SANTO
PÃO
653
Mesa posta, pratos
limpos,
Guardanapos e
cristais.
Tudo lindo,
reluzente,
Iluminado por
fanais.
No cardápio desta
festa
Água limpa, lá da
Fonte.
Nas travessas pela
mesa,
É preciso que lhes
conte:
Estão postos, um a um,
Pelos cestos
prateados
Recém-saídos da
fornalha,
Feitos do trigo dos
prados,
Pães lindos e
cheirosos,
Não queimados ou ainda
crus,
Alimentos
preciosos
Conquistados por Cristo, na
cruz.
É o Pão Santo, lá do céu,
servido na mesa de Deus
Pai,
Quando de meus olhos tira o
véu
E do meu coração não
sai.
Alimento
precioso,
Servido pelo
Senhor,
Um repasto
primososo
Servido por Seu
amor.
Comunhão tão
preciosa,
Com Jesus, o
Salvador,
Doação
afetuosa
Dia a dia, com
dulçor!
Mas, veja lá, há tão poucos
assentados
E tantos lugares ainda
vagos!
Tantos convivas
contatados
E quanto desprezo
manifestado!
O Pai
levanta; com Ele também nos erguemos.
Suas mãos
para a mesa se estendem
E
reverentemente nos curvamos.
"Este é Meu
Filho bendito; a Ele ouvi!"
Agradecidos e emocionados acatamos.
Nossas
almas a Jesus se rendem
E,
assentados novamente, do Pão Santo comemos.
É a comunhão com o Pai e com Seu Filho Cristo Jesus,
no poder do Espírito Santo,
quem em nós habita;
Momento de ternura, de
alimento, de prece, de luz,
Comunhão que alimenta, que
transforma, reaviva!
A mesa é posta dia a dia pelo
Senhor,
E a ela nos convida, com Seu
mais puro carinho.
Talheres, cadeira, pão e
amor,
São postas para nós pelo
caminho.
E por que fraquejamos? Por que nos falta a força?
Por que nas lutas não
corremos como a corça?
Porque da mesa nos
esquivamos, não nos alimentamos,
Privamo-nos da comida, o
Santo Pão não tomamos?
Caídos no caminho, sem
coragem e sem alegria,
Voltamos o olhar para o Céu e
clamamos: por que tanta agonia?
O Senhor, com carinho, mas
com rigor de Pai presente,
Mostra-nos as consequências
de uma vida insolente.
As batalhas, sim, viriam;
"no mundo tereis aflições";
Mas as vitórias seguiriam,
"as vitórias sem restrições".
Se caímos de fraqueza, se
sucumbimos ante a luta,
É preciso que voltemos de
forma resoluta
À mesa de Deus, ao Santo Pão
que é servido,
Ao alimento da alma, à
comunhão com o Querido.
E dessa forma, dando a Ele a
primazia,
Encheremos a nossa alma tão
vazia,
Do vigor que vem de Deus,
da força do Senhor,
Da graça de Jesus, da
abundância deste Amor.
E sairemos alegremente, da
mesa posta todo dia,
Com a bênção do Senhor, com
vigor e alegria;
Pois já nos alimentamos do
Pão Santo do Senhor,
Santo Pão que é comida, água
pura que é bebida,
Comunhão tão preciosa, em
oração e fervor,
Com o Deus de eterna graça,
Senhor de nossa vida!
Ofereço
esta poesia
ao meu
amado, querido e maravilhoso filho
JOSUÉ ELIAS
FARIAS DE ARAÚJO,
que, no dia
de hoje completa um ano de vida!
24/04/2018
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