quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 39 - O QUE EU LEVO?


Florescendo
no Deserto -
 
39 - O
QUE EU LEVO?
 


742

O que eu levo desta vida tão fugaz?
O que irá comigo ao além?
Haverá uma resposta eficaz

Para tão grande ansiedade que me vem?

A casa, o carro, as roupas que eu tenho,
O patrimônio , mesmo pequenino,
Essa resposta a buscá-la hoje eu venho
Para a alma acalmar dentro do tino.

Levar o quê! As coisas ficam todas!
Nada é nosso! Tudo é emprestado!
Descobrimos que as coisas são tão tolas,
Que perdemos a saúde no cansaço!

Nu chegamos, vestidos partiremos,
Mas ficarão no corpo apodrecido.
E assim, desnudos para o além nós seguiremos
Levando apenas o viver acontecido.

As obras! Os feitos que operamos, 
Bons ou maus, estes irão seguir-nos .
Ao juiz do universo, a quem amamos,
Contas de nossos atos irá pedir-nos!

Se crentes salvos, alcançados por Jesus,
Que deu a vida para pagar nossos pecados,
O céu bendito se abrirá com muita luz
E um bem-vindo nos será direcionado!

E no juízo, salvos e livres pelo Senhor,
Virão à tona as nossas obras pra Jesus.
Se bem servimos, conduzidos pelo amor
E se a base foi a graça pela cruz,

Um grande prêmio ganharemos pela graça,
Recompensas que nunca acabarão!
E Deus promete tal riqueza a quem faça 
A sua obra com total consagração.

Ainda que os resultados não se enxerguem
E pensemos que o labor foi um fracasso,
Deus colheu as rosas que florecem
Nos jardins eternos do Palácio!

Ah, como será bendita aquela hora
Quando um copo d'água fria for lembrado
A alma salva, feliz, canta e chora
Por ver justiça do Senhor, o Mestre Amado!

Ah, meu Deus, jamais permita que eu desista
De Te servir com toda devoção!
Meu patrimônio é de Jesus o dom da vida
E a esperança de ganhar Teu galardão!

Que fique o ouro, a prata e o terreno,
O carro, a roupa e o chapéu;
Quem tem Cristo, como eu tenho,
Tem perdão, porvir e tem o Céu!

Ao meu Deus, com amor.
Wagner Antonio de Araújo 
12/12/2018

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

memórias literárias - 741 - FILHO

FILHO
 

 
Filho

Com minha mão seguro bem a tua,
Na esperança de assegurar-te a paz.
Da mesma forma o nosso Deus atua,
Suprindo a alma da paz que satisfaz!

Meu filho, tu não estás sozinho,
Teu pai caminha ao lado teu!
Mas quando ausente eu estiver do teu caminho
Me lembrarei da tua mão no braço meu!

Tu crescerás, se Deus quiser, serás um homem,
E seguirás nas sendas firmes de teu pai,
Que ensinou-te que mentiras sempre somem
E que a verdade é valor que nunca cai!

Oh, meu filho, meu tesouro, meu menino,
Cresça em graça e em beleza no Senhor!
Seja honrado, sábio e sempre amigo,
Em tudo honrando a Jesus Rei Salvador!

Terei certeza, filho meu, tesouro vivo,
Que fui rico, abençoado e mui feliz,
Pois fui teu pai, teu professor e teu amigo
E pude dar-te tudo que eu sempre quis:

Uma infância bela, braços estendidos,
Educação correta e disciplina eficaz.
Serei feliz ao ver, no futuro comovido,
Que ajudei a construir um cristão da paz!

Te amo, Josué Elias!



memórias literárias - 740 - LUZES DE NATAL


LUZES DE NATAL
      


Que época linda a que estamos vivendo: os dias de Natal! Há luzes coloridas por toda parte! Nas avenidas há séries de pisca-piscas, pendurados nas árvores e nas placas centrais, com lâmpadas multicores, em seqüências de pulsos que nos lembram estrelas piscantes. Nas fachadas das casas e das lojas inúmeras cascatas iluminadas, com cores tão vivas, trazendo um colorido todo especial. Nas torres das transmissoras de TV ou de telefonia há verdadeiras obras de arte, com painéis gigantescos de rara beleza e que evocam as alegrias do Natal. E é isto mesmo: o Natal é um tempo alegre!

A minha filhinha Rute, há dois anos, ainda não pronunciava direito as palavras. Eu a fazia dormir na varanda superior de meu quarto. Dali contemplávamos as janelas dos arranha-céus ao redor, muitas delas enfeitadas com pisca-piscas. E ela, extasiada, apontava para eles e dizia: “papai, pica-pica!” Ah, leitores, não havia som mais mavioso do que o da voz de minha filhinha a sorrir, contemplando as luzes de Natal! Sua alegria remeteu-me aos anos noventa, quando, na cidade de Osasco, onde fui pastor, havia uma rua toda enfeitada de luzes. Era um quarteirão inteiro. A rua tornou-se famosa nacionalmente. Eles não apenas colocavam luzes por toda a extensão das casas, como faziam obras de arte com temas natalinos: presépios de luzes, renas, papai Noel, anjinhos, era a coisa mais linda de se olhar! Infelizmente algumas tragédias tiraram dos moradores o interesse de continuar essa decoração. Mas a lembrança ficou e minha filha tinha o mesmo brilho no olhar que nós tínhamos ao contemplar aquelas luzes.

O Natal também evoca a luz, a claridade, a luminosidade. Conquanto o mundo hoje tente desfrutar de um Natal sem o seu autêntico significado, o verdadeiro natal trazia em seu foco uma luz, a maior das luzes, a luz verdadeira! Ouçamos o profeta Isaías a falar disto: O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. (Is 9:2). Isaías diz que o povo vira uma grande luz. E que luz seria essa? Era o Filho de Deus, Jesus Cristo, que encarnar-se-ia numa pequenina criança, na Vila de Belém, setecentos anos depois desta profecia. Na época do cumprimento do texto lemos, no evangelho de Mateus: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. (Mt 2:2). Estudiosos do Oriente, que criam nas profecias messiânicas, viram no Céu uma grande luz, uma estrela de porte incomparável, um sinal divino. E concluíram que era nascido o Rei dos reis e o Senhor dos senhores! A luz lhes mostrou isso! Outra vez vemos a presença da luz nesta passagem: E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. (Lc 2:9). Neste texto pastores que cuidavam de seus rebanhos, no campo, foram visitados por um gigantesco coral angelical; a luz que brilhava sobre eles era de tal forma grandiosa e encantadora, que encheu-lhes de temor. Os anjos cantaram, ah, como cantaram! Diziam: Glória a Deus nas alturas, (Lc 2:14). Eram as luzes do natal de Jesus!

Sim, Natal de Jesus. A palavra Natal significa nascimento. O Natal é a comemoração de um nascimento, um aniversário. Em nosso calendário temos o dia 25 de dezembro como o dia natalício de Jesus Cristo, o Filho de Deus. A data não é precisa; não foi exatamente neste dia que Jesus nasceu. Esse dia foi adotado para que os povos antigos deixassem de comemorar festividades pagãs, como o Dia do Sol Invictus, uma adoração insana do Sol. Contudo, com o passar do tempo, o Natal foi adotando comemorações pagãs perdidas no tempo, e tornou-se uma festa híbrida, tão diferente do propósito inicial!

Nós, cristãos, iluminamos o nosso Natal com a lembrança de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que é vindo e é o nosso Salvador. Assim diz a Bíblia: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is 9:6). Jesus é tudo isso: Ele é o Príncipe da Paz. E as luzes que acendemos, as luzes que ligamos, nos lembram a luminosidade de Sua presença, que transforma os nossos caminhos e ilumina a nossa estrada.

Prezado leitor, deixe Deus pavimentar a sua estrada com a luz do Natal. Alegre-se como os pastores de Belém alegraram-se, ao verem os anjos cantando sobre o menino que nasceu rei. Deixe a luz do Céu brilhar em sua vida, como brilhou sobre aquele povo que andava em trevas. Natal é luz! Jesus afirmou categoricamente: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8:12). A sua luz brilha, não apenas em nossos fios de luzes de Natal, mas no coração e na alma alcançadas pelo perdão e pelo amor de Deus!

Que este seja um Natal de luz para todos os nossos ouvintes, e que a luz a brilhar em suas vidas seja a luz de Cristo: Jesus é  a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. (Jo 1:9). Feliz Natal!

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...