sexta-feira, 2 de outubro de 2020

memórias literárias - 929 - QUE SONHO...

 QUE

SONHO...
 
929
 
Uma linda auto-estrada, com asfalto bem feito, pistas largas, canteiro arborizado e paisagem belíssima ao redor. Campos e lavouras, pastos e lagos, montanhas e vales se alternam, enquanto o carro segue tranquilo em sua senda reta e longa. Pássaros passam em revoada, nuvens branquinhas pintam o céu azul, o sol derrama raios coloridos pelas montanhas e nas frestas das grandes nuvens de chuva. Um aguaceiro de quando em quando para aliviar o calor e o carro continua a seguir, num ambiente confortável, ao som de música cristã instrumental e com vidros ora abertos, ora fechados, intercalando a brisa da estrada e o ar condicionado regulado. Que gostoso!
 
Uma praia límpida, com águas verde-azuladas, onde a areia não segue em barrancos para a água, mas num contínuo declive, tornando mansa a entrada nas águas do mar. Tão limpa é a água que vejo peixes em zigue-zague pelo caminho, conchas, caranguejos pequeninos e estrelas-do-mar do tipo bolacha, grudadas no fundo. As ondas são branquinhas e quentes. Às vezes fortes e quase me derrubam; outras mansas e fazem aquele som característico de efervescência da espuma e do sal. O sol quente bronzeia-me a pele, o calor se refresca na água e as gaivotas voam rasantes pela minha cabeça. Na areia as cadeirinhas de praia, o guarda-sol armado, uma caixa térmica com comidas fresquinhas, preparadas com antecedência, regadas a suco de frutas geladinho. Que delícia!
 
Um parque público bem cuidado, regado, arborizado e preservado, com o gramado aparado, as cadeiras envernizadas e os brinquedos infantis em pleno funcionamento. Crianças sobem e descem do escorregador, pulam no pula-pula, brincam na gangorra e fazem castelos de areia no cercadinho apropriado. Outras sobem no trepa-trepa, tentando atingir o pico daquele brinquedo. Há também os balanços em forma de foguete, de bichinhos, todos feitos de madeira rústica, restos de pneus e correntes, seguros e bem higienizados. Ao lado uma piscininha para os pequenos entrarem na água, sempre limpa e tratada, com o espaço para os pais estarem juntos. Entre os brinquedos e tudo mais muitas flores, margaridas, lírios, roseiras cercadas e pés de primavera. Que sonho!
 
Deu vontade de estar em um destes lugares? Para mim também deu! São imagens de quem está cansado desta quarentena e não vê a hora de arrancar esse tapume da cara (a máscara) e sair em férias ...
 
Wagner Antonio de Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...