MULTIPLICAI-VOS
928
Os muçulmanos
multiplicam-se de forma monumental. Eles têm compromissos religiosos para
gerarem muitos filhos. O crescimento desta população enche, cidades, países e
regiões globais. A Europa enche-se deles. O Brasil já possui milhares. E eles
crescem de dentro para fora.
Os cristãos
decidiram ter cada vez menos filhos. Sob a ótica do bem estar infantil, da
possibilidade de criar com dignidade cada criança, de assumir a paternidade com
responsabilidade eles iniciam o casamento com o ideal de ter, no máximo, 2
filhos, isto quando não decidem por nunca serem pais. Uma vila cristã, ao invés
de crescer, desaparece com o tempo.
O resultado
tem sido evidente. Muçulmanos crescem e se estabelecem, impondo aos filhos a
religião de seus pais, sob penas severas aos que não se condicionarem a isso. As
mesquitas estão lotadas e não correm risco de fechar. Pelo contrário, inúmeros
centros religiosos novos se abrem para atender a demanda de neófitos, a maioria
originada dos lares de pais muçulmanos. Na Europa há inúmeras escolas criadas
para acolher a esta população que não para de crescer.
As igrejas
cristãs, por sua vez, estão fechando. Os filhos dos crentes, livres por completo
para aceitarem ou rejeitarem a fé, costumam rejeitá-la. Os pais ficam tristes,
mas se conformam com a explicação de que é o livre arbítrio e de que não podem
forçá-los a abraçarem a fé que possuem. As congregações de bairro ficam sem
crianças, sem jovens, pois os poucos que restaram foram aos grandes centros
religiosos cristãos para participar das turmas juvenis. Lá encontram portas
abertas para um cristianismo sem compromisso. Torna-se difícil identificar um
cristão de um mundano. As escolas cristãs, construídas para educar os filhos dos
crentes e influenciar os filhos dos incrédulos transformaram-se em meros centros
comuns sem qualquer compromisso com a fé original. Em alguns casos a
promiscuidade entre os alunos é até maior do que em escolas não
confessionais.
Igrejas
européias estão vendendo os seus suntuosos templos por falta de quem congregue.
Templos históricos, que congregaram milhares de crentes agora se transformam em
restaurantes, em teatros, em boates, em hotéis e, pasmem os senhores, em
mesquitas de adoração muçulmana... Afinal, os islâmicos não têm falta de fiéis.
Os cristãos têm. Que vergonha saber que há motéis onde antes funcionavam igrejas
grandes e bonitas! Que tristeza verificar que casas de espetáculo de rock foram
antes templos que congregavam gente do Senhor!
Muçulmanos
não abrem as porteiras do comportamento para que os seus fiéis permaneçam na fé.
Eles ensinam o Alcorão, a revelação que Maomé recebeu sobrenaturalmente, e fazem
os seus adeptos seguirem-na à risca. Eles escolhem o tipo de fidelidade que
querem, se sunitas, xiitas, se mais liberais ou menos. Porém, por toda parte, os
valores e os princípios são religiosamente celebrados: orações diárias, festas
de dedicação, expansão da fé, construção de mesquitas e multiplicação de filhos
para seguirem a fé. Eles decoram os textos, oram várias vezes ao dia e são
instados para que aprendam, cumpram e ensinem.
Cristãos, por
sua vez, guiados por ímpios que assumiram as funções clericais e pastorais,
descaracterizam a fé para tentar segurar o rebanho. Eles já nem levam bíblias ao
templo. Selecionam o que mais gostam e colocam num telão para que se leia só
aquele trechinho. Os jovens não carregam mais um exemplar da bíblia. Levam um
aplicativo no celular, quase nunca utilizado fora dos cultos. Jogaram a Bíblia
no lixo. Não gostam de hinos? Então cantam funk e axé na hora dos louvores. Não
gostam de orar de joelhos? Então pulam, dançam, plantam bananeira, fazem
trenzinho fingindo que estão em oração. Poderão tatuar-se, colocar piercing,
beber até cair, contanto que mantenham a narrativa gospel. Não são capazes de
seguir a moral cristã? Então adaptam os conceitos sobre homossexualismo, sobre
casamento, sobre fornicação e sobre a linguagem chula. O resultado: os liberados
gostam tanto da ideia que não vêem mais sentido em participar de qualquer
igreja, pois não há diferença alguma do mundo. Tanto faz estar num culto, num
forró pé-de-serra, num axé, numa balada ou num comício político: é tudo
igual.
Seria isso uma evidência de que o cristianismo é pior do que o islamismo?
Não. O
cristianismo apresenta um Deus completo, revelado nas Escrituras Sagradas como
uma Trindade, que enviou o Seu Filho Jesus Cristo para ser o nosso sacrifício,
remindo o homem do poder do Inferno e preparando-o para morar no Céu. Um Deus
misericordioso e amoroso, que perdoa pecados e pode ser chamado de Pai. Um Deus
que regenera o pecador, transformando-o na imagem de Seu Filho. Uma fé que
transforma o meio em que vive e, principalmente, a família onde se está
inserido.
O islamismo
não apresenta Deus desta forma. Não há redenção e nem amor de Pai. Não há um
redentor em Jesus Cristo. Conquanto tenham em sua fé monoteísta valores
importantes, eles não enxergam o amor de Deus expresso em sua plenitude na
encarnação de Seu Filho Jesus. O perdão não faz parte de seu cabedal de valores
divinos. A ira, a guerra santa, a perseguição aos que não aceitam essa fé é algo
típico e comum, pois um pedaço da revelação está faltando.
O
cristianismo é a única resposta divina às indagações do homem. Mas por falta de
multiplicação familiar, por falta de compromisso no ensinar a Palavra, por falta
de famílias que ousem crescer e ensinar o evangelho puro e simples estamos
diminuindo, perdendo a expressividade social, nos tornando um mero "ismo" e não
mais expressando O CAMINHO. De cada 50 bons cristãos hoje teremos talvez 25 na
próxima geração, 10 na outra e NENHUM na subsequente (avaliando o que hoje está
acontecendo). Faça você mesmo uma análise das famílias cristãs boas que conhece
e do número de filhos e netos que estão fora do
evangelho...
Está na hora
de rever tudo isso. Está na hora de pais que ainda possam ter filhos pedirem ao
Senhor para conceder-lhes bebês, criando-os nos caminhos de Cristo. Está na hora
de confiarmos no sustento divino e no suprimento de Deus para cada uma de nossas
necessidades. Está na hora de realizarmos cultos domésticos. Está na hora de
lermos a bíblia em família. Está na hora de desligarmos os celulares dos
pequenos, tirarmos a influência escolar e mundana de suas vidas e de nos
apresentarmos comos verdadeiros amigos e orientadores de seus corações. Está na
hora de nos firmarmos nos valores da Palavra de Deus. Temos que ser gente que
ora mais do que os muçulmanos, que busca mais fidelidade do que eles, pois
conhecemos toda a revelação. Se a nossa justiça não exceder a deles não seremos
dignos do nome que ostentamos, cristãos!
Quem sabe se
em duas gerações voltamos a ter famílias com prole maior, com filhos que se
convertam e se tornem fiéis seguidores do Senhor, que formem outras famílias
prolíficas que também ensinem a Palavra?
Tomai mulheres e gerai filhos e filhas, e tomai mulheres para
vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; e
multiplicai-vos ali, e não vos diminuais. (Jr
29:6)
E as
ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te e levantando-te. (Dt 6:7)
Digo-vos
que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura
achará fé na terra? (Lc 18:8)
E, por se
multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. (Mt
24:12)
Wagner
Antonio de Araújo