segunda-feira, 2 de abril de 2018

memórias literárias - 643 - TERREMOTOS SÃO NORMAIS ...

TERREMOTOS
SÃO
NORMAIS...
 
 

643
 
 
Um tremor de terra chegou às cidades de Brasília e de São Paulo, refletindo o tremor originário da Bolívia. Tremores de terra acontecem sempre, uns mais fortes, outros mais fracos. Acomodamento ou movimento das placas tectônicas, reflexos de ações absolutamente naturais do planeta. Ou podem  ser provocados pela destruição da Terra pelos predadores humanos. Tudo é absolutamente natural.
 
Será mesmo???
 
Foi natural o tremor de terra que seguiu-se à oração do povo de Deus que intercedia pela salvação das pessoas no livro de Atos?  E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. (At 4:31)
 
Foi natural a terra abrir uma fenda profunda, tragando os revoltosos dos hebreus, que contendiam e disputavam com Moisés a liderança político-espiritual da população? E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens. (Nm 16:32)
 
Foi natural o tremor de terra quando o anjo vindo do céu abriu o túmulo de Jesus? E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. (Mt 28:2)
 
Foi natural o terremoto no momento em que Jesus rendia o espírito, provocando movimentos tão bruscos que rasgaram o véu do templo de Jerusalém e abriram sepulturas de crentes recém-sepultos? E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; (Mt 27:51)
 
Nem sempre o que é natural age aleatoriamente. Deus é o Senhor da Natureza e faz uso dela tantas vezes quando deseja.
 
Brasília tremeu. E por que, além de ser a expressão de um fenômeno císmico? Porque dali, dentro de dois dias, sairá o destino político do país, na votação pela aceitação ou não do habeas corpus do réu condenado Luis Inácio Lula da Silva; com a aceitação, provocará a libertação de milhares de réus condenados. Um tribunal político, constituído de juízes que nem sempre honram a toga e a constituição, determinará se a Lei é para todos ou para quase todos. Se disserem que é para todos, o mundo político tremerá, mas de medo e desespero, porque a maioria dos homens públicos têm dívidas com a justiça. Se disserem que é para quase todos, o país tremerá de indignação e ira, podendo provocar, inclusive, uma intervenção das Forças Armadas, que mantém-se nas casernas, a postos, prestes a intervir SE NECESSÁRIO, em favor da Lei. Nesse clima, que ultrapassa as linhas da secularidade, uma ardente batalha espiritual se trava. O tremor daquela terra demonstra a instabilidade do momento. Não, senhores, não creio ter sido apenas um fenômeno natural.
 
São Paulo tremeu (eu, que aqui habito, não senti nada, mas os sismógrafos anunciaram e quem estava na Avenida Paulista teve que sair dos prédios). É que São Paulo será um termômetro da insatisfação popular pelo julgamento que se avizinha. Uma multidão anuncia que estará num protesto público em favor da lei para todos (e eu, se o Senhor permitir, me somarei a estes brasileiros na rua, na mesma Avenida Paulista!). Se a voz for estridente, contundente e volumosa a mensagem ecoará em Brasília, principalmente no Supremo Tribunal Federal. Se for frouxa e minimizante, passará a mensagem de que a decisão não causa grande comoção pública. Tal clima faz tremer as massas, e, com elas, a própria terra de Piratininga (São Paulo). Não, senhores, não creio ter sido apenas um fenômeno natural.
 
Está na hora de convocar os cristãos para um ato de consagração e de clamor contínuo a Deus. Não é preciso anunciar nas mídias um jejum, como alguns homens públicos de bem que, no afã de demonstrar espiritualidade, quebraram a norma de Jesus quanto ao jejum (Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. (Mt 6:18). O jejum é privado entre o homem e Deus, ou público, entre uma igreja local e Deus; não deve servir de ostentação ou de ameaça aos inimigos. Mas que, incontestavelmente, este é um momento ímpar de nossa história e que exige dos brasileiros cristãos um clamor e súplica além do trivial, é a mais cristalina verdade!
 
Que tremam as nossas terras, mas que a Lei se mantenha ereta! Que a Lei seja para todos e que sucumbam todos os que querem torcê-la! Se o povo de Deus que habita este país orar de verdade, não haverá terremoto que derrube a nossa fé e confiança.
 
Deus tenha misericórdia do nosso Brasil!
 
cidadão Wagner Antonio de Araújo
02/04/2018

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