PAPAI,
NANA
COMIGO?
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Estava eu no escritório de
casa, entre tantas atividades (levar a esposa para exames do bebê que está para
nascer, buscar o sogro no hospital após um derrame, preparar um texto e logo
sair novamente para atender outra necessidade), quando minha filha Rute, que
amanhã completa um ano e nove meses, me puxa a camisa e, súplice, me diz:
"Papai, nana comigo?"
Ah, aquele rostinho meigo,
carente, amoroso, com tanto sono, precisava do papai para sentir segurança. Tia
Milú não estava; então eu tomei-a nos braços, disse que a amava e levei-a para a
cama, deitando-me com ela. "Papai, pega coberta!". Tomei uma manta quentinha e
cobri-a, bem como a mim e disse: "Papai está aqui, meu amor; dorme com Deus". E
ela sorriu.
Lembrei-me do colo de Deus,
no qual inúmeras vezes me atirei; lembrei-me do Papai do Céu, com quem sempre me
socorri. Não falei como Rute Cristina ("Papai, Nana Comigo?"), mas na linguagem
adulta disse a mesma coisa ("Pai, socorre-me, consola-me, fortalece-me!"). Não
há colo melhor do que o de Deus, quando o cansaço nos domina e a insatisfação
com os acontecimentos nos entristece. Também é o melhor lugar quando queremos
desfrutar apenas da companhia de quem mais amamos. O colo de Deus é fonte de paz
e segurança!
Fiquei com Rutinha até que
estivesse confortável e dormisse. Ela abria os olhinhos e sondava para saber se
eu ainda estava ali. Eu estava. Não abandonaria a minha filha por nada. Assim
Deus faz comigo, quando Lhe busco: me dá descanso, me refrigera a alma, me
consola, me faz repousar seguro! Deus é meu Pai, não por geração natural, mas
por adoção, na pessoa bendita de Jesus, o Seu legítimo e único Filho! O Seu amor
por mim é mais doce do que o mel e o destilar dos favos! Ele prometeu que
estaria comigo para sempre.
E eu creio
nEle.
Bendito seja
Deus!
PAPAI DO CÉU, NANA
COMIGO?
Wagner Antonio de
Araújo
18/04/2017
obs: em homenagem à
Rutinha, que amanhã completa 1 ano e nove meses.
vejam:
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