SEM
APLAUSOS,
POR
FAVOR!
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E não
necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que
havia no homem (Jo 2:25)
Eu não
busco a minha glória; há quem a busque, e julgue. (Jo
8:50)
Dia após dia as pessoas se
adaptam ao grande julgamento do populacho, das redes sociais, mídias da internet
e à opinião pública. O ator diz uma coisa, é criticado e volta para pedir
perdão. Não é que tenha se arrependido; é que perdeu seguidores no facebook e no
twitter. O canal de tv faz uma coisa, é julgado e massacrado e então tira do ar
a atração, pedindo desculpas. O político afirma categoricamente uma opinião, é
julgado pelo povo e então muda de opinião radicalmente, como se nunca tivesse
pensado de forma contrária. Isto é, as pessoas não têm opinião; elas têm
palavras para agradar ao público.
Isso invadiu também as
igrejas. Pastores são instados e aconselhados pelos membros de sua igreja a
cederem nos princípios, nos valores, a serem menos rigorosos, a fazerem vistas
grossas ao pecado. São aconselhados a mudarem, a arrancarem a gravata, a
abolirem o hinário, a diminuirem o sermão (que já é curto, se comparado aos
antigos). Se o pastor não mudar perderá jovens. Se mudar perderá apenas idosos e
estes estão "com o pé na cova", logo morrerão... Então muitos sucumbem, mudam a
prédica, mudam a liturgia, mudam o foco, mudam a cara do culto, mudam a hinódia,
mudam o vocabulário, a roupa e caem na vontade e na opinião
popular.
Os apóstolos tentaram fazer
isso com Jesus.
Então,
acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus,
ouvindo essas palavras, se escandalizaram? (Mt 15:12)
E a resposta de Jesus, um
pouco adiante, foi:
Então
disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? (Jo
6:67)
Jesus não avaliava a sua
prédica pela opinião dos seus apóstolos; quem dirá pela opinião do mundo!
Fariseus, saduceus, zelotes, romanos, gregos, políticos e até a família*, não
eram suficientemente audíveis ao seu coração. Para Ele a VOZ DE DEUS, seu Pai,
era mais do que suficiente para seguir em frente com o Seu ministério.
* E,
quando os seus parentes ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está
fora de si. (Mc 3:21)
Ao pregador do evangelho,
ao pastor, ao evangelista, ao que anuncia a Palavra de Deus, não cabe avaliar a
sua prédica pela opinião pública. A opinião dos homens não é a vontade de Deus.
A mesma multidão que gritava: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" foi a mesma
que disse: "crucifica-o" dias depois! Portanto, quem quer agradar a todo mundo
torna-se refém de todo mundo, vende a alma para o Diabo e alcança o título de
ser desprezível, que não tem opinião própria. Quem quer ganhar aplausos perde a
vergonha!
"É desconfortável ser seu
amigo ou relacionar-se com você, Pr. Wagner, porque você diz a verdade e não
abre mão do que crê".
Quem isso me disse falou
com amor e avaliou algumas pessoas que, sem motivo aparente algum, deixaram o
convívio. Alguns porque sentem-se mal com afirmações do tipo "tatuagens e
piercings são contra a vontade de Deus"; "Cristo não pode dar nome para parque
de diversões", "Pastores que chamam Deus de promíscuo não são nascidos de novo".
Bem, se isso causa desconforto, lamento informar, mas não cederei.
Então, com toda a
convicção, afirmo que aplausos não me cativam; também críticas não me
constrangem. Um dia, quando me converti, decidi que a Bíblia seria a minha base
de fé e prática. Assim como ela foi clara naquilo em que eu deveria fazer, foi
clara no que eu deveria deixar de fazer. E, como fui chamado para pregar esta
Palavra, devo pregá-la completa, sem tirar nem por. E se isso causa mal estar em
alguns, que não podem conviver com uma opinião clara e antagônica dos seus
próprios pontos de vista, lamento. Enquanto estiver vivo, puder pregar, escrever
ou fazer gestos, continuarei na autenticidade de minha fé (firmado na Palavra de
Deus, não nas minhas opiniões pessoais).
Continuarei a dizer que
quem compra e não paga é ladrão, mesmo que seja membro ou ministro
religioso.
Continuarei a dizer que o
corpo do crente não é um papel onde possa decorar com tatuagens ou furar com
piercings, mas templo do Espírito Santo.
Continuarei a dizer que
quem transforma o culto cristão num encontro de acariciamento de ego,
antropocêntrico, está pecando e abortou a fé.
Continuarei a dizer que
pastores que mudam as igrejas e as suas doutrinas são enganadores, pois foram
ordenados numa confissão e numa fé pública para dar prosseguimento ao trabalho,
não para destruí-lo e modificá-lo.
Continuarei a dizer que
pelos frutos é que se conhecem as árvores.
Continuarei a dizer que a
fornicação é prostituição, mesmo que as relações sexuais sejam com noivas ou com
quem irá se casar. E que quem não acerta o seu estado civil vive em
prostituição.
Continuarei a dizer que
quem não oferta ou entrega o seu dízimo rouba a Deus. E que somos compromissados
com a igreja local, lugar onde devemos a nossa fidelidade.
Continuarei a dizer que
quem sai da igreja por causa de problemas com os homens pune a Deus, que é o
dono da igreja. E se isso faz, está pecando e ferindo a igreja do Senhor.
Continuarei a dizer que
quem é crente em casa, fazendo carreira-solo, exceção de um idoso ou doente que
não se locomove, não vive a fé e não produz fruto de cristianismo, que é
coletivo e gregário.
E continuare a dizer que
não abro mão de minha fé simples no evangelho: sou pecador, com os meus pecados
iria para o inferno, mas Cristo morreu por mim e pagou o preço; recebi-O e Ele
me fez renascer e me salvou, dando-me certeza de vida eterna; e hoje vivo só
para Ele, até que volte ou que me leve.
E é isso
aí.
Como disse o Apóstolo
Paulo:
Desde agora ninguém me
inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. (Gl
6:17)
Wagner Antonio de
Araújo
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