domingo, 19 de julho de 2020

memórias literárias - 905 - RUTE CRISTINA: 5 ANOS!

RUTE CRISTINA:
5 ANOS!
 
905
 
Este sorriso tão belo,
Esta alegria tão pura,
Este olhar sempiterno
Que partilha ternura
 
É de Rute Cristina,
Amor de nossa existência!
Ilumina nossas vidas
E nos traz tanta beleza!
 
Cinco anos se passaram
Desde que você nasceu,
Quantas alegrias ficaram
Disto que nos aconteceu
 
Uma filha, uma princesa,
Uma vida que chegou!
Trouxe-nos tanta riqueza,
Nossa história transformou!
 
O seu dia esperado chegou,
Cinco anos hoje completa!
Nossos corações tocou
Nossa família celebra!
 
Deus te abençoe, filha amada,
É o desejo de seus pais!
Graça, beleza em sua jornada
E uma história de paz!
 
Jamais se esqueça de Jesus Cristo,
O Filho de Deus, Salvador e Senhor.
Com Ele assuma um compromisso
Correspondendo ao Seu amor.
 
E terá vida boa e bela
Sempre acompanhada por Deus.
E por fim a vida eterna,
Uma morada nos céus!
 
FELIZ ANIVERSÁRIO, RUTE CRISTINA FARIAS DE ARAÚJO!
 
Seus pais
Wagner & Elaine
19 de julho de 2020
 
Obs: saudações da vovó portuguesa:
 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

memórias literárias - 904 - DIA ESPECIAL

DIA
ESPECIAL
 
904
 
Ele deu-lhe um par de brincos. Não era seu aniversário, nem iriam sair para algum lugar.
 
Ela os achou lindos. E disse: "Vou usá-los quando tivermos um dia especial."
 
Ele então respondeu: "Haveria dia mais especial do que este?"
 
Este é o dia que o Senhor deu; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele. (Sl 118:24).
 
Aquela prataria fina que ganharam no casamento, tão bela e tão nobre, embalada numa caixa de madeira, está guardada há anos no armário, esperando chegar um "dia especial". Tal dia é protelado, é deixado para amanhã, e para o outro mês. Pode ser que acabe sendo usado no dia do funeral de um dos dois. E para quê? Não foi para isso que ganharam!
 
Se compreendêssemos que o dia mais especial que Deus nos deu é o dia de hoje faríamos com que rendesse muito mais, saboreando-o com muita propriedade!
 
Imaginemos que amanhã embarcaremos para uma longa viagem e que ficaremos fora por vários dias. Como desfrutaríamos do dia de hoje? Da mesma forma com que temos levado a rotineira passagem do tempo, ou procuraríamos desfrutar de um bom jantar, de uma boa prosa, de uma boa companhia e de bons momentos?
 
Eu sei que há limitações intensas nestes dias tão estranhos que vivemos. Eu sei que a restrição de deslocamentos e de contatos é profunda. Mas isso não impede que o dia de hoje seja especial!
 
Em Os Pioneiros, seriado baseado no livro "Little House Of The Prayer", Laura Ingalls nos conta que estava a família enjaulada em sua casa na tarde e noite de Natal, quando construíram sua casa numa área deserta dos índios. Não havia vizinhança, não havia civilização, não havia nada. Mas um amigo chegara debaixo de grande nevasca. E, depois de aquecer-se, tirou de um embrulho de pano 3 pequenas batatas. A esposa dos Ingalls, ao ver aquela iguaria emocionou-se, dizendo: "Muito obrigado, eu não imaginava que teríamos algo tão gostoso para desfrutar nesta noite!" Como algumas batatas poderiam provocar tanta gratidão? Quando são raras e quando celebram um momento especial.
 
Já preguei em sepultamentos onde ouvi os inconsoláveis familiares dizerem que fariam tudo diferente se oportunidade tivessem. Diziam que não haviam desfrutado melhor da companhia do amado que partira. Se pudessem teriam conversado mais, teriam rido mais, teriam dito coisas que ficaram só no coração. Para estes as chances terminaram. Mas para quem está vivo ainda é tempo!
 
Coloque os seus brincos, querida, mesmo que sejam simples e humildes. Você os tornará as mais preciosas jóias, pois será a dama mais bela que este dia já viu! O valor deles não está no material do qual foi feito, mas na pessoa que embeleza!
 

Wagner Antonio de Araújo

quarta-feira, 8 de julho de 2020

memórias literárias - 903 - QUERO OUVIR-LHE

QUERO
OUVIR-LHE
903
 
Era mais um culto de domingo à noite, dos inúmeros que dirigira e pregara. Sua congregação era pequenina e ele já idoso. Muitos o abandonaram ao longo do ministério, mas ele não desistira. Continuava a pregar, a dirigir, a pastorear. Ele amava a igrejinha onde servia ao Senhor Jesus Cristo.
 
Naquela noite percebeu um automóvel diferente no estacionamento. Dele desceu um senhor bem vestido. Olhou bem com seus óculos e, depois de esfregar os olhos para não duvidar do que via percebeu que era o grande evangelista Justino Macário, que arrebatava estádios cheios com sua prédica tão envolvente e poderosa, que viajava pelo mundo inteiro em busca de almas perdidas.
 
As pessoas olharam atônitas e perceberam que ele viera para participar do culto. O pastor saiu do seu gabinete, anexo à plataforma da capela, e foi falar com ele.
 
- Dr. Justino?
 
- Pr. Porfírio?
 
- Sim, sou eu! A que devo a honra de sua visita, Dr. Justino?
 
- Eu estava na cidade e, como não tenho conferências nesta noite decidi ouvi-lo.
 
- Eu agradeço, mas me sinto um tanto desconfortável!
 
- Mas por que?
 
- Porque há muitas igrejas aqui na região, disponíveis para que o senhor participe do culto e escute bons sermões. Eu sou apenas um pregador local.
 
- Pr. Porfírio, há muitas igrejas sim, mas nenhuma que tenha um Pr. Porfírio no púlpito. E eu vim para ouvir-lhe.
 
- O senhor já me conhece?
 
- Mas é claro! Quem nunca ouviu algum sermão de seu canal no youtube? Eu os ouço sempre entre uma viagem e outra! E digo-lhe: fazem-me bem e edificam a minha alma! Conheço muitos crentes que foram transformados com o poder de Cristo transmitidos pela sua pregação. 
 
- Meu Deus, eu jamais imaginei que alguém assistisse!
 
- Eu os assisto e me sentirei honrado se esquecer-se de que estou aqui e pregasse como todas as vezes costuma fazer.
 
- Mas se é assim eu quero oferecer-lhe o meu púlpito! Jamais tivemos alguém de sua envergadura nestas localidades!
 
- Se eu pregasse em seu púlpito perderia a bênção que vim procurar. Pastor, siga o seu trabalho. Eu vim ouvir-lhe.
 
Então o pastor pediu-lhe para que fosse ao gabinete por um minuto. E orou assim:
 
- Senhor, sinto-me tão desconfortável, sinto-me pequeno diante deste Teu grande servo. Ajude-me a fazer aquilo que Tu queres. Em Nome de Jesus. Amém.
 
O Dr. Justino completou:
 
- Senhor, ajuda o Pr. Porfírio a entender que o grande aqui é só o Senhor e que ambos, nos lugares onde Tu nos colocastes, somos apenas servos do Senhor. Que ele seja fiel e pregue o que colocaste em seu coração. Amém.
 
Abraçaram-se e o culto seguiu-se. Hinos, poesia, intercessão, coral, um culto tradicional.
 
E, no momento da pregação, o pastor disse:
 
- Sei que os senhores e as senhoras me perguntariam: o que esta celebridade está fazendo sentada no banco? Não deveria o Pr. Porfírio dar-lhe o púlpito ao Dr. Justino Macário? Amigos, eu tentei, Deus sabe que tentei! Mas ele disse que veio para ouvir e eu não consegui convencê-lo do contrário. Então, diante de Deus e de vocês, farei o que Deus quer que eu faça. Abramos as nossas Bíblias no texto de ....
 
E o pastor pregou com a graça que o Senhor lhe dera. Nem mais e nem menos. Sem citações que nunca poderia provar ou sem assuntos alheios ao texto. Ele pregou a Bíblia e nada mais. Ao final convidou a congregação a um momento de reconsagração. Um pequeno grupo sentiu-se tocado. Junto com eles veio o Dr. Justino.
 
Todos se ajoelharam e oraram. Ao final abraços e a despedida.
 
No sábado seguinte o Dr. Justino pregou no canal local da televisão. Antes da mensagem ele recordou a experiência que tivera. Disse:
 
"Caros amigos, no último domingo ouvi um príncipe do púlpito, o Pr. Porfírio, da igreja do bairro oeste. Sua palavra foi tão bíblica, tão doce, tão edificante, que o meu coração foi tocado pelo poder do Espírito Santo. Quero reprisá-la para vocês e espero que Deus multiplique em seus corações o que fez no meu ao ouvi-la dos lábios daquele santo homem do Senhor..."
 
O velho pastor, em lágrimas, ajoelhou-se ao lado da televisão com grande emoção, dizendo:
 
- Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu Nome damos glória! Por amor da Tua misericórdia e da Tua fidelidade! Que o Espírito Santo aplique o texto bíblico aos corações.
 
Muitos frutos foram colhidos naquela transmissão. Tudo porque um pastor simples, pequenino, limitado, de um bairro tão inexpressivo, ousou ser fiel Àquele que o vocacionou para a pregação.
 
Que os meus leitores valorizem os seus pastores locais, que orem por eles que que propaguem as mensagens que o Senhor porventura lhes der. Que seja para a glória de Cristo e a edificação de Seu povo. Amém.
 

Wagner Antonio de Araújo

memórias literárias - 902 - TEUS DEUSES

TEUS
DEUSES

 
902
 
E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito. (Ex 32:4)
 
Moisés estava lá no alto, em comunhão com Deus, a receber as tábuas do decálogo, os dez mandamentos. Cá embaixo estava o povo ansioso, afoito, cansado da espera e da falta de informações.
 
Arão, irmão de Moisés, escolhido sacerdote, estava entre o povo e Moisés. Decidiu ouvir o povo. Eles disseram: "Nada sabemos desse Moisés; faça um deus para nós". Ele, se por ameaça do populacho ou por fraqueza de caráter decidiu fazer a imagem de fundição, mesmo que tenha ouvido a ordem divina de não fazê-lo e de ter anuído à aliança em sangue que Moisés fizera entre Deus e o povo.
 
Forjou um bezerro, uma ridícula imagem oriunda das jóias que arrancaram das egípcias ao saírem do Egito. E proclamou: "este é o deus que tirou vocês do Egito! Aqui estão os teus deuses, ó Israel!"
 
O Deus Eterno, o Criador, Jeová, Javé, Elohim, o Sublime, o Altíssimo, opera a grande libertação destes quase dois milhões de pessoas e os trás para uma aliança. Eles aceitam o pacto e querem seguir para a terra da promessa. Mas na primeira prova que recebem, isto é, terem que aguardar o regresso do profeta da montanha da santidade, resolvem abandonar o Libertador e inventar um mito, uma fábula, um amuleto, uma mentira. A libertação era real - eles estaam ali; a narrativa deixou de ser verdadeira: a imagem forjada a instantes era a responsável pela epopéia. Como é fácil inventar uma narrativa mentirosa!
 
Faz lembrar um filho ingrato, que mora na herança deixada pelos pais, que teve o seu diploma conquistado com o suor de seus progenitores e que diz orgulhosamente: "consegui por mim mesmo sem a ajuda de ninguém!"
 
Também o homem curado que se gaba da boa saúde e se esquece do médico que o tratou. "Eu sou um atleta!".
 
Ou talvez aquele que venceu na vida e que diz: "A força do meu braço e do meu empenho conquistou tudo isso", e nem se lembra das noites em súplicas que muitos passaram diante de Deus, clamando pela sua colocação profissional e sucesso acadêmico! Também se esquecem daqueles que os recomendaram ao empregador ou institução onde trabalham!
 
Quantas igrejas se gabam de ter uma grande membresia ou um poder econômico muito forte, esquecendo-se de que os pioneiros, sim, aqueles pobres trabalhadores da Seara, foram os que empenharam a própria vida na concretização do ideal. Esquecem-se dos pastores que deram a vida no trabalho difícil de outrora, nas condições tão pequenas e na tecnologia tão primitiva. "Somos vencedores de um novo tempo!". Não haveria novo tempo se não tivesse havido alguém que início deu.
 
Ah, povo hebreu! Há um hebreu em cada um de nós! Ingratos para com Deus, criamos bezerros de ouro para adorar ao longo da vida. Sabemos que foi Deus, mas ousamos esquecer-nos disso! Sabemos que nossos pais foram heróis, mas os esquecemos em algum asilo! Sabemos que a nossa professora nos alfabetizou, mas tiramos o seu nome de nossa biografia! Sabemos que ingressamos na escola ou no trabalho por indicação de alguém, mas o desprezamos! A ingratidão é uma constante no coração de cada ser humano!
 
Nós sabemos o que aconteceu com os hebreus do bezerro de Arão. Morreram condenados pela idolatria voluntária a que se submeteram. E os sobreviventes não foram melhores que eles: morreram na areia quente do deserto, pois duvidaram do poder divino em conduzi-los à Terra Prometida. Sob a desculpa de estarem preocupados com os filhinhos que sofreriam, foram condenados a morte no caminho e os filhos com quem se diziam preocupados, entraram em Canaã.
 
Lancemos fora os nossos deuses! A saúde, o dinheiro, a linhagem, a linguagem, a naturalidade, a cultura, os amigos, o político, a desenvoltura, os poderosos. Todos eles juntos não passam de bezerros dourados e podres. Se o Senhor não nos der fôlego, se Ele não nos abrir as portas, se Ele não nos proteger ou não nos abençoar, seremos como a moinha que o vento espalha!
 
 
Adoremos ao Deus Único e Verdadeiro. E às favas com os bezerros de ouro que forjamos!
 
Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus. (Sl 62:11)
 

Wagner Antonio de Araújo

terça-feira, 7 de julho de 2020

memórias literárias - 901 - SOBE AO MONTE

SOBE AO
MONTE

 
 
901
 
Era a ordem divina. Então disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar. (Ex 24:12).
 
Subir ao monte, deixando por um momento a rotina e o convívio social com os hebreus libertados no deserto. Moisés recebera a ordem de subir. Não era para ficar ou para descer, senão subir.
 
Subir a quem? A Deus, que estava com a Sua glória bendita manifestada no monte. De uma forma espetacular Deus descera até o arraial dos hebreus e ali estava presente. A Sua glória era monumental, indescritível, bendita. Mas, ao mesmo tempo assustadora, aterrorizante, tempestuosa. Diante de um imenso deserto uma montanha fumegava, não como vulcão, mas com uma Presença gloriosa e incomparável. O céu era de tempestade e o som era ensurdecedor. Deus manifestava ali a diferença entre o ídolo de barro, de pedra, de bronze, de ferro, e Ele, o Criador, o Deus Vivo, o autor da vida. Era a Deus que Moisés deveria subir.
 
E por quanto tempo? Deus lhe diz: "Sobe e fica lá". A estada não tinha prazo estabelecido. Aliás, o prazo era até que Ele desse às mãos de Moisés as tábuas da Lei, o decálogo, as dez palavras ou dez mandamentos. E quando isso aconteceria? Só Deus sabia. Jesus, muito tempo depois, ao falar sobre o Seu regresso, afirmou: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. (At 1:7). Assim, a Moisés caberia subir e ficar. Deus diria quando deveria descer.
 
Prezados irmãos: estamos convidados também a subir a montanha para um encontro com Deus. Não naquele deserto, no meio de pedras, lugar geográfico da manifestação citada no texto acima. Não em algum lugar santo escolhido, nomeado por alguém como um local especial. A montanha não está num lugar geográfico simplesmente. Ela está dentro de nós, numa atitude similar a de Moisés. Podemos estar numa cidade de grande altitude ou ao nível do mar. Podemos estar na roça, no sertão, na cidade, no exterior. Há uma montanha a subir bem no lugar onde estamos! Resumo assim:
 
1) Deus ordena que subamos ao Seu encontro. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. (Jr 29:13); Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. (Jr 33:3); ; Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. (Is 55:6).
 
2) Deus ordena que saiamos do quotidiano, numa comunhão pessoal e verdadeira com Ele. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. (Mt 6:6);Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava. (Lc 5:16).
 
3) Deus determinará quanto tempo deveremos gastar em Sua presença, antes que em misericórdia manifeste a Sua resposta e a Sua graça sobre nós, sobre os nossos pedidos ou sobre a orientação quanto ao caminho que deveremos seguir. Jacó, em sua luta com Deus, afirmou ao Anjo:  Não te deixarei ir, se não me abençoares. (Gn 32:26). Elias, em sua oração por chuva, só deixou de clamar quando viu um sinal evidente no céu: E sucedeu que, à sétima vez, disse o servo de Elias: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça. (1Rs 18:44).
 
4) Deus quer tratar conosco em solitude, sem o intercurso de ninguém mais; apenas Ele e a nossa alma - Ele nos conhece perfeitamente, sabe o que nos aflige, o que nos apavora, o que nos perturba, o que nos falta, o que nos sobra, e por esta razão quer tratar conosco pessoalmente, em espírito, num encontro da nossa alma com Ele. Se O buscarmos como Moisés o fez, em obediência, se seguirmos o exemplo de Jesus, que buscava ao Pai, se seguirmos as sendas das santas mulheres que oram ou dos santos homens que viveram com Jesus, teremos a resposta a todas as nossas indagações.
 
E disse: Não temas, homem muito amado, paz seja contigo; anima-te, sim, anima-te. E, falando ele comigo, fiquei fortalecido, e disse: Fala, meu senhor, porque me fortaleceste. (Dn 10:19)
 

Wagner Antonio de Araújo

quinta-feira, 2 de julho de 2020

memórias literárias - 900 - AOS MEUS PEQUENINOS - 02 - JESUS É A PORTA

JESUS É
A PORTA
Aos Meus Pequeninos - 02
 
900
 
Meus filhos queridos, Jesus uma vez falou bem alto para que todos escutassem: "Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo".
 
Vocês se lembram daquele filme "Os Pioneiros", que nós assistimos na sala? Vocês se lembram daquele dia em que o Sr. Edwards foi até a casa da Laura e da família Ingalls para passar o Natal? Pois então: estava tão frio, mas tão frio, que havia neve por toda a montanha. Vocês se lembram que ele teve que atravessar um riacho e caiu na água? Que frio! Caía neve, ventava, era um frio terrível! Vocês nunca sentiram tanto frio, não é mesmo? Então ele chegou na casa da Laura. Que alívio! E o que aconteceu? Ele ficou do lado de fora?
 
Não! Ele entrou na casa. O que tinha lá dentro? Ah, lá tinha uma lareira acesa. Vocês sabem o que é uma lareira? Lareira é um fogão onde eles faziam a comida e também aqueciam a casa. A lareira era o aquecedor e o ar condicionado daqueles tempos. Eles levavam pedaços de árvore, os troncos, e os queimavam. Então a casa ficava quentinha! Que coisa boa para o Sr. Edward! Ele precisava se esquentar. Mas por onde ele passou para entrar na casa quentinha? Pela parede?
 
Não! Ele passou pela porta! Era a única forma de entrar na casa. Naquela casa nem janela tinha, não é mesmo? E se ele ficasse pertinho da porta, mas do lado de fora? Ele ficaria quentinho? Não! Ele morreria de frio, viraria um picolé, um sorvetão! Para se aquecer e comer aquelas comidas gostosas de Natal ele tinha que ir para o lado de dentro. E teve que passar pela porta.
 
Jesus disse que para entrarmos no Céu quando morrermos ou para nos levar quando estiver voltando será preciso passar pela porta. E Ele falou: EU SOU A PORTA. Para entrar no Céu é necessário passar por Ele. E se a porta é Jesus é preciso entregarmos o nosso coração para Ele. Jesus é o nosso Salvador, o nosso Senhor e o dono do Céu. Ele é quem abre a porta do Céu e diz: "Venha e entre, seja bem-vindo!"
 
Mas quem resolve ficar do lado de fora não vai viver com Jesus e ser feliz no Céu. Vai ficar de fora, sozinho, no frio, sem proteção, sem alegria, sem os amiguinhos, sem Jesus! Vocês querem ficar do lado de fora do Céu ou querem ir para dentro dele? Então vamos passar pela porta? Digam: "Senhor Jesus, o Senhor é a porta do Céu. Eu dou o meu coração para Ti. Entra na minha vida e eu sei que assim estarei entrando no Céu também. Quando eu morrer me receba no Céu. E se o Senhor voltar me leve consigo. Eu te amo, Jesus!".
 
Amém.
 

Wagner Antonio de Araújo

memórias literárias - 899 - AOS MEUS PEQUENINOS - 01 - CRIANÇA-TRIGO

CRIANÇA-TRIGO
Aos Meus Pequeninos - 01
 
899
 
Certa vez Jesus contou uma estória muito importante. Ele falou sobre um homem que fez uma plantação de trigo. Ele plantou um trigal. Vocês sabem o que é trigo? É aquela planta que dá sementinhas das quais fazemos a farinha, que é o trigo moído e ralado e da qual nós fazemos o nosso pão, a nossa pizza, os nossos bolos e tantas outras coisas. O trigo é muito bonito e importante. Ele nos alimenta!
 
Este homem da estória plantou trigo e esperou as plantinhas nascerem e crescerem. Mas vejam só o que aconteceu!
 
Quando os empregados desse homem olharam para todas aquelas plantinhas descobriram que havia uma outra planta que crescia junto! Sabem qual era? Era o joio! Eu disse joio, e não jóia, que é algo de muito valor. O joio é uma planta perigosa que faz mal para a saúde de quem come as suas sementinhas. Ele se parece com a planta do trigo, mas as suas sementes são venenosas. Elas foram semeadas por um homem mau, que não gostava desse dono do trigal. Ele lançou sementes de joio para bagunçar a plantação do trigal.
 
E agora? O que fazer? Os empregados disseram: "o senhor quer que arranquemos o joio para ficar só o trigo? Assim a gente tira essa planta logo de pequenininha."
 
O dono da plantação disse: "Não façam isso de jeito nenhum! Deixem que as plantinhas cresçam juntas, pois se vocês arrancarem os pés de joio poderão arrancar pés de trigo também e eu não quero perder nenhum pé de trigo. Quando as plantinhas crescerem elas vão dar flores e depois as sementes. Daí nós vamos descobrir com facilidade quem é joio e quem é trigo. Certo? Quando elas derem os seus cachos (cacho é a vareta onde as sementinhas ficam quando estão maduras e prontas) vocês separam o trigo e o joio. O trigo vocês tragam para mim, pois vou guardá-lo e usá-lo. O joio vocês coloquem numa fogueira bem grande e queimem tudo, pois ele não é bom."
 
Essa estória que Jesus contou fala sobre dois tipos de crianças. Existe a criança-trigo e a criança-joio. Sabem quem são elas?
 
A criança-trigo é aquela que ama a Jesus, que entrega o coração para Ele, que faz oração, que obedece ao papai e à mamãe, que não fala coisas feias, que não guarda rancor no coração. As crianças-trigo são muito amadas pelo Papai do céu. E quem são as crianças-joio? São exatamente aquelas que não fazem nada disso: elas não entregam o coração para Jesus, elas não oram ao Papai do céu, não obedecem ao papai ou à mamãe, só falam coisas feias, tem o coração cheio de ódio. O papai do céu não quer que nenhuma criança seja joio, mas que todas sejam trigo. Ele fala ao coração de todas as crianças o tempo todo, para que as crianças sejam trigo e não joio. Porque, se elas crescerem e não amarem a Jesus e nem forem obedientes ao Papai do Céu, o futuro delas será parecido com o futuro do joio: irão para a fogueira eterna, chamada Inferno. Mas as crianças-trigo irão para o Céu, onde ficarão para sempre com Jesus!
 
Meus filhos queridos, que tipo de criança vocês são? São crianças-trigo ou são crianças-joio?
 

Wagner Antonio de Araújo

quarta-feira, 1 de julho de 2020

memórias literárias - 898 - DESDE PEQUENA

DESDE
PEQUENA

898
 
É quase um rito ouvir a Rutinha dizer para a "Tia Aú" (minha irmã adotiva e cuidadora) ou para a mamãe: "A comida tá orada?", querendo saber se já foram dadas graças a Deus. Se sim ela come de gosto. Se não ela diz: "me ajuda, mamãe?".
 
Nesta manhã Rutinha surpreendeu um pouco mais. Minha esposa veio contar-me com os olhos rasos d'água.
 
"Eu acordei com a Rute a se mexer. Ela não me viu acordada. Sentou-se e passou a orar baixinho: Senhor, abençoe... abençoe...; e por três minutos monumentais eu vi a minha filhinha orar sozinha!"
 
É claro que eu também me emocionei. Realizamos cultos domésticos com eles, oramos sempre, cantamos sempre que possível. Mas a fé é algo do coração, não pode ser imposta, ainda que possa ser ensinada. E neste quesito nós damos graças a Deus pela oportunidade de ensiná-los a amarem o Papai do Céu.
 
Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv 22:6).  E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. (Dt 6:7).
 
Nossa televisão é seletiva. Só assistimos coisas cristãs dignas e culturais relevantes. Terror não tem vez em nossas telas. Entretenimentos e novelas eles nem sabem o que é, pois não são coisas que possuam qualquer valor para nós. Suas brincadeiras são as de crianças: super-heróis, detetives, comidinhas, cabana etc. E muita, muita alegria no Senhor! Não há palavrões, não há violência urbana; só a paz de Cristo e a inocente imaginação infantil.
 
Falava-se em geração y, geração z. Agora teremos a GERAÇÃO COVID. Se depender de nossas crianças desejamos que seja uma geração que conheca ao Senhor desde o berço.
 
Wagner Antonio de Araújo

 

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...