terça-feira, 24 de abril de 2018

memórias literárias - 653 - SANTO PÃO

SANTO

PÃO



653
Mesa posta, pratos limpos,
Guardanapos e cristais.
Tudo lindo, reluzente,
Iluminado por fanais.

No cardápio desta festa
Água limpa, lá da Fonte.
Nas travessas pela mesa,
É preciso que lhes conte:


Estão postos, um a um,
Pelos cestos prateados
Recém-saídos da fornalha,
Feitos do trigo dos prados,
Pães lindos e cheirosos,
Não queimados ou ainda crus,
Alimentos preciosos
Conquistados por Cristo, na cruz.

É o Pão Santo, lá do céu,
servido na mesa de Deus Pai,
Quando de meus olhos tira o véu
E do meu coração não sai.
Alimento precioso,
Servido pelo Senhor,
Um repasto primososo
Servido por Seu amor.
Comunhão tão preciosa,
Com Jesus, o Salvador,
Doação afetuosa
Dia a dia, com dulçor!

Mas, veja lá, há tão poucos assentados
E tantos lugares ainda vagos!
Tantos convivas contatados
E quanto desprezo manifestado!

O Pai levanta; com Ele também nos erguemos.
Suas mãos para a mesa se estendem
E reverentemente nos curvamos.
"Este é Meu Filho bendito; a Ele ouvi!"
Agradecidos e emocionados acatamos.
Nossas almas a Jesus se rendem
E, assentados novamente, do Pão Santo comemos.

É a comunhão com o Pai e com Seu Filho Cristo Jesus,
no poder do Espírito Santo, quem em nós habita;
Momento de ternura, de alimento, de prece, de luz,
Comunhão que alimenta, que transforma, reaviva!

A mesa é posta dia a dia pelo Senhor,
E a ela nos convida, com Seu mais puro carinho.
Talheres, cadeira, pão e amor,
São postas para nós pelo caminho.

E por que fraquejamos? Por que nos falta a força?
Por que nas lutas não corremos como a corça?
Porque da mesa nos esquivamos, não nos alimentamos,
Privamo-nos da comida, o Santo Pão não tomamos?

Caídos no caminho, sem coragem e sem alegria,
Voltamos o olhar para o Céu e clamamos: por que tanta agonia?
O Senhor, com carinho, mas com rigor de Pai presente,
Mostra-nos as consequências de uma vida insolente.

As batalhas, sim, viriam; "no mundo tereis aflições";
Mas as vitórias seguiriam, "as vitórias sem restrições".
Se caímos de fraqueza, se sucumbimos ante a luta,
É preciso que voltemos de forma resoluta

À mesa de Deus, ao Santo Pão que é servido,
Ao alimento da alma, à comunhão com o Querido.
E dessa forma, dando a Ele a primazia,
Encheremos a nossa alma tão vazia,

Do vigor que vem de Deus, da força do Senhor,
Da graça de Jesus, da abundância deste Amor.
E sairemos alegremente, da mesa posta todo dia,
Com a bênção do Senhor, com vigor e alegria;

Pois já nos alimentamos do Pão Santo do Senhor,
Santo Pão que é comida, água pura que é bebida,
Comunhão tão preciosa, em oração e fervor,
Com o Deus de eterna graça, Senhor de nossa vida!


Ofereço esta poesia
ao meu amado, querido e maravilhoso filho
JOSUÉ ELIAS FARIAS DE ARAÚJO,
que, no dia de hoje completa um ano de vida!

24/04/2018

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