quarta-feira, 24 de julho de 2019

memórias literárias - 793 - DOCES MEMÓRIAS ...

DOCES
MEMÓRIAS ...
eu, papai, Daniel e mamãe, 1973
 
 
793
 
Para que os meus filhos dormissem com a mãe (eles dormem juntos numa cama baixa) coloco músicas instrumentais cristãs. Rute, sem pestanejar, pede: "a número 2, papai". É a pasta de músicas que ela mais gosta. Pensei no quanto estas músicas representarão para mim amanhã, quando Rutinha tiver crescido. "São as músicas que ninavam a Rute." E terão um valor incomensurável.
 
Olho para a minha bíblia velha, a que ganhei em 1979 de uma cliente da farmácia onde eu era office-boy. Sinto como se o tempo voltasse, lembrando-me do gozo da salvação e do primeiro amor pelo Senhor, das vezes em que passava o horário de almoço no banco onde trabalhei a ler as Escrituras. Vejo as anotações que fiz aos 14 anos e contemplo ali uma vida em formação. Lembranças...
 
Meu irmão Daniel disse-me, saudoso, que estava sentado no "trono da mãe", uma velha poltrona feita sob medida para ela, herdada por ele. Aquela poltrona traz lembranças da mãezinha a telefonar para as suas irmãs, a orar pela família, a participar dos cultos caseiros. Memórias...
 
O que fizermos agora criará memórias para toda a vida. Quando vejo a capa do LP de Waldo de Los Rios, Sinfonias, e vejo a foto dele com uma camisa estampada, lembro-me do meu pai em 1970, quando também usava camisas assim. É como se eu o visse a ler o seu livro deitado na cama, com um abajur aceso. Sinto-me pequeno novamente e lembro-me daqueles anos antigos.
 
Nós geramos memórias no coração dos outros. A maneira como falamos, a forma como nos vestimos, as palavras que utilizamos, os nossos costumes, os nossos trejeitos, as nossas rotinas. Os nossos objetos, hoje tão simples e inexpressivos, tornar-se-ão memórias para aqueles que se lembrarem de nós. A pergunta que cabe é: serão boas as memórias que deixaremos?
 
Se formos pessoas boas, que praticam o bem, que buscam a paz e a harmonia, que semeiam flores e estabelecem valores, sim. Se, pelo contrário, formos pessoas passivas ou más, que praticam coisas erradas, que vivem belicosamente e estragam a harmonia alheia, que semeiam ervas daninhas em todos os jardins e vivem a transgredir os valores cristãos e morais decentes, então seremos lembrados como seres indesejados, trazendo à memória a triste frase: "já se foi tarde..."
 
Saudades! Coisa que faz sofrer, mas que também carrega a beleza do amor e da ternura! As saudades se criam com memórias boas e benfazejas. Somos responsáveis em conquistar boas memórias no coração dos que chegam ou dos que ficam aqui mais tempo do que nós. Será que temos investido em deixar valores eternos? Será que vivemos a fé cristã que alegamos ter com empenho, com responsabilidade e com convicção? Será que levamos Deus a sério? Será que não quebramos os valores que apregoamos verdadeiros?
 
É tempo de construir memórias. Memórias boas, serenas, agradáveis, bondosas. Se amarmos intensamente e se formos cumpridores dos valores bíblicos e dignos em nossa vida, deixaremos em nosso lugar muita saudade. E as coisas que usamos, hoje simples objetos úteis, serão revestidos de um valor abstrato tão sublime, tão querido, que terão um valor inestimável.
 
A bengala do meu pai, a sacola que ganhei de vovó, as fotos que herdei de meu avô, a bíblia de minha mãe, o novo testamento do Pr. Timofei Diacov e um brinquedinho que foi do meu irmão Daniel quando pequenino, são memórias preciosas para mim. Elas me conectam com as coisas boas deixadas em meu coração.
 
O que deixarei? Como serei lembrado?
 
Que cada um de nós responda a estas perguntas com respeito. E se descobrirmos que não temos cuidado de nossa vida e de nossos princípios, que nos corrijamos em tempo. Afinal, não sabemos quando partiremos. Que estejamos prontos, com Cristo no coração e com um testemunho que traga no coração de quem fica uma doce lembrança.
 

Wagner Antonio de Araújo

segunda-feira, 22 de julho de 2019

memórias literárias - 792 - EU AS AMEI...

EU AS
AMEI...
 

792
 
Amei a Igreja Batista em Vila Souza, São Paulo. Foi o meu primeiro pastorado. Ali eu cresci, aprendi as primeiras lições do ministério pastoral. Mantenho no coração as crianças que tomei no colo, hoje homens e mulheres adultos, pais de família. Lembro-me de diversos irmãos que já estão na glória celestial. Jamais me esqueço dos cultos que prestamos ao Senhor. Lembro-me do grupo de cânticos, do ministério Nova Geração, do Projeto Seiva, do Projeto Maturidade, do Orfanato que ajudávamos. Lembro-me das visitas, dos eventos evangelísticos, do discipulado, de tanta coisa! Pena que há tão pouco fotografado e filmado! Nunca me esquecerei da Vila Souza!
 
Amei a Igreja Batista Boas Novas do Jardim Brasil, São Paulo. Uma excelente igreja, gente de fibra, gente amorosa e trabalhadora. Lembro-me do Coral Adorai e de suas dezenas de integrantes! Lembro-me das famílias trabalhadoras, das atividades do Conjunto Desafio, das congregações no Recreio São Jorge, Vila Sabrina, outra em Guarulhos, quanta coisa! Lembro-me dos cultos nos lares, dos eventos de apologética, dos atendimentos no gabinete pastoral. Lembro-me da construção da cantina e dos banheiros na parte de trás. Lembro-me do Levi que aprendia a tocar órgão eletrônico às tardes, enquanto eu trabalhava no gabinete. Saudades imensas dessa igreja a quem tanto amei!
 
Amei a Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, SP. Foi o meu grande amor. Lembro-me quando a começamos no quintal de uma casa, celebrando a Ceia do Senhor com copos plásticos de café, com suco de uva e um pão doce que achamos. Não tínhamos nada, mas tínhamos tudo! Quanto amor, quanta abnegação! O irmão Luiz Rocha empolgado com uma casa que encontrara para alugarmos. Os primeiros cultos, os banquinhos sem encosto, as tempestades cuja água atravessava os nossos pés durante a celebração. Os imóveis que alugamos, os retiros de ano novo, o galpão da internacional, o ano que passamos nos lares, a compra do terreno, a construção da capela, as celebrações! Vi gente nascer, vi gente casar-se, vi gente partir deste mundo. Conheço cada bloco daquela construção e há uma gota de amor em cada um. Eu tanto amei aquela igreja!
 
Amei Vargem Grande do Sul, SP, no pouco tempo em que lá servi. Hoje, ao editar o vídeo de aniversário de minha filha Rute Cristina, que completou quatro anos, lembrei-me da celebração lá realizada, quando ela completou 3. Quanto amor, quanto carinho, quanta alegria! Lembro-me das viagens que minha família e eu fazíamos (6 horas semanais), das pousadas que tínhamos numa sala improvisada e num hotel da cidade. Lembro-me das visitas, dos aconselhamentos, das pregações, do discipulado, dos cultos nos lares, tão gostosos e cativantes! Eu amei Vargem Grande do Sul!
 
Hoje amo a Primeira Igreja Batista em Ribeirão Pires,   SP. Estou a completar um mês à frente do pastorado desta igreja. Quantas experiências! Quantos cultos! Quantas mensagens! Quantas visitas! Quantos atendimentos em gabinete pastoral! Quanta mídia postada! Quantas amizades feitas! Quantas famílias amorosas que nos recebem em suas casas enquanto a nossa segunda casa não está mobiliada! Deus tem sido generoso para comigo, concedendo-me uma igreja de gente crente, onde todos buscam servir a Deus com amor. O Coral Luz é uma dádiva, os músicos dos louvores são capacitados, os irmãos da mídia são primorosos, os diáconos maravilhosos. Quanta gente boa! Tenho aprendido a amar esta igreja e louvo a Deus por ela.
 
Nestas horas confirmo para comigo mesmo que o Senhor chamou-me para o ministério pastoral. Tendo começado na prática em 1987, tendo sido ordenado em 1991, lá se vão 32 anos de experiência, onde a cada dia tenho uma nova lição, um novo aprendizado. E a melhor parte: à serviço do Senhor!
 
Outras igrejas amei. Ilha Comprida, a quem pude ajudar a fundar, Primeira de Cotia, Vila Pompéia, Vila Mirante, Sumarezinho, Central de Osasco, IV Centenário, quantas igrejas maravilhosas onde também pude servir a Deus, seja por um tempo muito pequenino, seja em algum estágio! Por tudo isso digo; muito obrigado, meu Deus!
 
Apenas um compartilhamento do que o coração está sentindo.
 
Wagner Antonio de Araújo

 

sábado, 20 de julho de 2019

memórias literárias - 791 - UM APELES APROVADO

UM
APELES
APROVADO

 
Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo. (Rm 16:10)
 
Quem seria esse homem, mencionado pelo Apóstolo Paulo e digno de receber um julgamento tão sublime? "APELES, APROVADO EM CRISTO".
 
Não há praticamente nada sobre esse irmão. Não sabemos quem eram os seus pais, não sabemos se tinha família, se possuía filhos, qual era a sua profissão, se era jovem, velho, se era um obreiro, um leigo. Só sabemos que era um irmão e alguém APROVADO EM CRISTO.
 
O seu nome poderia significar "chamado" ou "severo para consigo mesmo". Mas isso não é o mais importante, uma vez que ninguém escolhe o seu próprio nome; ele pode tê-lo recebido como nome popular de sua região, talvez para homenagear o grande pintor Apeles, do século IV antes de Cristo. O nosso nome pode não seguir a nossa biografia. O meu nome, Wagner, significa "fabricante de vagões", e eu não tenho qualquer relação ferroviária!
 
Mas APROVADO EM CRISTO significa muito, mesmo para alguém praticamente desconhecido por nós.
 
Primeiramente tratava-se de um homem que converteu-se ao Senhor. Alguém o evangelizou. Ele, arrependido de seus pecados, confiou em Jesus Cristo e entregou-lhe o coração. Foi transformado em uma nova criatura e batizado como símbolo desta nova vida. Tornou-se parte da Igreja de Roma, a mesma para quem o Apóstolo Paulo escreveu a carta e fez menção de seu nome.
 
Em segundo lugar era um homem que sofrera provas de sua fé. Naquele tempo onde o paganismo grassava, onde o panteão dos deuses do Olimpo imperava e onde a imoralidade sexual era a regra, este homem ousou enfrentar as tentações e os desafios, tomando sempre o rumo certo, nadando contra a maré, escolhendo fazer a vontade de Deus em detrimento até da sua própria vontade. É importante lembrarmos que, na maioria das vezes os cristãos pagavam caro por sua fé, chegando, não raras vezes, à morte. Este homem era um aprovado. Quem sabe dera testemunho de Cristo num momento público, onde queriam exigir-lhe que acendesse incenso em culto ao imperador? Quem sabe obrigaram-no a fazer sacrifícios ou a comprar carne sacrificada aos demônios? Quantos desafios ele deve ter enfrentado. Mas em cada prova ele recebia um 10 do Mestre Celestial. Ele recebeu do Senhor o CERTIFICADO DE APROVAÇÃO, reconhecido pelo apóstolo e, quiçá por toda aquela igreja local.
 
Em último lugar, este homem não deixou nada para ser conhecido: não sabemos se tinha algum patrimônio, se teve filhos, herdeiros se escreveu alguma coisa (certamente nada sobreviveu à passagem do tempo). Ele seria um ilustre anônimo na história universal se não fosse a menção honrosa que Paulo lhe confere. Contudo, MESMO que Paulo não o mencionasse e que nós nunca soubéssemos sobre a sua existência naqueles dias, CRISTO O APROVARA, conhecendo-o, recebendo-o e guardando-o para a vida eterna. Aleluia!
 
Nestes tempos modernos onde as pessoas não são capazes de comer um prato de macarrão sem fotografá-lo e compartilhá-lo, numa busca desenfreada por se sentirem acolhidas e conhecidas, causa-nos impacto saber que Cristo é Senhor dos desconhecidos, dos anônimos, dos pequeninos, dos que não têm nem registro de nascimento na Terra, mas que são altamente conhecidos no Céu! Isto nos lembra o profeta Daniel, que recebeu do anjo de Deus a seguinte palavra: "Daniel, homem muito amado"(Dn 10:11). É preferível ser um anônimo desprezível aos olhos humanos, mas amado, querido e conhecido lá no Céu, a eterna morada dos salvos! Para sermos aprovados por Deus seremos muitas vezes reprovados pelos homens.
 
Ah, APELES, APROVADO EM CRISTO! Como a existência dele me inspira! Espero em Deus ter a graça de conhecê-lo um dia, lá na glória eterna, dar-lhe um abraço e poder dizer-lhe: "obrigado por ter sido fiel ao Senhor!"
 
Wagner Antonio de Araújo

 

sexta-feira, 19 de julho de 2019

memórias literárias - 790 - RUTE CRISTINA - SEUS QUATRO ANOS

RUTE
CRISTINA
 
SEUS
QUATRO
ANOS

 

Há muito tempo eu li uma frase
Que me encheu de esperança,
Algo que transformasse
A tempestade em bonança
 
Dar um sentido à existência
Era o propósito do ditado,
Algo que desse essência
Um verdadeiro achado.
 
Para um homem ser completo
E poder dizer que valeu a pena
Deveria no caminho ter aberto
Um palco para a grande cena
 
Três conquistas, três tesouros,
Três dádivas perpétuas:
Verdadeiros ancoradouros
Para influências eternas:
 
Plantar uma árvore - grande feito,
Escrever um livro - bela obra,
Mas a terceira - bate-me até o peito,
Supera a tudo e até sobra:
 
Ter um filho - dádiva sem tamanho,
Gerar uma vida - bênção sem medida.
Uma ovelha do próprio rebanho,
Um descendente para a própria vida.
 
Deus me agraciou e segui a senda
Destas realizações tão nobres.
Dos meus olhos tirei a venda
E dei fim aos meus dias pobres.
 
Escrevi um livro - Páginas Soltas,
Uma coleção de contos para gostar de ler.
Estórias e contos, ilustrações envoltas
Por lições fáceis de se aprender.
 
Plantei uma árvore - que já veio com fruta,
Que comprei de um caminhão na rua
Um pé de acerola, enxertado na gruta
Trazido por um homem numa perua.
 
Mas um filho, uma vida que de mim viesse,
Não é coisa que se compre num mercado.
Não podia tê-lo, mesmo que quisesse
Se do Céu não me fosse autorizado.
 
E Deus foi bom, ah, como foi generoso,
Concedendo-me maravilhosa companheira,
Uma mulher cristã, trabalhadora - oh, que gozo!
Tão bela, tão nobre, e frutífera como a castanheira!
 
Deu-me ela há quatro anos atrás,
Quando eu, sentado numa poltrona,
A notícia que se fez capaz
De torná-la toda chorona:
 
"Você vai ser papai", disse-me ela em lágrimas.
O meu coração quase parou no peito.
Mas, em seguida, considerando serem dádivas
Meditei em tão valoroso feito:
 
Deus me agraciou com a maior das alegrias,
Algo que a cada dia a minha fé nutre:
Uma bênção que não era fantasia,
Um bebê cujo nome foi RUTE.
 
Ah, Rute Cristina, minha primeira filha,
Princesa do meu castelo, rainha da minha vida!
Quando você chegou e tomou conta da casa,
A alegria instalou-se no peito e a felicidade nunca passa!
 
Quatro anos de felicidade Deus me proporcionou com você.
Quatro anos de ternura, a bênção de vê-la crescer!
Hoje celebro com sua mãe, na presença do Criador
O seu quarto aniversário, o seu quarto esplendor!
 
Parabéns, minha linda filha, Deus lhe conceda a graça,
Que a cada dia mais forte você com ternura se faça!
E o temor do Senhor, princípio da sabedoria,
Seja o chão por onde pisa e a base de toda a alegria!
 
Deus bendito, Deus Todo-Poderoso,
Não tenho palavras para Te agradecer
Por um tempo tão gostoso
Que permites acontecer:
 
Obrigado pelos quatro anos
Que minha filha completa.
Que de paz e de alegria
Continue a vida repleta.
 
E que minha filha querida, quando a idade alcançar
Tenha o juízo completo e venha desfrutar
Da certeza de vida eterna, crendo no Senhor Jesus
E viva feliz cada dia, seguindo o caminho da luz.
 
Rute Cristina Farias de Araújo, filha, aluna e princesa
Dádiva de minha vida, bênção que não é pequena!
Que os seus dias, que espero sejam muitos na terra
Sejam vividos com Cristo, e, por fim, tenha a vida eterna!
 
Seu pai
Wagner Antonio de Araújo,
a celebrar os seus 4 anos de idade.

Wagner Antonio de Araújo

segunda-feira, 15 de julho de 2019

memórias literárias - 789 - APLICATIVO DE ENVELHECIMENTO

APLICATIVO
DE
ENVELHECIMENTO


789
 
A última moda em aplicativos virtuais é envelhecer a própria face. O sistema é tão preciso que a própria pessoa se reconhece no meio das rugas. Elas avaliam o que acharam. Como passatempo é interessante.
 
Mas,
 
01) Ninguém garante que o mundo dure mais trinta anos ou que a pessoa esteja viva nesse tempo. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? (Lc 12:20)
 
02) Se o aplicativo fizesse a transformação para mais duas décadas teria que exibir uma caveira genérica, que é o destino de todo ser humano. Porque o salário do pecado é a morte. (Rm 6:23)
 
03) Se o aplicativo mostrasse O DESTINO destes mortais, teria que mostrar a dura realidade: ou estariam com Cristo, no Paraíso, aguardando a bendita ressurreição, ou estariam no Inferno, sem Cristo, aguardando o grande Trono Branco para o julgamento, o JUÍZO FINAL. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. (Jo 5:29); Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. (Mc 16:16)
 
04) De qualquer forma a brincadeira leva a pessoa a pensar na brevidade de seus dias e na necessidade de viver intensamente o tempo que lhe resta. Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando. (Sl 90:10)
 
05) Das escolhas feitas brotará o seu futuro, não meramente o corpo numa tumba, mas a alma ou salva ou perdida. Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; (Dt 30:19); Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. (Gl 6:7)
 
06) Também alude à necessidade de darmos maior valor a quem nos cerca, pois em breve os protagonistas da vida serão outros, a próxima geração. Nossas casas, nosso trabalho, nossa cidade, será por eles povoada e dominada. Que futuro estamos deixando para eles? Que valores vivemos para inspirarmos a próxima geração? Que também o homem não sabe o seu tempo; assim como os peixes que se pescam com a rede maligna, e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles. (Ec 9:12). Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv 22:6)
 
07) Não teremos juventude e beleza eternas nesta vida; as nossas forças sucumbirão e aquilo que hoje é um brinquedo virtual tornar-se-á uma realidade talvez mais difícil do que a foto gerada: limitações físicas, enfermidades, solidão, falta de recursos. Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo. (Ec 11:9); Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; (Ec 12:1)
 
08) Estamos prontos para nos encontrarmos com o Criador? Estamos prontos para a morte? Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus. (Am 4:12)
 
Wagner Antonio de Araújo
 

 

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...