sábado, 29 de agosto de 2020

memórias literárias - 916 - CONSTATAÇÃO

CONSTATAÇÃO
 
916
 
Um pastor que é ladrão.
 
Uma pastora que é assassina.
 
Um padre que é mafioso e ladrão.
 
Um médium que é um pervertido.
 
Um político que não pode ser preso mesmo sendo culpado.
 
Uma emissora que recebe propinas.
 
Uma esposa que trai.
 
Um marido infiel.
 
Um filho que engana.
 
Um crente que mente.
 
Um cristão que não tem cristo.
 
As redes sociais dão ao povo o que o próprio povo publica. Brigas de rua. Rapazes se relacionando com rapazes. Homens se maquiando e tornando-se travestis. Mulheres se estapeando. Brigas em supermercado. Brigas de trânsito e tiros fulminantes. Acidentes nas estradas, mostrando em profundidade os pedaços de corpos sendo atirados. Abortos permitidos. Suicídios defendidos. A pornografia geral e real.
 
Este é o mundo de hoje. Não temos orgulho de ninguém, nem tampouco somos motivo disto no coração de alguém. Que diferença há com o mundo anterior ao dilúvio dos dias de Noé? Quando vemos o homem que prega no púlpito sendo mal administrador, mal marido, mal cristão, mentiroso, ladrão e assassino, então perdemos todas as referências de sociedade cristã.
 
A espiritualidade é achincalhada em toda parte. Nada mais se mantém diante da farsa pública de cada uma. E o objetivo é um só: convencer a humanidade de que NÃO HÁ DEUS.
 
Este seria o caminho do "homem da perdição", do "abominável da desolação". Seu propósito seria "sentar-se no trono do templo de Deus", exigindo adoração para si próprio. A auto-adoração humana. E tudo se funde neste propósito.
 
Um mundo sem Deus.
 

Wagner Antonio de Araújo

terça-feira, 25 de agosto de 2020

memórias literárias - 915 - PANOS DE PRATO

PANOS DE
PRATO


915
Dona Maria estava mostrando a sua casa para as amigas. Uma casa bem chique, bem mobiliada. Havia uma cristaleira belíssima, uma prataria chinesa que dava gosto. Mas ela dizia várias vezes, enquanto exibia a sua cozinha: "vou mostrar o mais especial". Bem, as mulheres esperavam algum equipamento de última geração, uma panela dourada ou uma coleção de talheres artesanais. Foi então que abriu um armário de madeira de lei. Ali estavam, em pequenos cabides, vários panos de prato. As mulheres não entenderam nada.

Não eram panos novos, muito trabalhados, de grifes internacionais. Eram panos rotos, alguns até rasgados, manchados pela ação de gorduras e anos de uso. Alguns eram panos que as companhias de gás ofereciam com a compra de botijões. Outros eram comprados nos semáforos, onde pobres senhoras vendiam seus tecidos para a sobrevivência. Ainda outros mostravam-se muito antigos, com bordas trabalhadas em crochê e renda.


- Amigas, aqui estão as maiores riquezas de minha cozinha. Estes panos de prato foram os grandes responsáveis pelas louças limpas e brilhantes, pelo brilho e a limpeza de minha mobília de cozinha. Nenhum deles esteve presente nas festas que dei, nas recepções que fiz ou junto dos guardanapos de linho que decoravam os pratos. Eles nunca participaram das festas. Sua chegada era após as refeições, quando todos saíam da mesa e só sobravam as louças sujas na pia. Eles nunca eram vistos, nunca foram honrados, nunca foram valorizados. Um dia, quando a empregada enxugava a louça o pano de prato caiu. Eu fui pegá-lo. Ao ver o seu desgaste e o quanto me fora útil, tive pena e pensei naqueles que tanto servem e que nada recebem...

- Pensei nas mães que embalam os filhos e depois são esquecidas num quarto anexo ou num asilo, ignoradas nas formaturas ou nas celebrações da prole. Pensei nas mãos calejadas dos pais, que atravessavam dias a fio no esforço da mantença caseira e que, depois, quando velhos, nem visitas dos filhos e netos recebem. Pensei nas babás que tanto cuidaram das crianças dos patrões e que, depois, foram demitidas, esquecidas, arrancadas das fotografias e relegadas a simples ex-prestadoras de serviço. Pensei nos professores que ensinaram-nos a ler e a escrever e que hoje, depois de tanto tempo nem nos lembramos de seus nomes...

- Pensei no entregador de cartas que por anos e anos trouxe a nossa correspondência, ou no padeiro que assou os nossos pães na padaria a quem nunca agradecemos. Pensei no dentista que acompanhou o desenvolvimento dos nossos dentes e no pediatra que viu os nossos filhos crescerem. Pensei no guarda noturno que apitou por anos nas suas rondas noturnas e no inspetor da companhia de luz, que consultava o reloginho de consumo mês após mês. Pensei no vizinho que tomou conta de nossa casa quando saíamos em viagem, na empregada que conhecia cada vão nos móveis e cada centímetro de espaço em nossos cômodos, e nas pessoas que nem sabemos que olhavam por nós...

- Pensei nos pastores que foram esquecidos nas festas e nas comemorações, que nunca receberam algo precioso de nossas mãos, que nunca foram contados como pessoas importantes em nossa família ou em nossa história, e que sempre estavam prontos e dispostos a nos ajudar nas horas de crise, de choro, de luto, de briga, de desavenças, de aconselhamento. Pensei nos ministros religiosos que estiveram à beira do leito no hospital, na celebração do funeral de gente amada e a orar por nossas lutas, nossas necessidades. Pensei em cada sermão entregue, em cada aula dos professores de EBD e o quanto nunca os honramos, nunca os exibimos em nossas fotos, porque nunca os convidamos para estarem conosco...

- São todos panos de prato. Nunca estão no melhor da festa. Eles até estão por perto, mas jamais são convidados a estar à mesa, junto de nós. Mas sempre aparecem quando a festa termina e sobra trabalho, sem jamais reclamarem. Nós nos socorremos de suas virtudes. Eles gastam-se por nós; fazem tudo o que podem para nos suprir; adquirem marcas do tempo e sequelas de seu uso continuado, cicatrizes do amor prático. Jamais ficam como novos, como quando os conhecemos e tudo porque nos serviram, nos amaram, nos ajudaram, nos ampararam. As rugas no rosto e as marcas nas mãos são testemunhas de vidas gastas em nosso favor...

- Tudo isso aquele pano de prato caído no chão me falou. E desde então eu cuido deles como jóias preciosas, como tesouros de fenomenal valor. Eles valem por tudo o que fizeram, por tudo o que não receberam e por tudo o que ajudaram. Eu os tenho como o maior tesouro de minha cozinha. E por causa deles fui em busca daqueles que tanto bem me fizeram e que de mim nunca receberam um obrigado. Ah, que preciosidade eu encontro nestes velhos e rotos panos de prato! Bem, vamos ao nosso café de hoje...

Dona Maria estava certa. Nós desprezamos os panos de prato. Eu, ao passar as roupas aqui em casa, dou um cuidado especial nos panos de prato. Faço questão de deixá-los cheirosos, bem dobrados, retinhos e muito, muito perfumados. É o mínimo que posso fazer em honra de quem tanto nos serve. Quisera Deus que pudéssemos fazer isso para com as pessoas que silenciosamente nos servem, nos ajudam, nos amparam, se preocupam conosco. Olhe a mulher que está no fogão agora, ou na pia a lavar a louça. Olhe para quem zela de seus filhos ou para o pastor, que silenciosamente ora por sua vida e lhe envia mensagens. Não será ele também um PANO DE PRATO?

É hora de sermos mais gratos.


Wagner Antonio de Araújo

domingo, 23 de agosto de 2020

memórias literárias - 914 - O QUE GERAMOS...

O QUE
GERAMOS...
914
 
As minhas lágrimas rolam quentes, e as da Elaine também. Mas não são de tristeza; são de gratidão e de deslumbramento.
 
O domingo foi longo, não pudemos realizar o culto doméstico. Enquanto Maria dormia no bercinho, Elaine escovava os dentes de Josué, eu e a Rutinha cantávamos na minha poltrona do quarto. Logo o Josué uniu-se a nós, bem como a mamãe. "Meu Bom Pastor é Cristo"; "Lá Está o Meu Tesouro"; "Reunimo-nos Aqui". Após isto eu pedi à mamãe que orasse pelos nossos filhinhos e que fôssemos deitar. Ela o fez. Então iríamos dar a bênção a cada um deles, mas Rute nos interrompeu. "Só a mamãe orou? Eu também quero!" Nós nos surpreendemos. Rute Cristina tem 5 aninhos de vida. Suas orações são acompanhadas por um de nós e, quando sozinha, é uma oração simples, com quatro ou cinco frases. Surpresos e gratos demos a ela a oportunidade. Quero escrever o que ela orou:
 
- "Papai do céu, muito obrigado pelo papai, pela mamãe, pelo Josuca, pela Maria, pela Tia Aú (minha irmã adotiva), pelos meus tios e família, pela babá e didi (vovô e vovó). Abençoa as criancinhas que passam fome. Ajuda os que sentem frio. Cura os doentes de coronavirus. Abençoa os nossos inimigos. Que todos queiram buscar ao Senhor também. Em nome de Jesus. Amém".
 
Elaine e eu, em lágrimas, abraçamos e beijamos a nossa filha do coração. Ela foi uma intercessora!
 
Eu disse: "Elaine, o que foi que geramos? Essa menina saiu de nós? Como é possível tornar-se essa pérola de tamanho valor, que intercede por conta própria, completamente independente das frases que colocamos em sua boca?"
 
Rute Cristina ama ao Senhor. Por várias vezes ela já nos disse: "Eu já entreguei a minha vida para Jesus e Ele é o meu Salvador". Ela afirma com tal convicção que não temos dúvidas quanto a isto. Eu já disse que aguardo o regresso ao ministério para batizá-la. E se o Senhor não me convocar ela o será na igreja onde congregarmos após a pandemia.
 
Elaine e eu concluimos algo muito precioso. Como é importante ter Cristo no dia a dia de um lar! E quanta diferença há nos lares que professam outra fé! Num lar de islâmicos radicais ensina-se a amar o Islã e odiar aos cristãos, aos judeus e aos americanos. Num lar de judeus ortodoxos ensina-se a amar a Israel e a desprezar todo judeu que crer em Jesus como o Messias e Salvador, bem como considerar todo não-judeu como um ser inferior e distante de um relacionamento próximo. Já em um lar genuinamente cristão ensina-se a AMAR AOS INIMIGOS. Perguntamos: em qual dessas confissões está Deus em Sua essência? Certamente num lar cristão! Nossos pequeninos não crescem odiando os povos de etnia diferente ou de confissão religiosa adversa. Pelo contrário, crescem considerando a todos como necessitados da graça de Jesus e alvos de sua súplica e amor.
 
Minha filha é uma intercessora. Ela o é por conta própria! E é assim porque o Espírito Santo forjou em seu coração essa vocação e graça! Aleluia! Bendito seja o Senhor! Que isto se preserve conforme ela crescer!
 
Jamais pensei em dormir tão feliz com uma oração noturna de um filho meu. E hoje o meu sono será sereno: eu sou grato pela filha intercessora que Deus nos deu.
 
Obrigado, Senhor!
 
Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; (1Tm 2:1)
 
Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, (1Ts 1:2)
 
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe, (Pv 1:8)
 
Que cada leitor tenha também o privilégio de ser uma autêntica família cristã, e que cada um seja igualmente um intercessor junto a Deus por todos os homens.
 
Amém.
 

Wagner Antonio de Araújo

sábado, 22 de agosto de 2020

memórias literárias - 913 - BENDITO HOJE!

BENDITO
HOJE!

913

Dispõe O Eterno Escriba e,havendo escrito, a folha vira.E não há ciência ou devoçãoQue apague uma linha.E não há pranto sofrido queRisque uma palavra.Ah, todo choro é vão!


(RUBAYAT)

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. (Ec 1:9)

Inúmeros filmes têm sido produzidos sobre viagens no tempo. Todos eles, contudo, esbarram numa grande verdade: se, por um lado, podemos alterar o futuro com atos realizados hoje (ou, na ficção científica, numa viagem no tempo), é plenamente impossível alterar o passado e ainda manter a sua própria história do jeito que é. Uma guerra evitada mudaria para sempre o futuro dos mortos no "front". Também alteraria o curso dos acontecimentos e o presente que conhecemos jamais teria existido. Numa ficção alguém diria: "Quem não garante que somos o fruto do conserto de alguma história interrompida?" Nada mais ilusório!

A frase do Rubayat, provavelmente do poeta Omar Kháyyám, diz algo muito real: depois que a página é escrita no tempo ela não pode ser mais alterada. Ela vira e segue em frente. Não se pode alterar o que foi escrito. Não por mero fatalismo ou determinismo (aqueles que dizem: "tinha que ser assim"), mas talvez pela pena com mão dupla (o homem e o soberano Criador). Da parte de Deus houve a permissão para que tudo acontecesse. Da parte do homem existiu uma atitude que provocou o fato. Nada poderia ocorrer sem a permissão de Deus; mas as nossas atitudes, com livre arbítrio limitado, foram próprias. Nossas ou daqueles que cuidaram de nós quando não éramos senhores do próprio nariz (pais, cuidadores, a vida).

Quando olho para a minha esposa penso: "E se eu não tivesse ido ao retiro de carnaval para ser o pregador, teria conhecido a minha amada?" Eu estava de luto; acabara de perder a minha mãe. Fui convidado para ser preletor no feriado de carnaval. Eu poderia ter dito "não" à igreja que me convidara. Mas eu disse "sim". E este sim fez-me encontrar Elaine e, com ela, o meu futuro como marido e pai de família. Eu costumo dizer que Deus trouxe-me a esposa certa. Eu olho para a minha filha Rute Cristina, flor da beleza e da candura, e penso: "Minha filha existe!" Olho para o meu Josué Elias, esse tourinho forte e alegre e penso: "Meu osso e minha carne!". Olho para a minha Maria Isabele, a raspinha do tacho, e digo: "Minha caçulinha sorridente!" Tudo fruto da permissão de Deus e de uma decisão tomada no passado ao dizer "sim" para um compromisso! Se eu tivesse dito "não" tudo hoje poderia ter sido completamente diferente!

Ao mesmo tempo penso nas pessoas que se foram e que não estão mais entre nós. Mamãe, por exemplo, levou um tombo no seu quarto e por causa disso definhou e veio a falecer. Eu penso: "Se eu tivesse acordado cinco minutos antes e ficado com ela, isso não teria acontecido!". Penso no meu pai, quanta saudade! Eu, com a experiência que tenho hoje, o teria compreendido muito mais e teria procurado quebrar a grande barreira que ele mantinha em torno de si, mostrando a ele o quanto era precioso ter a família junto de si. Mas ele se foi, a mamãe se foi e eu não posso mudar isso! A página que o escriba escreveu, seja a pessoa, seja Deus ou seja o tempo (ou a junção dos três) não tem retorno. Depois de acontecido, o Rio do Tempo seguiu. Eles saíram na margem e nós continuamos a navegar.

Se o passado pudesse ser desfeito o próprio Deus teria voltado no tempo e impedido a rebelião de Lúcifer, ou impedido que a serpente tentasse a Eva num momento de vulnerabilidade. Se fosse possível voltar no tempo o próprio Deus teria formatado o HD do universo e começado tudo de novo. E por que não o fez? Porque não pode? Jamais! Ele pode todas as coisas, é onipotente! Mas Ele que é o soberano e dono de tudo, estabeleceu regras para a Sua criação. E uma delas foi que o que tivesse acontecido não teria mais como ser alterado. Para trás não tem mudança. Só para frente.

Por isso leio nas páginas benditas da Bíblia Sagrada:

E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Ap 21:5)

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2Co 5:17)

E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. (Ap 21:1)

Se não posso apagar os fatos do meu passado, posso tornar-me nova criatura do presente para o meu futuro. Se não posso alterar coisas que se sucederam, que deixaram marcas na minha vida, na minha história, no meu corpo ou nas minhas emoções, posso deter as fatalidades futuras tornando-me senhor de minhas decisões e entregando-me Àquele que pode conduzir-me ao pleno êxito de minha existência. Em 1980 o Pr. Timofei Diacov, prestes a mudar-se para o interior de São Paulo, decidiu distribuir folhetos evangelísticos em minha rua. No meio do quarteirão ele pensou: "vou para frente ou entrego folhetos do outro lado da calçada?" Eu estava chegando do trabalho naquele instante. Ele decidiu entregar no lado da minha casa. Ali eu o encontrei, com ele conversei, por ele fui evangelizado e fui convertido a Cristo. Bendita decisão que alterou o curso de minha vida!

Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (Jo 15:16)

Nós temos a opção de viver o dia de hoje só a pensar no dia de amanhã, em como será bom fazer isto ou aquilo; a ter mais dinheiro, mais bens, mais liberdade e mais saúde; podemos sonhar com o dia seguinte à pandemia e pensar no quanto o futuro será um jardim regado. Mas estaremos destruindo esse próprio futuro se focarmos o coração apenas no amanhã, pois ele depende do dia de hoje, das escolhas que fazemos com as coisas que nos foram colocadas à mão. Se eu só pensar no quanto serei feliz com os meus filhos grandes, saudáveis, instruídos, bem empregados e consagrados ao serviço do Senhor, perderei a graça de tê-los nos meus braços como criancinhas e bebês; não festejarei o primeiro passinho da pequenina, as primeiras letras que o do meio escrever ou o dia em que a minha mais velha fizer a primeira comidinha de verdade. Foi-me concedida a dádiva de ter filhos tenros e pequeninos e eu devo viver esse tempo!

É preciso sonhar, é preciso ter esperança, é preciso planejar. Mas tudo isso só terá sentido se a vida de hoje for vivida como uma dádiva, uma bênção, um presente que o Criador nos concede. Quem só pensa no destino perde toda a beleza da viagem. Quem só pensa no futuro perderá a felicidade quando este chegar, pois nunca soube viver o dia de hoje. CARPE DIEM, viva o dia, viva o hoje! Olhe ao seu lado: está só? Há vizinhos e amigos que conhece, colegas de escola ou de trabalho. Há irmãos da igreja e parentes mais distantes. Celebre a graça de existir! Tem família? Uma esposa, um marido, filhos, netos, sobrinhos, irmãos? Valorize-os plenamente, dê afeto e atenção, diga que os ama e o quanto são importantes para você! Não deixe para dizer isso amanhã, quando a página do escriba tiver recebido a última letra e por suas mãos for virada para sempre. Tem pouco tempo de vida ou sente-se velho? Lembre-se de que muitos saudáveis e jovens já faleceram e que você ganhou um tempo mais longo! Faça valer a pena ser quem é e viver neste dia! Como cristão verdadeiro doe a Deus a sua devoção, o seu amor, a sua consagração, o seu louvor, a sua atenção! Ele merece mais de cada um de nós, pois é por causa dele que nos foi concedido O DIA DE HOJE!

Que o seu dia seja uma bênção!


Wagner Antonio de Araújo

memórias literárias - 912 - ME DÊ MOTIVO

ME DÊ
MOTIVO

 
912
 
A perseguição aos cristãos aumenta na proporção em que os acontecimentos apocalípticos se aproximam e a apostasia da igreja se espalha. Enquanto o planeta manifesta as suas grandes anomalias (campo magnético invertendo-se e desaparecendo em vastas regiões da América do Sul, tornados fora de época e fora de lugar, clima enlouquecido nas estações) os falsos cristãos dão motivo para que a perseguição chegue como uma enxurrada.
 
Basta vermos artigos que defendem o aborto, contrapondo-se aos padres ladrões que lesam os fiéis e compram fazendas, casas de luxo e empresas lucrativas para si próprios. Basta ver as brigas dos pastores da tv por horários, por fama, por milagres mais contundentes e por maior poder político junto aos governantes, além do enriquecimento ilícito.  Basta ver a troca de casais, os divórcios, as demandas judiciais que as igrejas mantém, favorecendo escândalos por toda parte. A moral está só na teoria; a prática é a promiscuidade.
 
Se o mundo precisa de motivos para perseguir os cristãos, estão encontrando, na prática antagônica à fé dos que se chamam cristãos. Como pode alguém que milita pelos necessitados tomar posse das doações para si próprio? Como podem padres forrarem a população de carnês que prometem milagres e estes, de fato, só acontecerem em seus patrimônios pessoais? Como podem pastores prometerem a prosperidade ao povo e eles mesmos viverem como pedintes em seus programas, dizendo que se não forem ajudados irão à falência, enquanto ganham concessões de canais, empresas lucrativas, condomínios luxuosos, aviões e helicópteros? Como foi que a fé cristã popular se corrompeu a tal ponto?
 
Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus. (Jo 16:2)
 
Ser cristão está se tornando sinônimo de mentiroso, de fator impeditivo do "progresso da humanidade". Entenda-se progresso como a libertinagem moral, a execução de abortos à vontade, a destruição da família e a proliferação do ateismo ou da fé em Satanás. Neste mundo tenebroso persegue-se o cristianismo e favorece-se a crença em zumbis, em demônios, em forças ocultas e em Satanás. Será que isto não está claro?
 
É mais do que hora dos verdadeiros cristãos unirem-se em Cristo para tomarem providências urgentes. Entre as medidas urgentes devem considerar:
 
1) Vida santa e correta: Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; (1Pe 1:15)
 
2) Fazer o bem e dar testemunho: Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom comportamento em Cristo. (1Pe 3:16)
 
3) Absoluta honestidade em tudo: Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Ef 6:14)
 
4) Apego à Bíblia como base, fundamento e orientação segura: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hb 4:12)
 
5) União da família no ensino da Palavra de Deus: E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. (Dt 6:7)
 
6) Estar unido aos irmãos em Cristo: Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; (1Pe 1:22)
 
7) Suportar as perseguições por amor a Cristo: Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; (1Pe 1:7)
 
Lembremo-nos: num futuro muito próximo seremos as únicas referências da fé autêntica no Senhor Jesus Cristo, pois os midiáticos desviaram-se do Senhor e apresentam um falso cristo às multidões. Que o mundo encontre em nós os sintomas da fé primitiva e autêntica, bíblica e celestial. Que Cristo apareça em nós!
 

Wagner Antonio de Araújo

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

memórias literárias - 911 - SERÁ O FIM DA FÉ?

SERÁ
O FIM
DA FÉ?
 
911
 
Pastor e estelionatário que finge ser judeu é denunciado por agredir colega seu na sinagoga que dirige, tendo sido exposto em seus múltiplos atos imorais e indecorosos ao longo dos vários estágios ministeriais. O denunciante é outro processado com grande ficha corrida. As imagens da briga onde ambos se agridem e se xingam tornou-se viral pelo país. Esse pastor, muito conhecido e muito popular, circuncidou-se, transicionou a sua igreja para o judaísmo e ainda prega a não-divindade de Cristo. E agora?
 
Padre que simula grande compenetração em seus programas e que dirige rede nacional de tv e uma basílica no país é denunciado pelo ministério público. Foi apresentada denúncia de grandes crimes monetários, desvios milionários das ofertas e contribuições de seus fiéis, que pagam os carnês da igreja. Entre os bens adquiridos estão fazendas, rádios, casas, apartamentos e outras coisas. Ele aparecia na principal rede católica, mas nos últimos meses acabou criando uma emissora mais potente e mais moderna que a anterior. E agora?
 
Nas capitais brasileiras igrejas estão alterando a celebração da Ceia do Senhor. Algumas mandam retirar os elementos no estacionamento em marmitinhas e servirem em casa para todo mundo. Outras consagram as coisas através do celular, em vídeos que podem orientar sobre como fazer. Os cultos deixaram de ser um todo e tornaram-se uma colcha de retalhos: o editor de vídeos recorta alguns louvores filmados, algumas orações de outras atividades, uma pregação e uma bênção, e está feito o culto de hoje. E agora?
 
Supostos missionários revelam a vida das pessoas através de lives promovidas às sextas-feiras. Ali, através de doações feitas na hora as pessoas recebem palavras proféticas e revelações sobre o que acontece em seus relacionamentos, descobrem as causas das doenças e os números da sorte para investimentos e jogos. Esses obreiros são tão desonestos que usam informações que encontram nas redes sociais, nos sites de relacionamento e a pura adivinhação, induzindo os incautos a gastarem o seu dinheiro nas mentiras, e em nome de Deus! E agora?
 
Em Brasília os padres e pastores poderosos nas comunicações continuam a receber dinheiro, cargos políticos, poder de barganha e concessões de canais. Considerou-se normal esse tipo de influência. Assim, um é dono de um partido; o outro tem ministros e filhos no congresso; o outro mantém o curral eleitoral; o outro tem encontros constantes e orienta gente do poder. Ainda outro faz o presidente se ajoelhar aos seus pés. E assim os "teólogos da corte" repetem os estragos da história cristã, a prostituição das igrejas com o poder político. E agora?
 
A fé está se extinguindo em quase toda parte. A fé original, aquela que Jesus Cristo disse que salvava. A fé e não a crendice. A fé e não a idiotice. As igrejas evangélicas associam-se mutuamente numa religião sem cor, sem poder, sem vida e sem bíblia, apenas mantendo uma estrutura supostamente aceitável em toda parte. Aos poucos todos os conceitos de pecado e de abstinência vão caindo, sendo reinterpretados pelos novos doutores da lei e da crendice. Ministros abandonaram as vestes clericais e sociais e agora buscam uma aparência cada vez mais mundana, mais aceitável, mais palatável.  Se fizerem tatuagens, se criarem "confraria dos machos" e "grupos das mulheres", melhor ainda, e com cara de reformados! A linguagem chula tornou-se comum e ninguém repara mais. Não há mais escândalo. O que vale é lives com milhares de pessoas e doações em alta. Nem é preciso pregar nada. Basta manter no ar um monte de gente feliz dizendo: "Aleluia, Deus é amor!" Tempos difíceis.
 
Quando a pandemia terminar teremos metade da membresia dispersa. Acostumaram-se sem igreja. A outra metade procurará as igrejas cujas lives melhor se encaixam aos seus padrões de vida (cada um fará a religião ao seu próprio gosto). Igrejas locais serão vendidas, porque não terão como se manter. As mais ricas continuarão mais ricas e as mais pobres desaparecerão. Poucas serão as igrejas de bairro. E muitos pastores bíblicos não terão mais rebanhos para pastorear.
 
Os redutos de fé cristã autêntica diminuirão e só não acabarão porque Deus sempre mantém sete  mil joelhos, isto é, um remanescente fiel. Mas há cidades que nem isso terão. Editoras fecharão as portas, se não quiserem aderir ao modernismo. Pastores não terão renovação de suas credenciais denominacionais, se não aceitarem o "juntos somos mais". E, em sendo pastores independentes, dificilmente formarão rebanhos que possam pastorear, uma vez que todos os dízimos estão desviados para os programas midiáticos.
 
Igrejas do jeito que conhecemos, isto é, com cultos cristocêntricos, com hinos sacros, com ordem e decência, plataformas que não são palcos, servos e não animadores, isto estará muito raro. Seguir a Cristo à moda antiga se tornará algo bizarro. São chegados os dias da apostasia tão anunciada nas cartas do Novo Testamento. Gente em adoração reverente, sentadas, ouvindo, orando, cantando, isso será coisa do passado. Igrejas com sinos, com vestíbulos, com salas de escola dominical, darão lugar a estúdios pretos, escuros, adaptados para a mídia, para a escravidão eletrônica dos zumbis religiosos.
 
A verdadeira igreja de Cristo será arrebatada. Ela não encontrará mais lugar aqui neste mundo. Jesus virá buscá-la. Em seu lugar ficará a igreja da estrada larga e da porta gigantesca. Será um tempo breve, pois logo descerá com Cristo e reinará com Ele por mil anos. A igreja apóstata não precisa de fé. A igreja apóstata precisa de crendice.
 
A fé verdadeira diminui como as abelhas pelas colméias do mundo.
 
Se o leitor é membro de uma igreja bíblica, participe com fervor e mantenha acesa a chama de fidelidade. Se não é, procure uma; bem pode ser que encontre. Se não encontrar preserve a fé em seu coração e, se tiver família, sirva a Deus ao lado dela. Haverá tempo em que para preservar a verdadeira fé será preciso evitar certas igrejas. Se houverem outros cristãos bíblicos próximos de você, congreguem juntos, fortalecendo a fé que uma vez por todas foi dada aos santos. Se não tiver, não esmoreça.
 
A verdadeira fé não vai acabar enquanto Jesus for o Senhor de nossas vidas. Quando não houverem mais corações "convertíveis" Ele regressará. Estejamos preparados.
 

Wagner Antonio de Araújo

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

falando francamente - 910 - OFERTA DE SANGUE

OFERTA
DE
SANGUE


910
"MENINA DE DEZ ANOS, ESTUPRADA PELO TIO, TEVE A GRAVIDEZ DO BEBÊ DE MAIS DE 6 MESES INTERROMPIDA".

Foi apenas um caso. Há milhares que acontecem nas penumbras. E este teve o aval da justiça brasileira. A desgraça sofrida por uma menina estava, segundo a justiça, acima dos interesses do fruto do estupro, a criança com mais de 22 semanas de gestação. Esta não teve nenhum direito à vida. Surgiu sem pedir, foi assassinada sem merecer. Quem chorará por ela? CRIANÇA DESESPERANÇA...

Quando um país estabelece quem vive e quem morre, não no sentido de punir o crime (o que é justo), mas de decretar que uns têm mais direito do que outros, ele faz uma oferta de sangue. Esta oferta é para Satanás, o inimigo de Deus e dos homens. Matar é a sua lei. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (Jo 8:44)

Está nos DEZ MANDAMENTOS: "NÃO MATARÁS" (Êx 20.13).

Quando um país autoriza a morte de um inocente ele oferta o sangue desta vítima a Satanás. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (Jo 10:10). Satanás deu legalidade aos poderosos, para que EM NOME DO BEM ESTAR DE UMA CRIANÇA assassinassem a outra, que não pediu para nascer. Não era anencéfala, poderia ser retirada e terminar a sua gestação na incubadora e doada para uma família que a tratasse com amor; enfim, inúmeras outras alternativas havia para dar ao pequenino a chance de não ser a vítima fatal. Mas em nome de uma falácia destroçaram o bebê. Terá sido pelo método de sucção, onde um aspirador interno arranca os bracinhos, as perninhas, os pezinhos, enquanto o feto se mexe e se contorce de dor? Terá sido através de uma injeção letal? Ou de um forceps que arranca o bebê como se fosse um parasita?

Sou pai de  três crianças, uma delas é um bebê. Conheço cada traço, cada expressão facial, cada lágrima, cada desenvolvimento. Quando do parto de cada uma delas filmei o evento e tenho as cenas como tesouros de família. Escutei os seus corações ainda no ventre de sua mãe. Não posso pensar na hipótese de vê-los sofrer, de vê-los amargarem um acidente, uma doença letal, uma dor. Eu sou pai! E, se sou assim para com os meus filhos, o sou também para cada criança que vejo, para cada bebê que contemplo, para cada vida humana que tem o futuro pela frente. Não preciso ser pai delas para solidarizar-me com suas necessidades.

Há tragédias gestacionais que podem ceifar a vida da mãe e do bebê, casos irreparáveis e muito bem definidos em todos os sentidos. Mesmo assim eu tenho certeza: seus pais, que se viram obrigados à interrupção da gravidez, sofrerão pelo resto da vida. E esta criança, vítima de estupro, cujo juízo de valores ainda não está amadurecido, que foi conduzida a matar o seu bebê, como reagirá pelo resto da vida? O arrependimento futuro poderá matá-la dia após dia e aos poucos. Ela não pediu para ser mãe, mas uma vida surgiu em seu ventre. Ela agora foi convencida a dar o aval ao assassinato.

E ainda que não sofra por ser convencida de que não fez nada de errado (o que é uma mentira), há uma vítima que não foi ouvida e nem foi respeitada: O BEBÊ! Ele não teve a opção de gritar e de dizer: "POR MISERICÓRDIA, NÃO ME MATE, MAMÃE! EU DOU A MINHA PALAVRA QUE DE SAIREI DE SUA VIDA ASSIM QUE NASCER, MAS NÃO ME INTERROMPA A VIDA, POR FAVOR!" Seus gritos do silêncio foram abafados pelo martelo do juiz e pelo apoio de parte da mídia satânica que é administrada pelos tentáculos do Diabo. 

Mas há um Deus nos céus. Há um juiz de toda a Terra, que fará justiça algum dia, mesmo que seja depois da morte. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também Tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. (Ap 16:6). Os que derramam o sangue dos inocentes sofrerão as penalidades do Senhor. Deus julgará este mundo e derramará sobre ele o cálice de Sua ira. Ele o fará quando "a medida dos amorreus" estiver completa, ou, trocando em miúdos, "quando for a gota d'água".

Mas há juízos temporais também, que, de quando em quando Deus opera, em sinal de absoluta contrariedade com a raça humana. Por isso, ainda que sofrendo junto, pois estou incluído na mesma sociedade, não me espanto com um virus que ceifa 108 mil pessoas em poucos meses em meu país. Também não me surpreendo com os tornados, que não existiam por aqui há 30 anos atrás e que agora tornaram-se comuns em várias partes do Brasil; nem com as enchentes monstruosas na época do verão ou com os rios destruídos pelas mãos dos vazamentos das mineradoras. Não me surpreendo com os políticos que fingem ser ou de direita ou de esquerda para ganharem o pleito, e que, depois, arrancam o disfarce e dividem o despojo do poder com os ladrões de ambos os lados. O nosso país merece o juízo divino, seja no futuro, seja agora. Aliás, o sangue deste bebê foi adiconado ao copo da ira de Deus, do qual Ele dará para que a nação o beba. "DEUS, TENHA PIEDADE DO PAÍS". A consciência nos dirá: "PIEDADE QUE NÃO TIVEMOS COM UM BEBÊ INOCENTE". As lágrimas não afastarão o juízo.

Tenha misericórdia de nós, Senhor.

Wagner Antonio de Araújo.

sábado, 15 de agosto de 2020

memórias literárias - 909 - VOCÊ ME PERDOA?

VOCÊ
ME
PERDOA?

 
909
 
Era uma investigação criminal. O detetive trabalhava com a hipótese do dono do supermercado ter assassinado um adolescente que há anos o assaltara. Durante a investigação fê-lo sentir-se ameaçado, pois queria extrair dele a verdade. Ao final descobriu-se que o verdadeiro assassino era o comparsa do menino. Quando conseguiram prendê-lo o detetive foi até o empresário e, com a cabeça baixa, disse: "Eu vim aqui para lhe pedir perdão. O senhor me perdoa?"
 
Como a vida seria diferente se nós seguíssemos o exemplo de Jesus Cristo! "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!" (conforme Lucas 23.24). A expectativa do Senhor para com Seus discípulos era de que fossem tão perdoadores quanto Ele: Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas (Mt 18:35). E alguém pergunta: "E o julgamento? E a justiça? E a retribuição?" E a Bíblia responde: Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. (Hb 10:30). O nosso papel não é o de juízes, mas o de perdoadores.
 
Um marido que reconhece os seus erros, as suas infidelidades, a sua desonestidade, a sua falta de cuidados, e sinceramente procura o arrependimento e a reconciliação com a esposa seria muito nobre! O mesmo para com a mulher infiel, que desonrou os seus votos conjugais e não disse toda a verdade. "Você me perdoa?"
 
Um pai que agrediu os seus filhos ao longo da vida, com violência doméstica, com palavras ameaçadoras, a criar traumas irreparáveis para aquelas vidas, teria grande dignidade se, reconhecendo os seus erros procurasse a sua prole e dissesse: "Eu me arrependo e peço perdão!".
 
Um funcionário que traiu a confiança do seu patrão, do seu encarregado, do seu chefe, um soldado que não disse a verdade ao seu superior, ao reconhecer o erro, se buscasse o reparo, a confissão, a responsabilidade e dissesse: "Eu fiz o que não deveria ter feito e estou arrependido. Eu peço perdão!"
 
Um presidente, um governador ou político, que ganhou as eleições num estelionato eleitoral, mentindo aos que o apoiaram, prometendo um caminho político e seguindo por outro, fingindo ser inimigo de corruptos e abraçando-os no decorrer do mandato; que prometeu a verdade e seguiu pela mentira; que não sentiu compaixão e que zombou da lágrima cidadã; seria muito digno e nobre dizer ao povo que governa: "Eu errei; me perdoem!"
 
Uma igreja que destruiu o ministério de um pastor, transformando a sua vida num sofrimento, amordaçando a boca do boi quando debulhava (reduzindo o seu salário ou não pagando com justiça e com generosidade); que não o reconheceu nas horas certas e o desprezou nas celebrações da comunidade; bem faria se o procurasse em caráter institucional e dissesse: "Pelas lágrimas que provocamos no senhor e em sua família nós lhe pedimos perdão!"
 
O mesmo se dá a pastores que levaram uma igreja à desgraça, ao conflito, ao trauma, à briga entre irmãos, ao pecado, ao abandono da fé; que pecaram violentamente e fizeram toda uma geração de jovens cristãos abandonarem a moralidade e a dignidade, pois viram em seu líder um adúltero, um pedófilo, um ladrão, um estelionatário, um infiel, um ser violento e sem pudor. Que bênção poderia ser se esse obreiro procurasse a igreja e dissesse: "Não há palavras que expressem o quanto eu lamento por ter feito o que eu fiz. Mas vim pedir perdão!"
 
Se um dia judeus e palestinos baixassem as armas e as reinvindicações, as agressões e os ataques e se reconhecessem irmãos étnicos por parte de Abraão; se brancos e pretos, coreanos e americanos, argentinos e brasileiros, indígenas e invasores latinos reconhecessem seus erros e dissessem: "Nós erramos e queremos pedir perdão!", as coisas seriam tão diferentes!
 
Mas isso começa em nosso coração, não no coração do próximo. Começa na esposa que está em casa ou na que foi abandonada. Começa com o  filho com quem não tivemos demonstração de afeto, nos pais que abandonamos à solidão ou no asilo; nos avós que nunca viram os netos. Começa na igreja que magoamos, no pastor que maltratamos, no vizinho com quem não nos damos. Começa comigo, com você, conosco, um a um, pessoa a pessoa.
 
O meu perdão não depende da atitude de quem magoei. O meu perdão é gerado no coração de quem sabe que também é pecador e foi perdoado por Deus.
 
Nós perdoamos porque também fomos perdoados. Se não perdoarmos, não teremos experimentado a força e o poder do perdão.
 
PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES. (Mateus 6.12).
 
Você me perdoa?
 
Wagner Antonio de Araújo

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

memórias literárias - 908 - CRISTO PASSA POR LIMPEZA

CRISTO
PASSA
POR LIMPEZA
 
 
908
 
Esta foi a manchete que li na reportagem, dizendo que O CRISTO REDENTOR no Rio de Janeiro, Brasil, a estátua do que consideram ser a semelhança de Cristo, seria higienizada antes de voltar a receber turistas.
 
Esse cristo falso (não havia retratos de Cristo na época em que viveu, e a construção de estátuas da divindade é condenada por Deus, conforme Êx 20) precisa, de fato, de limpezas periódicas, pois se suja e se macula com os dejetos da humanidade onde se insere. O cristo de muitos atuais cristãos modernos têm sido assim.
 
O verdadeiro Cristo está revelado nas páginas das Escrituras Sagradas, no Novo Testamento. Mas o cristo dos cristãos modernistas precisa ser adaptado ao gosto de seus fregueses. Os novos testamentos precisam ser refeitos, reescritos, adaptados à cultura moderna. Os seus cabelos precisam ser adaptados ao corte do século XXI. A sua linguagem precisa ser politicamente correta. As suas frases precisam conter a defesa das minorias, das raças, dos comportamentos sexuais alternativos. Esse é um cristo em constante manutenção.
 
Não me espanta que ele não salve a ninguém. Pelo contrário, é um cristo que vai para a avenida sambar no carnaval e ser ridicularizado pelos fantasiados de polícia. Ele está mais para assaltante e marginalizado que para religioso e homem de princípios. Filmes e séries são feitas para mostrar a sua sexualidade mal resolvida e a sua falta de confiança na missão que tinha e no ser que era. Ele é um cristo frouxo, psicologicamente doente, buscando alguma porta de acolhimento em algum coração que tenha ao menos uma estrebaria vaga. Esse cristo é um problemático.
 
Já os espertalhões neopentecostais o transformam num super-homem, num grande ganhador de videogames. O cristo dos missionários, bispos e afins da TV é um grande negociante. Quem pagar bem levará a fortuna, a cura das doenças, a vitória nas próximas eleições e a dispensa da observância da Lei. O cristo dessa gente não se incomoda com o divórcio, nem com o aborto, nem com o adultério, nem com os palavrões, nem com as propinas. Ele fica bravo é com a falta de dízimos, com a falta de ofertas e com a falta de doações para o seu empresário da fé. Esse cristo é companheiro dos criminosos de terno e gravata, que aparecem nas campanhas eleitorais e que levam a vitória em nome de uma fé negada na prática.
 
Esses falsos cristos precisam mesmo de manutenção constante. Eles apodrecem.
 
Graças a Deus eu não creio nele. Eu creio no Cristo verdadeiro, o Verbo Vivo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Filho de Davi, a raiz de Jessé, o Leão de Judá. Um Cristo único que não precisa de imagens para representá-Lo e nem de empresários para turbinarem os seus interesses. Ele está acima desta mediocridade e exige de Seus súditos uma conversão genuína, uma conversão total, um comprometimento moral e espiritual com Deus. O Cristo da Bíblia transforma o pecador num santo, num salvo do poder do pecado e num praticante da Palavra de Deus. O Cristo da Bíblia é claro como o sol, limpo como um cristal e eternamente santo. O Cristo verdadeiro muda a mente e o coração de quem a Ele se submete e é REAL, não imaginário. Ele é o Bom Pastor, a Água da Vida, a Porta da salvação, a LUZ PARA OS GENTIOS.
 
Mas o outro... Bem, é melhor nem dizer nada. O outro NÃO EXISTE!
 
Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. (Mc 13:22);
 
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. (Jo 20:29)
 
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Ex 20:4)
 
Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis. (Ap 17:14)
 

Wagner Antonio de Araújo

terça-feira, 11 de agosto de 2020

memórias literárias - 907 - TRADUÇÃO OU PARÁFRASE?

TRADUÇÃO
OU
PARÁFRASE?
 
907
 
Eu estava a ouvir uma mensagem. De repente o texto bíblico lido, no Sermão do Monte, não estava apenas traduzido em palavras fáceis para esta geração; ele estava INTERPRETADO, modificado, direcionado, reescrito. Eu pensei: que tradução é essa? Então fui em busca das versões que tenho, buscando a origem daquela versão. Encontrei-a. Tratava-se de uma PARÁFRASE de um reconhecido pastor cristão. Ocorre que o seu livro NÃO É UMA TRADUÇÃO DA BÍBLIA, mas um DEVOCIONAL SOBRE CADA TEXTO DELA. A editora, debaixo da atual confusão de propósitos (para não dizer do objetivo de ludibriar os crentes desconhecedores disto) vende o livro como BÍBLIA.
 
Isto não é novidade. Isto aconteceu há decadas atrás com um Novo Testamento sobejamente distribuido como TRADUÇÃO, quando não passava de uma PARÁFRASE. O objetivo era evangelístico, mas nós o distribuíamos como bíblias, quando na verdade não eram. Eu não conhecia a diferença, mas achava estranho o texto estar tão diferente, tão distinto de qualquer outra tradução que tinha. Hoje eu sei: não era uma TRADUÇÃO, mas uma PARÁFRASE.
 
Qual a diferença entre TRADUÇÃO e PARÁFRASE?
 
TRADUÇÃO ou VERSÃO é tomar o texto de outra língua e vertê-lo para o nosso idioma. Pode ser uma tradução LITERAL ou uma VERSÃO ADAPTADA, buscando alguma relação do desconhecido de lá com o conhecido de cá. Isto é tradução. João Ferreira de Almeida TRADUZIU a Bíblia para o português. Outros assim também o fizeram. Posteriormente foram feitas ATUALIZAÇÕES, sejam em caráter ortográfico, seja por caráter gramatical. Mas trata-se de uma TRADUÇÃO. Existem as TRADUÇÕES LITERAIS, palavra por palavra, e as do tipo EQUIVALÊNCIA DINÂMICA, que buscam uma íntima relação com o sentido da palavra com algo similar (o que tem que ser encarado com muitas ressalvas, em minha opinião).
 
PARÁFRASE não. PARÁFRASE ou METÁFRASE é tomar o texto e RECONTÁ-LO, CONTAR O QUE ENTENDEU DAQUILO QUE LEU. Nos Estados Unidos a BÍBLIA VIVA foi escrita para tornar a versão KING JAMES compreensível aos pequeninos. Foi uma RELEITURA da Bíblia para que as crianças compreendessem. Billy Graham resolveu divulgá-la e tornou-se muito comum ter uma cópia delas como TRADUÇÃO, quando na verdade é uma PARÁFRASE, uma RECONTAGEM.
 
Enquanto MATERIAL CONSULTIVO, material devocional, material inspirativo, são válidas. Quando passam a ocupar o lugar de uma tradução autêntica da Bíblia, quando substituem o texto sagrado, impondo a sua interpretação do texto como a verdade única sobre aquele texto, então se torna um grande problema. Os textos ali presentes não representam O QUE FOI ORIGINALMENTE ESCRITO, mas o que O RE-ESCRITOR ENTENDEU QUE DEVERIA SIGNIFICAR. E isto não é TRADUÇÃO.
 
Eu tenho ouvido inúmeros pastores pregando PARÁFRASES, quando na verdade eles foram chamados para pregar A BÍBLIA, o texto bíblico vertido para o português. Ninguém tem o direito de reduzir uma tradução a uma recontagem minimizada daquilo que o re-escritor quis dizer. Isso para não citar os erros, os absurdos e as inverdades que aqui e ali são encontradas nessas edições. Há paráfrases heréticas, usadas em púlpitos famosos!
 
Portanto, CUIDADO, cristão, com a bíblia que tem usado para a sua devoção ou para a sua edificação. Pode ser que esteja a comer pão de joio pensando ser pão de trigo. Verifique com atenção: se for TRADUÇÃO AUTÊNTICA, use como BÍBLIA. Se for PARÁFRASE, leia-a como TEXTO DEVOCIONAL e jamais substitutivo da verdadeira bíblia. E com muita parcimônia, pois pode ser prejudicial à fé.
 
Consulte o seu pastor ou professor da escola bíblica dominical.
 
Que Deus nos abençoe. Amém.
 

Wagner Antonio de Araújo

sábado, 8 de agosto de 2020

memórias literárias - 906 - SAUDADES DE MEU PAI ...

SAUDADES DE
MEU PAI...
 
na foto:
Wagner (7anos),
 Antonio, o pai (41 anos),
Daniel ao colo, 2 anos
906
 
Eu queria sentar-me ao lado de papai e conversar longamente com ele, admirando o pôr do sol. Ele teria 88 anos, enquanto eu estou prestes a fazer 55. Eu o ouviria falar sobre a roça, sobre sua mãe, sobre o cavalo com o qual cavalgava, sobre o fardo de lenha que trazia toda tarde para o fogâo da sua mãe. O ouviria falar de sua fuga para São Paulo a pé, rota que a maioria dos irmãos também fizeram, vindos de Cambuí, Minas Gerais. Ele me falaria da rede de esgotos que ajudou a fazer na Vila Brasilândia e do prédio onde se empregou nos serviços gerais. Falaria do professor que lhe pagou escola e da indicação que fez para que trabalhasse de contínuo no Banco do Brasil. Ele me contaria que iniciou a faculdade de engenharia, tolhido, infelizmente por uma enfermidade impeditiva. Me contaria sobre o terreno que comprou ao lado da propriedade de seu pai na Rua Bica de Pedra, em Vila Anglo Brasileira, onde morou com sua irmã iria. Falaria da moça bonita, irmã da noiva de seu irmão Roque, que pedira em casamento. Falaria do casório em 1960 e do meu nascimento em 1965. Ele me falaria das latas de concreto que ele e mamãe carregavam no barranco e que, aos poucos, transformou-se numa casa de 4 andares, num escadão bem grande. Foi onde nasci. E da grande realização de ter sido pai de dois rapazes, eu, em 1965, e Daniel, em 1971.
 
Ele tomaria um copo de café com leite e comeria um bauru. E me falaria da longa enfermidade que sofrera, diabetes da mais severa e gangrena no dedo do pé. Falaria sobre as aplicações de laser nos olhos e da triste cegueira que o afetou. Ele também me contaria o quanto Jesus mudou a sua vida desde que o aceitara como Salvador. Falaria com prazer da Igreja Batista em Sumarezinho, onde ia toda terça-feira ajudar a evangelizar com a equipe de voluntários. Depois da ajuda que dera à Igreja Batista de Vila Mirante, adquirindo a velha bancada da igreja da Vila Pompéia e doando-a para a sua congregação. E me falaria da felicidade de ter comprado a nossa casa atual em Vila Pompéia, onde moramos desde 1972.
 
Ele então me pediria para ler um pouco a bíblia, principalmente naqueles textos apocalípticos dos quais tanto gostava. E depois iria deitar-se para descansar.
 
Ah, meu velho pai! Quantas saudades, Antonio Paulino de Araújo!
 
Eu percebo uma coisa. Há tanta gente que tem fotografias com o mundo todo, que detém vídeos de toda espécie com toda sorte de gente, mas dificilmente se vê fotografado com o próprio pai ou a conversar com ele. Gente que entrevista todo mundo, que está com todo mundo, mas que não tem interesse algum em ser registrado ao lado daquele que lhe propiciou a existência. Alguns têm motivos: pais ausentes, pais perigosos, pais que nunca mostraram interesse. Outros, contudo, o fazem porque é moda dar valor às pessoas de fora e ignorar os pais que possuem. Todo mundo é inteligente, todo mundo é importante, todo mundo é interessante, mas os pais não entram nesta lista. Então vem a morte, ceifa os pais e estes jovens crescem. Eles se tornam pais e, em determinado momento descobrem a bogagem gigantesca que fizeram. Eles dariam tudo para ter o pai de volta, para agirem diferente em determinadas situações críticas; fariam as coisas com maior paciência e com mais tolerância. Mas o tempo é um rio cujas águas não param e os seus pais já saltaram na margem anos atrás. Hoje é muito tarde. E a fatura, os seus próprios filhos, chega, com posições invertidas: agora são eles que são desprezados pelos seus...
 
Eu sinto falta de meu pai. Sinto tanto por não ter câmeras à época onde pudesse registrar estes momentos com ele! Mas as poucas fotos que colecionei, aliás as únicas que tínhamos, guardam para mim um significado profundo. Eu tenho saudades! Eu hoje o compreenderia tão bem!
 
Filhos que me lêem, que têm os pais vivos: os seus pais não são menos importantes do que aqueles para quem vocês dão toda a atenção. Eles não merecem menos de vocês. Fotografem-se com eles; filmem-se com eles; guardem as suas vozes, celebrem os momentos preciosos, mesmo que eles sejam ranzinzas ou encrenqueiros. Amanhã sentirão falta até das brigas bobas que tinham! Se eles são idosos não os deixem morrer no asilo! Quantos filhos que perderam pais pelo COVID 19 e não puderam estar ao lado deles, sofrem horrores por não terem se despedido! Amem os seus pais! Amem-nos apesar de tudo o que justifique a distância!
 
Escrevo estas linhas com o rosto banhado por lágrimas. Escrevo-as com imensa saudade. Papai se foi em 1991, quando eu tinha 26 anos de idade. Daqui a 4 anos eu terei a idade que papai tinha ao morrer. Será que chegarei lá? Eu não sei. Só sei de duas coisas.
 
A primeira: um dia eu o reencontrarei no céu. Sei que ele estará diferente, pois estará não será nem doente, nem velho e nem terá o corpo marcado pelas tempestades da vida.  Ele terá um corpo glorificado. Ele não merece isso, como eu também não mereço. Mas ambos entregamos o nosso coração para Jesus Cristo e por causa disso nós estaremos lá.
 
A segunda: hoje eu também sou pai. Eu quero que os meus filhos tenham boas memórias sobre mim. Por isso eu me filmo com eles, fotografo-me ao lado deles e tento com todas as forças ser o melhor pai que posso. Eu os amo mais do que tudo, exceto Jesus Cristo. Eu os amo como amo a minha esposa. E por causa disso os ensino a amar a Jesus. E poderei dizer com convicção: "EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE'. Eles também o dirão. E espero que eles lembrem-se do grande amor que o seu pai teve por eles.
 
Feliz Dia dos Pais 2020!
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo,
filho de

ANTONIO PAULINO DE ARAÚJO

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...