quarta-feira, 27 de novembro de 2013

memórias literárias - 128 - SE EU FALAR UM PALAVRÃO


 128 - SE EU FALAR UM PALAVRÃO

São semelhantes aos meninos que, assentados nas praças, clamam uns aos outros, e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. (Lc 7:32)

Vivemos um tempo esdrúxulo! É a época do coroamento da mediocridade! A facilidade com que as informações chegam para nós tornou tudo banal. Não há surpresa alguma em ouvirmos sobre um assassinato, uma guerra, uma enchente, uma crise. Outrossim, notícias normais ou de coisas boas nem sequer são lidas! Quem gasta tempo para ler algo do tipo "Jardim Floresce na Avenida Principal", "Escola Celebra 100 dias Sem Greve" ou "Empresa Pagou o 13o. Integralmente a todos os funcionários?"

Isso nos faz lembrar o texto bíblico citado por Jesus como ditado popular em sua época: meninos que reclamavam da falta de atenção. Se cantavam, ninguém chorava; se tocavam, ninguém dançava. Seu significado era claro: ninguém olhava para eles.

E o que essa geração medíocre repleta de tecnologia está a fazer? Buscando atenção. Hoje, diferentemente dos tempos passados, temos comunicações imediatas: SMS para celulares/telemóveis, temos e-mails e internet, temos facebook , temos chats de toda espécie, e temos vídeos. Ah, sim, as pessoas querem ver, ver coisas diferentes, coisas que chamem a atenção! E para tanto, usam dos meios mais esdrúxulos: nudez, sexo, violência e palavrões.

Sim. Basta alguém soltar um palavrão e a popularidade fica garantida. Basta alguém tirar a roupa e o número de "curtições" no facebook ou de vezes acessadas no youtube sobe às alturas. Logo os programas televisivos convidam as celebridades de um palavrão para dar entrevistas e celebrar o sucesso. Do mesmo jeito que vieram, se vão: sucessos temporários. Se forem mulheres que xingaram, então passam para o segundo ato: tiram a roupa. Nova celebração da fama! E daí para tornar-se apresentadora de programa de tv é um passo mais curto. Ou então grupos criam canais de vídeos ridículos, chulos, torpes, muitos deles evangélicos, para zombar de tudo e de todos, sem qualquer censura. E, em havendo palavrões, ficam mais populares ainda.

A moda é tão extensa que já tomou conta dos púlpitos! Pregadores que querem a celebridade buscam um estilo despojado, esportivo, popular, e, principalmente, um linguajar esdrúxulo, feio, jocoso e com maliciosidade evidente! E como se tornam populares! Como são celebrados!

Será que o mundo enlouqueceu? Será que todos ficaram insanos? "Parem o mundo que eu quero descer!", é o que sentimos na alma ao contemplarmos tamanha nivelação ao mais baixo nível! Mas o mundo não mudou. Ele é podre desde a entrada do pecado no mundo. 

Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1Jo 5:19); E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (1Jo 2:17); Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. (1Jo 2:15); Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! (Is 5:20)

O mundo não presta. A imprensa de lazer está construída no pecado, na maldade, nos palavrões e na vida despida de compromissos diante do Senhor. Ontem, dia 26 de novembro de 2013, vimos claramente tais manifestações na celebração do Rio Sem Preconceito. Ali estavam sendo premiados todos os que edificam suas vidas, carreiras e sucesso em palavrões - e quero conceituar "palavrão" como uma vida de contestação aos valores bíblicos, cristãos e morais, a agressão à família e o império da promiscuidade, o império do hedonismo e a declaração da antinomia. Ali estava o escritor de novelas celebrando a homossexualidade. Estavam as cantoras, atores, profissionais celebrando a nudez, a promiscuidade, a androgenia,  o racismo disfarçado de não-preconceito (conforme uma mãe-de-santo a declarar na ONU que  não há brancos no Brasil, como se isso fosse uma declaração de não-preconceito). Ali estava o deputado-celebridade, que ganhou fama num "reality show" e fez-se a voz dos que falam palavrões.

Isso faz sucesso. Ser gay faz sucesso. Ser indecente faz sucesso. Aparecer nu faz sucesso. O divórcio faz sucesso. Brigar em público faz sucesso. E ser um pregador universalista, de linguagem chula, sem compromisso com a Bíblia faz sucesso.

Que bom que não ficaremos neste mundo, nós, o os que nos incomodamos com essa realidade medonha! 

Jesus disse: Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. (Jo 18:36). 

Que bom que haverá um novo lugar! 

E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. (Ap 21:1). 

Que bom que haverá seleção de habitantes no céu! 

Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. (Ap 22:15).

Enquanto estiver por aqui, serei representante do Reino de lá. Não me intimidarei e nem reduzirei os meus valores no nível mais baixo. Manterei um padrão que pode não dar "ibope", pode não trazer fama, dinheiro, poder ou fazer de mim uma celebridade, mas certamente me manterá em comunhão com Aquele que me salvou, salva e salvará para sempre! 

Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. (1Co 16:13); Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma; (1Pe 2:11)

Que Deus nos ajude a não precisarmos falar nenhum palavrão.

Wagner Antonio de Araújo

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