mentiras em nome da Bíblia, mudança de comportamento de gênero e excitação à violência. E as redes sociais reúnem todo esse lixo nojento em grandes aglomerações de pecado, num verdadeiro mundo pré-diluviano, onde "comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento", sem atentar para a iminente volta do Cordeiro de Deus! Gastam o pouco que têm com o prazer. E os seus patrões, quando lutadores, estão fechando as portas de suas empresas, endividados e sem recursos, sem clientes e sem fornecedores, sem expectativa e com impostos insuportáveis. E os ricos? Sim, aqueles que nunca empobrecem? Esses estão alheios a tudo isso, eles fecham as empresas e mandam o povo catar migalhas. Eles continuam a comprar carros de quinhentos mil dólares e a lotear as ilhas paradisíacas do nordeste brasileiro, bem como ajuntam no interior terras e mais terras, gado e mais gado, dinheiro e mais dinheiro. Eles detém tudo e o que sobra para o povo é o resto de suas mesas. Ah, se Tiago, o irmão de Jesus, o escritor da epístola bíblica, estivesse por aqui, o que diria? Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. (Tg 5:1)
SENSAÇÃO DE VERGONHA
Os cristãos de hoje, com raríssimas exceções, tanto os evangélicos quanto os católicos, possuem tudo, menos o Cristo de quem tomam o nome e de quem supostamente pregam. As redes católicas chafurdam na lama do neopentecostalismo, falando mais línguas estranhas do que os pentecostais; latem, miam, gritam, fungam diante da idolatria, e colocam em seus altares grupos de rock, axé music, samba, funk e todos os mundanismos possíveis, tirando quaisquer sintomas de religiosidade do povo. Transformaram os hinos e os versículos em moda, tirando deles a reverência e o poder, a ponto de se decorar a bíblia como vinheta de comunicação. E os padres? Bailam o forró, o vaneirão, o axé, nos próprios programas das tvs católicas! Criaram padres obcenos, lascivos, que usam roupas apertadas, que participam de rodeios e que são mais mundanos do que os fiéis. E os evangélicos? Os protestantes elitizam-se, fazendo retiros caríssmos em locais paradisíacos, colocando o foco no entretenimento e os temas são desculpas esfarrapadas para justificar tais encontros. Quando não, se mundanizaram de tal forma que, ou suas igrejas estão vazias (porque o povo não tem mais tempo para Deus - sou pastor e sei bem que a preguiça e a falta de compromisso estão matando as igrejas!) ou então estão cheias de gente mundanizada, que não está congregando pelo Senhor ou para ouvir a Bíblia, mas para curtir, para ter um local barato onde se divertir e amigos um pouco mais estáveis e requintados. Nos negócios, na política, na indústria, na administração dos lares e na fidelidade ao casamento, esse evangelho de nada tem adiantado, pois que não é evangelho, mas palha seca de joio. E os pilantras da fé? Esses cafetões religiosos tomam toda a grade das tvs para vender a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida a um povo carregado de pecados. Quando esse povo ouve falar de um apóstolo mais popular e que tem uma mídia mais poderosa, abandonam o primeiro e seguem o outro e assim indefinidamente. Foi assim com as igrejas neopentecostais originais no Brasil, e assim se sucedem nas cópias xerografadas de má qualidade que a cada ano aparecem. O que é comum em todas é o pecado, a luxúria, um clero altamente rico e um povo altamente egoísta, que quer só a bênção.
SENSAÇÃO DE DESLOCAMENTO
Parece que esses brasileiros, que também são crentes em Cristo Jesus, sentem-se deslocados neste mundo. Estão no mundo, mas não são do mundo. Até da época sentem-se deslocados. Sonham com as coisas como antigamente, onde a TV mantinha a censura dos palavrões, das pornografias, onde era necessário respeitar a casa dos cidadãos, mantendo uma linguagem sadia, culta e de nivel elevado. Sentem saudades de quando suas casas urbanas não precisavam de grades até em cima e de concertinas que protegessem seus lares. Sentem saudade do tempo em que podiam conversar à noite na calçada, manter as crianças brincando na rua ou que não havia perigo na porta das escolas. Sentem saudades do tempo em que se aprendia a ler, a escrever, a fazer contas e a conhecer a história nas escolas; sentem falta do tempo onde adolescentes podiam ajudar nas tarefas e até trabalhar por um período para ajudar nas despesas e ganhar conhecimento. Sentem saudades do tempo em que os móveis eram feitos para durar, onde os filmes eram feitos para ilustrar ensinamentos e onde as igrejas eram casas de oração para que o povo fosse adorar a Deus. Tempos que não voltam. Tempos em que havia música, havia melodia, havia letra, havia enredo. Hoje só há barulho, sons desconexos, palavrões, sexo, luxúria e baixo nível. Tempos em que vestir-se era um prazer e uma necessidade, não os de hoje, onde despir-se e tatuar o corpo tornou-se um verme, uma epidemia, uma droga.
A ÚNICA SENSAÇÃO QUE IMPORTA
Essas sensações são reais e, infelizmente, não possuem antídoto. Elas persistirão enquanto o país não for alcançado com um quebrantamento legítimo em massa, através da conversão a Cristo e da transformação das instituições de ensino, de comunicação e do governo. E, como o mundo jaz no Maligno e irá de mal a pior, é bom que não se criem expectativas que levem à ilusão de uma volta a tempos melhores.
A solução está em outra sensação. Uma sensação provocada por uma decisão. Decisão pensada e realizada, uma atitude que provoca autêntica mudança. Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. (Cl 3:1).
Isso nos faz lembrar uma letra de música esquecida, mas brilhantemente verdadeira, levada ao vinil por Waldemar Fomin e o Grupo Káris:
PARA AS HORAS TRISTES, PARA AS HORAS MÁS
EXISTE UM BOM LUGAR DE REFÚGIO E PAZ
PARA AS HORAS LONGAS E DE SOLIDÃO
EXISTE UM BOM LUGAR DE CONSOLAÇÃO
LUGAR DE PROTEÇÃO, LUGAR DE COMPREENSÃO
LUGAR DE SALVAÇÃO, DE GRAÇA E PAZ
NA ROCHA ETERNA, JAMAIS SE ABALARÁ
EM PLENO MAR SOSSEGO E VIDA TRAZ
PARA AS HORAS NEGRAS DE PERIGO E DOR
EXISTE UM BOM LUGAR ONDE EXISTE AMOR
SE NÃO HÁ ESPERANÇA, SE PRAZER NÃO HÁ
EXISTE UM BOM LUGAR ONDE DEUS ESTÁ
EU SOU AMADO ALI
EU SOU CUIDADO ALI
SOU ESPERADO ALI
É O MEU LUGAR
QUE O PAI ME PREPAROU,
QUE O SALVADOR CONTOU
E NADA AQUI ME PODERÁ TIRAR
PARA AS HORAS TRISTES
PARA AS NORAS MÁS
EXISTE UM BOM LUGAR
DE REFÚGIO E PAZ
SE NÃO HÁ ESPERANÇA, SE PRAZER NÃO HÁ
EXISTE UM BOM LUGAR ONDE DEUS ESTÁ
obs: pode ser ouvido aqui:
Pode parecer incrível, inacreditável. Mas, se mergulharmos em oração, em nome de Jesus, adorando a Deus na beleza de Sua Santidade, bendizendo-o até pelas provações, suplicando perdão pelos nossos pecados e faltas, ítem por ítem, e intercedermos pelos nossos amados, pelos nossos amigos, pelos desconhecidos, pelas autoridades e até pelos inimigos, encontraremos uma paz muito maior do que a mente humana pode imaginar. Desfrutaremos da paz de Deus, autêntica, legítima, que não olha as circunstâncias, que não está sujeita ao mundo mal em que peregrinamos.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. (Fp 4:7)
E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. (Cl 3:15)
Que seja assim! Eu desejo estar nesse lugar agora mesmo, desfrutando da graça do Senhor, pois o Reino dEle não é deste mundo, e um dia Ele fará justiça sobre toda a impiedade.
Que os meus leitores assim desfrutem também.
Pr. Wagner Antonio de Araújo
17/02/2016

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 315 - ATOLADO NA AREIA



ATOLADO NA AREIA
315
Certo turista, inexperiente, visitou Ilha Comprida (SP) e resolveu desbravar suas praias. Disseram-lhe para ter cuidado, mas ele não teve.

Seguiu pela areia por alguns quilômetros. Como já começava a escurecer, decidiu deixar a aventura para outro dia e buscou uma saída. Não havia nenhum povoado. Achando uma saída decidiu seguir por ela. Mas, ao invés de sair, acabou encalhado na areia. Quanto mais acelerava, mais atolava. As rodas giravam, o carro gemia, e ele afundava.

Desesperado, tentou dar marcha à ré. A situação piorou. Saiu do carro e tentou empurrar, mas o carro não se movia.

Passou a gritar. Porém, ninguém o ouvia. Seguiu à pé pela trilha e buscou um povoado, onde pediu ajuda a duas pessoas. Os três empurravam o carro, sem sucesso. Foram embora, deixando-o sozinho e desesperado.

Voltou à vila e implorou por socorro. Encontrou um trator a alguns quilômetros. Ao chegar, o tratorista amarrou uma corda ao pára-choque e desatolou o seu carro. Alegre e agradecido, pensou: “eu jamais conseguiria sair sozinho daqui!”

Esta cena nos faz lembrar a vida de cada um de nós. Achamos que conhecemos tudo, sabemos tudo, porém atolamos nas areias das decisões erradas. Destruímos nossa auto-estima, nossos planejamentos e sonhos.

A Bíblia diz: “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”. (Salmos 121.1-2). A nossa vida é como o carro que atolou e nós somos como o rapaz: incapazes de sair e continuar. A única alternativa é buscar socorro, mas não com qualquer um. Devemos buscar a Deus, o dono do trator. Ele disse em Mateus 11.28: “Venham a mim, vocês que estão cansados e sobrecarregados; eu lhes darei alívio!”

Desencalhe a sua vida! Peça a Jesus Cristo, em oração, para que lhe socorra. Ele o fará e lhe tirará do atoleiro.

Wagner Antonio de Araújo

obs:
este texto virou um folheto, disponível aqui:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 314 - AS MARMITAS DE MAMÃE




 

 

 
AS MARMITAS
DE MAMÃE
314
 
A nossa mente é inacreditável. Tentava eu, deitado em minha cama, conciliar as memórias do dia ao sono necessário. Enquanto ponderava em diversos pensamentos, lembrei-me supreendentemente de marmitas. Sim, marmitas!
 
Eu trabalhava na Universidade de São Paulo, no Instituto de Eletrotécnica e Energia. Tínhamos um restaurante de "bandejão", disponível aos funcionários por um preço bem pequeno. Porém minha mãe, ELZIRA BONFANTE, sempre amorosa, preparava-me uma marmita. Ela a condicionava num invólucro de isopor, térmico, que conservava o calor durante grande parte do dia. Eu saia às 7 e 30 da manhã para o trabalho. Minha marmita já estava pronta. Mamãe levantava-se às 5 e 30, fazia o café e preparava o meu almoço.
 
Todos os dias eu desfrutava de uma comida caseira e saborosa. Quase sempre havia arroz com feijão, a base alimentar do brasileiro. Mas sempre duas misturas (mistura é o termo que se usa em SP ou Minas para designar-se o que acompanha os dois cereais). Num dos dias era ovo com bife. Noutro, linguiça com queijo. Havia também panqueca. Às vezes torresmo e mortadela frita. Tinha também macarrão, bife à milanesa e salaminho com omelete. Lembro-me de mamãe às 6 e 30, com o fogão aceso, cheiro de comida no ar, enquanto eu levantava, fazia a toalete e preparava-me para trabalhar. Depois do trabalho da manhã, retirava-me ao meio dia para o almoço. Como ia de fusca, saía do estacionamento do IEE e procurava o estacionamento vazio de alguma faculdade, debaixo de uma árvore frondosa. Ali no banco de trás do meu fusca comia gostosamente a minha marmita, chupava a minha laranja ou comia bananas e maçãs, bebendo o suco que ela sempre adicionava no cantil. Mamãe cuidava de mim!
 
Lembrei-me de quando era auxiliar de saída de dados no BCN SERVEL, no Edifício Andraus, no centro de São Paulo, vários anos antes. Eu ia de ônibus. Mas na minha sacola a minha marmita estava sempre presente. Mamãe a preparava. E quando fui arquivista no Banco Geral do Comércio, quando trabalhava por meio período? Às seis da manhã mamãe já havia preparado o meu bauru (lanche de receita da família, com pão de forma e/ou francês, queijo, tomate, salaminho e presunto). Ela colocava um cantil de leite, dois lanches e eu tinha o meu lanchinho de 15 minutos lá no trabalho.
 
Mães cuidam dos filhos. Mães que não cuidam são uma anomalia, pois está no sangue, na mente, no coração delas. Deus afirma em Sua Palavra: Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. (Is 49:15). Eu contemplo a minha esposa Elaine: ao nascer a minha filha nasceu também uma mãe virtuosa e maravilhosa, que cuida de Rute com tanto cuidado como se fosse a minha própria mãe a cuidar de mim! Mães são dádivas, preciosidades. Benditos aqueles que tiveram o privilégio de ter uma mãe, seja biológica ou do coração!
 
A minha foi amorosa e cuidadosa. Cuidou de mim. Cuidou de minha roupa. Cuidou de minha comida. Cuidou dos meus remédios. Cuidou o quanto pôde. Lembro-me quando ela envelheceu, já não podia mais levantar-se para preparar o café, pois as pernas não a ajudavam mais. Então Milú, essa dádiva que Deus nos deu, passou a fazer o café em seu lugar; logo assumiu também o fogão para as refeições. Mas mamãe foi cuidadora o quanto pôde e só não fez mais porque o corpo não ajudou. Bendito seja Deus por esta mãe maravilhosa.
 
Tais pensamentos me trouxeram, além da gratidão, uma grande tristeza.
 
Conquanto eu tenha procurado fazer o possível e o impossível por ela, NUNCA a agradeci pelas marmitas que me fez! Oh, meu Deus, como me arrependo! Como eu gostaria de dizer a ela o quanto fui grato pela comida boa e amorosa que ela sempre me ofereceu! Como eu gostaria de beijar aquelas mãos calejadas, mãos com cicatrizes de queimaduras do fogão, braços marcados por tantas e tantas dificuldades, que nunca mediram esforços para cuidar de mim! Como eu gostaria de ter dito o quanto fui grato! Sim, eu disse genericamente, eu cuidei dela até o fim, estive do seu lado e dizia o tempo todo o quanto a amava, mas nunca mencionei as marmitas! Que Deus perdoe o meu pecado e que eu valorize a cada dia cada marmita que ela me preparou!
 
Meu prezado leitor, já agradeceu a Deus pelas marmitas que sua mãe lhe preparou? Já agradeceu pelas roupas que ela lavou, passou, pelos cuidados que teve com você por tantos anos? Não? Então agradeça!
 
Mas vá além, se caso ainda tiver a sua mamãe viva (que privilégio!) Procure-a e beije-a, dizendo o quanto é grato pelas marmitas que ela lhe preparou, o quanto é grato pelas roupas que ela passou, pelos remédios que lhe deu, pelas fraldas que lhe trocou, pelos banhos que lhe aplicou, pelas vacinas que lhe administrou, pelas noites de sono que perdeu ao seu lado. Eu tenho certeza que, além delas, o próprio leitor se sentirá feliz, pois a gratidão é um remédio para a alma e um estímulo para o coração. Agradeça à sua mãe ou a quem cuidou de você durante tantos anos e em tantas fases!
 
"Senhor, eu não posso agradecer à minha mãe pelas marmitas; ela já se foi e, com ela, um pedaço enorme do meu coração... Mas, Senhor, quero agradecer-Te por cada marmita que mamãe preparou para mim. Muito obrigado! Perdoe-me por nunca tê-la agradecido nominalmente por esta dádiva, ainda que a tenha agradecido por tantas outras; mas ajuda-me a ser grato e a expressar tal gratidão por cada bênção recebida sempre! Obrigado pela mãe que eu tive, que tenho aí no Céu, e que está salva pelo sangue de Cristo. Obrigado por cada marmita. Em nome de Jesus, amém"
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapícuíba, São Paulo, Brasil
whatsapp +5511-996998633
09/02/2016


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 313 - PERGUNTAS SOBRE O LIVRO DE RUTE

 

Caros amigos
 
No último domingo tivemos um concurso bíblico sobre o livro de Rute.
 
Procurei pela internet algumas perguntas relevantes para utilizar, mas encontrei muito pouco material.
 
Assim, decidi criar setenta perguntas para a Escola Bíblica Dominical. Quem sabe este material pode ser útil para alguém.
 
Deus a todos abençoe.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
 
 
PERGUNTAS SOBRE
O LIVRO DE RUTE
313


01 – Em que dias houve uma fome na terra? “dias em que os juízes julgavam”

02 – Qual o nome do homem que saiu a peregrinar em Moabe? Elimeleque

03 – De onde era Elimeleque e quem compunha a sua família? Ele era de Belém de Judá e sua família era composta da esposa (Noemi) e dos filhos Malom e Quiliom

04 – Como eram conhecidos os homens de Belém de Judá? Efrateus (Belém Efrata)

05 – Quais os nomes das mulheres com quem os filhos de Elimeleque se casaram na terra de Moabe? Órfa e Rute

06 – Quantos anos Noemi ficou com o marido e os filhos na terra de Moabe? Quase dez anos.

07 – O que aconteceu com os filhos de Noemi após dez anos em Moabe? Morreram, deixando viúvas as suas esposas.

08 – Por quais razões Noemi deixou os campos de Moabe e para onde foi? Deixou os campos de Moabe porque estava desamparada e porque ouvira que Deus voltara abençoar a terra de Judá.

09 – O que significa o nome Noemi? Significa encantadora, agradável, alegre

10 – Qual nora disse que não voltaria com Noemi para Judá? Nenhuma, ambas se dispuseram a ir com ela para Judá.

11 – Por que as noras separaram-se, não seguindo juntas com Noemi para Judá? Porque Noemi as dispensou dessa obrigação e porque Rute, uma das noras, insistiu em seguir a sogra. Já Órfa ficou em Moabe.

12 – Diga a frase célebre que Rute dirigiu à sogra, falando sobre não separar-se dela: 16. Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;
17. Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.

13 – O que aconteceu na cidade onde Noemi chegou? Houve comoção geral por causa de sua situação.

14 – Qual o nome que Noemi propôs ser chamada e o que significa? Mara, amarga.

15 – Noemi foi insensata em justificar a proposição do seu novo nome. O que disse ela de tão insensato? E por que isso é errado?  “O Senhor testifica contra mim e Ele me tem feito muito mal” Ela foi insensata porque Deus tinha um belíssimo plano para o seu futuro, mas ela ainda não conhecia. Devemos dar graças a Deus por toda e qualquer situação, sabendo que Ele nos conduz para o bem.

16 – Quem Noemi ainda tinha em Belém de Judá? Um parente de seu esposo chamado Boaz

17 – Em Belém Rute propôs-se a fazer o que? Ir colher espigas para que sua sogra e ela não passassem fome.

18 – O que era Boaz em Belém? Proprietário de uma plantação.

19 – Onde Rute, sem querer, foi colher espigas? Nos campos de Boaz

20 – O que Boaz notou logo ao chegar à sua plantação? A presença da bela Rute apanhando espigas como uma das pobres da região.

21 – O que Boaz fez com Rute no primeiro dia em que a viu? Conversou com ela, dizendo-lhe para manter-se só nos campos dele a colher espigas.

24 – Rute protestou contra a bondade de Boaz, dizendo o que? Por que me tratas com tanta deferência, sendo eu uma estrangeira?

25 – Qual a razão dada por Boaz para tratá-la com humanidade? Porque soube do bem que ela fazia à sua sogra Noemi.

26 – Qual foi a principal razão do bom tratamento de Boaz à Rute? Porque ela veio abrigar-se debaixo das asas do Deus de Israel.

27 – Onde Rute almoçou no dia em que Boaz lhe falou? Junto dos segadores, comendo com os serventes de Boaz.

28 – Qual foi a ordem de Boaz aos capatazes da colheita? Deixarem de colher de forma completa, para que sobrasse o suficiente para Rute colher após eles.

29 – O que Boaz plantava e de que eram as espigas que Rute colhia? De cevada.

30 – Quanto media um efa? 22 litros atuais.

31 – Quanto Rute colheu no primeiro dia em que esteve na plantação de Boaz? Quase um efa.

32 – Para quem foi a colheita de Rute? Para a sogra dela.

33 – O que fez Noemi com a colheita de Rute? Fartou-se e depois deu o excedente para Rute.

34 – Qual foi a pergunta de Noemi para Rute? Onde colheste?

35 – O que Noemi disse a Rute que demonstra ter mudado de opinião sobre a ação de Deus sobre a sua vida? Que Deus não deixara a Sua beneficência nem para com os vivos e nem para com os mortos, pois Rute foi colher exatamente nos campos do parente do marido.

36 – Quanto tempo Rute colheu nos campos de Boaz? O tempo em que durou a colheita da cevada daquela temporada.

37 – Noemi quis ajudar a Rute; de que maneira ela a quis ajudar? A encontrar um esposo.

38 – O que é padejar a cevada? Jogar ao alto com a pá, separando os grãos das cascas.

39 – O que é eira? Local de terra batida onde se padeja o cereal

39 – O que Noemi ordenou que Rute fizesse no dia em que Boaz iria padejar a cevada? Que ela se arrumasse muito bem e que não se desse a conhecer a Boaz até que ele terminasse de comer.

40 – O que aconteceu após Boaz comer e beber? Ele dormiu.

41 – Até que horas Boaz dormiu e o que o assustou? Dormiu à meia-noite e acordou assustado com os pés descobertos.

42 – Qual o significado dos pés para os antigos no velho testamento? Posição, importância, autoridade.

43 – O que Boaz viu ao acordar? Viu uma mulher deitada aos seus pés, mas não reconheceu-a.

44 – Quem estava deitada aos pés de Boaz? Rute

45 – O que Rute pede a Boaz e por que? Para ele estender a capa sobre ela e ser o resgatador, o remidor

46 – O que era um resgatador? Quando um membro de uma tribo tornava-se pobre e precisava vender uma propriedade da herança do Senhor, um parente mais próximo deveria ser o comprador, para que a propriedade não se perdesse da tribo. Se ele não tivesse condições então o mais rico da mesma família poderia fazê-lo, garantindo que a tribo não perdesse suas propriedades.

47 – O que Boaz achou da atitude de Rute? Considerou maravilhosa e a abençoou em nome do Senhor

48 – Qual foi a comparação que Boaz fez sobre os feitos de Rute? Ele disse que esta última atitude fora melhor ainda do que a primeira, a de seguir e cuidar de sua sogra.

49 – Por que Boaz valorizou tanto a atitude de Rute? Porque ela era jovem e poderia correr atrás do seu coração, procurando um jovem qualquer; mas decidiu seguir os conselhos de sua sogra e era mulher honrada e decente.

50 – Boaz dá duas notícias, uma boa e uma ruim, para Rute. Quais foram? 1) Que ele tudo faria para corresponder ao pedido; 2) Que havia um parente mais próximo do que ele que poderia tornar-se o resgatador.

51 – Onde Rute passou aquela noite? Aos pés de Boaz, segundo orientação dele.

52 – Quanto era cada medida de cevada e quantos Boaz concedeu a Rute para levar à sua sogra? 2 litros, foram 12 litros de cevada.

53 – Quando Rute conta a história à sua sogra, o que diz Noemi sobre o caso? Que Boaz não descansará enquanto não resolver a questão.

54 -  Para onde subiu Boaz e o que fez? Subiu até a porta e chamou um fulano, que era o parente mais próximo.

55 – O que era a porta? Era uma espécie de centro comercial, e eles foram para uma edificação que hoje corresponderia ao cartório.

56 – O que disse Boaz ao parente mais próximo? Contou a história de Elimeleque  apresentou-lhe a necessidade de comprar de Noemi, pois esta passava por necessidade.

57 – O que o parente de Elimeleque disse a Boaz? Eu redimirei.

58 – Qual foi o balde de água fria que Boaz lançou sobre esse parente? Ele disse que junto com a propriedade viria também a viúva de um dos filhos.

59 – O que era o levirato? Costume antigo onde o irmão de um marido falecido suscitava um filho junto de sua cunhada para que tivesse uma decendência.

60 – O que o parente falou sobre comprar a propriedade junto com a viúva de um filho de Elimeleque? Que para ele não interessava, pois iria prejudicar a herança de seus próprios filhos.

61 – O que o parente fez para provar que abria mão da compra para Boaz? Tirou seus sapatos e entregou-os a ele.

62 – Para quê se tiravam os sapatos? Era a prova e o costume legal, feito na frente das testemunhas.

63 – Além da terra, o que Boaz adquiriu? O direito de desposar Rute.

64 – O que as testemunhas disseram a Boaz? Que ele fosse abençoado, afamado, que se portasse varonilmente e que sua prole fosse numerosa.

65 – O que aconteceu após o casamento de Boaz e Rute? O nascimento de um filho por nome Obede.

66 – O que significa Obede? O que serve ou o que adora

67 – O que foi Noemi para Obede, além de sua avó? Foi sua ama, sua babá

68 – Quem sugeriu o nome do menino? As vizinhas de Noemi

69 – De quem foi Obede considerado filho? Filho de Noemi, conquanto filho de Rute

70 – Dê a genealogia de Davi, citada ao final deste livro:
18. Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom,
19. E Esrom gerou a Rão, e Rão gerou a Aminadabe,
20. E Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom,
21. E Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede,
22. E Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi

sábado, 6 de fevereiro de 2016

memórias literárias - 312 - NÃO HÁ NADA DE NOVO


NÃO HÁ NADA

DE NOVO
312
O Brasil parou para pular o Carnaval. Nas avenidas, praias, clubes e cidades milhões de pessoas suadas, fedidas, cheias de cremes, de enfeites, de roupas coloridas ou peladas e lascivas, sacodem-se e esvaem-se numa alegria efêmera, sem sentido e absolutamente temporária. Elas entopem os becos e os prostíbulos, os motéis e as moitas para a prostituição desenfreada. Estão desempregadas, endividadas, doentes de dengue, de zika ou de AIDS, mas continuam cheias de fogo para chafurdar na lama do pecado. É como uma possessão, mas de dentro para dentro, do pecado interior para o que são do lado de fora. Bacanais e orgias nacionais!
 
Na economia nada poderia ser mais desastroso. O atual governo não governa por incompetência e por ilegitimidade (ganhou financiado pela corrupção e prometeu não tornar o país recessivo como está). Nossas empresas faliram. Nosso comércio vê o estoque a apodrecer nas lojas. Não há compradores. Não há dinheiro em circulação. Em contrapartida os bancos, esses ladrões oficiais e engravatados, nunca lucraram de forma tão desavergonhada e ilegítima: batem todos os recordes históricos. Cobram por cartões, cobram para usá-los, cobram para protegê-los, cobram para trocá-los, cobram para atualizá-los. Mil reais, ao final de um ano, renderá míseros 30 reais ao poupador que guarda o dinheiro no banco; os mesmos mil reais, se retirados pelo cliente através de  empréstimo no banco deverão tornar-se três mil e quinhentos reais ao final do mesmo período. Impostos sobre impostos são impostos pela draga governamental. Eles, maus administradores, conseguiram destruir as nossas reservas e não têm de onde tirar recursos para suas despesas de pessoal e suas vidas nababescas.
 
Na política não há semelhança em nenhum país do mundo. Todos sabem quem são os culpados, todos vêem todos os dias de forma clara e documentada quem roubou o quê e em que proporções. Mas os políticos permanecem intocáveis, ilesos, poderosos, senhores do poder. Empreiteiros estão presos, mas onde estão os mandantes de colarinho branco? Eles não têm pejo de ver seus rostos estampados como criminosos nos periódicos diários. Eles riem de todos nós, pois enquanto sofremos revoltas pelos seus roubos eles enriquecem, governam, mandam e mantém-se populares. Neste momento estão nas praias mais caras do Brasil bebendo e comendo iguarias importadas e pecando desenfreadamente. Tomam os nossos recursos, gastam quase tudo e, na devolução da décima parte conquistam os incautos, que se seduzem com migalhas de Lázaro! Eles não são bons.  São criminosos e enganadores.
 
Na moral o país assemelha-se à Babilônia e à Sodoma. Nesta semana um deputado tenta barrar a poligamia registrada que se alastra, onde dois maridos possuem meia dúzia de esposas compartilhadas. O casamento entre gente de mesmo sexo tornou-se comum até em igrejas chamadas cristãs e, ao invés de indignar, transformaram-se em show business, em espetáculo nos programas de tv que infestam o esgoto da mídia de entretenimento. Basta gesticular com trejeitos para que se faça sucesso. Cartilhas são distribuídas às criancinhas, ensinando-as a fornicar. A linguagem obcena é liberada em casa, na escola e na mídia. A internet pastoreia e dá a mão a todos os que desejam seguir pela perversão, sem impedimentos. Agora a ONU propõe assassinar os bebês microencefálicos através do aborto, pois serão um peso para as mulheres que engravidarem. Bebês são tratados como produtos mal confeccionados e, por isso, descartados (gostaria que a proponente imaginasse ter sido um bebê assim...)
 
E a saúde? Por absoluta incompetência dos governos e roubo das verbas públicas o povo morre sem atendimento. Nesta semana, em São Bernardo do Campo, o governo do PT deu um mutirão para cirurgia de cataratas. Dos 27 operados 6 estão cegos e 21 irão cegar! E a razão? Contamimação por falta de higiene! E o que o governo irá fazer? Dar uma prótese de vidro para não ficar um buraco na cara...  http://br.blastingnews.com/sao-paulo/2016/02/mutirao-de-cirurgia-para-catarata-deixa-6-pessoas-cegas-em-sao-bernardo-00772781.html
O nosso país é assim: quando oferece, mata. O virus zika e a chamada microencefalia só se proliferaram em Pernambuco porque a precariedade de atendimento transformou um problema numa tragédia de relevância internacional. Sente-se vergonha de ver o Brasil como o ninho e o criadouro das doenças primitivas de um mosquito!
 
Nas igrejas Cristo não está mais presente. Presente está o secularismo e a frieza. No entanto nunca as igrejas estiveram tão cheias de gente. Neste Carnaval igrejas batistas de diversas partes estão dançando e pulando na rua, vestidas de palhaço e misturando as pérolas da fé às porcarias das sargetas sob o pretexto de evangelizar. Cristo tornou-se nome de parque de diversões (Cristolândia) e a banalização da fé transformou-se em bandeira de denominações. Pular, dançar, entreter, discutir, passear, fazer reuniões em hotéis caríssimos em praias sob o pretexto de orar ou buscar a Deus transformou-se em arroz com feijão nas notícias denominacionais. Ao lado disso igrejas de periferia fecham as portas porque o povo sai para as grandes comunidades compostas de retalhos das outras. Saem porque nessas pode-se viver o evangelho sem Cristo, sem compromisso, sem ética, sem estereótipos, conforme dizem. Além disso buscam o luxo, as boas dependências, as facilidades logísticas de localização e de entretenimento. Deus ama a todos, proclamam. E o evangelho traveste-se de diversão contemporânea.
 
E os pastores? Muitos estão terminando a carreira como suicidas. Só no ano passado mais de meia dúzia de ministros deram cabo de suas vidas. Outros abandonaram as igrejas para dedicarem-se ao comércio, à indústria ou se tornaram palestrantes motivacionais. Há aqueles que aderiram às grandes redes de crescimento, transformando a igreja num posto dos selos americanos de entretenimento religioso. Então crescem e ganham fatias dos lucros, tornando-se famosos. Outros traem seus líderes depois de aprenderem todas as técnicas e fundam suas denominações, mais vilãs e enganadoras que as originais. Poucos são os pastores que estudam a bíblia. Fabricam seus próprios diplomas, estudam meia dúzia de livros genéricos e pedem a alguns colegas que imponham sobre eles as mãos. Poucos são os ministros da Palavra de Deus, que foram chamados pelo Espírito Santo, que aprenderam na escola da provação, que pagaram o preço da renúncia e do labor. Estes são raros, estão em extinção e não possuem nova geração.
 
Isto é novo? Uma situação assim é nova?
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. (Ec 1:9)
 
Não. O mundo jaz no Maligno e o príncipe deste mundo está julgado.
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1Jo 5:19)
Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. (Jo 12:31)
 
Agora é a hora e a vez do Inimigo. Ele sabe que seu tempo está contado.
Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo. (Ap 12:12)
 
Diferentemente do que os avivalistas proclamam, os tempos de frieza precederão a volta de Cristo e, aos poucos o Espírito Santo se retirará da atuação na humanidade, até que, saindo, dará ampla liberdade à ação de Satanás, cujo tempo se aproxima. É a Grande Tribulação anunciando a sua chegada.
Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18:8)
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. (Mt 24:12)
 
Os livros evangélicos atuais, com raríssimas exceções, distilam teorias e reflexões aparentemente cultas, mas não possuem sequer uma gota de lágrima de angústia de alma pelo pecado do povo! Tudo é teorizado, não há lamento, não há dor, não há sentimento de confissão, não há piedade. Tudo é método, é sistema, é programa, é projeto, é empresa. As lágrimas não forram mais o chão dos executivos da fé. O dinheiro forra. Ou as dívidas.
 
Mas ainda há 7 mil joelhos, semelhantemente aos do tempo de Elias. Há um remanescente fiel, esparramado por inúmeras igrejas, há ainda alguns pastores, conhecidos ou anônimos, que não se corromperam com o canto da sereia ou com o príncipe deste mundo. Seus auditórios são pequeninos e sua influência é restrita, mas mantém-se fiéis Àquele que os vocacionou. Estes são ainda as testemunhas do Cordeiro num mundo plástico de imitações fajutas.
Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. (Ap 3:8)
 
O que o leitor fará com todas essas informações? Franzirá a testa, dizendo: "esta é apenas a opinião do articulista"? Dirá: "O mundo vai mesmo de mal à pior!", ou assumirá uma atitude pró-ativa, dizendo: "o que posso fazer para mudar isso em mim e ao meu redor?" Precisamos de crentes que se levantem para chorar, para orar, para clamar, para pregar, para viver, para anunciar. Precisamos de cristãos que testemunhem de Cristo no meio do caos e que orem, clamem, proclamem.
 
Tenho certeza de que em mim o Espírito Santo já inseriu o despertamento. Espero que o faça no coração do leitor também.
 
Como complemento, será muito precioso assistir a pregação do saudoso herói da fé, o Pastor David Wilkerson, ao falar sobre O BATISMO DA ANGÚSTIA.
 
https://www.youtube.com/watch?v=qRFDse-A_cc

Pr. Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil

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