quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 39 - O QUE EU LEVO?


Florescendo
no Deserto -
 
39 - O
QUE EU LEVO?
 


742

O que eu levo desta vida tão fugaz?
O que irá comigo ao além?
Haverá uma resposta eficaz

Para tão grande ansiedade que me vem?

A casa, o carro, as roupas que eu tenho,
O patrimônio , mesmo pequenino,
Essa resposta a buscá-la hoje eu venho
Para a alma acalmar dentro do tino.

Levar o quê! As coisas ficam todas!
Nada é nosso! Tudo é emprestado!
Descobrimos que as coisas são tão tolas,
Que perdemos a saúde no cansaço!

Nu chegamos, vestidos partiremos,
Mas ficarão no corpo apodrecido.
E assim, desnudos para o além nós seguiremos
Levando apenas o viver acontecido.

As obras! Os feitos que operamos, 
Bons ou maus, estes irão seguir-nos .
Ao juiz do universo, a quem amamos,
Contas de nossos atos irá pedir-nos!

Se crentes salvos, alcançados por Jesus,
Que deu a vida para pagar nossos pecados,
O céu bendito se abrirá com muita luz
E um bem-vindo nos será direcionado!

E no juízo, salvos e livres pelo Senhor,
Virão à tona as nossas obras pra Jesus.
Se bem servimos, conduzidos pelo amor
E se a base foi a graça pela cruz,

Um grande prêmio ganharemos pela graça,
Recompensas que nunca acabarão!
E Deus promete tal riqueza a quem faça 
A sua obra com total consagração.

Ainda que os resultados não se enxerguem
E pensemos que o labor foi um fracasso,
Deus colheu as rosas que florecem
Nos jardins eternos do Palácio!

Ah, como será bendita aquela hora
Quando um copo d'água fria for lembrado
A alma salva, feliz, canta e chora
Por ver justiça do Senhor, o Mestre Amado!

Ah, meu Deus, jamais permita que eu desista
De Te servir com toda devoção!
Meu patrimônio é de Jesus o dom da vida
E a esperança de ganhar Teu galardão!

Que fique o ouro, a prata e o terreno,
O carro, a roupa e o chapéu;
Quem tem Cristo, como eu tenho,
Tem perdão, porvir e tem o Céu!

Ao meu Deus, com amor.
Wagner Antonio de Araújo 
12/12/2018

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

memórias literárias - 741 - FILHO

FILHO
 

 
Filho

Com minha mão seguro bem a tua,
Na esperança de assegurar-te a paz.
Da mesma forma o nosso Deus atua,
Suprindo a alma da paz que satisfaz!

Meu filho, tu não estás sozinho,
Teu pai caminha ao lado teu!
Mas quando ausente eu estiver do teu caminho
Me lembrarei da tua mão no braço meu!

Tu crescerás, se Deus quiser, serás um homem,
E seguirás nas sendas firmes de teu pai,
Que ensinou-te que mentiras sempre somem
E que a verdade é valor que nunca cai!

Oh, meu filho, meu tesouro, meu menino,
Cresça em graça e em beleza no Senhor!
Seja honrado, sábio e sempre amigo,
Em tudo honrando a Jesus Rei Salvador!

Terei certeza, filho meu, tesouro vivo,
Que fui rico, abençoado e mui feliz,
Pois fui teu pai, teu professor e teu amigo
E pude dar-te tudo que eu sempre quis:

Uma infância bela, braços estendidos,
Educação correta e disciplina eficaz.
Serei feliz ao ver, no futuro comovido,
Que ajudei a construir um cristão da paz!

Te amo, Josué Elias!



memórias literárias - 740 - LUZES DE NATAL


LUZES DE NATAL
      


Que época linda a que estamos vivendo: os dias de Natal! Há luzes coloridas por toda parte! Nas avenidas há séries de pisca-piscas, pendurados nas árvores e nas placas centrais, com lâmpadas multicores, em seqüências de pulsos que nos lembram estrelas piscantes. Nas fachadas das casas e das lojas inúmeras cascatas iluminadas, com cores tão vivas, trazendo um colorido todo especial. Nas torres das transmissoras de TV ou de telefonia há verdadeiras obras de arte, com painéis gigantescos de rara beleza e que evocam as alegrias do Natal. E é isto mesmo: o Natal é um tempo alegre!

A minha filhinha Rute, há dois anos, ainda não pronunciava direito as palavras. Eu a fazia dormir na varanda superior de meu quarto. Dali contemplávamos as janelas dos arranha-céus ao redor, muitas delas enfeitadas com pisca-piscas. E ela, extasiada, apontava para eles e dizia: “papai, pica-pica!” Ah, leitores, não havia som mais mavioso do que o da voz de minha filhinha a sorrir, contemplando as luzes de Natal! Sua alegria remeteu-me aos anos noventa, quando, na cidade de Osasco, onde fui pastor, havia uma rua toda enfeitada de luzes. Era um quarteirão inteiro. A rua tornou-se famosa nacionalmente. Eles não apenas colocavam luzes por toda a extensão das casas, como faziam obras de arte com temas natalinos: presépios de luzes, renas, papai Noel, anjinhos, era a coisa mais linda de se olhar! Infelizmente algumas tragédias tiraram dos moradores o interesse de continuar essa decoração. Mas a lembrança ficou e minha filha tinha o mesmo brilho no olhar que nós tínhamos ao contemplar aquelas luzes.

O Natal também evoca a luz, a claridade, a luminosidade. Conquanto o mundo hoje tente desfrutar de um Natal sem o seu autêntico significado, o verdadeiro natal trazia em seu foco uma luz, a maior das luzes, a luz verdadeira! Ouçamos o profeta Isaías a falar disto: O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. (Is 9:2). Isaías diz que o povo vira uma grande luz. E que luz seria essa? Era o Filho de Deus, Jesus Cristo, que encarnar-se-ia numa pequenina criança, na Vila de Belém, setecentos anos depois desta profecia. Na época do cumprimento do texto lemos, no evangelho de Mateus: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. (Mt 2:2). Estudiosos do Oriente, que criam nas profecias messiânicas, viram no Céu uma grande luz, uma estrela de porte incomparável, um sinal divino. E concluíram que era nascido o Rei dos reis e o Senhor dos senhores! A luz lhes mostrou isso! Outra vez vemos a presença da luz nesta passagem: E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. (Lc 2:9). Neste texto pastores que cuidavam de seus rebanhos, no campo, foram visitados por um gigantesco coral angelical; a luz que brilhava sobre eles era de tal forma grandiosa e encantadora, que encheu-lhes de temor. Os anjos cantaram, ah, como cantaram! Diziam: Glória a Deus nas alturas, (Lc 2:14). Eram as luzes do natal de Jesus!

Sim, Natal de Jesus. A palavra Natal significa nascimento. O Natal é a comemoração de um nascimento, um aniversário. Em nosso calendário temos o dia 25 de dezembro como o dia natalício de Jesus Cristo, o Filho de Deus. A data não é precisa; não foi exatamente neste dia que Jesus nasceu. Esse dia foi adotado para que os povos antigos deixassem de comemorar festividades pagãs, como o Dia do Sol Invictus, uma adoração insana do Sol. Contudo, com o passar do tempo, o Natal foi adotando comemorações pagãs perdidas no tempo, e tornou-se uma festa híbrida, tão diferente do propósito inicial!

Nós, cristãos, iluminamos o nosso Natal com a lembrança de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que é vindo e é o nosso Salvador. Assim diz a Bíblia: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is 9:6). Jesus é tudo isso: Ele é o Príncipe da Paz. E as luzes que acendemos, as luzes que ligamos, nos lembram a luminosidade de Sua presença, que transforma os nossos caminhos e ilumina a nossa estrada.

Prezado leitor, deixe Deus pavimentar a sua estrada com a luz do Natal. Alegre-se como os pastores de Belém alegraram-se, ao verem os anjos cantando sobre o menino que nasceu rei. Deixe a luz do Céu brilhar em sua vida, como brilhou sobre aquele povo que andava em trevas. Natal é luz! Jesus afirmou categoricamente: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8:12). A sua luz brilha, não apenas em nossos fios de luzes de Natal, mas no coração e na alma alcançadas pelo perdão e pelo amor de Deus!

Que este seja um Natal de luz para todos os nossos ouvintes, e que a luz a brilhar em suas vidas seja a luz de Cristo: Jesus é  a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. (Jo 1:9). Feliz Natal!

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

,memórias literárias - 739 - QUER MAIS?

QUER MAIS?
 
739
 
O que a gente ouve é tão grave que mais parece uma peça de tragédia. A apostasia (o apodrecimento das igrejas pelo abandono da fé) galopa a passos largos.
 
Uma determinada igreja brasileira tinha um suposto apóstolo à sua frente. Muito dinheiro, muito palco, muitos shows. Alguém suspeitou de que o obreiro tivesse ligações maçônicas. Fizeram uma reunião e, durante a realização da mesma, o apóstolo deu uma surra no seu oponente. Um escândalo que custou centenas de saídas da igreja. Descobriu-se também que a filha de outro apóstolo fazia programas de luxo nas suas redes sociais. Porém, mesmo assim, era uma profetiza nos cultos dominicais...
 
Outra igreja prestou contas das entradas financeiras: 150 milhões de reais. Ali paga-se para que os músicos toquem, paga-se um grupo para que cantem, e os financiadores ficam em suas mansões curtindo um fim de semana com os amigos.
 
Um músico cristão estava desempregado e os outros músicos, sabendo de sua capacidade, ofereceram-se para dar-lhe oportunidades nos seus campos de trabalho: "Cara, a gente toca nas boates, toca nos shows de tais e tais cantores, oferecemos dois mil por apresentação. Vamos lá?" Ele, criado  no evangelho, achou aquilo estranho e disse: "Seria difícil para mim participar dos louvores no domingo, sendo cúmplice dos pecados no sábado. Estou fora".
 
Por fim, outro pastor famoso, cujo testemunho ficou na esquina de trás, pregador de multidões, teve seu nome envolvido na lava-jato e tem processos milionários de sonegação e de despejos de imóveis.
 
Falo dos que sei no campo que me é familiar, evangélico. Se falar de outros cristãos, como católicos ou espíritas (considerados cristãos, mas antagônicos ao pensamento evangélico), os "testemunhos" se multiplicariam de forma astronômica.
 
Para onde caminha a humanidade! Onde foi parar a Bíblia? Tempos do fim.
 
Será bom cuidarmos de nossa fé, de nossa comunhão, de nossas congregações locais e de nossa devoção, e estarmos em contato contínuo com as Escrituras Sagradas. Será a única forma de não desviarmos os olhos do Senhor que por nós morreu e ressuscitou. As igrejas estão se secularizando e a fé está desaparecendo. O Espírito Santo está sendo recolhido e em breve virá o arrebatamento.
 
Como dizia o velho hino cristão:
 

Está chegando a hora de partir;
Prepara-te, ó igreja pra subir!
Medita sempre firme em oração,
É tempo de real consagração.

Jesus em breve vem do céu
Em glória majestade e poder
Medita ó igreja de Jesus
Que dia glorioso há de ser!
 
Wagner Antonio de Araújo
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FLORESCENDO NO DESERTO - 38 - PEQUEI ... E AGORA?

38 - PEQUEI...
E AGORA?
738
 
Há inúmeras maneiras de pecar contra o Senhor. Pecar é transgredir a Sua Palavra, fazer as coisas contrariamente à orientação bíblica, abandonar a comunhão. Há pecados sexuais (presenciais ou virtuais), morais (posturas, desonestidades, mau caráter), financeiros, relacionais etc. Fomos chamados à santificação, à separação do mundo, ao convívio do Senhor e do Seu povo. O pecado nos afasta de Deus, da comunhão, da paz. Quem tem o Espírito Santo (e todo verdadeiro crente o tem) não fica em paz ao pecar. O coração se entristece, a mente divaga, o espírito fica perturbado. O que fazer?
 
Manter-se cabisbaixo, deprimido, repleto de culpa e com vontade de morrer não irá resolver nada. Aliás, é exatamente isso que Satanás deseja na vida de todo pecador que não ama o pecado. Diferentemente do que alguns declaram, o crente peca involuntariamente, por deslize, por sedução, por fraqueza. E isso não o justifica, apenas explica. Por isso a Escritura Sagrada afirma: "Filhinhos, eu vos escrevo estas coisas para que não pequeis. Se pecarmos, temos um advogado perante o Pai, Jesus, Cristo, o justo" (I João 2.1-2). O pecado na vida de um salvo não traz realização, felicidade, alegria, divertimento. Até pode parecer interessante durante o ato, mas a ressaca após a prática é insuportável. O Espírito Santo, que mora no coração do salvo, incomoda-o de forma veemente, conduzindo-o ao arrependimento e à confissão. Se assim não o fizer, não prosperará.
 
O que fazer quando se pecou, quando transgrediu a vontade do Senhor, quando deixou-se seduzir pelo mal em alguma de suas nuances? Sugiro algumas saídas imediatas.
 
1) RECONHECIMENTO - Reconheça imediatamente que o pecado foi seu, não meramente uma consequência da ação alheia. Você pecou, não o outro. Você é responsável, não as circunstâncias. O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Pv 28:13)
 
2) ARREPENDIMENTO - Conforme o próprio versículo acima orientou, há a necessidade de confissão, de dizer em alto e bom som que se pecou e que se está arrependido de tê-lo feito. Se o pecado envolveu outras pessoas (pecado sexual, moral, pecado contra a família, contra alguma instituição), tal situação deve ser confessada a quem de direito, não somente a Deus. Foi Jesus quem orientou: Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. (Mt 5:25). Também diz: Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. (Tg 5:16). Foi traição conjugal? Confesse. Teme a consequência? Deveria temer muito mais a ira de Deus. Quem de fato quer se acertar com Deus deve acertar-se com quem de direito.Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. (Mt 5:24)
 
3) CONSAGRAÇÃO - Reconhecido o erro e reconciliado com Deus e com o próximo (ainda que, se necessário, carregando as consequências dos erros cometidos), erga-se numa consagração pró-ativa diante do Senhor. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão. (Sl 37:24);  Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3:13-14).
 
4) TESTEMUNHO - Restaurado em sua comunhão com Deus e com o próximo, viva agora de forma a testemunhar a obra de Deus em sua vida. Seja um propagador do evangelho de transformação, da presença gloriosa de Cristo na vida humana. Mostre a todos que o poder de mudança está em Jesus e que Ele transforma o pecador. Ganhe outros para Cristo. Seja um farol, uma âncora, um propagador do evangelho onde estiver. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mt 5:16); Torna para tua casa, e conta quão grandes coisas te fez Deus. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito. (Lc 8:39)
 
Há uma encantadora vida de plenitude no Espírito Santo para quem não deixa o pecado corroer a sua comunhão. Ele quer nos dar a VIDA VITORIOSA. Mas caberá a cada um de nós tomar a decisão de recebê-la, cultivá-la e propagá-la.
 
Qual será a sua decisão?
 

Wagner Antonio de Araújo
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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

memórias literárias - 737 - FAKE CHRISTIANS


FAKE
CHRISTIANS
 
Não gosto de usar palavras em outro idioma para comunicar-me em português. Contudo, diante da propagação da expressão "fake news" (notícias falsas), gostaria de refletir sobre a existência de um altíssimo contingente de falso cristianismo no meio da população chamada cristã.
 
Uma mulher, na Av. Dr. Arnaldo, com o carro todo adesivado com símbolos católicos (terços, Maria, cruz etc), costura no trânsito. Alguém sinaliza que ela está errada. Então essa motorista abre o vidro, xinga, aponta o dedo imoralmente, costura em velocidade e desaparece no meio dos carros.
 
Um caminhão estampa na borracha próximo às rodas a frase: "presente de Deus". E em cima, na carroceria, apresenta o retrato de um demônio a gargalhar.
 
Um conhecido palestrante evangélico, piadista e especialista em casamento, cria uma oração do divorciado, criticando a postura de quem se separa e, em seguida, torna-se padrinho de um pastor que separou-se da esposa e arrumou outra.
 
Outro, pastor e político, é público defensor da família, troca a esposa por uma cantora, com suspeitas de relacionamento adúltero quando ainda casado.
 
A outra, dita cristã, desfila nua na escola de samba onde frequenta. E afirma: "Quem me julga é Deus".
 
E o outro, cristão confesso, usa as mídias sociais para, além de propagar suas idéias políticas, xingar e falar os mais ásperos palavrões.
 
Assim diz a Escritura Sagrada: Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós. (Rm 2:24)
 
Este é um tempo de muita retórica, muita bravata, muita arrogância. Mas também é tempo de mentiras, de falsidade, de falta de conteúdo. Professores de português que escrevem "xadreis", mestres de matemática que não sabem multiplicar; professores de geografia que não conhecem o nome dos países e nem das capitais e cristãos que não conhecem e nem obedecem a Bíblia Sagrada.
 
Jesus anteviu estes dias. Jesus nos preparou para estes dias também. Olhai por vós mesmos. (Lc 17:3). Paulo disse sobre si mesmo: Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado (1Co 9:27).
 
Precisamos de coerência. Precisamos de um cristianismo real e praticado. Se assim não for a nossa fé será vã. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mt 7:20).
 
Não basta ser cristão; é preciso viver como cristão , se parecer com um cristão, andar como cristão. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, (Ef 5:15); Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mt 5:16).
 
Nós, que odiamos as "fake news", devemos também odiar sermos "fake christians". Precisamos praticar o que o evangelho nos ensina. O alto número de filhos que se desviam da fé cristã está intimamente relacionado com o tipo de cristianismo que encontraram em casa: a igreja e a fé não influenciavam no comportamento dos pais; logo, não serviriam para eles. É muito difícil um filho cristão desviado voltar à fé, porque, não raramente (mas há exceções e não é destas que falo!) cresceu no meio de um blefe, de uma fé imaginária que não influenciou no comportamento da família. Esta fé mal vivida não mostrava Emanuel, isto é, Deus REALMENTE presente com Sua graça e glória. Somente a graça poderá resgatar quem bebeu da fonte errada pensando que era certa e decepcionou-se.
 
Queira Deus que não sejamos enquadrados entre os falsos cristãos, entre aqueles que se identificam formalmente, mas se desqualificam continuamente. Queira Deus que sejamos autênticos, não falsos discípulos do Senhor.
 

Wagner Antonio de Araújo
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terça-feira, 30 de outubro de 2018

memórias literárias - 737 - DIA DOS MORTOS


DIA DOS
MORTOS
 
737
 
A cultura do Dia de Finados surgiu no século XI, incentivados pelo Papa para que se rezasse pelos defuntos fiéis que haviam falecido. No curso da história inúmeras tradições foram adicionadas. No cômputo geral tornou-se o dia de ir ao cemitério para passar tinta nos túmulos, lavar vasos, acender velas e lembrar dos que se foram. Cuidar das sepulturas é um ato válido e lembrar-se dos que se foram também.
 
Porém, tenho alguns pontos de vista peculiares quanto ao assunto. 
 
Sou daqueles que mantém a memória dos bons que se foram viva, ativa, espalhando os seus valores e ensinamentos para que nunca deles nos esqueçamos. E o faço todo dia, não apenas numa data do ano. Não me esqueço deles o resto do ano. Para Deus eles estão vivos, todos eles! Foi Jesus quem disse: Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos. (Lc 20:38).
 
A questão que se coloca não é SE VIVEM, mas COMO VIVEM no além e se há o que fazer para mudar o estado deles, de um mau lugar para um lugar melhor. 
 
Para Jesus Cristo só há dois lugares destinados aos mortos: o céu ou o inferno (e não entraremos em detalhes técnicos sobre o significado teológico dos vocábulos). E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25:46). O Inferno é um lugar sequer classificado como "vida eterna" (apesar de ser vivo e para sempre), mas "tormento eterno", contínuo. Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. (Mc 9:44). Tal destino sela-se com o falecimento da pessoa. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, (Hb 9:27). Jesus nos conta, na revelação do rico e de Lázaro (Lázaro era pobre e enfermo, alimentava-se das migalhas do rico e morreu;  o rico era sovina e ímpio e também morrera; ambos foram ao além; o rico ao inferno e Lázaro para o "seio de Abraão", o lugar dos justos), que o rico pediu clemência e não recebeu; depois pediu para que algum morto salvo fosse orientar os vivos e também não teve êxito. Para Abraão, eles tinham "a Lei e os profetas', ou seja, a Bíblia. Já seria o suficiente. Esse texto (Lucas 16.9-31) deixa fechadas as seguintes questões: 1) todos morrem; 2) o ímpio morre e vai ao tormento; 3) o justo morre e é acompanhado por anjos ao céu; 4) orações no além não são respondidas; 5) os lugares dos justos e dos ímpios têm separação intransponível; 6) ninguém volta de lá para executar missões de esclarecimento aos vivos.
 
Assim, não há vela que possa iluminar o caminho de um morto, caso ele não tenha partido sob a luz de Cristo, que é a "luz do mundo".  Se velas iluminassem um falecido, seria fácil a um rico acender um holofote contínuo em cima da tumba do ente querido. São esforços vãos. Depois do túmulo enfrentaremos o juízo. Por isso Jesus Cristo veio ao mundo, para ser a salvação do pecador arrependido. Quem nele crê recebe perdão dos pecados. Quem não crê não recebe, ainda que se celebrem rezas, concentrações e se paguem oferendas pelo falecido.
 
Por isso o cristão esclarecido não celebra O DIA DOS MORTOS, mas A VIDA ETERNA. Para mim os falecidos que passaram pela minha vida estão vivos na minha memória e nas recordações que deixaram. E os que foram salvos pela graça de Jesus estão no céu e um dia nos reencontraremos felizes, salvos e juntos. Lá nós nunca mais diremos ADEUS!
 
Minha mamãe, meu papai e os meus familiares estão vivos no meu coração. E no além aguardam o dia do reencontro. Triste, porém, será para os que não confiaram em Jesus Cristo: estarão eternamente separados do Senhor e dos que são dEle.
 
Prepare-se, amigo leitor, para o seu encontro com o Criador também. Não haverá reza ou vela que lhe trará a salvação, se não tiver hoje um encontro verdadeiro com o Senhor. Busque-o de todo o seu coração. Foi Ele quem afirmou: Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8:12)
 
Wagner Antonio de Araújo
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memórias literárias - 736 - NÃO SOMOS BRUXOS


NÃO
SOMOS
BRUXOS

 
736
 
Doeu-me o coração ao ver uma membro de uma das igrejas que pastoreei há tempos atrás, vestida de bruxa, com a boca a sangrar, com os olhos fundos e com chifres na cabeça. Estava ela ao lado de familiares. Nos domingos ela chorava nos momentos de consagração e no dia das bruxas ela deu a mão a Satanás... Ela não é a única. A festa de Halloween é imposta pelas escolas de inglês aos alunos jovens como mergulho cultural nos costumes anglo-saxônicos. Nestas festas, além do tradicional "doces ou travessuras" dos pequeninos e das abóboras com velas acesas, explora-se todo o lado sombrio do ocultismo, com invocação de espíritos, com poções mágicas, com bruxaria, com a exibição de filmes de terror e com o culto à morte e ao Diabo.
 
Alguém me perguntou: "pastor, como será o Haloween este ano em sua casa? Suas crianças vão se fantasiar?" Eu respondi: "Em minha casa não há espaço para a bruxaria, nem para Satanás. As minhas crianças são dedicadas a Deus e só a Ele elas prestam culto. Nós não precisamos disto para a nossa felicidade ou socialização".
 
Nós perdemos o senso de perplexidade diante do satanismo. Nós nos acostumamos com o mal em nossas telas, em nossas festas, em nossos pensamentos. O mal tornou-se banal e até aceitável. Há um espaço em nós para o maligno. Em várias igrejas evangélicas de fala inglesa é naturalmente aceita a prática, com reservas, com a parte engraçada e bizarra da celebração. Entre nós, pela miscigenação, já há igrejas que celebram a mesma coisa.
 
Para um crente em Jesus Cristo não há data para o mal. Não há bruxas. No Velho Testamento a feitiçaria era banida e punida com a morte. Foi a feitiçaria que destruiu milhares de Israel no tempo de Balaão. Foi uma feiticeira que enganou o Rei Saul. Ele foi condenado pela rebelião e pela consulta aos mortos. Foi por ter libertado uma moça escravizada por um demônio adivinhador que Paulo foi punido em Éfeso. E o livro de Apocalipse afirma que os feiticeiros não herdarão o reino dos céus.
 
Somos expostos à cultura maligna com futilidades nos seriados de monstros e demônios. Hoje os desenhos de vampiros e de bruxas são comuns nos canais de televisão. Os investimentos das grandes produtoras na temática do terror batem recordes todos os anos. O povo ama explorar o maligno. Cultos com exibição de endemoninhados tornou-se desejoso e comum e até necessário para atrair público no mundo neopentecostal. Eles dizem que para haver poder tem que ter demônios a pularem.
 
Não. Não preciso de Haloween para que os meus filhos tenham doces e guloseimas. As travessuras infantis não precisam ser consequência do não atendimento de suas vontades, como uma consequência em não se aceitar a imposição do mal. Não preciso de abóboras com velas, nem de chapéus de bruxas, nem de música de terror e nem de estórias de assombração. Quando eu me converti a Cristo a minha vida foi iluminada; por que eu buscaria a escuridão novamente? O meu culto a Deus não precisa de demônios. Se em minha casa eu exijo respeito por parte de quem a visita, na Casa de Deus não há espaço para a exibição de shows tenebrosos de gente escravizada. Onde a luz brilha as trevas desaparecem. E a Casa de Deus é a casa de luz!
 
Que não coxeemos entre dois senhores. Que crentes não participem de festas de bruxas nem por brincadeira. Porque nós sabemos que Satanás cobrará a fatura. Chega de dar legalidade aos ataques do Inferno. Somos povo de Deus, gente do Senhor, ovelhas de Cristo. O maligno não nos seduzirá. Todos os dias, em minha família, são dias dedicados ao Senhor, o Pai das Luzes! Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. (Tg 1:17)
 
Amém!
 

Wagner Antonio de Araújo
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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 37 - LONGE DE MIM ...

37 -
LONGE DE
MIM...

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E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito. (1Sm 12:23)
 
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4:17)
 
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. (Rm 14:12)
 
Eu não quero esquecer-me de orar diariamente pela minha filha. Afinal, Deus confiou-a aos meus cuidados para que dela eu cuidasse. A nossa responsabilidade como família é prepará-la para uma vida frutífera, com valores bíblicos, com um caráter forjado no melhor lar que pudermos formar para o seu bem. Eu tenho que orar por ela. Todos os dias. Em todo o tempo. Orar pela sua saúde, pelo seu raciocínio, pela sua educação, pela sua proteção, pela sua segurança, para que Deus desperte nela uma mulher honrada, fiel, íntegra e temente ao Nome dEle.
 
Eu tenho que orar pelo meu filho. Não posso esquecê-lo um só dia. Ele é tão pequenino, tão frágil, mas vai crescer, vai tornar-se um garoto, um adolescente, um jovem. E, quando a idade chegar ele terá que portar valores que o conduzam nos momentos em que papai e mamãe não estiverem ao seu lado. Ele terá que saber dizer não ao errado e sim ao certo. Oro para que Deus o proteja de qualquer acidente, de qualquer crime, de qualquer má influência. Oro para que seja um homem de caráter, um homem íntegro, honesto, decente, fiel e absolutamente cristão.
 
Eu oro por minha esposa, esta jóia que Deus me deu como companheira, uma jóia da Realeza que convive com este pequeno servo. Oro para que a cada dia possa fazê-la feliz. Oro para que juntos sirvamos a Deus em espírito e em verdade. Oro para que sejamos os mestres de nossos filhos e um cartão de visitas do Céu para quem conosco conviver. Oro para que jamais durmamos tristes um com o outro. Oro para que todas as tentações sejam vencidas e que o Amor vença a qualquer obstáculo. Oro para que ela veja em mim um homem de Deus e eu nela veja a mulher segundo o coração do Senhor. Oro para que não percamos um segundo com futilidades e que invistamos tudo na primazia da virtude e da consagração.
 
Oro pela minha família. Minha irmã adotiva tão amada e tão querida, para que Deus lhe conceda dezenas de anos junto conosco. Oro pelo meu irmão e por sua maravilhosa família, para que perseverem sempre na fé e que nunca tenham falta de qualquer coisa. Oro para que ele seja protegido por Deus em cada viagem semanal que faz e que sempre volte são e salvo para o seio de sua família. Oro pelos familiares de minha esposa, para que tenham Jesus  como alvo, como esteio, como meta, e pelos meus familiares, para que sejam felizes e encontrem a fé que salva e que mostra o verdadeiro caminho para o Céu, Jesus Cristo. Oro pela minha mãezinha portuguesa, mãe de consideração, por quem tenho tanto e tão profundo afeto!
 
Oro pelos meus vizinhos, para que sintam em nós algo que não podem ter por si sós (e nem nós!). Se temos algo especial trata-se de uma concessão do céu, a presença de Cristo! E se nós, indignos que somos, a temos, eles também podem ter se tão somente entregarem-se a Jesus Cristo de todo o coração. Oro pelos governos brasileiros: o presidente da República, o Congresso Nacional, o governador do estado e os deputados, o prefeito da cidade e os vereadores. Oro pelo poder judiciário em todas as suas instâncias. Oro pelo poder militar do Brasil (Exército, Aeronáutica e Marinha), para que honrem a nossa bandeira dia após dia.
 
Oro pelas igrejas onde já servi ao Senhor (IB Sumarezinho, IB Vila Mirante, IB Vila Souza, IB Boas Novas do Jardim Brasil, IB Bela Vista, IB Boas Novas do Rodoanel) e por cada uma das igrejas e congregações que interinamente já pastoreei, organizei e cuidei. Oro pela igreja onde hoje cumpro agenda semestral de auxílio ao pastorado, a já muito amada Primeira Igreja Batista em Vargem Grande do Sul. Oro para que Deus ilumine o nosso coração para saber onde Ele deseja que o sirvamos no próximo ano, se lá no interior ou em outro lugar. E que em toda a parte em que estivermos possamos ser sal da terra e luz do mundo, dando o nosso testemunho de que o Senhor é bom e que a Sua misericórdia dura para sempre!
 
Oro por aqueles com quem convivo à distância, às vezes de perto também. Oro pelos meus leitores tão estimados. Oro pelos meus ouvintes do rádio, pelos meus assistentes nos vídeos postados, pelos meus leitores de jornais e revistas, pelos que lêem o meu livro. Oro por quem me conhece e com quem eu não tenho relacionamento pessoal. Oro para que eu possa ser um pregoeiro da Palavra, alguém que jamais cause escândalo, alguém que inspire fé e dedicação, jamais idolatria ou bajulação. Oro para que Cristo cresça e que eu diminua. E oro para que eu alcance o Arrebatamento, a volta gloriosa do Senhor. Porém, se Ele ainda não voltar nos meus dias, que a minha morte O glorifique, deixando um rastro de fidelidade e de submissão aos Seus ensinos até o fim.
 
Diante de tantos motivos pelos quais orar, onde eu poderia achar tempo para a depressão? Onde encontraria espaço para o desânimo? Onde encontrar motivos para dizer: "não tenho mais utilidade"? Não; pelo contrário, há muito por fazer, ainda que ninguém veja. Eu não preciso tirar uma foto de joelhos para que Deus assim me veja. A oração que vira show deixou de ser conversa íntima com o Pai. E Jesus ensinou: "fecha a tua porta", isto é, prime pela privacidade de um encontro efetivo com o Criador.
 
Ele ouve, ainda que nada diga audivelmente. Ele sabe, ainda que não envie um protocolo de recebimento. Ele anota, ainda que não haja um caderno material ou uma caneta celestial. No momento certo perceberemos que a nossa oração foi aceita e que o nosso trabalho foi coroado de êxito.
 
Longe de mim deixar estes princípios.
 
E você, leitor estimado, que tal seguir comigo neste afã?
 

Wagner Antonio de Araújo
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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

memórias literárias - 36 - ANDAR PARA FRENTE

36 - ANDAR
PARA FRENTE
 
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Hoje, ao levar a minha esposa para o trabalho, deparei-me com um jovem que dava dois passos para frente, andava de lado e depois voltava. Em seguida coçava a cabeça, caminhava mais um pouco e voltava tudo novamente. Enquanto o semáforo ficou fechado ele fez isso várias vezes. Quando abriu eu o vi a repetir a mesma cena.
 
Pensei: quantos de nós fazemos a mesma coisa, só que sem percebermos!
 
Nós ensaiamos dois passos para frente. Tecemos um planejamento para a semana, para o mês, para o ano, para os estudos, para um projeto de trabalho, para uma dieta alimentar ou a busca de um emprego, para a vida espiritual. Nós até começamos. Mas, logo de saída, paramos. Se fizermos uma análise de quantas decisões tomadas que não deram em nada na nossa vida, veremos que grande parte dos esforços foi completa perda de tempo. Somos semelhantes às obras inacabadas do governo: pontes cujas estruturas estão assentadas, mas não foram construídas. Estradas demarcadas e não asfaltadas. Hospitais que se tornaram antros de drogados, pois são escombros a céu aberto.
 
Outras vezes andamos de lado, patinamos. Até começamos bem. Mas algo nos fez repensar a caminhada, deter os passos, mudar o rumo. As vendas caíram. As aulas perderam o brilho. Os textos ficaram inacabados. A pintura parou pela metade. Nós mudamos de ênfase no caminho e não fizemos nem uma coisa e nem outra. Faz-me lembrar da anedota "de pensar morreu o burro": o burro olhava um fardo de feno e dizia: vou comer deste; olhava para o outro e dizia: vou comer daquele. E acabou morrendo de fome. Nós também: faremos isto; mas logo nos aparece outra coisa interessante; largamos a primeira ou mantemos ambas sem priorizar a nenhuma. O resultado: não saímos do lugar.
 
O triste é quando andamos para trás. Sim, já havíamos vencido alguns obstáculos, já havíamos construído alguma coisa. E então, subitamente, voltamos à estaca zero. Um celeiro não se enche com a colheita de anos passados. Uma despensa não se supre com as compras de quatro meses atrás. Assim também não podemos construir nada se nos voltamos para o passado por puro saudosismo ou por desculpa de não termos a força de antes. O passado é para ser celebrado, não para servir-nos de trava. O Apóstolo Paulo dizia sobre o passado: Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo ...(Fp 3:13-14). Quer dizer, o que ele fez foi muito mais do que a maioria de nós fizemos. Mas, para ele o importante era avançar, continuar, caminhar, chegar mais longe! Não como Demas, um cooperador tão eficaz no princípio e que abandonou a fé. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica. (2Tm 4:10).
 
Para terminar: Dona Justina, a saudosa mãe de Milú (minha irmã adotiva), veio passar uns meses aqui em casa, isso há alguns anos. Ela viu o jardim de nossa casa completamente coberto de mato. Eu já tentara tratá-lo e até começara, mas quando a dificuldade aumentava (muito mato, muita praga, muito lixo) eu desistia. Ela, mulher da roça, não considerou tais obstáculos intransponíveis. Aos oitenta anos fez do nosso jardim o seu investimento. Todo dia ela ia até lá e gastava uma ou duas horas no cultivo. Arrancava um mato aqui, mexia na terra ali, semeava acolá. O resultado: em dois meses havia a horta mais produtiva que já tivemos: rúcula, alface, tomate, acelga, catalonha, salsinha etc. Enchíamos sacos de hortaliças e distribuíamos para a vizinhança, para os parentes e para os irmãos da igreja. Tudo porque uma mulher decidiu andar, não olhar para os lados, não retroceder e atingir os seus objetivos, andando para a frente. 
 
Caro leitor, não volte atrás. O passado não pode voltar. Admire-o, relembre-o,  ou esqueça-o (se não for edificante), mas compreenda: o passado já passou, nunca mais voltará. Também não ande de lado, coxeando entre dois objetivos. Quem quer muito nada tem. Será melhor trabalhar por um bem feito do que dois pela metade. Assim, ande para frente, olhando para o alto, para Cristo, para o Senhor. E, pela fé, vença os obstáculos e vença a si mesmo. Dize aos filhos de Israel que marchem. (Ex 14:15)
 
Se for andar, ande para a frente!
 
Que Deus nos abençoe.
 

Wagner Antonio de Araújo
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