segunda-feira, 30 de abril de 2018

memórias literárias - 654 - COMO DEUS NOS VÊ

COMO DEUS
NOS VÊ
 

 
654
 
Ao ser colocado num cestinho e lançado nas águas do Rio Nilo, Moisés era um bebê de 3 meses. Viu-o Deus apenas como bebê? Não. Viu-o como o homem de 120 anos, que libertara o povo hebreu das garras de Faraó no Egito pelo poder divino. Deus já o via como um ser completo.
 
Brigavam os dois bebês no ventre de Rebeca, esposa de Isaque. Muito preocupada, orava ao Senhor com seu marido. Deus mostrou-lhe que dois povos estavam em seu ventre, não apenas dois bebês (Esaú e Jacó), e que o menor dominaria sobre o maior. Para Deus havia uma obra completa, não dois embriões em desenvolvimento.
 
Ao prometer João Batista ao velho Zacarias, o Anjo Gabriel notificou-lhe que nasceria o precursor do Messias, o enviado prometido, que prepararia o caminho para que o Filho de Deus chegasse, encontrando um povo apto a recebê-Lo. Não era apenas um bebezinho para um casal de idosos piedosos, mas o mais forte de todos os profetas e o maior de todos os servos de Deus até então. Para Deus nasceria o grande profeta messiânico, ainda que para os olhos de todos fosse um pequeno bebezinho.
 
Sou pai de Rute Cristina, com quase três anos de idade, e de Josué Elias, que completou um ano na semana passada. Vê Deus os meus filhos como as criancinhas que conheço? Vê, no sentido de que Ele vê tudo a suceder-se no tempo. Mas não as vê assim apenas; Ele as conhece completas, quando a Obra dEle estiver totalizada na vida que receberam. Oro para que meus filhos sejam crentes, quando lhes brotar o juízo. E, se sim, Deus já os vê com a vida completa. E não somente isto, mas os vê ressuscitados, glorificados e presentes na Nova Jerusalém, na plenitude da estatura de Cristo, brilhando como justificados na presença do Pai Eterno. Sim, Deus não vê apenas as minhas criancinhas, mas vê os seres humanos completos que serão, pois para Ele não há tempo que limite o Seu olhar.
 
Alguém, no pico de uma montanha, vê a estrada toda que a rodeia até chegar ao alto. Dali é capaz de dizer a quem começou a travessia, que há um buraco mais adiante, que encontrarão obstáculos depois e que precisarão de cuidados nas pontes que atravessarão. Quem está no caminho não vê nada disto, pois tem visão limitada; quem está no topo vê tudo, até o fim. Deus está no topo da existência; Ele já viu toda a estrada e conhece tudo o que acontecerá. Assim, pode, inclusive, saber quem chegará e como chegará. Bendito seja o Seu Santo Nome!
 
O SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração. (1Sm 16:7)
 
Como será que Deus nos vê? Que tipo de biografia será a nossa? Talvez tenhamos começado mal, mas há ainda a oportunidade de terminar muito bem (como o ladrão arrependido, que morreu ao lado de Jesus). Ou começamos bem, e, por causa do pecado, nos desviamos da verdade (como Judas Iscariotes, seduzido pelo poder, pelo dinheiro e pela influência de Satanás). O que importa é que sejamos conduzidos agora à plena compreensão de que não somos apenas o que somos hoje, aos olhos de Deus; para Ele já somos o que seremos ao final da jornada. Por isso, não desfaleçamos; temamos a Deus e guardemos os Seus mandamentos, pois isso é o que nos fará ser o que Ele deseja intensamente para os Seus filhos. Porquanto te ordeno hoje que ames ao SENHOR teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivasmultipliques, e o SENHOR teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir. (Dt 30:16)
 
Wagner Antonio de Araújo

30/04/2018

terça-feira, 24 de abril de 2018

memórias literárias - 653 - SANTO PÃO

SANTO

PÃO



653
Mesa posta, pratos limpos,
Guardanapos e cristais.
Tudo lindo, reluzente,
Iluminado por fanais.

No cardápio desta festa
Água limpa, lá da Fonte.
Nas travessas pela mesa,
É preciso que lhes conte:


Estão postos, um a um,
Pelos cestos prateados
Recém-saídos da fornalha,
Feitos do trigo dos prados,
Pães lindos e cheirosos,
Não queimados ou ainda crus,
Alimentos preciosos
Conquistados por Cristo, na cruz.

É o Pão Santo, lá do céu,
servido na mesa de Deus Pai,
Quando de meus olhos tira o véu
E do meu coração não sai.
Alimento precioso,
Servido pelo Senhor,
Um repasto primososo
Servido por Seu amor.
Comunhão tão preciosa,
Com Jesus, o Salvador,
Doação afetuosa
Dia a dia, com dulçor!

Mas, veja lá, há tão poucos assentados
E tantos lugares ainda vagos!
Tantos convivas contatados
E quanto desprezo manifestado!

O Pai levanta; com Ele também nos erguemos.
Suas mãos para a mesa se estendem
E reverentemente nos curvamos.
"Este é Meu Filho bendito; a Ele ouvi!"
Agradecidos e emocionados acatamos.
Nossas almas a Jesus se rendem
E, assentados novamente, do Pão Santo comemos.

É a comunhão com o Pai e com Seu Filho Cristo Jesus,
no poder do Espírito Santo, quem em nós habita;
Momento de ternura, de alimento, de prece, de luz,
Comunhão que alimenta, que transforma, reaviva!

A mesa é posta dia a dia pelo Senhor,
E a ela nos convida, com Seu mais puro carinho.
Talheres, cadeira, pão e amor,
São postas para nós pelo caminho.

E por que fraquejamos? Por que nos falta a força?
Por que nas lutas não corremos como a corça?
Porque da mesa nos esquivamos, não nos alimentamos,
Privamo-nos da comida, o Santo Pão não tomamos?

Caídos no caminho, sem coragem e sem alegria,
Voltamos o olhar para o Céu e clamamos: por que tanta agonia?
O Senhor, com carinho, mas com rigor de Pai presente,
Mostra-nos as consequências de uma vida insolente.

As batalhas, sim, viriam; "no mundo tereis aflições";
Mas as vitórias seguiriam, "as vitórias sem restrições".
Se caímos de fraqueza, se sucumbimos ante a luta,
É preciso que voltemos de forma resoluta

À mesa de Deus, ao Santo Pão que é servido,
Ao alimento da alma, à comunhão com o Querido.
E dessa forma, dando a Ele a primazia,
Encheremos a nossa alma tão vazia,

Do vigor que vem de Deus, da força do Senhor,
Da graça de Jesus, da abundância deste Amor.
E sairemos alegremente, da mesa posta todo dia,
Com a bênção do Senhor, com vigor e alegria;

Pois já nos alimentamos do Pão Santo do Senhor,
Santo Pão que é comida, água pura que é bebida,
Comunhão tão preciosa, em oração e fervor,
Com o Deus de eterna graça, Senhor de nossa vida!


Ofereço esta poesia
ao meu amado, querido e maravilhoso filho
JOSUÉ ELIAS FARIAS DE ARAÚJO,
que, no dia de hoje completa um ano de vida!

24/04/2018

terça-feira, 17 de abril de 2018

memórias literárias - 652 - IGREJAS TAMBÉM MORREM...

IGREJAS
TAMBÉM
MORREM...
 

 
652
 
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (Ap 2:5)
 
Onde estão as igrejas destinatárias das cartas de Jesus no livro de Apocalipse? Estão mortas. Onde estão as igrejas de Filipos, de Corinto, de Roma (a original) ou de Colossos? Estão mortas. Elas passaram. Alguém dirá: "Jesus não afirmou que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela?" Eu respondo: "Sim, contra ELA, não contra ELAS." IGREJA no sentido de Corpo de Cristo triunfante, completo, somando crentes de todas as eras e de todas as línguas, jamais será vencida. Congregações locais, também IGREJAS, não. Estas estão sujeitas a morrer.
 
Elas morrem quando deixam de observar as Escrituras Sagradas. Não dão mais ouvidos aos ensinos bíblicos. Buscam mestres segundo as suas próprias preferências. Não querem ouvir todo o conselho de Deus; apenas aquilo que coincida com os seus parcos ideais. Introduzem o mundo na congregação, trocando a plataforma por palco, o poder por energia, conversão por adesão. Tomaram do mundo a forma e o seu aroma é o mesmo das baladas. Tais igrejas morrerão. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. (2Tm 3:9)
 
Igrejas morrem quando deixam de evangelizar. Tornam-se cheias de si próprias, auto-suficientes, um verdadeiro gueto. Não admitem intrusos, não querem que outros venham tirar o sossego de sua rotina familiar. Estabelecem-se como um centro de tradições dos fundadores, esquecendo-se da ordem divina para pregar o evangelho a toda criatura. Sentem-se tão predestinados que se esquecem que Deus usou evangelistas, não um DNA melhorado. Sentem desprezo pela proclamação do Reino e nem têm o que pregar, pois perderam a mensagem. Eles não passam de um centro de diversão barata para famílias afins.  Tais igrejas morrerão.
 
Igrejas morrem quando não escutam mais o clamor dos pobres, dos que sentem fome, dos que jazem abandonados. E isto nada tem a ver com militância de esquerda, que parte da regra do uso do dinheiro dos outros para pagar as contas de quem não quer trabalhar. A igreja de Cristo tem como base o amor ao próximo, até pelo inimigo. Quando as crianças famintas, os velhos solitários, as viúvas desamparadas ou os aprisionados injustamente não soam mais como motivo de inquietação, de solidariedade, de compartilhamento, tais igrejas morrem. E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? (Tg 2:16)
 
Igrejas morrem quando desprezam os seus pastores. Convidaram-no para que fosse o seu ministro de tempo integral e não têm qualquer cuidado para com ele. Privam-no do cuidado essencial, relegando-o ao desprezo. Dão valor aos pregadores da mídia ou aos ícones da teologia contemporânea, esquecendo-se do ministro que dia após dia se dedica a dar o arroz com feijão nutritivo, mesmo que sem alarde ou anúncio espalhafatoso. Proclamam as bobagens que astros gospel dizem ou cantam e não enxergam o "assim diz o Senhor" que o profeta local proclama solenemente. Estes obreiros são como "a mulher em frente do fogão", nos dizeres de Gióia Júnior, que ano após ano cozinham para filhos que, não raras vezes, são ingratos e dela se afastam. Para igrejas ingratas os seus pastores não valem trinta moedas de prata. Tais igrejas morrerão.
 
Igrejas morrem, mesmo que mantenham-se cheias de gente. Tal qual mortos-vivos, zumbis, caminham felizes para o meio do nada, sem céu e sem Cristo, cheios de si e de orgulho próprio. Suas congregações podem estar lotadas, as ofertas podem ser polpudas, podem ser famosos e atravessar os céus com aeronaves de associados, mas não passam de impostores. Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. (Ap 3:1). Ouvirão do Senhor duras palavras: Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; (Ap 3:17)
 
Prezado leitor, não deixe a sua igreja morrer. Ore por ela, exorte-a, admoeste-a, clame a tempo e fora de tempo com toda a autoridade bíblica. Mas, se ela já estiver morta, peça ao Senhor para ajudá-lo a encontrar uma que esteja viva, ou trabalhe com outros crentes para a edificação de uma congregação viva. Porém, cuidado; não se ufane; se não observarem a Palavra de Deus, a evangelização, o cuidado para com os necessitados ou a valorização do obreiro também morrerão cedo ou tarde. Como diria Salomão, O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. (Ec 1:9)
 
Wagner Antonio de Araújo

17/04/2018

memórias literárias - 651 - FALSOS PREGADORES

FALSOS
PREGADORES
 

 
651
 
Os pregadores da prosperidade dominam a mídia aberta do Brasil. Eu, que atualmente mantenho apenas canais pelos quais não precise pagar (a TV a cabo tornou-se duplamente tarifada, pois, além de pagarmos por sua assinatura somos obrigados a assistir uma gama imensa de propagandas em intervalos), contemplo, com sofreguidão, quase a metade das poucas emissoras sitiadas pelos pilantras da fé. Uma das denominações neopentecostais tem oito canais simultâneos, que transmitem mentiras diferentes para cada tipo de gente ou região. O catolicismo toma outros cinco, com programações pra lá de divergentes de suas doutrinas, vendendo grande parte dos horários para empresas de marketing. Os demais são divididos pelos mentirosos de igrejas menores, seitas em ascenção no panteão das mentiras. Coloco-me no lugar de um incrédulo a sintonizar alguma coisa para ver. Ao deparar-se com tanta bobagem, deve irar-se até as alturas! Não há mais filme, não há mais música, não há mais documentário, só há gente a gritar em línguas estranhas, a entuxar água benta na goela dos telespectadores e a enviar carnês que curarão doenças e trarão dinheiro. Se eu, como cristão, fico indignado com grande ímpeto, quanto mais um não cristão!
 
Estes líderes estão o tempo todo mentindo e, quanto mais o fazem, mais gente cai em sua lorota repetitiva tão comum. Eles prometem a prosperidade para quem direcionar às suas contas os seus dízimos e ofertas, mas vivem às raias da pobreza, mantendo uma faixa no rodapé a dizer: "não deixem este programa sair do ar, façam um depósito com urgência". Ué, se a divindade que propagam é tão rica e distribuidora de lucros aos que financiam o seu sonho de domínio universal, por que vive sempre desesperada, implorando por ofertas que não permitam que saia do ar? Será que os incautos que financiam essa mentira não percebem que tudo não passa de um blefe? O deus que promete prosperidade vive com uma equipe mendicante a arrecadar moedinhas para continuar sendo deus?
 
Este tipo de fé nunca esteve tão distante do ensino bíblico e do Deus da Bíblia. A mistura das duas alianças divinas com a humanidade (a velha com Israel, que falava em terra prometida AQUI e a nova, que fala sobre um céu ALÉM aos que cressem em Jesus) ajuda aos mentirosos na propagação do blefe. Por falta de conhecimento bíblico e de frequentar uma boa igreja com bons ensinamentos bíblicos tais fiéis não percebem que o agente de arrecadação propagado nunca foi credenciado pelo Céu. Eles não são pedágio para a felicidade!
 
O evangelho não é isso. O evangelho não é prosperidade. O evangelho não é a cura dos enfermos. O evangelho não é o poder político. Assisti, estarrecido, por uma rede estranha chamada REDE BRASIL, o DONO (é isto mesmo, o cidadão herdou uma denominação gigantesca do pai e COMPROU de outro pilantra um grupo menor!) de uma igreja pentecostal que finge ser um entrevistador, mas que não passa de cabo político de gente endinheirada. Ele trouxe nada menos do que o ex-prefeito de São Paulo, para lambê-lo publicamente, passando ao seu império religioso a mensagem de que devem votar nele. Sem qualquer demérito ou mérito ao entrevistado, considero maldita a mistura do santo e do profano, do Estado com a Religião! Prova-se, uma vez mais, de  que estes "teólogos da corte" (expressão cunhada pelo Padre Paulo Ricardo na igreja católica) esparramam-se por todas as vertentes das religiões. Não, francamente nunca foi isso que Cristo ensinou. Por isso recebo toneladas de e-mails e whatsapps a dizer: "que saudades da velha igrejinha de minha infância". Elas estão desaparecendo...
 
Dízimos e ofertas foram estabelecidos no Novo Testamento como meios de sustento das congregações locais e dos ministérios da pregação da Palavra de Deus nas igrejas estabelecidas em cada região. Servem como sustento aos que pregam o evangelho e mantém ordeiramente a ação social, mas não servem como sustentáculo aos que querem dominar o mundo pela força da imposição da mentira ou que desejam ficar ricos pela religião. Os falsos pregadores não podem continuar a desviar das igrejas e congregações locais aquilo que não lhes pertence! "Tragam o seu dízimo para nós! Dêem 30% neste mês para este programa! Perca a sua casa própria conosco!" Tirar a oferta e o dízimo da igreja local e enviar para estes criminosos chama-se PECADO. Quantas igrejas locais, que servem à comunidade com os seus salões de culto, com as celebrações semanais, com a escola dominical, com a música, com o ensino, vêem pouco a pouco os seus poucos dízimos serem canalizados para quem nada faz ali por eles, sob a desculpa de que estão a fazer missões! Missões não se fazem jogando o dinheiro aos pés de pilantras travestidos de apóstolos! Vejo igrejas de bairro fechadas, sem gente e sem manutenção; os recursos foram desviados dali (falsamente) EM NOME DE DEUS na conta de SATANÁS!
 
Mas os tempos são ruins e é a vez da mentira, infelizmente. Quem é de Deus discerne bem todas as coisas e não cai na mentira destes vendilhões do templo. Deus não mudou os seus métodos, ainda que a tecnologia tenha expandido as comunicações. Missões se faz com quem vai pessoalmente ao mundo pregar o evangelho e avança em toda a parte proclamando o pecado da humanidade e o plano da salvação em Cristo. Faz-se também por quem dobra os joelhos e ora intensamente pelas pernas dos que caminham pelos valados a proclamar a Cristo. Por fim, faz-se com quem dedica ofertas a trabalhos e a missões que realmente proclamam isso, não através dos que semeiam a mentira perniciosa de falsas curas e de pretensas prosperidades temporárias e canalizam os recursos do povo de Deus para os seus impérios milionários.
 
Eu poderia forrar o artigo de textos bíblicos, mas basta a indignação desta hora. Os que conhecem a Bíblia entenderão o que eu escrevi. E Deus sabe que os autênticos servos dEle não ouvem a voz do estranho. E os pregadores que dominam os canais de TV aberta não são pregadores de Deus. São pregadores de si mesmos e da ganância dos seus seguidores, que trocam o seu dinheiro por esperanças furadas.
 
E tenho dito.
 
Wagner Antonio de Araújo

17/04/2018

memórias literárias - 650 - "DICUPA, PAPAI..."

"DICUPA, PAPAI..."
 

 
650
 
"Dicupa, papai..". Com esta expressão cabisbaixa a minha pequena Rutinha veio me informar que molhou a roupinha (estamos em processo de ensino do uso do "troninho"). Eu havia combinado com ela que, se durante todo o dia ela nos chamasse para fazer xixi e não sujasse as roupinhas, ganharia um prêmio do papai antes de dormir. À tarde, quando fui vê-la, fui informado de que molhara a calça. "Foi isso mesmo, Rutinha?" Ela, cabisbaixa, respondeu: "Diculpa, papai...".
 
O meu amor por ela não mudou. Eu não deixei de gostar dela, não a ignorei por causa disto. Ela continua tão minha filha como sempre foi. Aliás, ela é a minha paixão do coração! Porém, com pesar tive que dizer-lhe: "Querida, você perdeu a recompensa..." Eu confesso que, se deixasse o meu coração falar, daria o presentinho assim mesmo, pelo tanto que gosto de minha filha, um amor incondicional. Mas não se trata de gostar ou de não gostar; trata-se do que é justo e de criar em seu coração e mente o conceito do certo e do errado, e também das consequências das coisas que fazemos, sejam certas ou erradas. Ela sabe o quanto a amo. Mas também sabe que não tem agradado com tais práticas. Ela parou de molhar a roupa e corre sério risco de ainda ganhar o prêmio...
 
Lembrei-me dos galardões que Deus promete aos Seus. Há vários. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. (1Pe 5:4); Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (Ap 2:10); Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2Tm 4:8). Diz o texto de Hebreus que Moisés preferiu ficar do lado de Deus por ter em vista a recompensa: Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. (Hb 11:26)Jesus prometeu-as no céu: E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos. (Lc 14:14).
 
Paulo fala de sua  suprema recompensa. Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3:14). Ele fala que nem todos a ganham. Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. (1Co 9:24). E ainda afirma que quem serve a Deus de qualquer jeito terá apenas uma fatia embaçada do que poderia ter. E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada. (1Co 9:17).
 
Os heróis da fé serão dignos de grande recompensa. Jesus afirma, nas cartas apocalípticas, prêmios aos que vencerem. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. (Ap 3:21);  Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe. (Ap 2:17). Há outros "ao que vencer" de igual ou de maior importância ainda. De fato há prêmios aos que são fiéis.
 
Quando eu der à Rutinha o prêmio por não ter molhado mais as roupas, ele será mais valioso para mim do que para ela. Em suas mãos será um doce, um brinquedo, um objeto; para mim será a declaração festiva de que a minha filha venceu uma etapa de sua educação e está mais próxima da maturidade e da independência. Acredito que os prêmios, as recompensas e as coroas, citadas no Novo Testamento como prêmios aos fiéis, trarão maior glória para o Senhor do que para os que as ganharem. Elas demonstrarão que Ele ocupou, no coração destes vencedores, o primeiro lugar  acima de tudo. Tais prêmios serão glória para o Seu Santo Nome. Tal idéia está contida na cena épica dos anciãos que depositam as coroas aos pés do Altíssimo: Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono. (Ap 4:10)
 
Senhor, que eu seja fiel a Ti e que busque glorificar-Te, tornando-me qualificado para receber uma coroa. Não por mim ou para a minha glória, mas para dizer-Te que és o meu maior patrimônio e de que vivo para Ti! Em nome de Jesus, amém!
 
Wagner Antonio de Araújo

16/04/2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

memórias literárias - 649 - HÁ UM LIMITE ...

HÁ UM
LIMITE...
 

 
649
 
Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova. (Mt 15:14)
 
Deus jamais foi pego de surpresa pelas maldades humanas. E Sua Santa Vontade jamais pôde ser frustrada. Criou-nos Deus com a capacidade limitada do livre arbítrio, dentro da capacidade ilimitada da eterna soberania divina. Assim, o que pensamos ser um direito nosso é, no máximo, uma concessão dentro de um limitado espaço de manobras. Destarte, o Senhor conhece a cada um de nós, não apenas do jeito que somos, mas do jeito que seremos para sempre. E, em Sua soberania, tomou decisões eternas que não nos cabe avaliar neste artigo. Nada do que existiu, existe e existirá foi, é ou será surpresa para Deus. Quero falar no tempo e no espaço, na nossa realidade visível, quero refletir naquilo que o olho humano vê, e que Deus também vê, apesar de não mudá-lo na avaliação eterna, que já está feita.
 
Há aquele que ouve a Palavra de Deus dia após dia. Ele é confrontado com os seus pecados, com a sua perdição; ele ouve falar do Inferno e do juízo final. Ele recebe conselhos, ele ouve a voz de quem o ama. Deus sempre se apresenta a Ele como o único caminho para a vida eterna. Mas o seu coração resiste e ele zomba da fé. Um dia acontecerá de não ser mais confrontado. Um dia a voz de Deus silenciará para ele. Poderá ser em vida, quando o próprio Deus dirá, nas palavras de Jesus: "Deixai-o". Mas certamente será com a sua morte, quando nunca mais terá a oportunidade de mudar de caminho, seguindo a Jesus. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece (Jo 3:36)
 
Há aquele que conhece a Palavra de Deus, vive na igreja e não obedece aos ensinos divinos. Ele vive de promessas. No domingo, durante um emotivo culto, faz decisões e reconsagra-se. Na semana que chega ele de tudo se esquece e continua a viver na frieza e, quiçá no pecado também. Ele zomba de Deus, prometendo-lhe grandes coisas e não cumprindo nenhuma delas. Ele a posar para as fotos do Reino, membro de uma igreja e chamado de boa pessoa por muita gente. Na verdade ele está a abusar da paciência divina e colherá, certamente, o fruto de suas horríveis mentiras. Porque decidir viver para Deus e nos Seus caminhos e continuar a trilhar os caminhos do seu coração, antagônicos ao que ensina o Novo Testamento, é mentira. Mas, quanto aos ... a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. (Ap 21:8). Ele terá, em breve, a impossibilidade de arrependimento, pois a sua mente será queimada, de tanto que ouviu a voz divina e não a atendeu. A hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; (1Tm 4:2). Foi de Jesus a ameaça real: Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior. (Jo 5:14)
 
Há aquele que não aceita a disciplina bíblica contra o seu pecado. Atribui qualquer pena eclesiástica à maldade do seu pastor, da sua igreja ou da sua religião (estamos falando de igrejas cristãs sérias, não de igrejas chamadas cristãs e guiadas pela mentira). Ele quer estar no Reino, mas não vive de forma moralmente bíblica. Se ele solteiro vive a fornicar; se é casado vive a adulterar. Se abre a boca é um maledicente; se está em algum grupo, ministério ou departamento da igreja é o eterno criador de conflitos. Se participa do culto é de uma hipocrisia descomunal; se está fora das atividades trama contra a comunhão de sua igreja. É o tipo de pessoa a quem o Apóstolo Paulo entregou a Satanás um dia. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar (1Tm 1:20). É o tipo de membro que não se sujeita à disciplina humana para a qual ingressou no ato de seu batismo e que verá, cedo ou tarde, a consequência dos seus atos. Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus. (1Co 5:5). Jesus declarou categoricamente: Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mt 7:20).
 
Há os que apostatam da fé, tendo vivido no seio da igreja e, ao abandoná-la, tornaram-se perseguidores da fé (não falo sobre mudar de opinião quanto a doutrinas dentro da esfera das igrejas cristãs; falo de abandonar a Cristo e voltar-se a outro deus ou falsos cristos). Estes são os apóstatas, preconizados pela Bíblia para surgirem às toneladas em nossos dias. Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; (1Tm 4:1). Estes não só abandonaram o Senhor, como também o perseguem, atribuindo-Lhe dolo, tornando-se irrecuperáveis em sua espiritualidade (se é que algum dia tiveram alguma): Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.Hb 6:4-6). Se o leitor é do tipo que sente desconforto em ler este texto, num santo temor de Deus, saiba: ele não é para você. Porque aquele que tem o Espírito Santo em si não imagina, nem em seu pior pesadelo, abandonar a fé que uma vez abraçou em Cristo. Mas o apóstata não pensa assim; antes, cospe na cruz e ridiculariza a Jesus. Para este não há esperança, pois dele Deus desistiu (à luz de nossa temporaneidade, pois, para o Senhor, nunca houve esperança de fato).
 
As igrejas de Cristo vivem dias terríveis; estão muito mais para a igreja de Laodicéia, descrita em Apocalipse como a pior das igrejas da Ásia Menor, do que para Filadélfia, a melhor igreja daquele grupo citado. Crentes que se sentem indepententes de Deus. Sentem-se ricos com as quinquilharias que possuem. Acham-se lindos e atraentes, pensam estar na moda e "sarados". Pensam ser teólogos, enxergam melhor do que qualquer igreja estabelecida. São egoístas, insubordinados, repletos de senões à Palavra. Sentem-se acima do Espírito Santo e não dão bola para as orientações bíblicas, para a subordinação pastoral local e para os conselhos dos crentes mais velhos. Certa vez perguntei a um pastor sobre um determinado irmão, que não vivia conforme a Bíblia ensinava; porque não o excluía de uma vez. Ele, no auge dos seus oitenta anos, disse: "Filho, este joio será arrancado pelos anjos do Senhor; se eu o arrancar agora perderei muito trigo; e quando chegar a medida do insuportável Deus o arrancará por conta própria. Há disciplinas tão complexas que somente Deus poderá fazê-las; e fará!". Não tardou muito para eu tomar conhecimento da trágica morte deste indivíduo. O seu falecimento destravou a vida espiritual daquela igreja. Com isso concluí que a bênção de uma congregação local passa por alguns recolhimentos que só a Deus compete.
 
Leitor, eu jamais quero ser o crente do qual Deus desiste. E você?
 
Oh, Deus, que Tu jamais desistas de mim! Em nome de Jesus, amém!
 
Wagner Antonio de Araújo

16/04/2018

sexta-feira, 13 de abril de 2018

memórias literárias - 648 - A MEIA-NOITE SE APROXIMA...

A MEIA-NOITE
SE APROXIMA...
 
648
 
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. (Mt 25:6)
 
Estamos em 12 de abril de 2018. Arrefeceu-se o fervor escatológico? As profecias sobre o arrebatamento, a grande tribulação e a volta gloriosa de Jesus estão distantes? Estas questões vieram à tona ontem, quando minha esposa e eu conversávamos sobre o futuro de nosso Josué Elias, que fará um aninho de idade no próximo dia 24, se Deus quiser.
 
Bem, a Bíblia nos afirma o seguinte: Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. (Lc 17:27). Jesus complementa: E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. (Mt 24:37). E nos orientou: Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais. (Lc 12:40)
 
Um fotógrafo da Reuters, ao invés de socorrer um homem que estava em chamas num protesto da Venezuela, fotografa-o enquanto morre, ganhando o prêmio do ano. A Síria não pouca a sua população, lançando cilindros de gases letais sobre o seuu povo. O Presidente Trump estourará mísseis sobre a Síria e a Rússia sobre os Estados Unidos. A China e os Estados Unidos guerreiam de forma severa com taxas e impostos sobre os seus produtos. O Brasil chafurda na lama da corrupção, com um presidente inexistente, um congresso amedrontado e um supremo tribunal dividido entre corruptos e moderados. A África está rachando literalmente com uma fenda em sua parte mais ao sul, além da tradicional fome e carestia. A Suécia impõe a educação infantil sem gênero, impedindo que as crianças se reconheçam "o" ou "a". No Brasil um João pode requisitar novo registro, chamando-se de Maria. Na Inglaterra os experimentos genéticos alcançam a zona da aberração científica, criando híbridos. Doenças desaparecidas reaparecem fortalecidas nas florestas tropicais. Locais urbanos tornam-se zonas sem lei, com grupos armados e tráfico de drogas como a maior fonte de renda. A terra treme na Bolívia e o Brasil chacoalha de carona. Na segunda-feira uma massa de 40 mil quilômetros de plasma se levanta sobre o sol, criando uma muralha três vezes maior do que o nosso planeta e não sai de lá. E as abelhas desaparecem das colméias às toneladas, colocando em risco a lavoura universal. E, enquanto isso, os pilantras da fé compram quase todos os horários de tv e rádio dos canais abertos e simulam falsas biografias de seus líderes, financiadas com dinheiro de grandes empresários que serão candidatos à presidência.
 
Se estas coisas não são sintomáticas e nem apontam para um cataclisma próximo, então não sei o que pensar! Não se tratam de problemas restritos a áreas geográficas limitadas, conflitos regionais e eventos localizados. O site climatempo afirmou há dias que um grupo de estudos e ação dos países ricos criou uma equipe para provocar mudanças climáticas, com aviões e foguetes que espalham sulfato na mesosfera e zonas altíssimas, alterando os raios de sol, trazendo ora chuva, ora calor, ora frio, e isto sem nenhuma certeza de que poderão controlar os efeitos que provocarem. A ficção científica torna-se, pouco a pouco, uma sombria realidade.
 
Elaine e eu concluímos que o nosso Josué Elias, que fará um ano de idade, corre o risco de não chegar à maturidade sem que o arrebatamento aconteça. Certamente que será muito melhor para todos nós, os que cremos. Contudo, como não sabemos a data, estamos apenas vigiando. É o que temos que fazer. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo. (Mc 13:33); Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima. (Lc 21:28).
 
Termino esta reflexão com a maravilhosa manifestação apocalíptica:
 
Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus (Ap 22:20)
 
Wagner Antonio de Araújo

12/04/2018

quinta-feira, 12 de abril de 2018

memórias literárias - .647 - UM BOM COMEÇO

UM BOM
COMEÇO


foto do dia de meu batismo, 27/04/1980
 
647
 
E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. (2Tm 3:15)
 
Timóteo, a quem Paulo se dirige no texto acima, teve uma base maravilhosa para a sua vida espiritual: uma valorosa mãe e uma avó consagrada. Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti. (2Tm 1:5)
 
Muitos de nós, assim como eu, não tiveram o privilégio de ter pais cristãos. Eu, com alegria, pude levar o evangelho aos meus pais e vê-los convertidos ao Senhor. Compensando a formação cristã infantil, fui privilegiado em servir a Deus em uma boa igreja, assim que me converti a Cristo aos quatorze anos: Igreja Batista em Sumarezinho, São Paulo. Falo com saudades daquela igreja onde passei os meus primeiros cinco anos de vida cristã.
 
Ali eu aprendi a orar. Mulheres como Conceição, Glair, Carmem e Damares ensinaram-me o valor da oração e da consagração. Homens como Sebastião Emerich, Israel Teixeira de Freitas, Gamaliel Pinto Pires e Idelino Lopes de Oliveira trouxeram-me a convicção de que a vida cristã deveria ser encarada com reverência e com seriedade. Tive mestres do calibre de Joaquim Aguiar e Geo Arruda, meus primeiros professores (e parte dos melhores!)
 
Ali eu fui pastoreado. Timofei Diacov foi, é e será sempre o meu pai na fé. Evangelizou-me, doutrinou-me, batizou-me e acompanhou a minha vida cristã e pessoal até o seu recolhimento, em 2017. Mas também tive Manoel Waldemur Pereira Corrêa, Karl Lachler e Antonio Mendes Gonçales, cada um com uma dádiva para a minha formação espiritual.
 
Ali eu aprendi a cantar. José Carlos Vida foi o meu maestro, o meu professor de canto. Ali eu aprendi os hinos do Cantor Cristão. A nossa igreja cantava, acompanhada ao piano por Cida Diacov e Mercedes Vida. Ouvíamos cânticos avulsos com a beleza e a sublimidade dos acordes que Glair Alonso Arruda tirava do órgão eletrônico. Gilian Arruda era o máximo ao violão. Ao converter-me tive emprestados 2 LPs dos Vencedores por Cristo, fruto da ação da querida Clotilde Emerich. Israel Teixeira de Freitas gravou-me Edgar Martins e Waldemiro Lemke numa fita cassete. Tive a alegria de presenciar a orquestra de bandolins, ressuscitada por orientação do Pr. Manoel Waldemur Pereira Corrêa. Como cantei! Conjunto Luz da Vida (dos jovens), Vozes do Caminho (dos homens), Coral (da igreja), solos, quanta música cristã de qualidade entrou na minha mente e no meu coração!
 
Ali eu aprendi a pregar. Com dois meses de convertido o irmão Sebastião Emerich passou-me o microfone à mão, no trabalho de evangelização dominical no CETREM (local destinado a mendigos e andarilhos em São Paulo, recolhidos para fazer documentos, usar albergue e ganhar passagens de volta para a terra natal). Preguei o meu primeiro sermão ali, com 3 minutos e meio, nos Salmos 37.5. Um mês depois o mesmo irmão convidou-me para pregar no culto da mocidade. Peguei uma gravata e um paletó com o meu pai e um sermonário com o irmão Israel, e preguei "A Pedra Era Cristo". Tenho um trechinho gravado até hoje!
 
Ali aprendi a lecionar e a dirigir organizações. Fui eleito presidente da mocidade. Tínhamos reuniões aos domingos às 18 horas e, após os cultos, que terminavam às 21:30, íamos à casa de alguém para estourar pipocas, cantar corinhos e fazer sociabilidade (e na segunda-feira cada um tinha o seu  trabalho secular, pois no meu tempo adolescentes de 13 anos já trabalhavam!). Aprendi a dirigir assembléias. Fui trabalhar na associação de igrejas batistas da zona oeste da capital paulista e ajudei a fundar o departamento de jovens (JUBOESC). Lembro-me com saudades das INTEGRAÇÕES: lotávamos ônibus e vagões de trem e passávamos o dia em uma igreja da periferia, evangelizando, celebrando cultos e evangelizando! Fui eleito professor de adolescentes na igreja e dei aulas até para o meu irmão recém-convertido! Ali também fui aluno, participando do discipulado dinâmico que o nosso pastor realizava.
 
Aprendi a fazer missões. Dominicalmente a igreja mantinha duas kombis em pontos diferentes e a mocidade ia em peso, ora no CETREM, ora em Vila Madalena, numa congregação, ora no Rio Pequeno, num trabalho da favela. Na escola onde eu estudava criamos o GRUPO SHALOM, que realizava cultos na hora do recreio, com mais de quarenta assistentes, inclusive a diretora do colégio! Quantos converteram-se na escola com o nosso grupo de adolescentes!
 
Como foi bom ter uma boa igreja  a fazer o papel da mãe Eunice e avó Lóide de Timóteo, ensinando as Sagradas Escrituras para este neófito!
 
As igrejas evangélicas desaprenderam a fé original. Os pastores, com raras exceções, deixaram de pregar as Sagradas Letras. A sua postura tem sido a de animadores de auditório, vestidos sem reverência e com um linguajar mundano, muito distante do que se ensinava no passado. A Escola Bíblica Dominical tem desaparecido; quando não, passou a ocupar um tempo pequeno e com discussões de política, ideologia, contemporaneidade ou ecologia, em nada parecido com a boa doutrina.  A música é a do mundo, com danças, coreografias, rock and roll e funk; ou então o cansativo "worship" repetitivo dos astros do mundo gospel americano. Há luais, bailes à fantasia e escolas de samba. Só não há evangelho de Cristo. Sim, está crescendo por todo o país o número de evangélicos. Crescem muito, não como um corpo sadio, mas como um grande tumor maligno, destroçando o Corpo de Cristo ainda presente nesta era de apostasia. Temos todo o tipo de pecado nas fileiras das igrejas, fartamente divulgados nas mídias sociais.  E assim acontece porque não temos mais as autênticas CONVERSÕES espirituais, mas sim ADESÕES POR INTERESSE (ou enquanto durar o interesse: lazer, estudos, estágios, turmas, futebol, bazares, carreiras musicais, namoro, palestras etc). Claro que há exceções ainda (quero crer que muitos leitores ainda congregam em igrejas que não são assim). Mas, infelizmente, são tão poucas!
 
Prezado leitor, lute por dar à sua igreja um pouquinho de sua contribuição para que ela seja ainda uma boa escola para quem, de verdade, se converter ao Senhor. Para os poucos convertidos que ainda subsistem há a necessidade de encontrarem bons e autênticos mestres. Seja um deles. Mostre com o seu exemplo uma postura sincera e consagrada: no falar, no vestir-se, no orar, no cantar, na reverência, na participação, na evangelização, no testemunho, na paciência, no fruto do Espírito. Mesmo que seja criticado pelos mundanos locais. E poderá ajudar muito os que se converterem, formando uma nova geração cristã (se mais alguma ainda restar antes do arrebatamento). Não deixe que "a medida dos amorreus", isto é, o limite máximo em que a paciência de Deus suporta os pecados locais de uma igreja, se esgotem. Porque, se Ele decretar o seu fim, então não haverá mais esperança. E que fique claro: o fim não é o seu fechamento público, mas a saída do Senhor do coração daquela comunidade, deixando-a consigo própria e com os seus pecados, ainda que continue cheia de gente, rica e gigantesca. 
 
Louvo a Deus pelo Sumarezinho de 1980. Que eu contribuia para ser um aos que hoje se converterem ao Senhor.
 
Wagner Antonio de Araújo

11/04/2018

quarta-feira, 11 de abril de 2018

memórias literárias - 646 - AINDA QUE ...

AINDA
QUE...
 

 
Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. (Hc 3:17-18)
 
646
 
Enquanto cantamos, lemos um texto bíblico tão maravilhoso quanto este ou fazemos orações prodigiosas em afirmações de perseverança no Senhor, tudo é muito belo e bonito. Falar de amor pelas almas, acomodados em lindos salões de culto ou de amor pelos necessitados diante de uma mesa farta pode soar romântico, mas nem sempre é real diante de Deus. O Senhor, no alto de Sua completa ciência, ao ouvir-nos ufanistas quanto à fidelidade, pode perguntar: "Será mesmo?" Pedro fez uma bravata dessas, quando afirmou: "Por Ti darei a minha vida." Jesus, sapiente por completo, afirmou: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo enquanto não me tiveres negado três vezes (Jo 13:38)
 
Lembro-me quando o Senhor recolheu a minha amada e saudosa mãe. Quantas horas de sofrimento o meu irmão e eu tivemos, clamando pela sua cura. Ao décimo sexto dia de UTI nós decidimos entregá-la nas mãos dAquele que sabe o que é melhor sob todos os aspectos. Oramos agradecidos por qualquer que fosse o resultado. Mamãe expirou naquela tarde. Os dias subsequentes foram, sem sombra de dúvidas, os mais difíceis que vivemos. Eu, que com ela morei a vida toda, entrava em seu quarto com o rosto banhado em lágrimas e dizia: "Por que? Por que?" Por mais que me dissessem que indagar era pecado, eu tinha em Jesus um companheiro de questionamentos, quando sofria na cruz em sua paixão pelas nossas almas: E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15:34). Daniel e eu vivíamos também a nossa hora nona de dor. Mas ambos vencemos o conflito e a tristeza, cada um em seu tempo, podendo afirmar como o paciente Jó, no passado: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. (Jo 1:21)
 
Façamos algumas conjecturas.
 
Hoje você fala, canta, grita, comunica-se oralmente com todos. Mas e se amanhã as suas cordas vocais falharem? O que fará se precisar fazer uma cirurgia que lhe impeça de falar? Manterá a sua confiança no Senhor apesar desta limitação?
 
Hoje você anda, chuta bola, pula, corre, locomove-se para onde quer, sem depender de ninguém. Mas, e se amanhã ficar privado dos movimentos dos membros inferiores, se não puder mais caminhar, andar, pular ou chutar uma bola, continuará tão firme na sua confiança em Deus como era enquanto na plenitude de suas funções de locomoção?
 
Hoje você come de tudo: churrasco, doces, gorduras, pizzas; pode mastigar coisas duras e beber líquidos sem nenhum problema. Mas, se apenas por um momento, imaginar-se privado destas possibilidades, se for acometido de enfermidades que lhe impeçam de comer o doce, o salgado, o gorduroso, beber líquidos ou mastigar alguma coisa, continuará a afirmar com convicção de que o Senhor ainda é a sua força?
 
Hoje você está em companhia de sua amada família ou de seus amigos queridos. Mas, se por uma fatalidade trágica você perdê-los, se eles lhe faltarem, se morrerem ou se forem presos, se tiverem que ir ao exterior por quaisquer razões e você nunca mais puder estar com eles, o que fará? Ficará desesperado ou continuará fortalecido no Senhor?
 
O autor do texto acima, o profeta Habacuque, vivia uma tragédia nacional, com invasão de inimigos, castigo divino, falta de víveres, exército local destruído, famílias destroçadas e o futuro do país comprometido. Contudo, por ter completa confiança em Deus, conseguiu superar todas essas tragédias e manter-se íntegro em sua fé, tornando-se porta-voz do próprio Deus nas páginas inspiradas do Velho Testamento. Hoje é um dos profetas milenares que nos ajudam a firmar a fé. Ele venceu. Ele creu. Ele confiou. Ele está no Céu, vitorioso e vigoroso, a receber o seu prêmio pela perseverança.
 
Faça isso também. Ainda que tudo esteja a esfarelar-se, ainda que os seus castelos tenham se tornado de areia e ondas o tenham derrubado; ainda que esteja privado de saúde, de independência, de companhia, de riquezas ou de alegrias temporais, creia que Deus é Senhor e que Ele poderá conduzi-lo, seja confortando-O enquanto sofrer as provações, seja tirando-o da situação vivida. Para uns a luta será até a morte. Para outros, como Jó, ainda experimentarão uma libertação. Não importa. Como disse o Apóstolo Paulo: Antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. (Fp 1:20)
 
Que Deus nos ajude a amá-Lo AINDA QUE...
 
Wagner Antonio de Araújo

10/04/2018

terça-feira, 10 de abril de 2018

memórias literárias - 645 - POR FALAR EM GRATIDÃO ...

POR FALAR
EM GRATIDÃO...
 

 
645
 
Jesus curou a dez leprosos em certa ocasião, mas apenas um retornou para agradecê-Lo. E Jesus fez caso disto: E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? (Lc 17:17)
 
Cristo perdoou o pecado de muitas pessoas. Mas aquela mulher não cessava de beijar os pés do Mestre. E ele reparou: Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. (Lc 7:45). E concluiu, falando com o fariseu que o acolhia para uma refeição: Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. (Lc 7:47)
 
Na nascente igreja cristã os apóstolos muito fizeram para estabelecer um princípio de gratidão entre os irmãos. Primeiramente a Deus; mas também uns aos outros. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. (Cl 3:15); Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. (1Ts 5:18).
 
Ocorre que, com o muito convívio, com a fartura existente e com a falta de delicadeza, somos muitas vezes ingratos ou não expressantes de gratidão ao próximo. Isto começa em casa, quando um cônjuge não é grato ao outro pelas tantas dádivas que comumente recebe. Não há gratidão pela comida, pela roupa lavada, pela casa arrumada, pelo trabalho do outro, pelo sustento, pela segurança e pela fidelidade. Achamos que isto faz parte do pacote e não é nada mais do que a obrigação do companheiro. Mas tal prática não é correta. O marido da mulher virtuosa era-lhe grato e fazia questão de deixar claro, bem como os seus filhos: Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva. (Pv 31:28)
 
Como é gostoso ver alguém a agradecer o caixa do supermercado, o atendente da farmácia, o balconista da padaria! Como é lindo ver uma criança a dizer: obrigado! Como é maravilhoso ver um aluno agradecer ao professor pela boa aula da tarde, ou ao músico que tocou durante o cântico congregacional! Como é lindo ver os filhos agradecendo aos pais pela boa criação, os cuidados, a perseverança e as renúncias necessárias para conseguirem completar a carreira! Como é gratificante alguém agradecer ao pastor pela pregação feita no culto que se encerra! Como é gratificante receber um "muito obrigado" de alguém que leu a nossa literatura!
 
O cultivo da gratidão é uma prioridade neste mundo contemporâneo. Vivemos um desmatamento da floresta do agradecimento; cabe-nos lançar de forma contínua e abundante semente de reflorestamento neste mundo de ingratidão. 
 
SEJAMOS GRATOS!
 
E obrigado a você, que leu o meu texto!
 
Wagner Antonio de Araújo

09/04/2018

segunda-feira, 9 de abril de 2018

memórias literárias - 644 - FOTOS ANTIGAS

FOTOS
ANTIGAS
 

no banner 3 fotos:
papai e mamãe a passear quando namoravam;
eu, meu pai e avós paternos;
eu e meu irmão com a prima Dirce.
 
644
 
No tempo de meus pais as fotos eram raras. Quase ninguém possuia máquinas fotográficas. As poucas fotos que tiraram foram feitas em estúdio, celebrando raríssimos momentos. Algumas em visitas a cidades onde haviam os "lambe-lambe", fotógrafos rudimentares que ganhavam a vida na frente das igrejas ou de parques públicos. Tiravam a foto e depois de horas a entregavam revelada. Outras celebravam uma formatura, um casamento e, quiçá, registravam um velório...
 
No meu tempo de criança fotografar tornou-se algo mais comum. Papai comprou uma câmera japonesa e tenho duas dezenas de fotos do tempo em que meu irmão e eu éramos crianças. Quando comecei a trabalhar adquiri uma "instamatic 11" da Kodak, uma câmera muito ruim, mas que era barata. E guardo com carinho as fotos de meu tempo de jovem. O tempo passou, novas câmeras surgiram, até que o "smartphone" foi inventado e a fotografia banalizou-se.
 
Hoje as fotos raramente vão para o papel. As que  tenho em casa são velhas; as atuais estão no computador. São toneladas, milhares delas. Quando preciso fazer algum apanhado tenho dificuldade para escolher, tal a fartura e a multiplicidade de motivos. E, infelizmente, o adágio se firma: "barriga cheia, goiaba tem bicho": são tantas as fotos, que nem atraem e nem marcam. Viraram coisas triviais e comuns. Elas não carregam um esforço, uma celebração; elas não trazem consigo a força de um momento e a celebração de um instante, com raras exceções. As fotos antigas tinham que ser estudadas, tiradas com parcimônia, pois os filmes só davam 12, 24 ou 36 oportunidades. A revelação era cara. Hoje, em um minuto, podemos fotografar centenas de vezes. São tantas que nem damos valor à maioria delas.
 
Lembro-me de uma vez estar sem o celular. Havia uma paisagem tão bela, tão deslumbrante e eu não podia registrá-la. Um conhecido meu estava ali e eu, sem graça, pedi-lhe um favor. "Posso fazer uma foto disto?" Ele disse que sim. Eu, com desconforto, procurei um ângulo bom e fotografei. Não tirei uma dezena; tirei uma fotografia, para não aborrecer o conhecido. Pedi que me enviasse por whatsapp. Estou aguardando até hoje...
 
A Bíblia nos ensina a sermos gratos, não meramente conscientes. A mera consciência nos faz agir assim: "Um novo dia? É normal! Há um a cada 24 horas!". Achamos normal porque temos saúde, temos meia idade, temos uma falsa aparência de fartura de tempo. Veja, contudo, a vida de alguém em estado terminal de enfermidade, ou que esteja no fim de sua longa vida: cada dia é celebrado como uma dádiva sem tamanho, algo mais do que especial, há uma felicidade intensa (lembremo-nos dos dias em que alguém querido sobrevivia numa UTI de hospital...). O indivíduo sabe que não possui tempo abundante; sabe que o corpo não suportará a integridade da consciência; então celebra um dia de cada vez, tornando-o especial, maravilhoso, um desafio alcançado!
 
Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele. (Sl 118:24). Se alguém cuja morte fosse acontecer dentro de pouco tempo, atentasse para a riqueza deste último dia, não o veria como algo banal, mas como a sua última página, o seu último capítulo, e procuraria aproveitá-lo de forma boa, útil e duradoura!
 
O pão nosso de cada dia nos dá hoje; (Mt 6:11). Jesus nos ensinou a orar pelo pão de hoje, pois é o pão que comeremos agora; o pão de amanhã dependerá de estarmos aqui ou não. Assim, cada pão é precioso e deve ser sobejamente agradecido. E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e, partindo-o, começou a comer. (At 27:35). Aí está o Apóstolo Paulo a fazer uma refeição, sendo grato por pão tão precioso em hora tão difícil!
 
Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. (1Pe 4:2). O Apóstolo Pedro diz que devemos focar a nossa atenção nas coisas que glorificam a Deus e não nas que satisfazem a carne. Diz ele que isto é prioridade, pois NÃO SABEMOS O TEMPO QUE NOS RESTA. Só sabemos que este é o tempo que nos foi dado. Não é um fundo de recursos que não se esgota; é uma ampulheta cuja areia cai continuamente e que só o Senhor sabe quando se esgotará.
 
Mesmo possuindo milhares de fotos armazenadas em computador, apenas algumas têm marcado a minha vida. Elas são especiais. Posso perder toda a mídia guardada, mas estas fotos eu as copiei e imprimirei, pois foram especiais. Que as nossas vidas também, no temor do Senhor, vivam cada dia não como a fartura de fotos banais, mas como a preciosidade das fotos antigas, celebradas e guardadas com carinho!
 
Uma boa foto antiga HOJE, para você!
 
Wagner Antonio de Araújo

09/04/2018

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...