05 - EU
CELEBRO
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Uma manhã ensolarada, sem nuvens,
ou um amanhecer chuvoso e frio. Há beleza e virtude em ambos e são dádivas
divinas.
Celebro um prato de arroz e feijão
bem feitos ou um banquete com comidas especiais. Deus me deu o pão para este dia
e, quer seja comum, quer selecionado, são bênçãos do meu
Pai!
Celebro um carro confortável, que
me leva onde quero. Mas também me alegro por uma ida à pé, com pernas que
caminham e com olhos que enxergam. A minha gratidão não está no veículo que me
locomove mas na oportunidade de ir, de ser esperado, de ter algo para fazer e de
poder ir!
Celebro o trabalho supridor, que
me dá boa diária e conforto. Mas também celebro o temporário, aquele serviço que
surgiu e que me renderá tão pouco! Não celebro apenas a atividade servil ou a
remuneração, mas a chance de servir e tornar realizado e bem
feito.
Celebro a casa cheia de visitas,
os parentes e amigos que me querem bem. Celebro, todavia, a casa vazia, pois
ali, em privado, posso ter comunhão com Deus e orar pelos que me são
caros.
Celebro a saúde abundante, o
brilho no olhar e a força para viver. Mas também celebro o ocaso, a fraqueza e a
dificuldade, pois tomo consciência de minha finitude e encontro a verdadeira
razão para ser feliz, Deus em mim!
Celebro a fartura, o patrimônio
ampliado e monumental, mas também celebro a vida difícil de não possuir nada
neste mundo. Afinal, de tudo o que possuímos (ou não), só levaremos o que couber
na alma e no coração. Aqui tudo é emprestado.
Celebro o dia do começo, quando
tudo é festa e a lua-de-mel encanta a alma. Mas celebro o fim também, quando uma
obra começada tem a sua conclusão. Mesmo que solitária, foi feita e completada,
ou, pelo menos, até onde foi possível.
Enfim, celebro o nascimento, o
aniversário, o dia da chegada. Mas hei de celebrar também o dia da partida,
quando o Senhor, justo juiz, chegar através dos anjos a chamar-me para
atravessar a vida. Jesus não me deixará órfão e nem solitário; estará comigo o
tempo todo.
Celebrai com júbilo ao Senhor,
todas as terras. (Sl 100:1)
Hoje, com amor e com muita
gratidão, celebro o aniversário do meu amado e querido irmão Daniel Paulino de
Araújo. Ele, resposta de um pedido que fiz para minha saudosa mamãe aos seis
anos de idade, foi o irmão que o Senhor me deu. Nele vejo a mim mesmo, carne de
minha carne, sangue de meu sangue, neste tempo em que nossos pais já não estão
mais entre nós. Vejo um homem de Deus, que fez de Cristo a sua esperança,
coluna, sustentáculo e razão de viver. Quero sempre vê-lo como pai primoroso,
fiel, um marido exemplar, um empresário que sabe enfrentar as piores horas
econômicas do Brasil e um crente que busca colocar o Reino de Deus em primeiro
lugar. Eu celebraria a vida se mamãe não tivesse dado à luz ao meu irmão. Mas
Deus coroou-me de alegria, quando, em 1971, neste dia tão especial, trouxe ao
mundo este meu irmão duas vezes, um homem mais do que especial.
Parabéns, meu
muito amado Daniel!
Wagner Antonio de
Araújo
29/06/2018
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