terça-feira, 30 de outubro de 2018

memórias literárias - 737 - DIA DOS MORTOS


DIA DOS
MORTOS
 
737
 
A cultura do Dia de Finados surgiu no século XI, incentivados pelo Papa para que se rezasse pelos defuntos fiéis que haviam falecido. No curso da história inúmeras tradições foram adicionadas. No cômputo geral tornou-se o dia de ir ao cemitério para passar tinta nos túmulos, lavar vasos, acender velas e lembrar dos que se foram. Cuidar das sepulturas é um ato válido e lembrar-se dos que se foram também.
 
Porém, tenho alguns pontos de vista peculiares quanto ao assunto. 
 
Sou daqueles que mantém a memória dos bons que se foram viva, ativa, espalhando os seus valores e ensinamentos para que nunca deles nos esqueçamos. E o faço todo dia, não apenas numa data do ano. Não me esqueço deles o resto do ano. Para Deus eles estão vivos, todos eles! Foi Jesus quem disse: Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos. (Lc 20:38).
 
A questão que se coloca não é SE VIVEM, mas COMO VIVEM no além e se há o que fazer para mudar o estado deles, de um mau lugar para um lugar melhor. 
 
Para Jesus Cristo só há dois lugares destinados aos mortos: o céu ou o inferno (e não entraremos em detalhes técnicos sobre o significado teológico dos vocábulos). E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25:46). O Inferno é um lugar sequer classificado como "vida eterna" (apesar de ser vivo e para sempre), mas "tormento eterno", contínuo. Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. (Mc 9:44). Tal destino sela-se com o falecimento da pessoa. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, (Hb 9:27). Jesus nos conta, na revelação do rico e de Lázaro (Lázaro era pobre e enfermo, alimentava-se das migalhas do rico e morreu;  o rico era sovina e ímpio e também morrera; ambos foram ao além; o rico ao inferno e Lázaro para o "seio de Abraão", o lugar dos justos), que o rico pediu clemência e não recebeu; depois pediu para que algum morto salvo fosse orientar os vivos e também não teve êxito. Para Abraão, eles tinham "a Lei e os profetas', ou seja, a Bíblia. Já seria o suficiente. Esse texto (Lucas 16.9-31) deixa fechadas as seguintes questões: 1) todos morrem; 2) o ímpio morre e vai ao tormento; 3) o justo morre e é acompanhado por anjos ao céu; 4) orações no além não são respondidas; 5) os lugares dos justos e dos ímpios têm separação intransponível; 6) ninguém volta de lá para executar missões de esclarecimento aos vivos.
 
Assim, não há vela que possa iluminar o caminho de um morto, caso ele não tenha partido sob a luz de Cristo, que é a "luz do mundo".  Se velas iluminassem um falecido, seria fácil a um rico acender um holofote contínuo em cima da tumba do ente querido. São esforços vãos. Depois do túmulo enfrentaremos o juízo. Por isso Jesus Cristo veio ao mundo, para ser a salvação do pecador arrependido. Quem nele crê recebe perdão dos pecados. Quem não crê não recebe, ainda que se celebrem rezas, concentrações e se paguem oferendas pelo falecido.
 
Por isso o cristão esclarecido não celebra O DIA DOS MORTOS, mas A VIDA ETERNA. Para mim os falecidos que passaram pela minha vida estão vivos na minha memória e nas recordações que deixaram. E os que foram salvos pela graça de Jesus estão no céu e um dia nos reencontraremos felizes, salvos e juntos. Lá nós nunca mais diremos ADEUS!
 
Minha mamãe, meu papai e os meus familiares estão vivos no meu coração. E no além aguardam o dia do reencontro. Triste, porém, será para os que não confiaram em Jesus Cristo: estarão eternamente separados do Senhor e dos que são dEle.
 
Prepare-se, amigo leitor, para o seu encontro com o Criador também. Não haverá reza ou vela que lhe trará a salvação, se não tiver hoje um encontro verdadeiro com o Senhor. Busque-o de todo o seu coração. Foi Ele quem afirmou: Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8:12)
 
Wagner Antonio de Araújo
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memórias literárias - 736 - NÃO SOMOS BRUXOS


NÃO
SOMOS
BRUXOS

 
736
 
Doeu-me o coração ao ver uma membro de uma das igrejas que pastoreei há tempos atrás, vestida de bruxa, com a boca a sangrar, com os olhos fundos e com chifres na cabeça. Estava ela ao lado de familiares. Nos domingos ela chorava nos momentos de consagração e no dia das bruxas ela deu a mão a Satanás... Ela não é a única. A festa de Halloween é imposta pelas escolas de inglês aos alunos jovens como mergulho cultural nos costumes anglo-saxônicos. Nestas festas, além do tradicional "doces ou travessuras" dos pequeninos e das abóboras com velas acesas, explora-se todo o lado sombrio do ocultismo, com invocação de espíritos, com poções mágicas, com bruxaria, com a exibição de filmes de terror e com o culto à morte e ao Diabo.
 
Alguém me perguntou: "pastor, como será o Haloween este ano em sua casa? Suas crianças vão se fantasiar?" Eu respondi: "Em minha casa não há espaço para a bruxaria, nem para Satanás. As minhas crianças são dedicadas a Deus e só a Ele elas prestam culto. Nós não precisamos disto para a nossa felicidade ou socialização".
 
Nós perdemos o senso de perplexidade diante do satanismo. Nós nos acostumamos com o mal em nossas telas, em nossas festas, em nossos pensamentos. O mal tornou-se banal e até aceitável. Há um espaço em nós para o maligno. Em várias igrejas evangélicas de fala inglesa é naturalmente aceita a prática, com reservas, com a parte engraçada e bizarra da celebração. Entre nós, pela miscigenação, já há igrejas que celebram a mesma coisa.
 
Para um crente em Jesus Cristo não há data para o mal. Não há bruxas. No Velho Testamento a feitiçaria era banida e punida com a morte. Foi a feitiçaria que destruiu milhares de Israel no tempo de Balaão. Foi uma feiticeira que enganou o Rei Saul. Ele foi condenado pela rebelião e pela consulta aos mortos. Foi por ter libertado uma moça escravizada por um demônio adivinhador que Paulo foi punido em Éfeso. E o livro de Apocalipse afirma que os feiticeiros não herdarão o reino dos céus.
 
Somos expostos à cultura maligna com futilidades nos seriados de monstros e demônios. Hoje os desenhos de vampiros e de bruxas são comuns nos canais de televisão. Os investimentos das grandes produtoras na temática do terror batem recordes todos os anos. O povo ama explorar o maligno. Cultos com exibição de endemoninhados tornou-se desejoso e comum e até necessário para atrair público no mundo neopentecostal. Eles dizem que para haver poder tem que ter demônios a pularem.
 
Não. Não preciso de Haloween para que os meus filhos tenham doces e guloseimas. As travessuras infantis não precisam ser consequência do não atendimento de suas vontades, como uma consequência em não se aceitar a imposição do mal. Não preciso de abóboras com velas, nem de chapéus de bruxas, nem de música de terror e nem de estórias de assombração. Quando eu me converti a Cristo a minha vida foi iluminada; por que eu buscaria a escuridão novamente? O meu culto a Deus não precisa de demônios. Se em minha casa eu exijo respeito por parte de quem a visita, na Casa de Deus não há espaço para a exibição de shows tenebrosos de gente escravizada. Onde a luz brilha as trevas desaparecem. E a Casa de Deus é a casa de luz!
 
Que não coxeemos entre dois senhores. Que crentes não participem de festas de bruxas nem por brincadeira. Porque nós sabemos que Satanás cobrará a fatura. Chega de dar legalidade aos ataques do Inferno. Somos povo de Deus, gente do Senhor, ovelhas de Cristo. O maligno não nos seduzirá. Todos os dias, em minha família, são dias dedicados ao Senhor, o Pai das Luzes! Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. (Tg 1:17)
 
Amém!
 

Wagner Antonio de Araújo
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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 37 - LONGE DE MIM ...

37 -
LONGE DE
MIM...

735
 
 
E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito. (1Sm 12:23)
 
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4:17)
 
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. (Rm 14:12)
 
Eu não quero esquecer-me de orar diariamente pela minha filha. Afinal, Deus confiou-a aos meus cuidados para que dela eu cuidasse. A nossa responsabilidade como família é prepará-la para uma vida frutífera, com valores bíblicos, com um caráter forjado no melhor lar que pudermos formar para o seu bem. Eu tenho que orar por ela. Todos os dias. Em todo o tempo. Orar pela sua saúde, pelo seu raciocínio, pela sua educação, pela sua proteção, pela sua segurança, para que Deus desperte nela uma mulher honrada, fiel, íntegra e temente ao Nome dEle.
 
Eu tenho que orar pelo meu filho. Não posso esquecê-lo um só dia. Ele é tão pequenino, tão frágil, mas vai crescer, vai tornar-se um garoto, um adolescente, um jovem. E, quando a idade chegar ele terá que portar valores que o conduzam nos momentos em que papai e mamãe não estiverem ao seu lado. Ele terá que saber dizer não ao errado e sim ao certo. Oro para que Deus o proteja de qualquer acidente, de qualquer crime, de qualquer má influência. Oro para que seja um homem de caráter, um homem íntegro, honesto, decente, fiel e absolutamente cristão.
 
Eu oro por minha esposa, esta jóia que Deus me deu como companheira, uma jóia da Realeza que convive com este pequeno servo. Oro para que a cada dia possa fazê-la feliz. Oro para que juntos sirvamos a Deus em espírito e em verdade. Oro para que sejamos os mestres de nossos filhos e um cartão de visitas do Céu para quem conosco conviver. Oro para que jamais durmamos tristes um com o outro. Oro para que todas as tentações sejam vencidas e que o Amor vença a qualquer obstáculo. Oro para que ela veja em mim um homem de Deus e eu nela veja a mulher segundo o coração do Senhor. Oro para que não percamos um segundo com futilidades e que invistamos tudo na primazia da virtude e da consagração.
 
Oro pela minha família. Minha irmã adotiva tão amada e tão querida, para que Deus lhe conceda dezenas de anos junto conosco. Oro pelo meu irmão e por sua maravilhosa família, para que perseverem sempre na fé e que nunca tenham falta de qualquer coisa. Oro para que ele seja protegido por Deus em cada viagem semanal que faz e que sempre volte são e salvo para o seio de sua família. Oro pelos familiares de minha esposa, para que tenham Jesus  como alvo, como esteio, como meta, e pelos meus familiares, para que sejam felizes e encontrem a fé que salva e que mostra o verdadeiro caminho para o Céu, Jesus Cristo. Oro pela minha mãezinha portuguesa, mãe de consideração, por quem tenho tanto e tão profundo afeto!
 
Oro pelos meus vizinhos, para que sintam em nós algo que não podem ter por si sós (e nem nós!). Se temos algo especial trata-se de uma concessão do céu, a presença de Cristo! E se nós, indignos que somos, a temos, eles também podem ter se tão somente entregarem-se a Jesus Cristo de todo o coração. Oro pelos governos brasileiros: o presidente da República, o Congresso Nacional, o governador do estado e os deputados, o prefeito da cidade e os vereadores. Oro pelo poder judiciário em todas as suas instâncias. Oro pelo poder militar do Brasil (Exército, Aeronáutica e Marinha), para que honrem a nossa bandeira dia após dia.
 
Oro pelas igrejas onde já servi ao Senhor (IB Sumarezinho, IB Vila Mirante, IB Vila Souza, IB Boas Novas do Jardim Brasil, IB Bela Vista, IB Boas Novas do Rodoanel) e por cada uma das igrejas e congregações que interinamente já pastoreei, organizei e cuidei. Oro pela igreja onde hoje cumpro agenda semestral de auxílio ao pastorado, a já muito amada Primeira Igreja Batista em Vargem Grande do Sul. Oro para que Deus ilumine o nosso coração para saber onde Ele deseja que o sirvamos no próximo ano, se lá no interior ou em outro lugar. E que em toda a parte em que estivermos possamos ser sal da terra e luz do mundo, dando o nosso testemunho de que o Senhor é bom e que a Sua misericórdia dura para sempre!
 
Oro por aqueles com quem convivo à distância, às vezes de perto também. Oro pelos meus leitores tão estimados. Oro pelos meus ouvintes do rádio, pelos meus assistentes nos vídeos postados, pelos meus leitores de jornais e revistas, pelos que lêem o meu livro. Oro por quem me conhece e com quem eu não tenho relacionamento pessoal. Oro para que eu possa ser um pregoeiro da Palavra, alguém que jamais cause escândalo, alguém que inspire fé e dedicação, jamais idolatria ou bajulação. Oro para que Cristo cresça e que eu diminua. E oro para que eu alcance o Arrebatamento, a volta gloriosa do Senhor. Porém, se Ele ainda não voltar nos meus dias, que a minha morte O glorifique, deixando um rastro de fidelidade e de submissão aos Seus ensinos até o fim.
 
Diante de tantos motivos pelos quais orar, onde eu poderia achar tempo para a depressão? Onde encontraria espaço para o desânimo? Onde encontrar motivos para dizer: "não tenho mais utilidade"? Não; pelo contrário, há muito por fazer, ainda que ninguém veja. Eu não preciso tirar uma foto de joelhos para que Deus assim me veja. A oração que vira show deixou de ser conversa íntima com o Pai. E Jesus ensinou: "fecha a tua porta", isto é, prime pela privacidade de um encontro efetivo com o Criador.
 
Ele ouve, ainda que nada diga audivelmente. Ele sabe, ainda que não envie um protocolo de recebimento. Ele anota, ainda que não haja um caderno material ou uma caneta celestial. No momento certo perceberemos que a nossa oração foi aceita e que o nosso trabalho foi coroado de êxito.
 
Longe de mim deixar estes princípios.
 
E você, leitor estimado, que tal seguir comigo neste afã?
 

Wagner Antonio de Araújo
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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

memórias literárias - 36 - ANDAR PARA FRENTE

36 - ANDAR
PARA FRENTE
 
734
 
Hoje, ao levar a minha esposa para o trabalho, deparei-me com um jovem que dava dois passos para frente, andava de lado e depois voltava. Em seguida coçava a cabeça, caminhava mais um pouco e voltava tudo novamente. Enquanto o semáforo ficou fechado ele fez isso várias vezes. Quando abriu eu o vi a repetir a mesma cena.
 
Pensei: quantos de nós fazemos a mesma coisa, só que sem percebermos!
 
Nós ensaiamos dois passos para frente. Tecemos um planejamento para a semana, para o mês, para o ano, para os estudos, para um projeto de trabalho, para uma dieta alimentar ou a busca de um emprego, para a vida espiritual. Nós até começamos. Mas, logo de saída, paramos. Se fizermos uma análise de quantas decisões tomadas que não deram em nada na nossa vida, veremos que grande parte dos esforços foi completa perda de tempo. Somos semelhantes às obras inacabadas do governo: pontes cujas estruturas estão assentadas, mas não foram construídas. Estradas demarcadas e não asfaltadas. Hospitais que se tornaram antros de drogados, pois são escombros a céu aberto.
 
Outras vezes andamos de lado, patinamos. Até começamos bem. Mas algo nos fez repensar a caminhada, deter os passos, mudar o rumo. As vendas caíram. As aulas perderam o brilho. Os textos ficaram inacabados. A pintura parou pela metade. Nós mudamos de ênfase no caminho e não fizemos nem uma coisa e nem outra. Faz-me lembrar da anedota "de pensar morreu o burro": o burro olhava um fardo de feno e dizia: vou comer deste; olhava para o outro e dizia: vou comer daquele. E acabou morrendo de fome. Nós também: faremos isto; mas logo nos aparece outra coisa interessante; largamos a primeira ou mantemos ambas sem priorizar a nenhuma. O resultado: não saímos do lugar.
 
O triste é quando andamos para trás. Sim, já havíamos vencido alguns obstáculos, já havíamos construído alguma coisa. E então, subitamente, voltamos à estaca zero. Um celeiro não se enche com a colheita de anos passados. Uma despensa não se supre com as compras de quatro meses atrás. Assim também não podemos construir nada se nos voltamos para o passado por puro saudosismo ou por desculpa de não termos a força de antes. O passado é para ser celebrado, não para servir-nos de trava. O Apóstolo Paulo dizia sobre o passado: Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo ...(Fp 3:13-14). Quer dizer, o que ele fez foi muito mais do que a maioria de nós fizemos. Mas, para ele o importante era avançar, continuar, caminhar, chegar mais longe! Não como Demas, um cooperador tão eficaz no princípio e que abandonou a fé. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica. (2Tm 4:10).
 
Para terminar: Dona Justina, a saudosa mãe de Milú (minha irmã adotiva), veio passar uns meses aqui em casa, isso há alguns anos. Ela viu o jardim de nossa casa completamente coberto de mato. Eu já tentara tratá-lo e até começara, mas quando a dificuldade aumentava (muito mato, muita praga, muito lixo) eu desistia. Ela, mulher da roça, não considerou tais obstáculos intransponíveis. Aos oitenta anos fez do nosso jardim o seu investimento. Todo dia ela ia até lá e gastava uma ou duas horas no cultivo. Arrancava um mato aqui, mexia na terra ali, semeava acolá. O resultado: em dois meses havia a horta mais produtiva que já tivemos: rúcula, alface, tomate, acelga, catalonha, salsinha etc. Enchíamos sacos de hortaliças e distribuíamos para a vizinhança, para os parentes e para os irmãos da igreja. Tudo porque uma mulher decidiu andar, não olhar para os lados, não retroceder e atingir os seus objetivos, andando para a frente. 
 
Caro leitor, não volte atrás. O passado não pode voltar. Admire-o, relembre-o,  ou esqueça-o (se não for edificante), mas compreenda: o passado já passou, nunca mais voltará. Também não ande de lado, coxeando entre dois objetivos. Quem quer muito nada tem. Será melhor trabalhar por um bem feito do que dois pela metade. Assim, ande para frente, olhando para o alto, para Cristo, para o Senhor. E, pela fé, vença os obstáculos e vença a si mesmo. Dize aos filhos de Israel que marchem. (Ex 14:15)
 
Se for andar, ande para a frente!
 
Que Deus nos abençoe.
 

Wagner Antonio de Araújo
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terça-feira, 16 de outubro de 2018

memórias literárias - 733 - MEMÓRIAS DE UM TEMPO FELIZ - 13 e 14 de outubro de 2018

MEMÓRIAS DE
UM TEMPO
FELIZ
733
 
Após 22 anos de serviços ao Senhor na Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil, Deus nos orientou no sentido de deixá-la. Há muito tempo aprendemos que sábio é o ministro que sabe a hora de encerrar um ministério. Sob a orientação do Espírito Santo conduzimos a igreja a empossar o Pastor Aparecido Donizete Fernandes à frente do trabalho. As notícias que recebemos por parte daquela amada igreja não poderiam ser melhores: excelentes cultos, excelentes pregações, envolvimento da membresia no encorajamento e no dinamismo das atividades. No último final de semana tiveram uma programação para a família e vi fotos com dezenas de crianças do bairro. Por tudo isso minha esposa e eu rendemos graças a Deus pelas bênçãos sobre a nossa antiga igreja e sobre o nosso amado colega sucessor!
 
 
 
Em menos de um mês fomos convidados pela Primeira Igreja Batista em Vargem Grande do Sul, para assumir o ministério auxiliar. A igreja é pastoreada pelo veterano obreiro Pastor Samuel Lima de Oliveira. São mais de três décadas à frente daquela amada igreja. Fizemos um acordo de que iríamos participar das atividades duas vezes por mês até o final de 2018, após o que a igreja decidiria se iria ou não nos convidar para assumirmos a presidência e a titularidade do ministério. Desde julho a nossa família viaja para lá, acolhida nos lares dos irmãos para as refeições e utiliza uma das salas da Escola Bíblica Dominical para se hospedar. Já estamos no quarto mês. Dentro de dois meses vencerá o nosso tempo e então saberemos o que o Senhor determinou para a vida da igreja e para a vida de nossa família. Durante este período continuamos disponíveis para quaisquer convites nos interregnos de nossas idas à Vargem Grande do Sul.
 
 
Fotos de nossa saída:
 
Este final de semana foi muito especial. Saímos de casa na manhã do sábado, dia 13 de outubro de 2018, e rumamos para Vargem Grande do Sul. Chegamos ao meio dia na residência da querida irmã Amélia e de seu pai irmão José Luis. Estavam presentes familiares deles, que nos acolheram maravilhosamente, concedendo-nos abençoada refeição e comunhão.

 
Fotos do almoço:
Fotos do Almoço
 
O Pastor Samuel, então, veio até nós, levando-nos até a igreja, onde Elaine e as crianças ficaram. Ele e eu fomos fazer duas preciosas visitas. A primeira na casa de um casal muito precioso: João e Maria. Camponeses aposentados, gastaram a vida nas lavouras de laranja e jabuticaba. Ela, a esposa, recebeu a influência de agrotóxicos, tendo perdido um dos olhos e obtido severos problemas de pele. Quando lemos a Bíblia e pregamos, Deus falou aos seus corações e eles fizeram a oração de entrega a Jesus Cristo. Foi maravilhoso!


 De lá fomos à casa da Irmã Mirtes, uma senhora muito simpática. Ela foi membro da igreja por anos. Vimos sua família e ali oramos por eles. Foi um momento muito precioso.


Fotos das visitas:
Fotos do Almoço
 
 
Ao voltar para a igreja, cuidamos de nossos pequeninos e nos arrumamos para o culto que seria celebrado na residência da irmã Rosa, aquela irmã que recentemente perdeu o esposo. Sua casa é muito ampla e ela é extremamente acolhedora. Os irmãos foram em peso. Os seus familiares estavam presentes também. Foi um culto maravilhoso! Muitos hinos, a pregação do evangelho e o apelo evangelístico. Três pessoas manifestaram-se por Jesus, identificando-se apenas para mim, sem que o público as visse, pois estavam todos de olhos fechados. Foi-nos servido excelente e delicioso lanche. De lá segui com Cristiane (filha do Pastor Samuel) e Claudinho (genro) para aquela casa de macarrão tão acolhedora. Conversamos bastante e pudemos ver as crianças divertindo-se no pula-pula.


 
 
Fotos do culto:
Fotos do Culto
 
Vídeos:
 
Convite aos membros:

 
Culto no lar - parte 1

 
Culto no lar - parte 2
 
 
A noite foi muito, muito quente. O termômetro marcava 30 graus às 23 horas. O nosso cômodo na igreja estava torrando. Graças a Deus as crianças conseguiram dormir bem. Elaine também, entre um choro de um ou uma fralda de outro. Eu cochilei, mas o sono não foi contínuo. Porém, em tudo demos graças, pois o Senhor cuidou de nós.
 
Pela manhã tivemos a Escola Bíblica Dominical. Estavam presentes 23 irmãos. O Pr. Samuel trouxe-nos a reflexão da manhã, baseada no Salmo 55. Depois eu lecionei a matéria pertinente ao dia, da revista GENTE DE ORAÇÃO, da Editora Cristã Evangélica, revista adotada pela igreja. Quando o grupo Glorioso Amor foi ensaiar, fui até a residência da irmã Regina, cujo esposo, o irmão Marcos, aquele que fora ao hospital recentemente porque a prótese da perna havia se desolcado em virtude de um tombo, estava debilitado. Uma espécie de escara abriu-se num dos pontos da perna, causando-lhe dores insuportáveis. Estive ali a orar por ele. Eu implorei ao Senhor Todo-Poderoso por sua saúde. E aproveito este texto para rogar aos meus leitores que orem por ele também, para que o machucado feche e cicatrize. Se estiver lendo este texto em outubro de 2018, por obséquio, ore pelo irmão Marcos!


 
Fotos da Escola Biblica Dominical:
Fotos da Escola Bíblica Dominical
 
Vídeos da Escola Bíblica Dominical:
 
Hino 377

 
Hino 545

 
Meditação Pr. Samuel

 
Aula Sobre Maria e a Oração

 
Tio Claudinho

 
Fomos à residência da irmã Marlene e do seu esposo, Sr. Ramalho, para o almoço. Aliás, o banquete! A quantidade de comida que esta irmã preparou foi inacreditável. Ela cozinha por prazer e faz quitutes maravilhosos! Macarrão, carne assada, maionese, salada, tudo maravilhoso! As sobremesas então, inacreditáveis: torta de morango, de limão, jabuticabas gigantes, brigadeiros (feitos pela netinha), tudo da melhor qualidade. Fomos até o quintal de sua casa. Há uma amoreira extremamente carregada, algo de encantar! Ela tem goiabeira, aceroleira, abacaxi mirim e muito mais! Quando saímos ela presenteou aos meus filhos com copos lindos de criança. Ela é artesã também e faz lindos enfeites. Por tudo isso rendemos graças a Deus!

 
Fotos do almoço:
Fotos do Almoço
 
O irmão Israel veio nos buscar. Fomos, juntamente com ele, com Cris e Claudinho, para um sítio (para mim é fazenda!) onde o genro da irmã Regina trabalha (ele é filho do dono). Um sítio que fica a 5 quilômetros da cidade. Meu Deus, que riqueza! Ele tem vacas, bois, porcos de engorda, cabritos, cordeiros, galinhas, javaporcos, tudo! Ele faz queijos, vende carne fresca puríssima, é simplesmente extraordinário! O Sr. Rubens, o proprietário, foi muito gentil em deixar-nos ver o seu sítio. Deu-me um pedacinho de leitoa assada (eu, que já não tinha mais espaço), uma delícia! Compramos 3 queijos feitos no dia! Eu chorei ao ver as minhas crianças conhecendo pessoalmente os bichinhos que só viam na televisão. Pensei: "Já pensou morar numa chácara, onde pudéssemos ter nossas galinhas, nossas árvores frutíferas, nossa horta, e as crianças terem contato com a terra?" São sonhos que atravessam a mente e que nos deixam inspirados. Mas o calor e o horário nos fizeram sair logo. Passamos numa sorveteria para acalmar o calor e logo recolhi-me com a família na igreja, para o banho dos pequenos.


 
Fotos no sítio:
Fotos do Sítio
 
Vídeos do Sítio:
 
Bezerros

 
Ovelhas

 
Ovelhinha a mamar

 
Rute

 
Papai a cantar

 
Às dezoito e quinze dei início à aula do DISCIPULADO DINÂMICO. O calor era intenso e não havia chovido por lá. Chegamos a 43 graus às 14 horas, enquanto em São Paulo a temperatura era de 19 graus, isso com uma distância de apenas 240 quilômetros! Os alunos vieram. O nosso tema foi A IGREJA e a participação foi intensa.
 
Demos início ao culto às dezenove horas. Criamos o costume de chamar os líderes e com eles orarmos pela realização dos trabalhos no culto. Tem sido uma experiência gratificante. Nessa noite havia mais de quinze visitantes, o que trouxe grande e profundo contentamento dos irmãos e deste que escreve estas linhas. Cantamos hinos, o grupo Grandioso Amor cantou os corinhos escolhidos, as criancinhas falaram o Salmo 23 decór e tivemos a mensagem PEDRO, TU ME AMAS? Eu já a preguei algumas vezes em outros lugares. Em cada um a ênfase se altera e eu penso que Deus fala muito ao meu coração com o diálogo entre Jesus e Pedro. E tudo leva a crer que falou também ao coração de toda a igreja. Ao final lágrimas diante do Senhor. Não terminei o culto como de costume, com mais um hino e a bênção apostólica, pois percebi que, devido à sensibilidade na mensagem e ao momento de oração em duplas, tudo já estava de bom tamanho. Às vezes acrescentar alguma coisa é ir além do que Deus já fez e disse. Então Pedi aos irmãos para se saudarem e seguimos para o salão anexo, onde desfrutamos do BOLACHA QUEBRADA, a sociabilidade que já está a se tornar tradicional entre nós. Desta feita tivemos pão doce, biscoitos e refrigerante.

 Fotos do culto:
Fotos do Culto
 
Vídeos do culto:
 
Pr. Wagner - Deus Cuidará de Ti

 
Alegrei-me

 
Cânticos com o Grupo Grandioso Amor


 Sossegai


 
Crianças a declamarem a Bíblia


 
PREGAÇÃO - PEDRO, TU ME AMAS? Pr. Wagner Antonio de Araújo


 
Momentos de oração

 
Mas eu estava extremamente cansado, com calor e ainda teria uma longa viagem pela frente. Não tem sido fácil este processo de viagem, principalmente após o culto de domingo. Mas minha esposa tem compromissos profissionais logo cedo e temos a nossa casa. Saímos nove e meia da noite e chegamos aqui à meia noite. Milú já nos aguardava com delicioso jantar. Eu logo subi para dormir e as crianças acabaram dormindo com a mãe no sofá, exaustas que estavam. Ela os levou para a cama e assim descansamos.
 
Espero que, ao narrar estas coisas os leitores se motivem a orarem por nós, pedindo a Deus que manifeste a Sua Santa vontade. Se for da vontade do Senhor, que em dezembro igreja, pastor titular e pastor auxiliar entrem num entendimento que seja bom para todos e que traga glória ao Senhor. Se não for, que nós tenhamos cumprido bem o nosso papel de serviço semestral e que tudo o que Deus edificou seja permanente e produza resultados de vida eterna. Nós queremos fazer o que Deus desejar que façamos. Não forçaremos nunca um resultado. Hoje, com alegria, já recebi telefonemas de irmãos, felizes ao ver tudo o que aconteceu ontem e a maneira com que a igreja tem sido despertada pelo Senhor. Nós também estamos agradecidos.
 
Obrigado, leitores, pelo carinho em lerem o que escrevo. Eu o faço para registrar a história de meu ministério e para inspirar a cada um a transformar em história o que, de outra forma, seria apenas um acontecimento que em breve será esquecido. Tudo o que fazemos deve glorificar ao Senhor e servir de testemunho do que Deus tem feito em nossas vidas e através de nós.
 
Bendito seja o Nome de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo! Amém.
 
 

Wagner Antonio de Araújo
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obs: rendo graças ao Senhor por ter completado esta narrativa de nosso final de semana. Seja o Nome dEle glorificado!

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 35 - O VALOR DO MEU TRABALHO

35 -
O VALOR
DO MEU
TRABALHO

 
732
 
O nosso mundo contemporâneo, com tecnologia de comunicações imediatas, avalia o sucesso ou o fracasso pelo número de curtidas, de "gostei" e de amigos inscritos em nossas páginas virtuais. Um trabalho valioso recebe milhares de curtidas, enquanto um trabalho medíocre somente "não gostei" ou um absoluto silêncio.
 
Por mais que compreendamos que este tipo plástico de fama e de reconhecimento não é verdadeiro, somos contaminados pelo sentimento reinante, ora considerando produtiva uma postagem repleta de apreciações, ora considerando sem resultado uma outra sem visibilidade. Eu, por exemplo, como escritor, tenho artigos que circularam o mundo lusófono com milhares de curtidas (artigos que falam de amor romântico) e muitos outros onde não obtive um único "like" (aqueles que falam de doutrinas bíblicas). Se eu fosse famoso os meus vídeos e textos teriam milhões de seguidores. Como eu não sou, não tenho público imenso, independentemente de textos ou vídeos serem ou não de boa qualidade. Um escritor ou pregador famoso espirra e quinhentas mil pessoas dizem-lhe: "saúde". Não importa o conteúdo, o motivo ou a absoluta insanidade do que tais celebridades religiosas façam; eles serão vistos e terão um batalhão de seguidores.
 
Assim como eu, muitos leitores produzem coisas qualificadas e não contam com a fama e o reconhecimento da sociedade. O desejo de parar e de encerrar a obra pode surgir. Eu confesso que já pensei inúmeras vezes em parar de escrever ou de postar as minhas "memórias pastorais". Contudo, quando penso em fazer isso percebo que tal sentimento não emana de uma razão legítima, mas emocional. A sensação de invisibilidade e de pouco caso por parte daqueles que nos são caros, de quem esperávamos algum retorno positivo ou negativo, é que quer decidir o nosso continuar ou parar. Isto não é a razão certa e nem o motivo adequado. Parar ou continuar deve ser motivado pela certeza de se estar fazendo a vontade de Deus, não o fato de ser ou não ser percebido ou apreciado. O próprio Senhor Jesus não foi percebido em sua pregação, senão depois de Sua obra vicária. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. (Is 53:3)
 
Quais as razões para continuarmos a trabalhar, a fazer o que consideramos a nossa missão e a não considerarmos os sentimentos como fatores decisórios? Alisto os que me são importantes quando desejo parar.
 
1) A consciência de que o que eu faço é da vontade de Deus. Para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Rm 12:2)
 
2) A certeza de que devo usar o que Ele me colocou à mão, não esperar o que um dia eu poderei ter (ou não): E o SENHOR disse-lhe: Que é isso na tua mão? E ele disse: Uma vara. E ele disse: Lança-a na terra. (Ex 4:2-3)
 
3) Se João o Batista foi uma "voz que clamava no deserto", e ainda assim, imprescindível como mensageiro do Senhor, quem sou eu para querer ser uma "voz que clama na multidão"?
 
4) O que eu faço, se é a vontade do Senhor, independe de ter ou não a aprovação dos homens, pois não será deles que receberei a recompensa. E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. (Mt 6:6); Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis. (Hb 6:10).
 
5) Em toda a economia divina não há perda e nem deve haver desperdício. Se Deus confiou um dom ou um talento a mim (e a você, que me lê), não foi para enterrá-lo e devolvê-lo, mas sim para usá-lo e com ele angariar ganhos para o Reino. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. (Mt 25:20)
 
6) Algumas coisas que fazemos têm efeito imediato (por exemplo, algum testemunho das bênçãos de um texto esclarecedor). Outros, contudo, podem gerar frutos muito tempo depois, inclusive depois que partimos (sou abençoado com literaturas escritas a mais de 100 anos, por heróis da fé que nunca imaginaram ser lidos depois de tantos anos!). Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são de outra maneira não podem ocultar-se (1Tm 5:25).
 
7) Por mais curtidas que se receba, por mais 'likes" ou inscrições em blogs, canais ou respostas escritas, nada disso distingue uma obra verdadeiramente relevante. A glória dos homens é muito injusta. A verdadeira glória está em ser reconhecido por Deus com um serviço que Lhe agrada e que, em última instância, é quem julgará o que de bom fizemos com os dons confiados por Ele: E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros,  (1Ts 2:6)
 
8) Por mais irreconhecidos que sejamos na obra que fazemos, orientados pela Bíblia e pela vontade do Senhor, temos que confiar que há um Deus justo nos céus, que não deixará sequer um copo de água fria por recompensar. E mais: ainda que o nosso nome desapareça da face das memórias terrestres, ele estará escrito no Livro da Vida, o que é imensamente mais importante! E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão (Mt 10:42); Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. (Lc 10:20)
 
9) Eu posso celebrar, intimamente, uma obra completada, este artigo, por exemplo. Posso alegrar-me diante de Deus por uma missão cumprida e disso só eu poderei participar. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus.  (Rm 14:22); O estranho não participará no íntimo da sua alegria. (Pv 14:10)
 
10) Devo seguir com a Obra que o Senhor confiou até o fim, pois, do contrário, terei sido um tolo. Preciso chegar ao fim da carreira com a consciência de que cumpri com o meu dever e realizei a minha missão. Isso me fará descansar em paz e em confiança. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (2Tm 4:7); Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia. (2Tm 1:12)
 
Não sou perfeito e não tenho o elixir contra o desânimo. Mas, como dizia Paulo, esquecendo-me das momentâneas tristezas, deixo-as para trás e prossigo para o alvo. Prossigo em serviço a Cristo. Enquanto o que fizer redundar em glória ao Senhor, tudo estará bem.
 
Vamos também continuar a missão?
 
Obrigado por ler.
 

Wagner Antonio de Araújo
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