sábado, 6 de outubro de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 33 - EU TENHO UM SONHO

33 -
EU TENHO
UM SONHO
 
730
 
Se eu tenho um sonho irrealizável? Sim, tenho. Só não o chamaria de irrealizável porque para Deus nada é impossível. Talvez improvável pelas minhas condições financeiras, mas não impossível.
 
Eu sonho com um recanto para pastores idosos. Sim, aqueles obreiros e suas esposas que já estão cansados, que gastaram toda a sua vida na semeadura da Palavra de Deus e não tiveram tempo para obterem bens pessoais. Pastores que estão desassistidos, a passarem por necessidades, a morarem de favor em algum quarto retirado. Viúvas de obreiros que foram esquecidas.
 
Eu sonho com um lugar simples, singelo, onde pudesse ter algumas casas simples. Quarto, sala, cozinha, banheiro e um quintalzinho. Um jardinzinho na frente da casa. Um local limpo, fácil de limpar, bonito, de fácil locomoção para cadeiras de roda ou macas. Um local com o básico para uma vida confortável, sem luxo. Algumas casas em uma rua interna numa propriedade. E a dignidade de um resto de peregrinação junto com pessoas que os amassem.
 
Nesse lugar haveria uma capela. Ali os obreiros poderiam diuturnamente realizarem cultos, entoarem louvores, tocarem seus instrumentos músicos e realizarem vigílias de oração. Uma capela simples, com púlpito, piano, violão e bancos de igreja. Uma capela que também servisse de local para cultos quando alguns deles viessem a falecer. Um local para festejar aniversários, celebrar natais e passagens de ano e onde a presença de Deus fosse buscada com esmero.
 
Esse refúgio seria bem arborizado. Seu gramado seria cuidado e as refeições poderiam ser feitas num refeitório bem amplo, limpo, aberto e suprido. Haveria também ambulatório médico, sala de dentista e atendimento jurídico, ofertados por pessoas que desejassem voluntariamente servir aos velhos casais de obreiros.
 
Por fim, esse lugar serviria ao pastor e à esposa, até que o Senhor a levasse. Com a ida de ambos a casa poderia servir a outro casal, e assim sucessivamente.
 
Haveria trimestralmente um festejo, um dia de visitações festivas. Igrejas e crentes em geral seriam convidados para ouvirem os seus velhos obreiros em culto e fazerem piqueniques com os velhinhos. Seria um dia de ofertas e presentes a quem forneceu em vida tanto conforto e refúgio através de frutífero ministério.
 
Enquanto escrevo as lágrimas me banham a face. Sinto-me impotente para realizar isso. Sei que há crentes que dispõem de terrenos em cidades pequenas, em vilas litorâneas, em áreas que poderiam servir para isso. Sei de crentes que teriam interesse em auxiliar em doações de materiais, em preparar plantas para casas, em fornecerem mão-de-obra voluntária nestas construções. Mas sei o quanto isso está distante de uma realidade.
 
Mas não custa sonhar, não é mesmo?
 
Talvez, quem sabe, ocorra o que Napoleon Hill contou sobre um pastor que idealizava uma escola que fosse oficina de trabalho. Ele disse que se tivesse certa quantia faria aquilo. Mas era uma quantia impossível para ele. Ao final do culto um crente lhe procurou e disse: "Gostei do que ouvi. Eu tenho a quantia. Procure-me amanhã, em meu escritório". Não sei se foi verdade. Quem sabe possa vir a ser quanto ao recanto dos velhos obreiros?
 

Wagner Antonio de Araújo
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