PARADAS
&
MARCHAS
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Comércio, negócios,
produtos, capital de giro, agenda turística. Tudo isso e muito mais. E nada mais
também. É o que acontece na pobre cidade de São Paulo, vítima de tantas
políticas destrutivas, de líderes corruptos, de orientadores religiosos
criminosos e de um povo perdido em suas próprias
mediocridades.
Em uma semana a cidade
sedia uma marcha para Jesus. Jesus nunca pediu para marchar por Ele. Aliás, Ele
e Seu Pai não procuram marchadores, dançarinos, figurinistas, humoristas e
pregadores de stand-ups, igrejas inclusivas, shows gospel ou políticos
religiosos. A marcha em São Paulo não passa de um aglomerado de gente que deseja
circo, fazendo da temática da fé um bom motivo para divertir-se. "Ah, pastor, mas há muita gente sincera e que faz a marcha como um
ministério, pensando servir a Deus!". A estes a Bíblia responde:
Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas
não com entendimento. (Rm 10:2). Zelosos, porém perdidos, segundo
Paulo. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e
procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de
Deus. (Rm 10:3) Se forem crentes de verdade deveriam acordar para o
seguinte fato: a verdadeira marcha para Jesus acontece dia após dia, quando um
crente vive a Palavra de Deus, confrontando o mundo com os valores do Reino. Não
é sambando, dançando, gritando na rua, seguindo um carro alegórico e líderes
jactanciosos, que Cristo será glorificado. Seu Reino não é deste mundo; logo, o
tipo de adoração que Ele busca não é midiático, mas diário. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o
adorem. (Jo 4:23). O Reino não é show, mas é obediência. E não se
obedece marchando, mas servindo. Aquele que tem os meus
mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de
meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. (Jo 14:21). Se
marchar para Jesus e virar evangélico fosse sinal de conversão, o país seria
outro, pois o saneamento moral, cultural, ético, educacional, higiênico oriundo
de uma vida de temor a Deus mudaria por completo este país. Mas é exatamente o
inverso que acontece: quanto mais evangélicos, menos testemunho, não por serem
evangélicos, mas por não serem nada mais do que um teatro para exibicionismo,
como a suposta marcha.
Em contrapartida, esta
cidade realiza a parada dos homossexuais. Mais de três milhões de pessoas,
hotéis abarrotados de gente, comércio a vender toneladas de produtos. Não
importa que a moral a ser exibida na passeata seja indigna dos nossos filhos e
dos nossos familiares (nudismo, simulação de sexo explícito, acusações contra o
cristianismo como inimigo da causa deles etc). O prefeito, amigo de Deus e do
Diabo, não perde os dois palcos. À marcha mandou seu emissário e à parada deu
todo o suporte. Claro, ele é prefeito de todos os paulistanos. Todos têm o mesmo
direito. Disto ninguém discorda. Mas uma cidade e uma gestão que não tem
opinião, que opta por tudo e por nada e que, para tristeza dos cristãos, opta
por apoiar um movimento que dirá ser a religião a inimiga de suas causas, é, de
fato, uma cidade sitiada. Um governante pode governar para todos, mas
estabelecer um procedimento digno e não comprometido. "A cidade permite,
estabelece regras, mas este prefeito não compartilha do ideal". Para um político
assumir posições é coisa tão rara como um trevo de quatro
folhas...
Não basta o desemprego
monumental que estraçalha a vida familiar do paulistano. Não bastam os impostos
abusivos que pagamos dia após dia, com o IPTU mais caro do planeta. Não basta a
criminalidade que nos aprisiona atrás das grades de casa e deixa soltos os
criminosos que roubam carros, celulares e ceifam vidas. É necessário investir em
tudo aquilo que significa abominação contra os valores cristãos sobre os quais
esta nação dizia ser construída. As vistas grossas de quem julga tudo como
cultura, que não opta e não protege a cidade contra as agressões à família, à fé
e aos valores morais terá as suas consequências cedo ou tarde. Talvez antes do
que imaginemos.
E os cristãos, que deveriam
alçar a voz não contra o direito de expressão de quem quer afrontar a Deus com
uma sexualidade contrária à criação, mas contra o uso dessas manifestações para
influenciar os seus filhos, famílias e bairros com os conceitos contrários aos
seus valores, estão quietos, abobados, vivendo num mundo aparte, achando que o
Espírito Santo os encheu e que vivem tempos de restauração, quando na verdade
estão acovardados pelo poder do pecado e das trevas. Não apenas isso: estão
coniventes, porque na chamada marcha estavam representados os homossexuais
cristãos, uma aberração à própria fé, uma contradição aos valores que fazem a
dita fé existir. Não há coexistência com o cristianismo quando se agride a fonte
de informação da fé, isto é, a Bíblia. Cristianismo sem bíblia é república sem
constituição, sistema solar sem o Sol, criação sem um
criador.
O que esperar de tudo isso?
Um governo que diga: têm direito, mas com limites? Para o governo, o limite é o
lucro! Pode ser marcha para Jesus, passeata homossexual, grupo de raças
diversas, festivais ocultistas ou briga de torcidas. Se for adicionar recursos à
cidade, todos são bem-vindos! Que morram os idosos sem atendimento médico
qualificado, que morram as grávidas por falta de vagas nas maternidades, que
morram os professores por falta de segurança na sala de aula, que morram os
policiais por falta de direito de policiamento e material bélico. Está na hora
de acender a luz de alerta, o farol do atalaia e proclamar a
verdade!
E dize:
Assim diz o Senhor Deus: Ai da cidade que derrama o sangue no meio de si para
que venha o seu tempo! Que faz ídolos contra si mesma, para se contaminar! (Ez
22:3)
Ai da
cidade ensangüentada! Ela está toda cheia de mentiras e de rapina; não se aparta
dela o roubo. (Na 3:1)
A tua
perversidade e as tuas abominações tu levarás, diz o Senhor. (Ez
16:58)
Eu também
andarei contrariamente para convosco, e eu, eu mesmo, vos ferirei sete vezes
mais por causa dos vossos pecados. (Lv 26:24)
Despertemos, cristãos
paulistanos! Despertemos, crentes brasileiros! Despertemos, cristãos lusófonos!
As nossas cidades estão pervertidas, os cristãos tornaram-se mundanos e
coniventes, os nossos governos não protegem e nem dão direitos para quem deseja
preservar os seus valores cristãos! Líderes evangélicos estão mais interessados
em verbas, em cargos, em influências, em corrupção, em fama, em mídia, em
megaconstruções, em grandes impérios, e fazem negócio com a alma de seus fiéis!
E as cidades, à luz de governos libertinos, corruptos, impõem uma agenda e um
valor avesso aos valores cristãos sobre os quais fomos construídos, como os
banheiros públicos de escolas, destinados ao falso terceiro sexo! Faz-nos
lembrar o que o novo testamento preconizou: O qual se
opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se
assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. (2Ts
2:4)
Crentes, parem de marchar!
Parem de palhaçada! Parem de exibicionismo! Vão marchar nos becos, nas vielas,
nos campos missionários, nas perseguições, nos bairros carentes de Cristo. Saiam
da preguiça espiritual e de seus megatemplos regados a luxo e visitem os bairros
carentes de testemunho cristão qualificado! É fácil dizer que se ama a Jesus
sambando pela rua. Diga que ama a Jesus levando uma pedrada pública por divergir
da política de gênero e de celebrar festas idólatras! Marchem enquanto andam,
enquanto deitam, enquanto vivem, sejam luz, sal, representantes do céu e
absolutamente íntegros! Esse é o tipo de marcha que agrada a Deus!
E oremos por nossas
cidades, para que Deus tenha piedade dos cristãos. A perseguição irá aumentar,
mas que Deus abra os olhos dos coniventes, para que se levantem e digam NÃO ao
sistema que ceifa a sua combatividade.
Ora, vem, Senhor
Jesus!
Wagner Antonio de
Araújo
17/06/2017
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