segunda-feira, 1 de outubro de 2018

memórias literárias - 725 - A PERSEGUIÇÃO

A
PERSEGUIÇÃO...

725
Muitos países da Europa Oriental possuiam igrejas cristãs antes da chegada do comunismo em suas terras. Igrejas e crentes viviam sem compromisso com o evangelho, em sua grande maioria. Muitos profetas do Senhor (pregadores e pastores) alertavam para a iminente invasão e eram desconsiderados, ridicularizados, ignorados. Enquanto isso as igrejas continuavam abarrotadas de gente, com extensas programações, mas sem vida e sem compromisso. Ao chegar o poder vermelho, a perseguição instalou-se e muitas igrejas faleceram. Cristãos foram mortos, aprisionados, torturados, tiveram os bens confiscados e o cristianismo tornou-se elemento estranho na sociedade imposta.

Vivemos dias semelhantes no Ocidente (no qual o Brasil se inclui). Cristãos vivem as suas vidas sem preocupação com o perigo iminente. O jogo de futebol não pode parar, o espetáculo artístico precisa continuar, a vida tem que seguir. Então os púlpitos são sequestrados por ideólogos políticos, psicólogos de vãs filosofias e o verdadeiro evangelho desaparece do ideário cristão. Em lugar de Cristo colocam-se pastores/apóstolos/bispos, como proprietários de currais eleitorais e de massa de manobra, manipulando os seus seguidores ao belprazer, ao sabor do lucro, do poder e do prazer pessoais. Aguardam até a última hora e, então, apostam as suas fichas num candidato qualquer, desde que represente algum benefício ao seu império. Venderam a alma para o mundo e verteram o púlpito em tribuna eleitoral.

Quantos cristãos realmente estão a orar com sofreguidão pelo país? Quantos crêem no Senhor, soberano da história? Os que verdadeiramente crêem sabem que, É POSSÍVEL, mas não FATAL, que, para juízo contra a Sua Igreja, Ele permita que os governantes do mal tomem o poder. É possível, ainda que por juízo, que não se consigam vitórias cabais num mundo que condena a Cristo, à família, a Bíblia e o próprio cristianismo. O problema é o tipo de comprometimento que se têm com o Deus da Bíblia: um apoio externo ou um compromisso de santidade e de clamor. Há muita vociferação humana e pouco comprometimento legítimo. Há muita politicagem e pouca virtude.

Muitos ministros cristãos nos países do leste europeu arrependeram-se amargamente de terem alimentado os seus ministérios com água e açúcar; não houve conteúdo nutritivo eficaz e nem comprometimento vital em seus membros. O resultado foi a fraqueza de caráter, a manipulação de massas e o considerar-se o inimigo como algo inofensivo. O resultado foi monstruoso. Três gerações sem igrejas permitidas, bíblias confiscadas e os resultados infernais do silêncio bíblico no meio do povo.

E o será hoje também AQUI, se os ministros do evangelho, os crentes em Jesus Cristo, os cristãos de um modo geral, não se comprometerem de corpo e alma à santidade de vida, ao posicionamento claro e decidido pelo bem e o rompimento com aquilo que representa a ameaça à própria existência do cristianismo. Não há coexistência entre luz e trevas. Não há acordo com o mal para evitar o fim do bem. O verdadeiro cristianismo não adestra o homem para conviver com a sua pecaminosidade, mas concede a ele uma nova natureza que CRUCIFICA o pecado. Não somos velhas criaturas em tratamento; somos NOVAS CRIATURAS TRANSFORMADAS pelo poder de Deus. O falso evangelho engana, ludibria, empalidece a mensagem; o verdadeiro diz a verdade e apresenta a solução: conversão completa a Jesus Cristo!

O lugar certo para estarmos é aos pés do Senhor. Precisamos dirigir a Deus orações legítimas de intercessores, não as rezas descomprometidas de religiosos descomprometidos. Faz-se necessário derramar a alma, clamar, chorar, implorar, pedindo ao Senhor para que a corrupção, a ideologia de gênero, os invasores de terras alheias, os destruidores dos valores familiares, não tomem o poder de nossos estados e de nosso país. Mas é possível que Deus não atenda a esse clamor se: 1) não formos dignos desta dádiva, por causa dos múltiplos pecados coletivos do que se chama Igreja de Cristo no Brasil e 2) se não houver gente intercessora em plantão pela misericórdia divina. O Senhor espera ter intercessores, mas, na maioria dos casos, não encontra...

Para a primeira causa de não nos atender, é que o Céu já terá decretado o juízo. Precisaremos da misericórdia do Senhor. Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque eu não te ouvirei. (Jr 7:16). É impossível sabermos se o país chegou a esse ponto.

Para o segundo caso AINDA É POSSÍVEL REVERSÃO, pois até o dia das eleições há muito clamor que pode ser feito. E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. (Ez 22:30). E se encontrar? E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. (2Cr 7:14)

Leitores meus, se vocês são cristãos corram para a única rede que verdadeiramente funciona, o único poder que realmente é eficaz, a única alternativa para afastar o poder do mal de nossa liderança nacional, tenha ela o nome tiver. A verdadeira rede eficaz é a REDE DO QUARTO FECHADO E DOS JOELHOS DOBRADOS, EM CLAMOR SINCERO E COM LÁGRIMAS HONESTAS, A PEDIR POR MISERICÓRDIA. Em seu clamor apresente a Deus as crianças do Brasil, os adolescentes e os jovens, as pequenas igrejas, o povo simples desta terra, as famílias honradas, os idosos, os que sofrem e cada município e vila desta nação. Peça ao Pai por misericórdia, para que afaste o poder das trevas das urnas e dos dedos que votam. Peça por graça, para que o país saia desta miséria moral, econômica e espiritual. Que os pastores (e eu me incluo) sejam os primeiros a irem ao quarto. E, se o Senhor acolher, QUEM SERÃO OS CORRUPTOS QUE SE INTERPORÃO DIANTE DO PODER DE DEUS? Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? (Is 43:13)



Wagner Antonio de Araújo
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