ANZOL
DO
DIVÓRCIO
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Os anzóis são ferramentas
utilizadas na captura de peixes, que, atraídos por um petisco desejado, a isca,
acabam presos pela boca. Por mais que os anzóis sejam usados numa lagoa, rio ou
em qualquer criadouro, os peixes nunca aprendem (e nem podem); os sobreviventes
sempre cairão na armadilha.
Os casados também podem ser
comparados a peixes que nadam pelas águas da vida e da existência conjugal.
Constantemente Satanás lança os seus anzóis, disfarçados de deliciosos petiscos,
de chamariscos, de armadilhas que atraiam os seus olhares ao cônjuge alheio ou a
algum solteiro interessante. Mas, diferentemente dos peixes, o ser humano possui
o JUÍZO e pode ser guiado por VALORES, além (e sobretudo) pelo compromisso com o
Deus Todo-Poderoso, que estabeleceu alianças perpétuas. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (Mc 10:9)
Quero citar alguns anzóis
contemporâneos, disfarçados, jogados pelo Diabo e seus demônios, para
interromper a vida de uma família, de um casal, de pais que criam os seus filhos
com tanto esforço. Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo,
vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa
tragar; (1Pe 5:8)
Um amigo ou amiga do
trabalho, alguém de convívio constante, manifesta gentileza, atenção, interesse
no bem estar e desejo de dedicar tempo privado para conversar. A pessoa, que
atravessa momentos de desentendimentos ou de pouco diálogo caseiro, enxerga
nisso um consolo, um refrigério. Então inicia e desenvolve um relacionamento de
amizade que, aos poucos, torna-se compromisso, desejo, necessidade, até que o
anzol lhe entra pelo céu da boca e o fisga para o inferno: traiu o cônjuge. Ou,
talvez, planeja a troca de parceiro; apenas pedirá a separação para concretizar
o que planejou.
Um amor tão ardente e tão
intenso, manifestado num convívio constante, sofre o esfriamento devido às lutas
diárias, à rotina de trabalho, à criação dos filhos e ao desenvolvimento da
estafa. Para driblar o tempo livre e a falta de calor, começam os contatos por
redes sociais (whatsapp, facebook, skype etc). Alguém estranho, que surgiu do
nada, inicia uma conversa construtiva, agradável. Compartilha algumas fotos,
fala de alguns sonhos e um sentimento surge. Aparece então o fraseado
comprometedor, os apelidos carinhosos e os sonhos imaginados e impossíveis até
então. Pronto - o anzol entrou pela boca e uma terceira pessoa povoou mente e
coração. A sequência disto já é muito comum e conhecida: um encontro num
restaurante, uma viagem para um hotel próximo, um acordo para separação do casal
que se destrói. As trevas aplaudem a gloriosa pescaria
realizada!
Cônjuges casaram-se, mas
sem a estrutura emocional e maturidade necessárias. Vieram as crianças, chegaram
as cobranças, surgiu o grande vazio de tanques de amor esgotados. O marido
sente-se amado pelo toque, mas a esposa só se sente amada com atos de serviço.
Ambos não se suprem e as divergências crescem. As brigas avolumam-se. Então a
esposa pede um galão de água a um entregador e o atendente é prestativo, coloca
o objeto no filtro, limpa o chão molhado, dispôe-se a entregar-lhe sempre. Surge
um flerte. O marido, indo para o trabalho de ônibus, senta-se lado de uma mulher
bonita, que troca conversas. Ele abre-lhe o coração e ela afaga-lhe o braço com
ternura. Na próxima viagem vem um abraço e estabelece-se o suprimento externo
inesperado. Os anzóis estão bem presos: o casal pede a
separação.
Eu poderia alistar centenas
de outras situações. Mas a matriz é sempre a mesma: QUEBRA DE ALIANÇA. Ninguém
atualmente é obrigado a casar-se com ninguém. Porém, ao casar-se, constrói uma
aliança PARA A VIDA, não para o momento. Portanto
deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos
uma carne. (Gn 2:24); Porque a mulher está sujeita ao marido enquanto ele viver.
(Rm 7:2)
Casar-se é uma missão, uma
honra, um compromisso. E o seu fundamento não é o sentimento, ainda que este
seja importante; a sua liga é A ALIANÇA DE COMPROMISSO. Exceto nos casos citados
na Bíblia (traição), o casal deve manter-se unido até que a morte os separe. O
que Satanás deseja (e tem obtido muito resultado) é DESFAZER as famílias. Quando
os filhos estão crescidos a tristeza é grande, mas quando os filhos são
pequenos, o desastre é maior ainda: guarda compartilhada ou litígio, duas casas,
duas ou mais famílias, pai e padrasto, mãe e madrasta, irmãos e meio-irmãos,
convívios diversos, bagunçados, distintos e confusos. E o principal: entrar na
vida adulta não confiando na instituição divina, sem acreditar que haja algum
casamento que preste.
ANZÓIS! Cuidado! Cuidado
com as raposinhas! Apanhai-nos as raposas, as
raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor. (Ct
2:15). Vigilância! Não deixar brechas no convívio, no entendimento,
no culto ao Senhor, na harmonia e na comunhão espiritual. Por isso o casamento
com fé divergente ou diferente não é da vontade de Deus. O casamento, antes de
ser a união um casal humano, é uma aliança com Deus, um compromisso para toda a
vida. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém
seja infiel para com a mulher da sua mocidade. (Ml
2:15)
Os peixes continuarão a
serem fisgados no riacho. Mas lembre-se: você não é um peixe, você tem juízo.
Desvie-se dos petiscos fáceis, lançados por Satanás.
E que Deus preserve as
famílias! Que console os vitimados pelo divórcio e que traga paz aos
lares!
Wagner Antonio de
Araújo
06/02/2018
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