LUZES DE NATAL
Que época
linda a que estamos vivendo: os dias de Natal! Há luzes coloridas por toda
parte! Nas avenidas há séries de pisca-piscas, pendurados nas árvores e nas
placas centrais, com lâmpadas multicores, em seqüências de pulsos que nos
lembram estrelas piscantes. Nas fachadas das casas e das lojas inúmeras
cascatas iluminadas, com cores tão vivas, trazendo um colorido todo especial.
Nas torres das transmissoras de TV ou de telefonia há verdadeiras obras de
arte, com painéis gigantescos de rara beleza e que evocam as alegrias do Natal.
E é isto mesmo: o Natal é um tempo alegre!
A minha
filhinha Rute, há dois anos, ainda não pronunciava direito as palavras. Eu a
fazia dormir na varanda superior de meu quarto. Dali contemplávamos as janelas
dos arranha-céus ao redor, muitas delas enfeitadas com pisca-piscas. E ela,
extasiada, apontava para eles e dizia: “papai, pica-pica!” Ah, leitores, não
havia som mais mavioso do que o da voz de minha filhinha a sorrir, contemplando
as luzes de Natal! Sua alegria remeteu-me aos anos noventa, quando, na cidade
de Osasco, onde fui pastor, havia uma rua toda enfeitada de luzes. Era um
quarteirão inteiro. A rua tornou-se famosa nacionalmente. Eles não apenas
colocavam luzes por toda a extensão das casas, como faziam obras de arte com
temas natalinos: presépios de luzes, renas, papai Noel, anjinhos, era a coisa
mais linda de se olhar! Infelizmente algumas tragédias tiraram dos moradores o
interesse de continuar essa decoração. Mas a lembrança ficou e minha filha
tinha o mesmo brilho no olhar que nós tínhamos ao contemplar aquelas luzes.
O Natal
também evoca a luz, a claridade, a luminosidade. Conquanto o mundo hoje tente
desfrutar de um Natal sem o seu autêntico significado, o verdadeiro natal
trazia em seu foco uma luz, a maior das luzes, a luz verdadeira! Ouçamos o
profeta Isaías a falar disto: O povo que andava
em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da
morte resplandeceu a luz. (Is 9:2). Isaías diz que o povo vira
uma grande luz. E que luz seria essa? Era o Filho de Deus, Jesus Cristo, que
encarnar-se-ia numa pequenina criança, na Vila de Belém, setecentos anos depois
desta profecia. Na época do cumprimento do texto lemos, no evangelho de Mateus:
Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque
vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. (Mt 2:2).
Estudiosos do Oriente, que criam nas profecias messiânicas, viram no Céu uma
grande luz, uma estrela de porte incomparável, um sinal divino. E concluíram
que era nascido o Rei dos reis e o Senhor dos senhores! A luz lhes mostrou
isso! Outra vez vemos a presença da luz nesta passagem: E
eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de
resplendor, e tiveram grande temor. (Lc 2:9). Neste texto
pastores que cuidavam de seus rebanhos, no campo, foram visitados por um
gigantesco coral angelical; a luz que brilhava sobre eles era de tal forma
grandiosa e encantadora, que encheu-lhes de temor. Os anjos cantaram, ah, como
cantaram! Diziam: Glória a Deus nas alturas, (Lc
2:14). Eram as luzes do natal de Jesus!
Sim,
Natal de Jesus. A palavra Natal significa nascimento. O Natal é a comemoração
de um nascimento, um aniversário. Em nosso calendário temos o dia 25 de
dezembro como o dia natalício de Jesus Cristo, o Filho de Deus. A data não é
precisa; não foi exatamente neste dia que Jesus nasceu. Esse dia foi adotado
para que os povos antigos deixassem de comemorar festividades pagãs, como o Dia
do Sol Invictus, uma adoração insana do Sol. Contudo, com o passar do tempo, o
Natal foi adotando comemorações pagãs perdidas no tempo, e tornou-se uma festa
híbrida, tão diferente do propósito inicial!
Nós,
cristãos, iluminamos o nosso Natal com a lembrança de Jesus Cristo, o Filho de
Deus, que é vindo e é o nosso Salvador. Assim diz a Bíblia: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o
principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is 9:6).
Jesus é tudo isso: Ele é o Príncipe da Paz. E as luzes que acendemos, as luzes
que ligamos, nos lembram a luminosidade de Sua presença, que transforma os
nossos caminhos e ilumina a nossa estrada.
Prezado leitor,
deixe Deus pavimentar a sua estrada com a luz do Natal. Alegre-se como os
pastores de Belém alegraram-se, ao verem os anjos cantando sobre o menino que
nasceu rei. Deixe a luz do Céu brilhar em sua vida, como brilhou sobre aquele
povo que andava em trevas. Natal é luz! Jesus afirmou categoricamente: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas,
mas terá a luz da vida. (Jo 8:12). A sua luz brilha, não apenas
em nossos fios de luzes de Natal, mas no coração e na alma alcançadas pelo
perdão e pelo amor de Deus!
Que este
seja um Natal de luz para todos os nossos ouvintes, e que a luz a brilhar em
suas vidas seja a luz de Cristo: Jesus é a
luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. (Jo 1:9). Feliz
Natal!
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