sábado, 10 de agosto de 2024

memórias literárias - 1487 - EU ERA ...

 EU ERA ...

1487
 
"Eu era uma igreja. Hoje sou um centro muçulmano de revolução islâmica."
 
"Eu também era uma igreja, mas me venderam para uma agência de programas sexuais. Hoje as minhas dependências abrigam boate e motéis."
 
"Eu abrigava cristãos. Hoje abrigo um grande restaurante com música ao vivo."
 
"E eu era uma igreja cristã; hoje sou uma igreja luciferiana."
 
"Eu era uma igreja também. Hoje sou um shoping center."
 
"Eu também abrigava o povo de Deus. Hoje sedio uma repartição pública."
 
"Eu fui transformada numa sinagoga."
 
"E eu sou uma mesquita agora."
 
Estas são as CONFISSÕES DOS TEMPLOS CRISTÃOS DA EUROPA. Os europeus, em sua maioria e com os governos de ideologia woke, estão descristianizando os países, trazendo multidões de muçulmanos radicais e destruindo todos os sinais de que ali um dia foi um povo que adorava a Deus.
 
Mas aqui no Brasil estamos vendo o mesmo acontecer, com dez anos de atraso.
 
Há INÚMERAS IGREJAS VAZIAS, onde apenas os idosos se reúnem. Estas igrejas não formaram segunda geração. Amanhã se proporá que os remanescentes se reúnam em salas pequenas, se aglutinem em outras igrejas ou que encerrem as atividades.
 
Há inúmeras igrejas que mudaram o seu miolo. Passaram a ser templos da ideologia woke, com pastores incrédulos e mundanos, com músicos pagãos e seculares e com administração empresarial em salões pretos e repletos de negociantes. Não há mais Espírito Santo, nem evangelho, nem bíblia, nem povo de Deus.
 
Os poucos cristãos resistentes não estão tendo filhos. Eles estão criando cachorros e gatos, não formaram nenhuma nova geração. Entregaram o futuro do mundo para os terroristas extremistas, que irão tomar toda a cultura, todo o patrimônio, todo o poder e destruir na terra o nome de Jesus Cristo.
 
As falsas igrejas crescem como praga. Todas pintadas de preto, cheias de mídias e de luxo. Não há mais igrejas onde não se tenha a SANTA TELA, onde o povo não tenha que ficar olhando para um grande telão. Não há mais bíblias, nem hinários, nem tratamento de irmãos. Tudo é evento, é publicação, é engajamento.
 
Eu, particularmente, estou vendo que até os fundamentalistas estão se rendendo a este mundo tenebroso. Tudo isso já aconteceu na Europa. E o resultado está lá, para todos verem. Inglaterra, Espanha, França e outros lugares, do jeito que existiam, hoje não existe mais. Um rolo compressor à fé cristã e aos povos que ao Senhor adoravam.
 
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18:8).
 
Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus. (Jo 16:2).
 
O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. (2Ts 2:4)
 
CRISTÃOS: CUIDEM DE SUAS IGREJAS LOCAIS! TENHAM FILHOS E OS EDUQUEM NOS CAMINHOS DE DEUS! NÃO TRANSFORMEM OS TEMPLOS EM CASAS DE SHOW! NÃO SE RENDAM AO DESAPARECIMENTO SOCIAL! ESTABELEÇAM-SE DE FORMA VISÍVEL E BRILHEM NO MEIO DAS TREVAS DESTE MUNDO MAL! JESUS EM BREVE VIRÁ!
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
10/08/2024
 

terça-feira, 9 de julho de 2024

memórias literárias - 1485 - A MINHA CASA

 A MINHA CASA

1485
 
A minha primeira casa foi o ventre de minha mãe. Não tenho lembranças disso, mas o fato de ter nascido e ser um homem hoje comprova que um dia eu vivi ali.
 
Depois fui morar na Vila Anglo Brasileira, zona oeste de São Paulo. Vivi até os meus seis anos de idade. Tenho preciosas memórias daquele lugar. Lembro-me de papai, ao chegar de festividades bancárias, trazendo uma caixa de pizza recheada de salgadinhos, espetinhos de picles e doces, que afetuosamente trazia para que mamãe e eu comêssemos. Nessa época nasceu o meu irmão e papai resolveu buscar outra casa.
 
Fui morar em Vila Pompéia, na mesma região paulistana, mas num bairro mais ao alto. Nessa casa eu vivi por cinquenta anos. Toda a minha vida eu passei ali. Fui criança, adolescente, jovem e adulto naqueles cômodos, no jardim, no quintal e na rua tão conhecida. As minhas memórias de vida são quase todas centralizadas ali.
 
Ali eu também vivi os meus primeiros anos de casado. No começo apenas minha esposa e eu. A Milú, minha irmã de criação, que vivia em nosso lar desde 1983 aceitou morar em nosso lar e éramos três. Com o passar dos anos o Senhor nos concedeu três filhos maravilhosos, e os vimos crescerem naqueles cômodos reformados. Vimo-los brincarem no quintal, na varanda, no jardim, na sala. Ali vivemos momentos de ternura e também horas de dor, como qualquer família no mundo. As alegrias vieram do Senhor e do bom convívio. As dores das enfermidades e tristezas que ao longo do caminho encontramos. Mas dali iríamos sair e seguir a nossa viagem.
 
Fomos morar em Barbosa, interior de São Paulo. Uma chácara maravilhosa, com muito espaço verde, com um clima quente e ensolarado, numa cidade linda e com a proximidade dos meus ancestrais maternos. Mamãe nascera e fora criada ali por perto.
 
Adaptamos a nossa chácara até que ficasse de nosso gosto, dando a ela benefícios adicionais. Mas, por força das dificuldades da vizinhança comercial não conseguimos viver por muito tempo naquele local, sendo obrigados a buscar um local menos problemático e que nos trouxesse noites tranquilas para o sono. E encontramos num condomínio à beira do Rio Tietê.
 
Ah, que lindo lugar! Que amanhecer belíssimo e que entardecer inesquecível! Um rancho bem grande com vários cômodos. Ali vimos os nossos filhos felizes e cheios de alegria. Vivemos bons momentos, aprendendo a lidar com a natureza e a floresta, o rio, o calor e a umidade. Nossa permanência naquela casa não foi longa. Em pouco tempo descobrimos que o regresso para a cidade de São Paulo era iminente. E aconteceu, ao final daquele ano.
 
Viemos morar na zona norte da capital, no bairro do Tucuruvi. Uma casa ampla, situada em frente a uma escola pública, num bairro populoso e de boas condições comerciais. Aos poucos fomos aprendendo a lidar com as diferenças e as peculiaridades do local. Aprendemos quanto aos horários de estacionar o carro, de sair, de chegar etc. Nossas crianças, agora maiores, foram estudar numa boa escola e, aos poucos tudo vai se ajustando.
 
E então? Seria agora, de fato a NOSSA CASA? No meu íntimo a casa era outra. Mas qualquer uma das mencionadas era também a minha casa: o ventre de mamãe, a casa até os seis anos, a casa da Pompéia nos seus 50 anos de convívio, a chácara e o rancho em Barbosa e agora esta. Será que é, de fato a MINHA CASA?
 
Papai dizia que a casa da Pompéia era totalmente sua. Onde está papai? Está sepultado e a sua alma está com Jesus Cristo. A casa não era dele. Hoje ela está no meu nome. E amanhã? Eu também estarei fora daqui e, se não for vendida será de meus filhos. Eles também a deixarão para os meus netos e bisnetos. Enfim, qual é a nossa casa?
 
Aqui não temos nenhuma. Tudo o que temos é provisório. Tudo o que dizemos ser nosso é parcialmente nosso, por um tempo, como aqueles apartamentos de hotel em veraneio, onde compramos uma semana de uso ao ano. Somente naqueles dias eles são nossos, não nos demais. Aqui também: tudo está confiado em nossas mãos, mas deixaremos tudo para trás. Se tivermos uma sepultura estaremos ali até que nos coloquem numa caixinha. E, no futuro poderemos ser jogados numa vala comum, se os nossos parentes não fizerem caso de nossos restos.
 
Não. Mil vezes não! Há uma casa para que chamemos de nossa!
 
Eu leio o seguinte:
 
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. (Jo 14:2)
 
Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. (2Co 5:1)
 
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (Jo 14:3)
 
Ah, temos uma morada para chamar de nossa! Ela não está aqui na Terra. Ela não tem escritura. Ela não é fruto da construção humana. Ela está no Céu, feita pelas mãos de Deus. Uma casa que poderemos chamar de nossa para sempre! Um lugar onde nunca fomos, porque somos da Terra; mas um lugar de onde nunca sairemos, pois estaremos para sempre com o Senhor.
 
Bendito seja Deus pela morada segura e maravilhosa, a nossa verdadeira casa!
 
Como dizia o velho hino (estou em busca do autor e de onde foi publicado):
 
"Eu tenho uma casa naquela cidade
Que é tão brilhante, com celeste fulgor
Da minha pátria, como eu tenho saudade
Estarei sempre com Jesus meu Senhor.

Aqui na Terra, minhas lutas não cessam
As tentações me atacam sem fim
Porém em breve de tudo isso me esqueço
Com as delícias que tem para mim

Eu tenho uma casa naquela cidade
Que é tão brilhante, com celeste fulgor
Da minha pátria, como eu tenho saudade
Estarei sempre com Jesus meu Senhor."
 
Wagner Antonio de Araújo
09/07/2024
 
 
 
 
 

terça-feira, 18 de junho de 2024

memórias literárias - APENAS UM NOME DE RUA...

 APENAS UM

NOME DE RUA...
1491
 
Enquanto recadastro os livros de minha biblioteca leio um pouco aqui e ali. E emocionei-me, relendo a biografia do Presbítero Walter de Camargo Schützer, escrito por sua amada mãe. Um homem temente a Deus, cientista renomado, trabalhador competente, mestre em sua área, que construiu magnífica família e que faleceu por força de problemas neurológicos, cujos sintomas iniciaram-se no cansaço e na cegueira.
 
Seus textos, suas meditações, seus púlpitos tão edificantes no presbiterianismo e no mundo das igrejas reformadas foram monumentos à fé cristã.
 
Então procurei na internet, esse mundo seletivo de conhecimento, alguma coisa a mais sobre este servo de Deus. E encontrei!
 
Ele virou NOME DE RUA! As notícias que leio são sobre A RUA QUE LEVA O SEU NOME, aliás, as ruas, pois em São Carlos e em São Paulo elas homenagearam o seu nome.
 
Mas com a mais absoluta certeza eu sei que quase a totalidade das pessoas desta geração NUNCA OUVIRAM FALAR DESSE HOMEM, uma vez que partiu para Cristo em 5 de setembro de 1963!
 
Imagino o mundo, caso ele não tenha explodido nas mãos dos loucos que governam esta geração perversa, dentro de 60 anos. Outras pessoas, outros nomes, outros costumes, outras informações. O que seremos nós para aquela época? Será que seremos nome de viela, ruela, praça, avenida? Será que terá sobrado alguma informação a nosso respeito? Ou seremos grandes e esquecidos anônimos, que viveram há muito tempo, dos quais não se sabe quase nada, pessoas irrelevantes para o futuro...
 
Lembro-me na estrada entre Barbosa e Penápolis, que existe ali um cemitério indígena, com ossos que remontam dois séculos. Quem foram aquelas pessoas? Ninguém realmente sabe, exceto que habitaram ali um dia.
 
Nós viramos pó! Ninguém se lembrará de nós, salvo algum colecionador, caso guarde fotos antigas ou livros velhos, contando que deixamos algum retrato nosso ou alguma coisa escrita. No mais, seremos outros antepassados longínquos. Esquecidos, desaparecidos, como se nunca tivéssemos nascido.
 
Será?
 
Walter está no Céu com Jesus Cristo. Sim, ele aguarda o Dia da Ressurreição consciente e vivo, como o ladrão crucificado ao lado de Jesus e que arrependeu-se, pedindo por clemência.
 
Ele está salvo por seu redentor, pois creu em Jesus Cristo de todo o coração e construiu a sua casa sobre a rocha.
 
Ele deixou nos familiares e irmãos das igrejas onde congregou o testemunho marcante e sua vida foi contada em livro. Mas nem precisava, pois Deus não o esqueceu, não o perdeu, não o desconheceu!
 
"PORQUE MORRESTES, E A VOSSA VIDA ESTÁ OCULTA JUNTAMENTE COM CRISTO, EM DEUS" Colossenses 3.3
 
Para concluir: encontrrei uma foto de alguém que não conheço, no meio de um velho livro que comprei no sebo. Um bebê. A pessoa que vendeu o livro não atinou para a foto esquecida. Eu atinei, ao abrir o livro. Assim estamos nós, dentro das páginas de Cristo, escondidos. No dia em que Jesus Cristo se manifestar nós também nos manifestaremos com Ele, vivos, transformados, redimidos e jubilosos!
 
Walter estará lá e nós, os que cremos, também.
 
Não seremos esquecidos, ainda que não sobre nada a nosso respeito neste mundo.
 
Aleluia!
 
Wagner Antonio de Araújo
18/06/2024
 
 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

memórias literárias - 1490 - PODE SER O FIM

 PODE SER

O FIM
1490
 
Em todo o tempo de minha vida (58 anos e 10 meses) nunca estive tão perto da 3a. Guerra Mundial. Os líderes globais enlouqueceram. Sob a égide de manter os seus territórios; outros de defenderem-nos; outros de mostrar seu poderio bélico; outros de exterminar etnias inimigas e tantas outras razões, os líderes estão movimentando pelo planeta as ogivas nucleares, prontos para apertarem os botões e levar o planeta pelos ares.
 
Eu confesso que sinto melancolia. Vejo os meus filhos na escola a progredirem nos estudos; vejo os projetos profissionais e de vida que tantos de nós estão seguindo; mas confesso que diante do cenário que se apresenta fica uma grande indagação: até quando tudo isso estará funcional?
 
Rússia e Ucrânia em conflito cerrado. OTAN querendo a tomar as dores da Ucrânia e países do BRICS as da Rússia. Israel a combater os grupos terroristas e as Coréias em prontidão de batalha. Estados Unidos governado por um líder senil e a China a tentar reconquistar sua ilha rebelde e agora as guerras são feitas em frentes letais totais: ARMAS NUCLEARES, contra as quais não há remédio. Elas farão sucumbir agressores e agredidos. Elas farão com que a frase "nem para mim e nem para você" faça sentido.
 
Pregar sobre escatologia (o fim do mundo) e viver exatamente na beirada desse tempo é algo sui generis. Um misto de ansiedade pelo regresso do Senhor Jesus Cristo, acompanhado de uma melancolia por ver que todo o esforço em todas as áreas pode vir por água abaixo, nas nossas construções terrenas.
 
Não importa. O conflito pode arrefecer e os líderes, loucos pelo sangue, por territórios e dinheiro, que não pensam nas outras gerações, que sequer pensam na preservação da humanidade podem ter um súbito constrangimento e desacelerar esse processo, diminuindo as tensões e trazendo um fôlego no tempo de vida. Mas, deixando para depois ou acontecendo agora, a verdade é uma só: este mundo explodirá e Deus trará um novo céu e uma nova terra, onde apenas Jesus Cristo e os Seus discípulos, bem como os que morreram na esperança antes de Seu nascimento, estarão presentes num reino eternal. Sim, há as profecias milenares e tantos detalhes, que apenas durante o acontecimento poderemos entendê-las com a mais absoluta precisão. Mas, com os conflitos em voga HOJE, sabemos que muito sangue, muita dor, muita fome e muita destruição da natureza ocorre e ocorrerá.
 
O meu propósito com este texto e dizer a você, leitor, que acerte a sua vida com Deus enquanto é tempo. Pode ser que amanhã seja tarde demais, e não estou aqui a usar de retórica literária! O tempo está acabando. Não sei se teremos essa hecatombe nuclear agora ou dentro de semanas ou meses. Mas sei que o mundo jaz no Maligno e que precisamos acertar a nossa vida com Deus.
 
Ele nos deu um caminho para a vida eterna. Ele mandou o Seu Filho Jesus Cristo para ser o nosso Salvador. Cristo levou sobre Si os nossos pecados, cravando-os na cruz. Hoje, se crermos no Senhor Jesus Cristo de todo o nosso coração, reconhecendo a Sua divindade, a sua vida, a sua morte e a sua ressurreição, e O recebermos como o nosso único e suficiente Salvador, receberemos o perdão dos pecados e a certeza da vida eterna. Esta segurança faz toda a diferença, pois a nossa vida neste mundo é temporária, mas a vida em Cristo em Seu Reino será eterna. Ele prometeu perdão plenário dos pecados e a segurança da salvação.
 
Entregue-se a Cristo e tenha essa certeza e conforto.
 
E estejamos preparados para as grandes catástrofes que se aproximam a galopes incontidos. Ao mesmo tempo, oremos pela misericórdia divina, para que os líderes globais pensem no futuro da humanidade e diminuam as  tensões a níveis de convivência entre os povos.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
17/06/2024
 

quinta-feira, 6 de junho de 2024

memórias literárias - 1489 - SOU O QUE ESCREVO?

 SOU O QUE

ESCREVO?
1489
 
Nós, que escrevemos não o fazemos apenas para receber os parabéns dos leitores. Aliás, a nossa sociedade não lê mais; ela é analfabeta funcional. As pessoas hoje assistem vídeos, ouvem podcasts e leem coisas alusivas a 5 áreas principais do pseudoconhecimento: críticas religiosas, críticas políticas, fofocas, esportes e futilidades. Qualquer texto que fuja ao padrão imediatista dos textos, inclusive que tenha mais de 10 linhas de redação é deixado para nunca mais ser consultado.
 
Dito isso quero testemunhar o dissabor obtido com a busca por um autor.
 
Como estou recadastrando a minha biblioteca de livros em papel tenho encontrado livros das diversas áreas do saber. Quando me interesso por um título vejo o autor e busco informações sobre a sua vida. Os meus estão geralmente mortos, pois são livros antigos. Mas, de vez em quando algum livro mais moderno aparece.
 
E foi assim que identifiquei um livro com vastas informações sobre a fundação da cidade de Salvador, de São Paulo e os primórdios do Brasil-colônia. Achei sensacional a redação do autor, a elegância do livro e o conteúdo composto das informações. Num ímpeto instintivo fui buscar sobre o autor as informações, principalmente se ele estava vivo ainda.
 
Que decepção! Que tragédia! Não apenas está vivo como é exatamente o oposto da elegância literária de suas páginas em papel. Ele é uma pessoa com linguagem chula, participa de múltiplos podcasts, fala promiscuidades, tem posições políticas mutantes e agride os seus questionadores com palavras de baixo calão.
 
Olhei bem para o livro, olhei para a cara do autor nos vídeos publicados e pensei: esse autor não corresponde ao que está escrito. Ele é um blefe!
 
Muitos de nós somos também um grande blefe. Blefamos na igreja, quando oramos, quando cantamos, quando erguemos a mão em compromisso para algum chamado ou algum compromisso e, no dia seguinte, em nosso ambiente de leveza e de desprendimento agimos completamente ao contrário do que mostramos na igreja! Alguns de nós blefam diante das câmeras, pregando algo que não vivem. Outros de nós, no afã das promoções e das graduações em mestrado, doutorado e afins, nos valemos de serviços pagos, de copia-e-cola, de frases que arrumamos aqui e ali e, em consequência das demandas obtemos os certificados, papéis e títulos vazios de uma mentira acadêmica.
 
Hoje um artigo religioso, nas publicações denominacionais, pelo menos na minha, se não tiverem uma informação de 15 linhas das graduações e dos títulos do articulista não podem figurar na publicação. Conheço muitos destes, que não valem a tinta que usam, ou melhor, o editor de textos onde escrevem seus artigos.
 
Mas, como sói acontecer, viro a mesa, olho-me no espelho e me pergunto: Wagner, seria você um blefe também? Você é o que prega, o que escreve, o que fotografa, o que filma, o que publica? Você material autêntico ou não passa de mais um ser esperto e mascarado das mídias?
 
Esse tipo de pergunta é desconfortável. Não somos perfeitos. Não somos o que deveríamos ser. Mas há algo que pode nos separar dos blefes e dos autênticos.
 
Os blefes não estão preocupados com a verdade. Eles mentem sem qualquer pejo, fingem, blefam, afirmam num artigo ou vídeo e se desmentem no outro, dependendo dos benefícios que acreditam obter. Eles são camaleões: uma cor, uma linguagem, uma roupa e uma mensagem para cada público, para cada mídia, para cada auditório, para cada interesse.
 
Os autênticos são o que são: a mesma coisa nas telas, nos podcasts, nos vídeos e nos textos. Nem mais e nem menos. Simplesmente eles mesmos.
 
Quanto a mim, se eu escrever algo que não corresponde ao que creio, ao que vivo ou ao que defendo, então sequer publico. O meu pejo não permite. Eu tenho vergonha na cara. Eu tenho caráter e honro o nome que recebi de meu pai. Além disto eu não suportaria enxergar-me a falar e me contradizer ao mesmo tempo. Até para participar de alguma atividade pública em algo com o que não concordo sinto-me desconfortável. Há alguns dias tive que me retirar de um evento, pois tudo o que ali acontecia era antagônico ao que eu cria.
 
Um dia, diante do JUSTO JUIZ seremos desmascarados. Alguns de nós ficarão envergonhados por serem vistos como realmente são: hipócritas, atores, fingidos. Outros tantos, e espero sinceramente encontrar-me entre estes, não terão máscaras para tirar. Responderão pelos seus atos e manterão firmes as posições que abraçaram, quer tenham sido felizes ou não. Assumirão a responsabilidade e dirão: "Bendito seja Deus, eu estava certo.", ou "Me perdoe, meu Deus, eu estava errado.".
 
Por fim, eu iria cadastrar este livro como História do Brasil. Mas ele não merece, não pelo conteúdo, mas pelo demérito do autor. Então recebeu o selo "diversos", e isto pela minha complacência, não pela dignidade de quem escreveu.
 
E tenho dito.
 
Wagner Antonio de Araújo
 

memórias literárias - 1488 - A FÁBULA DO APAGÃO

 A FÁBULA

DO APAGÃO
 
1488
 
O mundo evoluira e todo o conhecimento encontrava-se nas mídias eletrônicas, nas nuvens de dados, na inteligência artificial, nos hds de computadores potentes, nos celulares e telemóveis esparramados pelas mãos dos homens. Nenhuma informação era difícil. A eletrônica traduzia textos, preparava estudos, desenvolvia teses, encontrava o conhecimento e o disseminava na medida das necessidades humanas. Os livros? Eram todos eletrônicos. As bíblias? Só em aplicativos das mais variadas versões. As impressões? Praticamente só existiam para colocar selos, estampas, caixas de papelão de supermercados e etiquetas de marcas e preços.
 
Um dia, desses dias que separam as épocas, houve uma forte explosão solar. BUM! Ninguém ouviu, ninguém viu e nem percebeu. Mas, cinco minutos depois uma hecatombe elétrica assolou o planeta: os satélites se desligaram, os computadores apagaram e as mídias, os tais conhecimentos acumulados eletronicamente não podiam mais ser acessados. Aliás, nem se sabia se estavam preservados, pois algo acontecera com a eletricidade: ela não funcionava mais.
 
As comunicações instantâneas acabaram. As consultas do conhecimento pela inteligência artificial desapareceram. Os professores ficaram sem materiais para as aulas. Os alunos não possuíam mais as matérias para o aprendizado. Os rádios, os sites, os celulares, tudo emudeceu.
 
O mundo regrediu na sua tecnologia. Conquanto motores mecânicos funcionassem, não havia meios de fazer a eletricidade ser produzida ou conduzida. A humanidade precisou reinventar-se.
 
E agora? Onde buscar o conhecimento? Será que há ainda livros para consulta e para o aprendizado?
 
Foram atrás dos sebos, das poucas livrarias que existiam, dos colecionadores que tinham bibliotecas particulares.
 
Ah, aqueles livros velhos, amarelados, empoeirados, gastos e relegados aos porões das casas e das instituições, tornaram-se da noite para o dia os grandes chafarizes de conhecimento para a humanidade órfã. Os livros foram redescobertos!
 
Como não conseguiam fazer a eletricidade funcionar, as poucas gráficas mecânicas que existiam imprimiam às correrias os livros mais básicos para as necessidades: cartilhas de alfabetização, livros de história, matemática e, pasmem, bíblias!
 
Sim, estas estavam desaparecidas das igrejas, das faculdades teológicas. A demanda era tanta que passaram a escrever cópias à mão. Um livro teológico tornou-se tesouro e era emprestado com muita rapidez e grande cuidado. Aos poucos o mundo foi se readaptando à nova realidade mecânica e manual, não mais eletrônica.
 
Uma geração inteira passou, com formação em velhos e empoeirados livros. As músicas eram tocadas por músicos que se especializaram sem o auxílio de máquinas. Produziram-se novamente lindas melodias. As poesias tornaram-se humanas, reminiscentes ou futuristas. E os cultos a Deus transformaram-se em adoração única e absolutamente celebrada, pois não podiam ser gravados ou replicados. Alguns, que tinham boa redação, escutavam a mensagem e escreviam o que podiam guardar, com lápis, caneta e papel. E depois copiavam e distribuíam.
 
Ah, que geração lutadora e feliz! A qualidade do mundo tornou-se fantástica! Até que, num dia inesperado a eletricidade simplesmente voltou. BUM! As velhas máquinas, do apagão vintenal ligaram e a eletricidade retornou. Que festa! Que dia feliz! O mundo novamente comunicou-se entre si e as máquinas, obsoletas em vinte anos, tornaram-se preciosas!
 
Mas a lição do apagão eletroeletrônico cravou profundamente na humanidade. JAMAIS deixaram que uma energia não confiável ceifasse o esforço humano e o acúmulo mecânico e físico do conhecimento. Ao lado da eletrônica a versão física do conhecimento sempre estaria presente. Os livros impressos, ah, estes monumentos de informação e conhecimento retornaram ao centro da educação e da informação.
 
Fim.
 
Wagner Antonio de Araújo
 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

memórias literárias - 1487 - E POR FALAR EM BRASIL...

 E POR FALAR

EM BRASIL...
1487
 
1)Ao ver o Rio Grande do Sul destruído pelas chuvas e o poder federal jogando migalhas na lama e não efetivar nada que preste;
 
2)Ao ver as doações sendo direcionadas para armazéns, quando novas, e jogadas à população quando usadas;
 
3)Ao ver dinheiro que foi desviado do seu fim proposto;
 
4)Ao ver um deputado maligno, mentiroso e corrupto sendo reconduzido à normalidade pela comissão de ética, que decidiu arquivar a sua obcenidade, e contemplar a mentira a presidir o Brasil em todas as esferas, sem qualquer justiça basilar ou solidez jurídica;
 
5)Ao ver um supremo tribunal politizado e punindo o viés de direita, ignorando qualquer ato ou crime de viés esquerdista (8/1 punido e e a invasão em Curitiba nem mencionada);
 
6)Ao ver a economia ruindo e o povo inerte, sem voz audível, com muitos absolutamente tranquilos com o caos nacional, nivelando o país com ditaduras e pseudo-democracias latino-americanas vizinhas;
 
7)Ao ver a sanha dos poderosos em destruir o arroz brasileiro de nossa agricultura e comprar arroz do exterior, cuja qualidade é questionável ou completamente imprópria, além de caríssimo;
 
8)Ao ver a possibilidade da censura da mídia livre e a corrupção total da mídia clássica;
 
9)Ao ver ONGs corrompendo crianças com a falácia da natureza TRANS em suas marchas e passeatas pela confusão genérica;
 
10)Ao ver o responsável pela elaboração do plano de vacinas dos Estados Unidos, Sr. Sauci e as toneladas de informações caóticas alusivas ao caso;
 
11)Ao ver a direita em auto-sabotagem com eventos mal organizados e em disputas públicas internas;
 
Eu declaro:
 
1) Não há um justo sequer, não há quem faça o bem;
 
2) Nossos gonvernantes não temem a Deus e nem se preocupam com o povo;
 
3) Não há esperança nos que nos governam, pois a corrupção e a ideologia dominam cada esfera do poder público;
 
4) Há um Deus nos céus que permite o juízo sobre um povo promíscuo, idólatra e injusto;
 
5) Há poder na oração dos crentes, que pode trazer arrependimento genuíno em grande parte da população e dos governantes;
 
6) Há justiça em Deus, que, por amor de alguns justos(tementes a Deus) pode reverter esses tentáculos malignos, cortando-lhes o poder e o suprimento;
 
7) Há poder no Senhor para levantar lideranças mais justas, mais dignas, sem ideologia totalitária e tementes aos mandamentos divinos;
 
8) O fim dos tempos se aproxima, mas isso não significa que não possa haver reversão localizada de maldições por bênçãos, conforme II Cron 7.14;
 
9) Quanto mais assistimos, mais tristes ficamos;
 
10) Quanto mais orarmos e confiarmos, e obedecermos ao Senhor, e clamarmos por arrependimento, queda do império da maldade e soerguimento de homens e mulheres de valor à testa das lideranças brasileiras, mais fortes ficaremos, mesmo que de joelhos dobrados;
 
11) Somos os cristãos desta geração, cujo compromisso é fazer o possível e o impossível para que o mal não "tratore" o bem; pelo contrário, na força do Senhor enxergarmos um raio de luz de esperança.
 
É o que eu desejo para mim. E quem for também concorde, que se una a mim nesta esperança.
 
Wagner Antonio de Araújo
05/06/2024
 
Decido

terça-feira, 4 de junho de 2024

memórias literárias - 1486 - AS CINCO VISITAS

 AS CINCO

VISITAS
1486
 
Levantei-me cedo, decidido a fazer meia dúzia de  visitas. A manhã estava fresca, convidativa a uma saída.
 
Rumei para o Clóvis Bevilácqua, a escola do bairro Vila Anglo-Brasileira, aqui em São Paulo. Cheguei no horário do recreio. Vi quando as classes gritaram e, pela escadaria desceram crianças afoitas. Muitas foram para a fila da merenda, que hoje era de brevidades, aqueles bolos doces que o estado manda. Mas havia uma cantina ao lado da quadra e a multidão de pessoinhas era grande, cada um pedindo o lanche de sua preferência: hambúrguer, cachorro quente, pizza, coxinha.
 
Encontrei-o a pagar pelo lanche.
 
- O que você pediu?
 
- Pedi bolonhesa com guaraná.
 
Bolonhesa era um pão de cachorro quente com muito molho de tomate e dois ou três pedacinhos de salsicha.
 
- Quanto você gastou?
 
- Vinte centavos. Mamãe me dá uma moeda dessas todo dia. Dá pra comprar uma bolonhesa, um guaraná e uma paçoquinha.
 
- Sentamo-nos no banco de concreto em frente a quadra.
 
- E o que você está estudando agora?
 
- Verbos. A professora me ensinou todo o modo indicativo. Mas ela é muito brava.
 
- Sério? Como assim?
 
- Ela manda a gente conjugar de memória lá na frente. Se erramos ela dá um bofetão.
 
- E você, errou?
 
- Errei. Ganhei um tabefe!
 
- E ficou aborrecido?
 
- Na hora sim. Mas estudei muito e agora ela me chama todo mês pra tomar guaraná com rosquinhas na casa dela!
 
Eu sorri, dei-lhe um abraço e disse:
 
- Deus te abençoe, menino!
 
Segui a minha jornada. Fui para a Vila Souza, na zona norte. Eu estava na oeste. Cheguei na igreja batista local. Um barracão de moradia na frente e um salão pequeno ao fundo. Ao lado uma construção com tijolos à vista e uma porta aberta. Entrei. Achei o jovem pastor com meia dúzia de livros abertos sobre a mesa.
 
- Olá, pastor. O que faz aqui a esta hora?
 
- Eu dou plantão. Se precisarem de mim é só chegar. E enquanto aguardo preparo os estudos da escola dominical e os sermões que pregarei. Quer ver o título do que estou preparando?
 
- Claro!
 
"A IGREJA INDIGESTA"
 
- Este sermão é sobre o que?
 
- Sobre a igreja de Laodicéia. Encontrei informações muito boas sobre as expresões de Apocalipse 3. Estou aqui preparando o acabamento.
 
Dei-lhe um abraço afetuoso e disse:
 
- Deuus te abençoe, jovem pastor!
 
Saí dali e decidi ir até o aeroporto de Guarulhos. O trânsito não estava ruim e cheguei no horário do almoço. Encontrei-o na fila do check-in.
 
- Olá, pastor! Para onde está indo?
 
- Acredita que vou para Portugal?
 
- Sério? Como foi isso?
 
- Eu nem sei explicar direito. Eu só sei que coloquei os meus textos nessa tal internet e um deles, "ENCONTREI O MEU NOME" foi parar no computador do pastor da igreja batista de Coimbra. Ele gostou tanto que publicou no boletim da igreja e agora quer que eu pregue no aniversário de sua congregação!
 
- Rapaz, que legal! Está feliz?
 
- Ah, nem me fale! Eu imagino os meus ancestrais, que há 120 anos deixaram Portugal para virem ao Brasil. Acho que quando eu chegar a Lisboa vou beijar o chão!
 
Eu ri muito, chamei-o de papa e lhe disse, num afetuoso abraço:
 
- Deus te abençoe, jovem conferencista!
 
Almocei no aeroporto e rumei para Carapicuíba. Essa é uma cidade colada em Osasco e em São Paulo. Cheguei até uma construção imensa, no fim de uma praça sem saída. Quando entrei assustei-me: cinco caminhões e um grande trator, recolhendo rochas imensas e colocando-as nas caçambas.
 
- Pastor, que obra gigantesca! Por que tudo isso?
 
- Sabe, era pra ser apenas a construção de uma plataforma sobre a qual os americanos ergueriam uma capela, aquelas que eles costumam doar. Mas quando fomos mexer no terreno achamos uma rocha gigantesca. Dois tratores quebraram enquanto tentavam romper a rocha! Já saíram 31 caminhões de pedra e eles dizem que há outros dez para encher!
 
- E tem gente suficiente para congregar aqui, pastor?
 
- Não tem agora, mas com uma capela linda como ela há de ser, havemos de ter muita gente a servir a Deus conosco! Já posso imaginar o estacionamento, o gabinete pastoral, tudo!
 
Eu sorri ao ver as esperanças deste pastor de meia idade. Sonhar é bom. Dei-lhe um abraço e disse:
 
- Deus te abençoe, meu caro pastor sonhador!
 
E saí. Estava entardecendo. Eu tinha uma última visita a fazer. Desta vez seria no Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, na casa de um pastor que há décadas estava servindo a Deus.
 
Ao me deparar com a casa, assustei-me!
 
Era a minha própria casa...
 
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Wagner Antonio de Araújo
04/06/2024

quarta-feira, 29 de maio de 2024

memórias literárias - 1485 - PÂNICO NO MUNDO - O QUE FAZER?

 PÂNICO NO

MUNDO - O QUE
FAZER?
1485
 
Inglaterra sugere aos cidadãos do Reino Unido que montem kits de sobrevivência. O pânico se instaura. A Itália estuda remover milhões de cidadãos em virtude de catástrofe geológica com explosões vulcânicas simultâneas. O Rio Grande do Sul, no Brasil tornou-se terra arrasada e o nordeste está vivenciando enchentes por chuvas torrenciais. O suicídio está ceifando a vida de centenas de pessoas diariamente, seja por medicamentos tomados em excesso, seja por se atirarem nos trilhos dos trens, seja por armas de fogo ou por enforcamento. Os juízes autorizam matar fetos com injeções de torturas, mesmo que o bebê já esteja por nascer. E tudo isso sendo notificado imediatamente, de forma maciça, com a população conectada até o último fio do cabelo, desconectada da realidade local. Estamos mergulhados num caos escatológico. E em igrejas cristãs os ministros pregam contra o evangelho e contra a instituição na qual estão servindo, um absoluto antagonismo de função, permeado de autoridade concedida. Estamos vivenciando ou a inauguração da Grande Tribulação ou os sinais evidentes de sua chegada.
 
Jamais houve tempo assim. O mundo, de forma maciça, está apodrecendo. A crosta da Terra está se rompendo. O subsolo de lava, que circulava continuamente, está parando. A anomalia magnética sobre o Brasil espanta o mundo científico. E os experimentos no acelerador de partículas, na Europa, trouxe, de outra dimensão, elementos e presença espiritual que não deveria estar aqui. O palco está armado.
 
O que fazer, cristãos? O que fazer diante de um mundo em caos? O que fazer com os nossos filhos pequenos, que viverão num universo em acelerado estado de putrefação? O que fazer diante do caos eclesiástico, onde não encontramos mais igrejas condignas para congregar? Nestes dias eu ouvi, por parte do pastor da primeira igreja batista de uma capital brasileira, pregar contra a igreja, contra a denominação e contra o seu próprio ministério!
 
Sugiro 10 coisas, que sigo e que seguirei, com o objetivo de preparar a minha família para o arrebatamento, para o início da grande tribulação (caso o arrebatamento aconteça após o seu início) e para sermos felizes apesar de tudo isso que acontece.
 
01 - Confiar no Senhor acima de tudo. "Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no Senhor", Salmo 112.7. A nossa confiança em Deus hipervaloriza a boa-notícia da salvação que temos no Senhor e de que Ele é presente em nossa vida e coração o tempo todo. Isto nos faz firmes, sólidos e confiantes, não temendo nenhuma má notícia.
 
02 - Florescer mesmo no meio do caos. "A casa dos perversos será destruída, mas a tenda dos retos florescerá." Provérbios 14.11. A nossa tenda, a nossa família, a nossa casa, o fruto de nosso trabalho, os nossos amados filhos e netos, a nossa posteridade, o nosso ministério e trabalho no Senhor, a nossa vida profissional há de florescer, de frutificar, de prosperar com a graça e o favor do Senhor. Por maiores que forem as dificuldades, Deus estará presente e nos dará a cada dia o pão do qual necessitamos, seja através do ganho, seja através da generosidade de outros, seja através de um milagre. Nós cremos em Deus!
 
03 - "A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá." Provérbios 10.28. Os que confiam em Deus, os crentes em Jesus Cristo ficam felizes com a esperança. Para eles a esperança é tão real como se fosse a posse do que motiva a mesma alegria. Eles sentem antecipadamente a felicidade por atingirem os seus propósitos e objetivos. Assim, um cristão que se dedica ao comércio trabalha como quem já conseguiu prosperar. Aquele que cultiva uma roça trabalha como quem já fez grande colheita. O que se dedica ao ensino celebra por antecipação a vitória de seus alunos. O pastor que cuida de seu rebanho antecipa a felicidade, ao crer que o seu povo atingirá a maturidade espiritual e conquistará muitos para Cristo.
 
04 - Não temer nada a não ser desagradar a Deus. Tudo o mais não deve trazer temor. "Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares." Salmo 46.2. Este texto, compreendido de forma simbólica, perde muito do seu significado em nossos dias. Nós devemos olhar o transtorno climático e geológico, social e político, biológico e sociológico e, ainda assim, não temermos nada disso, porque confiamos num Deus que é único e que está acima de tudo isso.
 
05 - "Sabemos que, se a nossa casa terrestre se deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus.", 2 Coríntios 5.1.  Todas as coisas aqui são temporárias, provisórias, passageiras, mutantes. Aqui não é a nossa morada. Estamos aqui, mas não somos mais deste mundo. Há um lugar novo, maravilhoso, eterno, absolutamente perfeito, que nos aguarda nos céus. Independentemente das profecias que se cumprirão e do processo que se seguirá, a nossa morada eterna será incomparavelmente melhor e perfeita. Por isso não temeremos a enfermidade, a catástrofe que leva a nossa casa e os nossos bens, o caos político-social e a falta de perspectiva humana. Temos um novo lar!
 
06 - "Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá." Lucas 12.37. Se há algo que agrada ao Senhor e pode nos dar um profundo senso de utilidade e de missão cumprida é o serviço ao Senhor, ao próximo e à família feito com dedicação, com empenho, com compromisso, com organização e com absoluta perseverança. Lembro-me do Sr. Efraim, em Barbosa, SP, onde morei. Quando as placas de grama para o nosso jardim chegaram o terreno estava feio, com altos e baixos. Ele, da manhã até à noite, em três dias, conseguiu fazer o serviço de forma dedicada, contínua e perseverante. Placa por placa, metro por metro, fileira por fileira. Como nós ficamos felizes ao ver a obra pronta! Assim também cada um de nós deve fazer o possível e o impossível para servir fielmente a Deus!
 
07 - "A sua posteridade será conhecida entre as nações, os seus descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como família bendita do Senhor." Isaías 61.9. Assim devemos investir em nossa família. Cultos domésticos, boa educação, ajuda mútua, clima de piedade e de consagração. Cultura diferenciada e escolhida a dedo. Um lar de fé e de consagração a Deus. Marcas que as crianças e os adolescentes terão em suas personalidades e almas, que influenciarão na escolha de seus cônjuges, na educação de seus filhos e no estabelecimento de regras para as suas próprias vidas.
 
08 - Que sejamos notáveis pelas boas obras que fazemos a todos os que precisam, não notáveis porque publicamos ou porque buscamos a fama, mas porque todos que conosco convivem podem testemunhar a maneira despretensiosa, dedicada e amorosa com que nos dedicamos ao bem do próximo. "Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este que, traduzido quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia." Atos 9.36
 
09 - Fidelidade aos valores bíblicos, recebidos dos que serviram a Deus antes de nós. "Não removas os marcos antigos que puseram teus pais." Provérbios 22.28. Como cristãos evangélicos fomos ensinados a orar nas refeições, a celebrar o culto doméstico em nossos lares, a celebrar o culto público com ordem e com decência, a manter em nossos cultos a leitura bíblica, a pregação, a oração, a evangelização e as ofertas e dízimos, a manter condignamente os nossos pastores e a sermos cumpridores do dever cívico e patriótico. Não devemos mudar isso. Devemos seguir com fidelidade os valores morais recebidos dos mestres que já descansam no Senhor.
 
10 - Aguardemos A QUALQUER MOMENTO a volta do Senhor Jesus Cristo, seja pelo arrebatamento (como creio, pré-milenista que sou), seja pela volta triunfal direta, como os aliancistas proclamam. Devemos estar prontos para QUALQUER MOVIMENTO CELESTIAL DO REGRESSO DO SENHOR. "Por isso, ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá." Mateus 24.44
 
Julgo que estes itens podem dar um fôlego profundo ao nosso preparo para os dias que se seguirão e ao retorno iminente do Salvador.
 
MARANATA!
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
MINISTÉRIO ESSÊNCIA CRISTÃ
 
 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

memórias literárias - 1484 - A MULHER JUNTO À PORTA DE CASA

 A MULHER JUNTO

À PORTA DE CASA
1484
 
 
Depois que as visitas jantaram
E as conversas se atualizaram
Lá vai a mulher à porta de casa
Para despedir os seus entes queridos:
"VÃO COM DEUS, OBRIGADO!"
 
Cinco anos depois,
Quando o primeiro filho é pequeno
O pai decide fazer um passeio
E leva seu menino no carro.
A mulher, à porta de casa
Despede-se com recomendações:
"DIVIRTAM-SE, MEUS AMORES!"
 
Outros cinco anos decorrem.
Agora são três filhos que povoam a casa.
O transporte chega e buzina.
A mulher, à porta de casa
Conduz a filharada e se despede:
"BOA AULA E CUIDADO COM OS UNIFORMES!"
 
Mais cinco anos se passam.
Essa mulher já está madura.
Seus cabelos grisalhos e as pernas engrossadas.
Seus filhos, adolescentes,
Com as mochilas às costas,
Despedem-se da mãe que,
à porta de casa lhes recomenda:
"CUIDADO COM A PISCINA, NÃO DESOBEDEÇAM
O PROFESSOR!"
 
E agora, outro tanto, vinte anos são corridos
E a mulher à porta de casa,
Com lágrimas nos olhos,
Despede o filho mais velho, que leva embora
seus últimos pertences, pois casou-se e vai mudar-se.
"AH, MEU FILHO, VOU SENTIR SUA FALTA!"
 
Cinco anos depois é a vez da moça linda
Que despede-se da mãe, para ir ao exterior.
A mulher, à porta de casa, chora desconsolada,
Mas feliz pela conquista:
"QUE O SENHOR TE ACOMPANHE, FILHA MINHA!"
 
Outros cinco anos e a mulher à porta de casa
Veste-se de preto, viúva que ficou.
Depois das visitas finais ao fim do enterro.
"OBRIGADO PELO CARINHO! VOLTEM SEMPRE"
 
Agora, mais cinco anos, e a mulher de nossa estória
Não está à porta de casa.
Quem está é o filho mais velho.
Leva no braço o seu último vestido.
Mamãe partiu e está com Cristo.
 
Mas a porta agora é outra,
E a pessoa à porta também:
A porta do céu se abre
E lá na porta está Jesus.´
À mulher que chega diz Ele:
"SEJA BEM-VINDA,
BENDITA DE MEU PAI!"
 
Ali não haverá mais despedida
E a mulher não precisará manter-se
junto à porta de casa.
Ela chegou ao Lar!
 
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Escrevi este texto inspirado num desenho que minha filha RUTE CRISTINA FARIAS DE ARAÚJO, de 9 anos de idade fez, com um lápis, enquanto esperava sair a janta.
 
O desenho tocou-me tão profundamente que resolvi celebrá-lo com esta página.
 
Espero que tenham gostado.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
MINISTÉRIO ESSÊNCIA CRISTÃ

terça-feira, 14 de maio de 2024

memórias literárias - 1483 - BRASIL: E TEUS ABORTOS?

 BRASIL: E TEUS

ABORTOS?

1483

Assim não profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a terra; e nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que nela se derramar, senão com o sangue daquele que o derramou. (Nm 35:33)
 
Oitocentas mil mulheres buscam anualmente o aborto no Brasil todos os anos, segundo informações da Câmara dos Deputados. Mas a Organização Mundial de Saúde acredita que o número seja ainda maior, cerca de um milhão de mulheres.
 
O texto bíblico acima, tirado do Pentateuco, os 5 primeiros livros da Bíblia, escrito por Moisés, inspirado pelo Espírito Santo, dizia que o povo de Deus, Israel iria tomar posse de Canaã porque o povo que ali habitava tinha derramado uma quantidade sem precedentes de sangue inocente. E que Israel se cuidasse, porque, quando de posse da terra não poderia igualmente matar e derramar sangue inocente, porque senão PROFANARIAM NOVAMENTE A TERRA.
 
O Brasil irriga sua maravilhosa e bendita terra com o sangue dos bebês abortados todos os anos. Não é um estado brasileiro; são todos os estados, todas as cidades. Se não fosse a pressão de políticos de ideologia diferente deste governo teríamos o aborto praticamente livre para todos até os seis meses de gestação. Mesmo assim, a cada dia o país sacrifica toda uma geração de brasileiros com a sua prática diabólica, nefasta e maldita.
 
A nossa terra está vermelha com o sangue dos bebês abortados. Eles não têm voz e nem direitos. Há suspeitas de sacrifícios deles em cultos ocultistas. Mas não é necessário que sejam mortos em cultos, pois toda injustiça e morticínio dessa espécie é um culto a Satanás, quer se assuma, quer não.
 
A terra cobra a sua fatura. Secas avassaladoras, enchentes destrutivas, b olhas climáticas, pragas velhas e novas nas enfermidades populares, afundamento de terra, pragas egípcias tupiniquins. Estamos apenas no começo. Quando as famílias pararem de destruir as crianças, quando deixarem de considerá-las apêndices de seus pecados e de suas promiscuidades, elevando-as ao nível de seres humanos dignos de respeito e de proteção, as coisas começarão a mudar. Se o aborto não se configurar em crime, como quer o atual mandatário e os seus juízes sanguinários, certamente se configura em PECADO, quer acreditem ou não, diante dAquele que é o doador da vida. Que o país se lembre disto quando não tiver mais controle dos acontecimentos.
 
Brasil: está na hora de chorar pelos seus bebês abortados e de pedir PERDÃO A DEUS!
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
MINISTÉRIO ESSÊNCIA CRISTÃ
 
 

memórias literárias - 1487 - EU ERA ...

  EU ERA ... 1487   "Eu era uma igreja. Hoje sou um centro muçulmano de revolução islâmica."   "Eu também era uma igre...