segunda-feira, 31 de julho de 2017

IBBNR ÚLTIMO DESAFIO - CREIO NA GRAÇA DO SENHOR

ÚLTIMO DESAFIO - CREIO NA GRAÇA DO SENHOR

CREIO NA GRAÇA DO SENHOR

Amigos da Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo,
Brasil:

Já decidi diante do Senhor que o último desafio a ser alcançado, em termos
patrimoniais, no ministério que atualmente exerço na Boas Novas, será a
construção da cozinha (e, em havendo condições, estender o piso do salão
social).

Creio que o Senhor ainda dará esta vitória para esta igreja pequenina e que
deseja usar a minha vida e a vida de meus leitores e amigos.

Dediquei 21 dos meus 30 anos de ministério pastoral a esta igreja e sei que
o Senhor nosso Deus em tudo nos abençoou. Nos últimos anos os meus amigos,
leitores e irmãos em Cristo foram companheiros na compra do terreno,
edificação da capela e complemento dos departamentos. Nos últimos tempos
construímos juntos a rampa de acesso à capela e pintamos a área externa.
Agora temos uma cozinha para construir. Não sei por quanto tempo continuarei
na Boas Novas (já colocamos o assunto nas mãos do Senhor), mas sei que,
enquanto ali estivermos, serviremos com a mesma alegria e gratidão,
confiando que Deus tudo suprirá para esta igreja que é dEle. O pastor nunca
recebeu combustível ou verba para transporte, e atualmente tem restringido
seu atendimento semanal porque não tem recurso próprio para a gasolina...

Não tem sido fácil viver num Brasil constantemente em crise. Corruptos
destróem a economia e mantém o povo escravizado ao desemprego.  Mas nas
crises se revelam as grandes obras de fé. E os companheiros de batalha nunca
se afastam, mesmo que em cooperação de oração ou em contribuições
pequeninas. Uma moeda oferecida com amor e em nome de Jesus pode fazer
maravilhas!

Estamos precisando de recursos. E eu estou suplicando a Deus que nos conceda
esta graça. Dos oito mil guardados precisaremos usar mil e quinhentos reais
para pintura indispensável, sob pena de perdermos partes importantes
(janelas, portas e paredes externas). Mas seis mil e quinhentos estão
preservados.

Nós precisamos de R$ 10 mil reais até o dia 30 de novembro. A igreja local
tem feito a sua parte. Mas não é suficiente. Precisamos de solidariedade dos
que amam esta congregação, que a conhecem ou que dela lêem e assistem tudo o
que é publicado.

Considerando o saldo que temos (seis mil e quinhentos), conseguiremos erguer
a cozinha.

Preciso da ajuda dos meus amigos. E hoje preciso com urgência. Há coisas
pontuais que deverão ser pagas e adquiridas, e sem recursos nós nada
compramos. Não devemos um tostão a ninguém. E quem emprestou o dinheiro para
a construção da laje doou-o por absoluta falta de recurso da igreja em
pagar, crendo que Deus é supridor.

Portanto, meus amigos, preciso de vocês. E preciso com urgência.

Muito obrigado.

Pr. Wagner Antonio de Araújo

memórias literárias - 487 - TÃO PARECIDO ...

TÃO
PARECIDO...

 

 
 
487
 
Linda, maravilhosa, anda na moda e está em todas as mídias. Sorri e faz pose para tirar selfies vibrantes. Posta lindas frases e cita versículos bíblicos. É a queridinha das mídias. Mas não é cristã.
 
Másculo, "bombado", charmoso, está nas capas de produtos de academias de ginástica. Namora duas garotas por quinzena e não promete casamento a nenhuma. Usa uma moto americana e tem tatuagens pelos braços e coxas. Sorri bonito e diz que tudo o que tem recebeu pela fé em Jesus. Mas não é cristão.
 
Canta e encanta. Seus hits estão nas principais emissoras de FM e no youtube. Suas letras são alegres e expansivas. Gravou um cd com música gospel e uma delas tornou-se popular até nos cultos. Assina com uma gravadora internacional e posou para uma rede de motéis. Costuma jogar roupas íntimas nas fãs enlouquecidas dos seus shows. Chora quando canta Mais Perto Quero Estar, citando a mãe. Mas não é cristão.
 
Faz palestras de auto-ajuda. Tornou-se palestrante de encontros de casais. Igrejas fecham hotéis para ouvi-lo, sempre com lucro sólido. Cobra fortunas das empresas que o contratam. Aparece nos programas de auditório da tevê aberta e recentemente fez plásticas. Cita a Bíblia em todas as suas falas. Já traiu, já foi traído e recomenda receitas para um casamento duradouro. Mas não é cristão.
 
Pastoreia uma grande igreja. Seu auditório é eclético. Tem gente que paga ingresso caro só para ouvir uma hora de palestra inteligente e culta, cheia de humor sarcástico. Senta-se com filósofos para discutir teologia. Tem pensamentos universalistas e agrada a gregos e a troianos. A sua denominação o tolera, pois rende muito em eventos de grande porte. Costuma ser polêmico e deixar o conceito de Deus em saias curtas, apontando erros na própria divindade. Mas não é cristão.
 
Que mundo é esse? O que acontece neste século XXI? As pessoas assumiram uma casca cristã, sem o devido conteúdo? Faz-me lembrar o velho guarda-roupa de minha mãe. Há muito ela o encomendara de um marceneiro. O tempo passou. Mamãe morreu. Fomos retirar as suas coisas. Quando enfiamos o dedo na madeira, descobrimos que não havia mais guarda-roupa; os cupins deixaram apenas a casca de fórmica; o miolo fora devorado; só havia pó-de-serra. Parecia um guarda-roupa, mas era uma casca vazia.
 
Assim tem sido o evangelho de hoje. Ouve-se muito versículo bíblico. Citam-se as Escrituras Sagradas. Fala-se muito em Deus, em Jesus Cristo. Usam-se muitas expressões do "crentês composto" : "Eu recebo a bênção", "O sangue de Jesus tem poder"; "Em nome de Jesus"; "A minha vitória Deus já determinou". Mas o conteúdo dos supostos adoradores não é compatível com o evangelho da Bíblia. 
 
Tais cristãos de aparência dizem crer em Cristo. Mas Cristo condenou o adultério. Cristo ensinou a fidelidade conjugal. Os supostos adoradores não têm compromisso familiar; trocam de cônjuge como quem troca de roupas, e dizem: "Foi Deus quem preparou o meu novo parceiro".
 
Eles dizem crer em Cristo, mas participam de festas de idolatria e comungam de pensamentos espíritas e ocultistas. Mantém amuletos, fazem promessas, ensinam simpatias e tomam passes. Nada mais distante do cristianismo, que abomina imagens de quaisquer espécies, que rejeita qualquer amuleto, qualquer simpatia e símbolo ocultista. Tais falsos cristãos chegam a vender amuletos com temática bíblica, como arcas em miniatura, mezuzás, medalhinhas, biblinhas com versículos poderosos, água de Israel ou óleo da unção.
 
O Cristo no qual alegam crer vem de citações das Escrituras, mas não condizem com a imagem completa do Senhor. O Cristo deles só tem a cruz como amuleto, não como morte vicária de quem nos resgatou do pecado. Não há nova vida no Cristo que pregam; o que há é a ostentação de bênçãos e prosperidade, fazendo do Senhor um mero provedor de vitórias. E a maioria dos cristãos incautos caem em suas armadilhas, crendo na suposta fé e partilham toneladas de frases, gifs animados, vídeos e áudios dessa gente sem conteúdo.
 
Como nos posicionarmos? À luz do que Cristo ensinou.
 
Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou. (1Jo 2:6)
 
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mt 7:20)
 
Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. (1Co 5:11)
 
Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. (1Co 4:20)
 
Deixemos a ingenuidade dos que crêem em fantasias e em ilusões. Paremos de considerar verdade aquilo que é mero engano, paremos de acreditar em mentiras. E mais: milagres, curas, vitórias, prosperidade ou coisas semelhantes não qualificam ninguém como um crente verdadeiro.
 
 
E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; (2Ts 2:11)
 
Voltemos ao evangelho.
 
À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles. (Is 8:20)
 
Wagner Antonio de Araújo

31/07/2017

memórias literárias: AUXÍLIO NA ANGÚSTIA - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS No. 03





486
AUXÍLIO
NA ANGÚSTIA
Série:
CONSOLO NOS SALMOS
No. 03


Olá. Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.
 
Falaremos hoje sobre AUXÍLIO NA ANGÚSTIA.
 
Diz o Salmo 60.11:  Dá-nos auxílio na angústia, porque vão é o socorro do homem.
O Rei Davi atravessou muitas lutas em sua vida. E aprendeu que a sua confiança deveria estar em Deus e não nos amigos que julgava ter. Como rei seria fácil acreditar que um outro reino, com forte exército e um bom relacionamento, se tornasse a ajuda necessária em horas de crise. Contudo, Davi sabia que vão é o socorro do homem. Somente Deus poderia atendê-lo e conceder-lhe o socorro necessário.

Nós também, quando estamos angustiados, a enfrentar lutas e problemas, somos induzidos a confiar nos amigos. Ah, amigos que julgamos especiais, poderosos, influentes, em condições de nos estender a mão! Achamos que uma indicação dele abrirá as portas para o trabalho. Buscamos um político que advogue a nossa causa junto às autoridades. Confiamos num médico experiente, num parente bem situado socialmente, num conhecido de longa data. Quanta angústia acumulamos! Nas horas mais necessárias os amigos desaparecem, os influentes nos abandonam, aqueles que poderiam nos indicar arrumam uma desculpa e os médicos se justificam, dizendo: “Infelizmente não saiu como gostaríamos, sentimos muito”.

Já dizia Deus através de Jeremias: Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! (Jr 17:5). Para Israel de outros tempos, o inimigo diz o seguinte, sobre a suposta ajuda que o Egito lhe daria: Eis que confias no Egito, aquele bordão de cana quebrada, o qual, se alguém se apoiar nele lhe entrará pela mão, e a furará; assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que nele confiam. (Is 36:6). Quem espera dos homens a solução para as suas crises espera água de m poço seco ou milho de uma espiga mirrada. Só terá frustração.

Devemos esperar em Deus! Devemos fazer a nossa necessidade conhecida do Senhor, através da oração em nome de Jesus e no poder do Espírito Santo. Deus nos socorrerá! Deus nos dará a resposta precisa e necessária! Nós até podemos desenvolver excelentes relacionamentos e ótimas amizades, mas não podemos transferir a nossa confiança em Deus, que tudo pode e está presente, para os amigos, que nem sempre podem ou nem sempre estão dispostos a nos auxiliar na hora da necessidade. Deus é o nosso amparo, socorro bem presente na hora da angústia. Assim não esperaremos demais dos outros e manteremos a nossa fé no único que pode nos conduzir à vitória e à felicidade! Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. (1Pe 5:7)
Que Deus nos abençoe!

Wagner Antonio de Araújo
13/07/2017
 
(mensagem especialmente preparada para a EBAR - Escola Bíblica do Ar, à convite de sua diretora, irmã Ana Maria Suman Gomes). 

sábado, 29 de julho de 2017

memórias literárias - 485 - O ENTARDECER QUE NÃO PODE SER DETIDO

O ENTARDECER
QUE NÃO PODE
SER DETIDO

 

 
485
 
Aproveitei a tarde para mergulhar nas leituras edificantes dos livros cristãos. Estava na varanda de minha casa. Quando ali chegara o sol estava em seu apogeu, em sua luminosidade intensa das três da tarde.
 
A leitura envolveu-me e edificou-me. Com o passar das horas experimentei dificuldade para manter o entendimento do que lia. Colocava o livro em posições diferentes, para que colhesse mais luminosidade. Então olhei para o céu. O entardecer chegara.
 
Tentei ler mais um pouco, e, com dificuldade, consegui ultrapassar um capítulo. Mas, sem condições de continuar, tive que me render ao entardecer que o Senhor trouxera para mais um dia. Agora não havia mais leitura natural; somente com o uso de uma luz. Decidi vir escrever antes de continuar.
 
E por que? Porque ali estava a lição bíblica exemplificada.
 
Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. (Jo 9:4)
 
Em minha leitura conheci um caso relacionado a isso. Contava o Pr. David Gomes (livro O Espírito Santo Executivo de Deus) que um diácono, ao completar setenta anos, pediu à sua igreja que permitisse a continuidade de seu serviço. Ele afirmou: "Irmãos, tenho setenta anos; deixem-me servir mais ao Senhor, até que Ele mesmo me promova para a instituição superior, o Céu".  Que pedido maravilhoso!
 
O entardecer da vida é um fato. Ele não vem na mesma idade para todos. Cada um tem o seu próprio. Para uns acontece após um longo dia de noventa ou cem anos. Para outros, sessenta. Outros, infelizmente, chegam ao entardecer muito jovens, bebês, inclusive. Mas para todos há um ocaso. Pensava eu na coisa mais democrática que já considerei: a morte. Sim. Do nascimento nem todos participam, pois são abortados. Mas até os abortados morrem; portanto, a morte é compartilhada por todos (excetuo aqui a geração de salvos quando do arrebatamento, que é outra questão).
 
Tentei ler e não consegui. Insisti enquanto pude, mas tive que me render quando não consegui mais. Assim também devemos considerar a nossa vida e o nosso serviço a Deus. Não estaremos sempre no apogeu de nossas forças. O sol da vitalidade e da energia não brilhará na abóbada celeste de nossa existência terrena para sempre. Há de se considerar que um dia, mais tempo ou menos tempo. o entardecer chegará e, com ele, a morte.
 
Aos que não sabem para onde vão, aconselho: creiam em Jesus Cristo e entreguem-se a Ele, pois é o único que não foi detido pelo entardecer da vida; ao terceiro dia a morte teve que soltá-Lo. Nenhum mestre, sábio, líder religioso ou considerado santo pôde vencer a morte. Sua filosofia terminou com o próprio falecimento. Jesus, contudo, venceu a morte e tornou-se Senhor dela. Assim, o que Ele diz tem valor e podemos confiar em Suas palavras:
 
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16:33)
 
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6:40)
 
Aos que são cristãos, digo, com amor e com grande emoção: não se esqueçam do entardecer da vida! Ele virá, ainda que tentem driblá-lo com movimentos de rejuvenescimento, terapias de embriões, cremes milagrosos, chás de plantas energéticas ou ginásticas efetivas. Um dia nada disso adiantará mais e o corpo se desfará. Enquanto aqui estivermos experimentaremos as consequências do pecado, e a maior delas é a morte física. Portanto, amados irmãos, priorizemos o Reino de Deus enquanto ainda somos úteis, enquanto ainda podemos trabalhar, enquanto temos condições de contribuir. Que possamos dizer como o Apóstolo Paulo, cujo entardecer chegara: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (2Tm 4:7)
 
Vou voltar à minha leitura. Agora usarei a luz elétrica. O meu entardecer da vida não chegou ainda. Nem sei quando chegará. Mas buscarei em todo o tempo em que o sol da vida brilhar sobre mim a oportunidade de dar ao meu Deus o meu melhor.
 
Escrever este texto para partilhar com os meus leitores foi uma forma de fazer isso hoje.
 
E que o nome de Jesus seja glorificado.
 
Wagner Antonio de Araújo

29/07/2017

memórias literárias - 484 - NÃO VÁ LÁ, MARCELINO...

NÃO VÁ LÁ,
MARCELINO...
 

 
484
 
Marcelino era um jovem atraente, tinha dezoito anos, porte atlético, cheio de futuro. As meninas apaixonavam-se por sua beleza. Inteligente, bem criado, manifestava desde cedo a paixão pelas artes marciais. Deus, contudo, não estava neste negócio, uma vez que rejeitava veementemente um compromisso com o Senhor. Seus irmãos iam à igreja, mas ele sempre dizia: no próximo final de semana eu irei. Tinha paixão por combates, por lutas, por violência, por tudo aquilo que não compõe o espírito cristão.
 
Marcelino foi convidado para um baile à beira da praia. Como morava no planalto, tinha que deslocar-se com outros amigos. Seus pais instaram para que não fosse, pois à noite haveria culto de louvor ao Senhor. Ele, contudo, no auge de sua arrogância adolescente, disse peremptoriamente: "Não irei ao culto; irei ao baile. No próximo sábado irei à igreja". Seus irmãos tentaram dissuadi-lo, mas ele ameaçou bater-lhes. Seus pais, entristecidos, diziam: "Este caminho não vai lhe trazer vida, filho querido. Volte-se para Deus!" De nada adiantou.
 
Marcelino seguiu para o baile, ao lado de seus colegas maconheiros. Chegando lá encontrou muitas meninas bonitas, que o disputavam para dançar. Uma delas, a Patrícia, encantou-o. Ele pediu uma dança; ela não aceitou. Ele insistiu, ela cedeu. E, enquanto dançavam, um jovem mais velho, mais forte também, aproximou-se, dizendo-se namorado dela. Marcelino agrediu-o, voltando à dança. O outro, então, furioso, tomou um pedaço de caibro (madeira), correu por trás de Marcelino e deu-lhe com força nas costas. Marcelino caiu a três metros de distância. E dali não levantou-se mais. Todos gritavam, choravam, corriam, desesperavam-se.
 
Chamaram os bombeiros, que o levaram ao hospital. Havia quebrado a coluna vertebral. O jovem agressor desapareceu. Os pais de Marcelino, desesperados, foram vê-lo. Sua mãe estava inconsolável. Os irmãos estavam chocados e revoltados; prometeram vingança. O pastor, que também estava por perto, bronqueou-os veementemente, lembrando-lhes do que o Senhor Jesus Cristo havia ensinado (perdoar aos ofensores e entregar a causa a Deus). Além do mais, as autoridades constituídas cuidariam de procurar o criminoso. Aos poucos muitos irmãos em Cristo, parentes e conhecidos chegaram ao hospital. A perspectiva era a pior possível: havia hemorragia severa.
 
O seu pai, pobre homem, de semblante caído e mergulhado em lágrimas, ficou ao pé do leito da dor de Marcelino. Chorava e dizia: "Marcelino, meu filho amado, meu herdeiro, minha juventude! Por que você não ouviu o conselho de seu pai?" Marcelino, ainda com vida, sussurrou: "Perdão, meu pai! Perdão por não ter considerado o seu conselho! Na semana que vem eu estarei na ig..." E desmaiou.
 
Foi um corre-corre no hospital, pois entrara em coma e, em seguida, parada cardíaca. Tudo fizeram para ressuscitá-lo. Mas o ferimento fora sério demais e Marcelino morreu.
 
A semana que vem, tão anunciada por Marcelino como o tempo de seu reencontro com Deus, nunca mais chegaria. Ele partira para a eternidade, sem Cristo e perdido em seus pecados. Fizera as piores escolhas!
 
Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte. (Pv 16:25)
 
Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio. (Pv 19:20)
 
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe, (Pv 1:8)
 
Aos Marcelinos que me lêem agora, que pensam aproveitar a vida nos bailes e nas baladas do bairro, que se julgam muito fortes e atraentes, que consideram retrógrados os conselhos de seus pais: lembrem-se de Marcelino! Esse jovem tinha tudo para ser feliz. Estaria hoje com mais de quarenta anos, teria certamente esposa e filhos para criar. Hoje, contudo, está sepultado há vinte e poucos anos e tornou-se tema de minha estória. E por que? Porque achava que os seus caminhos distantes de Deus eram melhores do que os caminhos do Senhor. Achava que o Reino de Deus poderia ficar para o próximo final de semana. Julgava-se cristão, mas não tinha Cristo.
 
Mas você, Marcelino que me lê, tenha o nome que tiver, pode ter um destino diferente, se tomar decisões e seguir por caminhos diferentes dos seguidos por Marcelino deste texto. 
 
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; (Lc 15:18)
 
Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Sl 1:1)
 
Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto; (Sl 95:8)
 
Volte-se hoje ao Senhor. Troque a balada, o baile, pelo culto, pelo encontro com Deus. Na hora final os seus amigos lhe abandonarão, mas seus pais e irmãos em Cristo estarão com você. E mais: Jesus Cristo não o deixará na morte, mas seguirá com você após o túmulo e ao final lhe ressuscitará.
 
Entregue-se a Jesus!
 
Wagner Antonio de Araújo
29/07/2017
 

obs: com algumas alterações, este fato foi REAL.

memórias literárias - 483 - POR QUE TE ABATES? SÉRIE CONSOLO NOS SALMOS No. 02

483

POR QUE
TE ABATES?

Série:
CONSOLO NOS SALMOS
No. 02
 

 
 
Olá. Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.
 
Falaremos hoje sobre o tema POR QUE TE ABATES?
 

Assim diz o Salmo 43.5: Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, Ele, meu auxílio e meu Deus!
Não são raras as vezes em que a nossa alma se sente abatida, cansada, desanimada. Temos assistido, entristecidos, ao fenômeno do mundo virtual, que provoca nas pessoas fragilizadas o desejo do suicídio ou de matar outras pessoas. Fazem isso para tentarem a libertação do sofrimento interior. Há um grande vazio no coração do homem e ele tenta preenchê-lo com inúmeras coisas. O espaço só pode ser preenchido com a presença de Deus no coração, pois é a falta dEle que provoca esta profunda desilusão.

O salmista pergunta: Por que você está abatida e perturbada, ó, minhalma? Uma pergunta clara e exortativa. É como se ele dissesse: alma, como você pode estar tão abatida e perturbada? Deus está presente! Ah, como a nossa alma precisa ser lembrada disto! Deus está presente! Quando temos Jesus como Salvador, Ele se torna o EMANUEL, isto é, o Deus presente conosco! Mas as aflições nos iludem, dizendo “Deus me abandonou!”

Somos acometidos de muitas tristezas. Um amigo que nos trai, um sócio que nos lesa, uma promessa que não se cumpre, uma prova em que fomos derrotados, uma enfermidade que nos assola, um remédio que não surte efeito, um assalto que nos devora o patrimônio, uma intriga que injustamente nos acusa. Quantas lutas podem nos abalar! A perda de um grande amor ou a morte de um ente querido são, de longe, as que mais nos abatem.

Mas, por que? Esquecemo-nos que Deus está conosco? Ele prometeu, em Jesus, não nos abandonar! Cristo disse: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16:33). E Jesus sabia o que era padecer: injustiçado, traído, aprisionado, surrado diante dos principais líderes, arrastado ao tribunal, esfolado sem dó pelos soldados e com sangue a escorrer, conduzido ao Calvário, tendo mãos e pés pregados e uma morte cruenta e vergonhosa! Ele, contudo, disse:: eu venci o mundo! Sim, porque hoje Ele ressuscitou, está à direita do Pai e nos ressuscitará pelo Seu poder! Se o futuro é assim, brilhante, por que nos abatermos agora?  E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8:28)
É hora de esperar em Deus. É hora de confiar em Deus. Ainda o louvaremos com alegria, depois que todas as lutas passarem. Pode ser que seja em breve, em vida! Ou, se for plano do Senhor, acumularemos galardões para festejar na eternidade, como os primeiros cristãos, consumidos pela perseguição. De qualquer forma, AINDA O LOUVAREMOS, pois Ele é o nosso Deus, Ele é o nosso Senhor!

Que Deus nos abençoe!

Wagner Antonio de Araújo
12/07/2017
 
(mensagem especialmente preparada para a EBAR - Escola Bíblica do Ar, à convite de sua diretora, irmã Ana Maria Suman Gomes). 

sexta-feira, 28 de julho de 2017

memórias literárias - 482 - A BONDADE DO SENHOR - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS No 01

A BONDADE
DO SENHOR
Série:
CONSOLO NOS SALMOS
No. 01




Olá. Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.
 
Falaremos hoje sobre A BONDADE DO SENHOR.
 
Diz o Salmo 27.3: Eu creio que verei a bondade do Senhor na terra dos viventes. Quem escreveu essa frase foi o Rei Davi. Mas, além disto, o Espírito Santo foi o seu inspirador. Este versículo é a própria voz de Deus para nós.

O Rei Davi foi um homem de múltiplas atividades. Foi pastor, foi guerreiro, foi rei, foi profeta e também músico. Ele teve inúmeras mudanças em sua vida: morava com o pai, foi morar com o Rei Saul, tornou-se fugitivo, saiu do país, voltou e viveu em cavernas, tornou-se rei, primeiramente de Judá e, subsequentemente, de todo o Israel. Teve momentos de glória, momentos de dor, momentos de fraqueza, momentos de grande inspiração. Em todo o tempo, porém, Davi confiou em Deus.

Davi diz aqui que crê que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes. Isto quer dizer, de forma mais simples, que veria a bondade de Deus enquanto estivesse vivo. Ele não cria que só na eternidade veria essa bondade, mas aqui mesmo, enquanto estivesse vivo. E, de fato, Davi viu o quanto o Senhor é bondoso!

Davi foi tirado de um sítio, onde cuidava do rebanho do pai, e foi feito soldado de Israel. Davi saiu da clandestinidade à fama e ao conhecimento público. Deixou de ser mais um na multidão e tornou-se o mandatário da nação. Infelizmente, porém, Davi deixou-se levar pela ambição e orgulho. Pecou contra Deus. Adulterou. Assassinou. E pagou pelos seus erros, com tristeza, traição contra o império, lutas e luto familiar. Mas rendeu-se ao Senhor, que lhe perdoou e confortou. Ele viu a bondade do Senhor.

Tal bondade não significa livrar-nos de todas as dificuldades. Há batalhas que seguirão conosco até o fim: uma doença degenerativa, uma perda familiar, uma desilusão amorosa, um patrimônio que se perdeu. São duras realidades, nas quais Davi também teve que conviver e aceitar. Mas isto não significa que a bondade do Senhor desapareceu. Ele cuida de nós! Ele nos consola, nos dá o pão, o teto, a vestimenta, um ombro amigo, e, acima de tudo, a salvação de nossa alma mediante Jesus Cristo, o Seu Filho bendito! Além disto, se Ele nos permite viver mais um dia, poderemos dar o maior passo que já demos, e para frente! Viver do que se foi ou do que se perdeu é crer na maldade do Senhor, como se não houvesse nada de proveitoso para frente. É hora de mudarmos esta opinião e crer que o melhor está por vir, pois Deus tem planos para o nosso futuro.

Confie, caro ouvinte, na graça e na sabedoria de Deus, que nos mostrará a sua bondade na terra dos viventes, e no porvir, quando partirmos.
 

Que Deus nos abençoe!

Wagner Antonio de Araújo
11/07/2017
 
(mensagem especialmente preparada para a EBAR - Escola Bíblica do Ar, à convite de sua diretora, irmã Ana Maria Suman Gomes

quinta-feira, 20 de julho de 2017

memórias literárias - 481 - EU JÁ ME BANHEI

EU JÁ
ME
BANHEI
 

 
481
 
Foi na última quarta-feira. O frio era intenso. No carro eu tinha ar aquecido. Fui até a capela da Boas Novas. Ao chegar, deparei-me com um monte de panos jogados no chão. Pensei tratar-se de lixo. Olhei bem e vi, embaixo daquilo, uma pessoa. Não sabia bem se era uma mulher ou um homem. Chamei-lhe. Era um homem, um senhor moreno, com barba, todo encolhido, ao lado de um pão de forma e um copo com água.
 
- Meu senhor, o que faz aqui?
 
- Estou descansando. Só preciso de um cobertor.
 
- O senhor está com três cobertas; mas ficar aí será fatal; está muito frio. O senhor já jantou?
 
Ele disse-me que não tomara café, não almoçara e nem jantara. Disse que morava em Guarulhos e que pegara um ônibus, outro ônibus, e acabara parando ali.
 
Na hora pensei em levá-lo a Guarulhos. Deixaria o irmão Dival a tomar conta do culto de oração. Contudo, estendendo a prosa, percebi que o homem tinha idéias confusas, desconexas. Ele pediu-me um banho.
 
Aquilo doeu o meu coração. Eu, com o meu dormitório ao lado do gabinete, um banheiro com chuveiro quente e este senhor do lado de fora. Como poderia negar-lhe o benefício? Além disto Deus poderia ter trazido este senhor à porta, para que recebesse de cristãos os cuidados necessários.
 
Corri até a irmã Esmeralda, cuidadora e vizinha, para ver se conseguia uma sopinha e uma calça usada para ele, pois a sua estava toda rasgada. Trouxe-o ao meu gabinete. Ofereci-lhe serviço, mas ele não quis e falava coisas confusas. Levei-o ao banheiro. Ali estava a minha toalha, o meu sabonete, tudo limpo e cheiroso. Eu lhe disse:
 
- Seu Gilberto (este era o seu nome), o que é meu é de Deus. O senhor é alguém que precisa. Eu tenho outro banheiro aqui, mas quero que use o meu. Tome um banho demorado e use todo o sabonete e xampu. Sinta-se em paz. O senhor não me deve nada. Depois o levarei até a Estação de Carapicuíba, para que possa encontrar algum lugar melhor para dormir, pois aqui fora não será possível o senhor ficar.
 
Ele entrou no banheiro, a irmã Esmeralda trouxe a sopa e, em um minuto saiu como entrou. Disse: "Eu já me banhei". Eu estranhei. Como poderia ter se banhado? Nem tirara as roupas! Ao chegar no banheiro encontrei a minha toalha branca toda suja. Ele tomou-a, passou na cara e na cabeça e chamou aquilo de banho. Perguntei-lhe se realmente havia se banhado. Ele falou com braveza: "Sim, senhor, já me banhei". Encerrei o assunto.
 
Posteriormente rejeitou a sopa e pediu para que o levasse à estação. Esmeralda conseguiu uma calça usada para ele, que a vestiu por cima da outra furada. Levei-o a Carapicuíba e ele, após muita conversa desconexa, foi embora. E regressei à igreja.
 
Estava pensativo e contemplativo. Um irmão disse-me que alguns mendigos são assim mesmo, não tomam banho; estão acostumados a limpar apenas a cara e as mãos; vão vivendo assim, sem sensibilidade. Este agiu assim. Aliás, pelo saldo de suas prosas, fez da rua a sua vida e não quer viver diferente. Ofereci serviço, ofereci comida, ele queria ir embora. Mas o que mais me indignou foi ter rejeitado o banho decente, digno, que eu lhe oferecera. Dei o meu banheiro, cedi aqueles materiais que julgo bons e selecionados para o meu uso. Ele sequer abriu o chuveiro! Há quanto tempo não estaria nas ruas sem a possibilidade de um banho digno, demorado, com água quente, limpa, com perfume, sabonete, xampu e com barbeador? Deus do céu, eu lhe dei a mão e ofereci-lhe a dignidade, ele rejeitou a oferta e preferiu ficar como estava!
 
A que ponto chega um ser humano! Perde a sensibilidade, perde o bom senso, acostuma-se à sujeira, ao fedor, à podridão e não consegue mais preferir aquilo que é bom! Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes. (Is 30:15). O pecado é assim, chega sorrateiro, invade a vida da pessoa, destrói os seus valores, o seu patrimônio cultural e familiar, despe-o da limpeza, lança-o nas ruas e sarjetas da vida e, por fim, impõe sobre ele o jugo de não querer mais sair desse atoleiro! Estou cansado de ouvir histórias de gente que foi ajudada, amparada, que recebeu cuidados e que, de um dia para o outro, lançou-se novamente às ruas, à vida anônima de andarilho, aos córregos fétidos e aos pés sujos de uma caminhada infeliz!
 
 O Sr. Gilberto, sem ter consciência da verdade disse convictamente: "JÁ ME BANHEI".
 
Banhou-se? Em quê? Numa toalha que emporcalhou? Sem água? Sem encarar de frente a sua sujeira?
 
Assim também é aquele que se envolve no pecado. No princípio é uma sujeirinha moral que não é confessada. É um deslize, uma traição, uma bebedeira, um joguinho a dinheiro, uma bituca de cigarro, uma garrafa de cerveja, uma pornografia curta. Então, com as garras enfiadas na mente, Satanás coloca o seu jugo, a sua corrente, o seu império, sobre a vida do pobre infeliz. Afunda-o no lodo da imoralidade, na indecência dos relacionamentos, no abismo das mentiras, na imundície da promiscuidade, nas desonestidades comerciais.
 
E se lhe perguntam sobre a sua fé, ele diz: "Já me converti!"; "Já sou cristão"; "Já fiz as minhas orações"; "Já lí a minha bíblia". O Sr. Gilberto disse que era crente. Que engano! Ele é um pobre escravo da perdição, que chama de banho uma toalha seca. Os tolos se acham limpos no coração, mesmo sem terem se lavado no precioso sangue do Cordeiro de Deus. Eles se satisfazem com a toalha seca de uma reza, de uma promessa, de um amuleto, de um passe espiritual, de uma caridade, quando ignoram por completo o prazer de uma conversão, de uma rendição total ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Cristo, que transforma o homem por completo, não é por eles procurado. Pelo contrário, eles acham que tem Cristo, como o Seu Gilberto, que pensava ter tomado banho.
 
Olhei para o chuveiro do meu gabinete, o meu sabonete, o meu xampu e pensei: bendito seja Deus pela sensibilidade que não me foi retirada! Nem de longe imagino o dia em que preferirei a sujeira ao invés de um banho quente. Graças a Deus tenho água e material de higiene com o qual posso banhar-me quantas vezes quiser. Mas lamentei por esse infeliz que, conquanto eu tenha lhe estendido a mão, recusou-se receber amparo, deliberou continuar do jeito que estava.
 
Seu Gilberto seguirá sujo, achando que está banhado e limpo. E o pecador inconverso seguirá imundo, caminhando para o Inferno, pensando que tem Deus e que está salvo. Ledo engano dos dois! Pobre escravidão de ambos! Que Deus tenha misericórdia destes miseráveis e que lhes mostre, de forma evidente, a sujeira de suas vidas, a do primeiro no sentido físico, moral e espiritual, e a do segundo no sentido espiritual.
 
Ambos precisam de um banho.
 
E você, já se banhou?
 
Wagner Antonio de Araújo

20/07/2017

memórias literárias - 480 - TROCA INFELIZ

TROCA
INFELIZ


 
480
 
Aquela era uma boa igreja. Um auditório constante, boas programações, crentes relativamente fiéis. O pastor iniciara o seu ministério e o período de lua-de-mel caminhava bem. Durou três anos.
 
Com o tempo a festa deu lugar à rotina. E os cultos de oração foram minguando. Eram cem pessoas, em média. Caíram para cinquenta, trinta e, naqueles dias, oito ou dez crentes apareciam.
 
Cidade pequena, todos se conheciam, não havia uma justificativa plausível. O pastor passou a usar as redes sociais, os cultos, o celular e toda forma de convite, instando com todos para que viessem ao culto intersemanal, um culto precioso, com ênfase à oração.
 
As pessoas desculpavam-se. "Tenho faculdade". "Tenho que dar banho nas crianças". "Trago trabalho para casa, tenho que terminá-lo". Havia aqueles que eram mais sinceros: "não quero ir". "Perda de tempo". "O que eu ganho com isso?".
 
Alguns amigos de facebook daquela igreja escreviam aos membros sobre os artigos postados pelo pastor, um reconhecido homem de oração. Para surpresa deles, os membros não liam a literatura dele. "O profeta não tem honra na sua própria casa". E o pastor entristecera-se, pois para ele a frieza espiritual, conquanto explicada, não tinha justificativa. E o encontramos orando naquela noite, onde ele participou do culto sozinho (a zeladora não aparecera):
 
"Senhor, quando vim para esta igreja pensava manter reunido o povo ao redor de Tua mesa. E assim vivemos por um tempo, mas agora tudo é frio, tudo é difícil. As pessoas não oram, não buscam a Tua face. Elas estão tranquilas, sem aflições, sem consciência de que têm feito uma troca infeliz. Oh, Senhor, não permita que o Teu Nome seja desonrado neste lugar. Traze o Teu povo aos Teus pés, CUSTE O QUE CUSTAR, eu imploro! Em nome de Jesus. Amém".
 
Passaram-se três meses. Uma imobiliária da capital instalou-se à margem da avenida principal. Trouxeram uma banda de música, carro alegórico, um circo e muita propaganda sonora  e panfletagem. Marcaram um show e grande parte da igreja deixou o culto para assistir aos artistas de sucesso. Eles anunciaram um grande empreendimento. Uma gleba inteira, ao lado do último bairro da zona norte, fora liberada para loteamento (segundo eles). Esta imobiliária encampou-a e fez um projeto de "um lote para cada família". Era um milhar de lotes naquela montanha, com promessas de água, luz, telefone, esgoto, praça principal com padaria, farmácia, minimercado e linha de ônibus. E a grande vantagem: baratíssimo. A marquete do loteamento era linda, em três dimensões. Um vídeo fantástico mostrava a alegria dos moradores, a segurança, o lago central, as árvores, a pracinha, as crianças a sorrirem!
 
Aquilo cativou e fisgou a atenção e o bolso de muita gente. Foi um tumulto geral. Todos comentavam a oportunidade. "Vou tirar todo o meu dinheiro da poupança e comprar um lote para cada filho!"; "Enfim direi adeus ao aluguel!"; "Vou investir tudo o que tenho e vou fazer casas para a renda". E o povo inscrevia-se às dezenas. O dinheiro saía do banco e entrava na dita imobiliária. Cada venda disparava uma campainha e todos festejavam, lançando serpentinas e confetes, buzinando e apitando com alegria. Os novos proprietários saíam dali e iam à lanchonete do Pedro, em frente, festejar. Pedro nunca ganhara tanto dinheiro! Aliás, o que ganhou nesse período investiu em dois lotes.
 
Lá na igreja, porém, no culto de oração, os poucos irmãos oravam. Houve um sentimento generalizado, entre os que clamavam, de que aquilo era uma ilusão. E pediam ao Senhor para ter misericórdia. Várias famílias procuraram o pastor e pediram a sua opinião. O pastor, ao púlpito, disse: "Irmãos, tomem cuidado com promessas de quem nunca viveu aqui. As coisas não são baratas e fáceis assim; aguardem esclarecimentos das autoridades; não entrem em embrulhos dos quais se arrependerão amanhã." Um membro, espírito de porco, interrompeu a pregação no final, dizendo: "O senhor é que é bobo, pastor! Poderia com a poupança da igreja comprar uns 5 lotes e construir uma catedral no bairro novo! Se tivesse visão esta igreja prosperaria!" O pastor, incomodado com o desrespeito, respondeu: "A visão à qual o irmão me insulta, é uma visão de Deus ou do Diabo? O irmão já consultou a vontade do Senhor?" O homem saiu rindo porta afora, acompanhado do riso contido das famílias. Conselhos de pastor são como orientações de pais: no início acham que são conselhos retrógrados e errados, de gente velha e sem inteligência. No caso do pastor, um homem sem visão e decadente. No culto de oração, entretanto, ninguém comprou lote nenhum. Sentiam que algo não estava correto.
 
E numa noite, depois de instar mais uma vez para que os membros viessem ao culto, e sem nenhum resultado além do normal (os fiéis eram sempre constantes e os mesmos), o senhor trouxe um choro generalizado entre os intercessores. Sentiam que uma grande desgraça aconteceria. Oraram. pedindo misericórdia. Terminaram o culto aflitos. Foram para as suas casas.
 
Não tardou muito e escutaram um grande barulho: caminhões em movimento, marteladas, madeiras empilhadas e muito, muito vozerio. Pela manhã, ao passarem em frente à imobiliária, a surpresa: não havia mais nada! O barulho que ouviram fora dos caminhões de mudanças. Levaram o estande, levaram a casa pré-fabricada onde funcionava o escritório, levaram as propagandas, levaram tudo! Só sobrou o terreno (e ainda cheio de lixo!).
 
Houve um corre-corre pela cidade, gente desesperada à procura de informações. Ninguém sabia o que acontecera e para onde havia ido a empresa. Os telefones estavam mudos ou fora de área. Em uma semana chegou a notícia: não havia imobiliária alguma; tudo não passou de um golpe. Bandidos bem preparados formaram a ilusão e, através dela, venderam papéis sem qualquer valor. A prefeitura, desconfiada e não tendo informação nenhuma de liberação de gleba, mandou investigar. Alguém da justiça, corrupto,  alertou os criminosos e, antes que chegasse a força-tarefa de policiais para o confisco e a apreensão de tudo, fugiram, levando o dinheiro de quase toda a população.
 
Gritos de desespero. "Meu Deus, era tudo o que eu tinha!"; "E agora, onde vou morar? Vendi a minha casa e estou na rua!"; "Era a poupança da faculdade dos meus filhos; como estudarão?"; "Estou sem um tostão!". Diversos enfartados, transferidos para a capital. Gente que se atirou no córrego, outros que tentaram o suicídio na estrada movimentada. Perderam o patrimônio de anos, investiram tudo em absolutamente nada.
 
E os crentes, membros da igreja, chorando, foram buscar a Deus no culto de oração. Sim, os mesmos que não o frequentavam, que achavam perda de tempo, que julgaram ter coisas mais importantes para fazer. Agora foram apelar a Deus, para que lhes devolvesse o dinheiro de alguma forma. Os fiéis estavam tristes e surpresos, mas compreendiam que a dor desses irmãos era merecida.
 
O pastor, também triste,  mas absolutamente convicto, levantou-se na pregação e disse ao auditório de quase 200 pessoas:
 
"Uma quarta-feira diferente, está quase todo mundo aqui. Sejam bem-vindos! A vocês só tenho uma palavra: Deus lhes castigou. Pesados foram na balança e foram achados em falta. Os seus pecados lhes acharam. A fatura foi cobrada. Não culpem ao Senhor por isso, pois quem semeia na carne, da carne colhe a corrupção. Alguém insultou-me no culto, dizendo que a igreja não tinha visão. Agora eu lhe digo, irmão em Cristo: a sua visão era de quem, de um homem espiritual ou de um tolo? Onde está o seu dinheiro? Perdeu tudo, não é mesmo? Pois bem. Já o dinheiro da igreja está bem guardado, pois para quem coloca a Deus em primeiro lugar, o Espírito Santo lhe dá discernimento para não cair em armadilhas. Teria sido melhor procurarem o culto de oração de forma preventiva, buscando uma vida digna e vigilante antes de fazerem asneiras. Hoje buscam ao Senhor em desespero, de forma remediatória, clamando por uma solução. Não é o ideal. Mas se o fazem com sinceridade, sejam bem-vindos, e confessem os seus pecados a Deus. Assim disse Isaías, e assim digo para vocês: Vinde então, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. (Is 1:18)"
 
De fato o povo, cabisbaixo e em lágrimas, veio à frente, chorando e lamentando, pedindo a Deus perdão pela inversão de valores. Trocaram o eterno pelo material. Trocaram o culto pela trivialidade particular. Trocaram a sabedoria de Deus pela sabedoria humana. Não oraram para tomarem decisões; agora amargavam uma perda incomensurável, difícil, constrangedora.
 
Mas, aos poucos, com a graça de Deus, e com muitas custas advocatícias, conseguiram recuperar parte do prejuízo de tanta imprudência. Mas a maior recuperação que conseguiram foi na fé, pois entenderam à dura custa, de que quem troca a Deus pelo viver na carne faz uma troca infeliz e paga uma fatura cara pelo resto da vida. Aqueles crentes aprenderam a lição.
 
E você? Como vai a sua vida de oração? Há quanto tempo não frequenta um culto dedicado a esse fim? Tem deixado as coisas de Deus de lado e busca uma boa justificativa para apaziguar a consciência que o Espírito Santo constrange em você? Cuidado. O seu pecado lhe achará. Vigie. Ore. E volte ao primeiro amor.
 
Wagner Antonio de Araújo

20/07/2017

segunda-feira, 17 de julho de 2017

memórias literárias - 479 - NÃO ESTÃO NO MEU PERFIL

NÃO ESTÃO
NO MEU
PERFIL

Tem gente que entrou na vida midiática, nas redes sociais, depois de madura. Aprendeu com certa dificuldade, mas domina a publicação em facebook, instagram, whatsapp, messenger e outros softwares relacionados.

Outros, contudo, nasceram neste grupo chamado "high tech". Conhecem os softwares em profundidade; encontram macetes, encontram "jeitinhos" e fazem coisas espetaculares. Geralmente mantém um perfil de facebook, onde publicam suas notícias, novidades, história etc.

Entretanto, quando falo de história falo do contemporâneo. Raramente os perfis de facebook dos usuários (inclusive dos crentes) mantém álbuns ou publicações que evoquem as lembranças de seus antepassados. Pais, mães, avós, ancestrais, estão de fora dessa mídia. Por não terem destaque virtual, passam a imagem de não serem relevantes na vida de seus descendentes.

Triste é ver a página de filhos de pastores. Com boas exceções (graças a Deus por elas!) (quero aqui enaltecer as páginas de Ana Gomes, Noemi Ronis, Jany Ribeiro, Eny Rocha, entre outras, filhas maravilhosas de obreiros inesquecíveis, que muito honram os seus falecidos pais!), há filhos de pastores que sequer mencionam o ministério que o pai manteve, a sua luta, os seus textos, pregações, fotografias, biografia. Não encontramos nada relevante na página de muito filho que, com dificuldade, foi criado por um pai pastor e uma mãe companheira.

Alguns alegam que seus pais não viviam o que pregavam. A pergunta que urge é: e vocês, vivem? Ou preferem abdicar da fé pelo fato de apontarem o dedo contra os seus progenitores? Lembrem-se que foi através deles que receberam a vida, os cuidados, a higiene, a alimentação, a segurança, os estudos, o vestuário. E mais: caberia a vocês selecionar o que foi bom da parte deles e tornar tais lembranças conhecidas por seus descendentes!

Outros dizem que preferem guardar na memória o que viveram, mantendo na privacidade. Interessante. Expõem publicamente os próprios filhos, as férias de família, a higiene pessoal, as palavras frívolas nos comentários esportivos, as críticas políticas e as considerações sobre pontos de vista religiosos, e dizem que querem privacidade? Que privacidade é essa? Meramente seletiva? Uma outra questão é: se os filhos se calarem sobre os ensinamentos preciosos advindos de seus pais pastores, quem os propagará? Não foram os seus filhos criados justamente para dar sequência à linhagem da fé? E se não se fala sobre ela, como crer?

Ingratidão. Esta é a grande explicação para quem se esquece de seus pais. Desonram à memória dos seus progenitores. E não adianta mencionarem aquela velha frase de clichê: a vida de filho de pastor foi muito difícil. Sei... Quisera que eu tivesse sido filho de pastor! Teria a honra de dizer que o meu pai foi um soldado do Senhor dos Exércitos. Teria a alegria de dizer que o meu pai alimentou rebanhos. Teria muito orgulho em partilhar as jóias que herdei de sua pena abençoadora, de sua literatura de boletim, de suas fotos, vídeos, áudios e efemérides. (tive um pai maravilhoso, que me criou, que converteu-se no fim de sua vida; honro-o e dele guardo seleta memória).

Conheço centenas de filhos cujos pais pastores foram (e alguns ainda estão vivos) heróis da fé. Contudo, na página de poucos deles eu encontro alguma menção, alguma honra, alguma celebração legítima do ministério que tiveram, de sua importância, de sua vida preciosa. Na maioria dos casos são mero coadjuvantes: estão em uma foto com os netos, numa visita pontual, num ambiente público, numa celebração de bodas. Não os mostram na militância pastoral, na igreja, no ensino bíblico, na formação de suas vidas. Outros, que não são parentes, dão mais valor ao pai pastor do que os próprios filhos!

O meu texto tem destinatário? SIM. TEM. O coração daqueles que deixam de honrar a memória dos pais cristãos, que serviram e servem com vigor no Reino de Deus. Aos pais pastores a minha solidariedade; aos seus filhos a minha perplexidade, e um pedido clamoroso: honrem a memória de seus pais! Publiquem sobre os seus ministérios! Falem sobre eles! Compartilhem suas fotos, materiais, literaturas, experiências! Contem-nos sobre o que eles significaram para vocês!

Se Jesus Cristo não voltar antes terei dois filhos que serão chamados também de filhos de pastor. E eu espero, mercê de Deus, que eles não ignorem o pai deles. Que não desprezem a memória daquele que partiu, mas que deixou para eles um patrimônio de amor a Cristo, de amor pela igreja, de serviço escrito, falado, filmado e fotografado nas trincheiras da batalha pela expansão do Reino de Cristo, a Sua igreja.

Que Deus nos abençoe.

Wagner Antonio de Araújo


17/07/2017


ADENDO: Cito aqui também as páginas de Nicéa de Souza e Denise Carvalho, outras maravilhosas filhas de pastores que muito honram a memória de seus pais.

waa.

memórias literárias - 478 - PRECISAVA DISSO?

PRECISAVA
DISSO?


478
Acelerar o carro a 150 por hora, numa rua residencial, com cruzamentos perigosos, tudo porque estava com muita pressa, tudo porque precisava exibir-se para a namorada. Agora estou a velar-lhe no cemitério, junto com outros cinco que você matou. Precisava disso?

Cortar o dedo de seu filho de cinco anos com a faca com a qual picava o alho para a janta; tudo porque não aguentava mais o pequeno a perguntar: "o que é isso, mamãe, o que é aquilo, mamãe?" Agora chora incontidamente na delegacia, presa em flagrante pela agressão ao próprio filho, tendo-o condenado para sempre a viver sem um um dos dedos.  Precisava disso?

Surrá-la e deixá-la em coma, quase matando-a. Tudo porque ela lhe pediu um pouco mais para as compras do mês. Você, que não acompanha o custo de vida e que obrigava a esposa a não trabalhar fora, tinha que se zangar dessa forma? Só por um pedido de recurso adicional? Precisava disso?

Matá-lo com um rolo de amassar massa de macarrão. Um bilhete no bolso da camisa, que você nem sabia se era dele; agora soube que o bilhete fora um papel que ele apanhou no chão para escrever no lado de trás o telefone de um possível comprador do carro usado que tentava negociar. Agora chora, presa e rejeitada pelos filhos, na cadeia, sem paz e com remorso. Precisava disso?

Separado da família, sozinho na praça, com uma jaqueta suja e fria, curtindo a solidão. Tudo porque ninguém mais suportava o seu mal humor e a sua linguagem chula dia e noite, a sua violência oral, o seu temperamento impulsivo. Hoje curte a proibição de aproximar-se de sua casa e ninguém o quer mais por perto. Precisava disso?

Overdose de cocaína. E era crente! Voltou para as drogas porque as meninas da igreja não quiseram namorar com você. Diziam que queriam a sua amizade, mas não um relacionamento afetivo. E você, buscando apoio, só encontrou pessoas que lhe dissuadiam dessa insistência, tentando convencê-lo do bom senso. E agora está aí, à beira da morte, drogado até o último fio de cabelo. Precisava disso?

Desempregado e sem chance de recolocação. E até ontem era o executivo mais importante da empresa! Tudo porque na reunião dos acionistas teve um surto de irritação e insultou a todos os presentes, buscando uma glória que não era sua e tentando demonstrar que a empresa tinha que seguir as suas diretrizes. Ignorou todos os sinais que os colegas faziam para que se calasse, mas, quanto mais tentavam dissuadir-lhe, mais você vociferava. Agora foi demitido por justa causa, sem nenhum direito. Com sessenta e cinco anos você não encontrará emprego com facilidade, muito menos com o salário que ganhava. Precisava disso?

Sem paz no coração você está num leito de dor, aguardando a morte. Deixou a fé e hoje lamenta o abandono concretizado. Hoje lembra dos hinos, da escola bíblica, dos cultos, das orações na igreja. Tudo isso é passado, pois você abandonou à fé por causa de dinheiro, de amigos, de adultério, de vícios, de uma falsa sensação de liberdade que o escravizou à infelicidade e à perdição. Precisava disso?

Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes. (Is 30:15)

Para você, que fez o que não devia e agiu como não devia ter agido, e ainda está vivo, mesmo que provocando dor e tristeza no coração de outros, ainda há esperança e recuperação para o seu viver.

Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. (Is 1:18)

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (1Jo 1:9)

E para você, que está sempre à beira de quebrar os seus compromissos e explodir, renegando a fé e trazendo dor e tristeza aos que lhe amam, uma palavra de Deus:

Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. (Sl 46:10)

Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. (1Pe 5:7)

Que Deus tenha misericórdia de sua vida e que não seja mais um a ser indagado pela própria consciência: PRECISAVA DISSO?

Pr. Wagner Antonio de Araújo

17/07/2017

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...