TERREMOTOS
SÃO
NORMAIS...
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Um tremor de terra chegou
às cidades de Brasília e de São Paulo, refletindo o tremor originário da
Bolívia. Tremores de terra acontecem sempre, uns mais fortes, outros mais
fracos. Acomodamento ou movimento das placas tectônicas, reflexos de ações
absolutamente naturais do planeta. Ou podem ser provocados pela destruição da
Terra pelos predadores humanos. Tudo é absolutamente
natural.
Será
mesmo???
Foi natural o tremor de
terra que seguiu-se à oração do povo de Deus que intercedia pela salvação das
pessoas no livro de Atos? E, tendo orado, moveu-se o
lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e
anunciavam com ousadia a palavra de Deus. (At
4:31)
Foi natural a terra abrir
uma fenda profunda, tragando os revoltosos dos hebreus, que contendiam e
disputavam com Moisés a liderança político-espiritual da população? E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como
também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens. (Nm
16:32)
Foi natural o tremor de
terra quando o anjo vindo do céu abriu o túmulo de Jesus? E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor,
descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. (Mt
28:2)
Foi natural o terremoto no
momento em que Jesus rendia o espírito, provocando movimentos tão bruscos que
rasgaram o véu do templo de Jerusalém e abriram sepulturas de crentes
recém-sepultos? E eis que o véu do templo se rasgou em
dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; (Mt
27:51)
Nem sempre o que é natural
age aleatoriamente. Deus é o Senhor da Natureza e faz uso dela tantas vezes
quando deseja.
Brasília tremeu. E por que,
além de ser a expressão de um fenômeno císmico? Porque dali, dentro de dois
dias, sairá o destino político do país, na votação pela aceitação ou não do
habeas corpus do réu condenado Luis Inácio Lula da Silva; com a aceitação,
provocará a libertação de milhares de réus condenados. Um tribunal político,
constituído de juízes que nem sempre honram a toga e a constituição, determinará
se a Lei é para todos ou para quase todos. Se disserem que é para todos, o mundo
político tremerá, mas de medo e desespero, porque a maioria dos homens públicos
têm dívidas com a justiça. Se disserem que é para quase todos, o país tremerá de
indignação e ira, podendo provocar, inclusive, uma intervenção das Forças
Armadas, que mantém-se nas casernas, a postos, prestes a intervir SE NECESSÁRIO,
em favor da Lei. Nesse clima, que ultrapassa as linhas da secularidade, uma
ardente batalha espiritual se trava. O tremor daquela terra demonstra a
instabilidade do momento. Não, senhores, não creio ter sido apenas um fenômeno
natural.
São Paulo tremeu (eu, que
aqui habito, não senti nada, mas os sismógrafos anunciaram e quem estava na
Avenida Paulista teve que sair dos prédios). É que São Paulo será um termômetro
da insatisfação popular pelo julgamento que se avizinha. Uma multidão anuncia
que estará num protesto público em favor da lei para todos (e eu, se o Senhor
permitir, me somarei a estes brasileiros na rua, na mesma Avenida Paulista!). Se
a voz for estridente, contundente e volumosa a mensagem ecoará em Brasília,
principalmente no Supremo Tribunal Federal. Se for frouxa e minimizante, passará
a mensagem de que a decisão não causa grande comoção pública. Tal clima faz
tremer as massas, e, com elas, a própria terra de Piratininga (São Paulo). Não,
senhores, não creio ter sido apenas um fenômeno natural.
Está na hora de convocar os
cristãos para um ato de consagração e de clamor contínuo a Deus. Não é preciso
anunciar nas mídias um jejum, como alguns homens públicos de bem que, no afã de
demonstrar espiritualidade, quebraram a norma de Jesus quanto ao jejum
(Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu
Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará
publicamente. (Mt 6:18). O jejum é privado entre o homem e Deus, ou
público, entre uma igreja local e Deus; não deve servir de ostentação ou de
ameaça aos inimigos. Mas que, incontestavelmente, este é um momento ímpar de
nossa história e que exige dos brasileiros cristãos um clamor e súplica além do
trivial, é a mais cristalina verdade!
Que tremam as nossas
terras, mas que a Lei se mantenha ereta! Que a Lei seja para todos e que
sucumbam todos os que querem torcê-la! Se o povo de Deus que habita este país
orar de verdade, não haverá terremoto que derrube a nossa fé e confiança.
Deus tenha misericórdia do
nosso Brasil!
cidadão Wagner Antonio de
Araújo
02/04/2018
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