LIMPANDO O
ARMÁRIO
PARA
O ANO
NOVO
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Olá! Aqui
é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. O ano novo vem aí! Com ele chegam também os
armários limpos, as gavetas arrumadas, os cadernos novos! Eu me lembro na década
de setenta, quando minha mãe levava-me para passear no centro de São Paulo. Era
véspera de ano novo. Lá nos escritórios dos prédios, bem no alto, os
funcionários separavam os papéis obsoletos, que não tinham mais serventia, e
picavam-nos, deixando-os em pedacinhos. Em seguida jogavam-nos pelas janelas,
fazendo uma chuva de papéis picados. Era lindo! Eu ficava lá embaixo, extasiado,
a olhar para tantos papeizinhos que voavam e caíam.
O ano
novo exige a limpeza dos armários, das escrivaninhas, das áreas de trabalho. As
donas de casa separam roupas que já não servem mais, que só ocupam espaço, para
dar lugar ás novas, ganhas no Natal ou ao longo do ano. As crianças recebem
cadernos novinhos, encapados pelas mães, onde começarão, no início do ano
letivo, a usá-los. Como era gostoso começar a escrever em cadernos
novos!
Hoje nós
meditamos na chegada do ano novo. Tantos planos, tantas coisas novas esperamos
chegar! Mas é preciso picar o papel velho, é preciso separar do armário as
coisas que já não prestam mais, que não deverão nos acompanhar nos dias futuros.
São pesos mortos que devem sair. Quero lembrar-me de um texto bíblico que nos
indica coisas que devemos tirar para começar bem o ano: Mas agora,
despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das
palavras torpes da vossa boca. (Cl
3:8)
A Bíblia
nos fala em despojar-nos. Isto quer dizer: desapossar-se, tirar de si. São
coisas que devem sair de nossos corações, de nossas mentes, de nosso quotidiano.
E que coisas serão essas? São as
seguintes:
1)
Ira – A ira é a nossa raiva contida, o
nosso mal estar, o nosso aborrecimento diário. São pequenos aborrecimentos que
estragam todo o decorrer do trabalho, do convívio em família, dos estudos e da
nossa paz interior. Devemos trocar a ira pela gratidão. Em tudo dai
graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. (1Ts
5:18). Não será fácil, mas se a cada vez que nos
irarmos formos gratos ao Senhor, tiraremos o veneno da raiva e encheremos o
coração de ternura.
2)
Cólera
– É a gota
d’água, aquela situação que faz a panela explodir, que nos coloca em confronto
com uma pessoa, um colega, um chefe, um cônjuge. É o instante em que saímos do
razoável e apelamos para a violência. Uma briga de trânsito pode ceifar a nossa
vida. Uma discussão em um ônibus, uma palavra torcida numa rede social. Contra a
cólera devemos ter a prudência. O que, passando,
se põe em questão alheia, é como aquele que pega um cão pelas orelhas. (Pv
26:17) Se percebermos que uma situação caminha
para o descontrole, saiamos enquanto é tempo. Lembremo-nos de José, no Egito:
quando a sedução da mulher de Potifar chegou às raias do insuportável, ele fugiu
de sua presença.
3) Malícia – Ah, como o nosso mundo é
malicioso! Falar com segundas intenções, contar anedotas de duplo sentido,
assistir humor sarcástico e sensual, maliciar a fala dos outros. Tudo isso é
danoso, é veneno no convívio e uma brecha que abrimos ao inimigo. Às vezes nem é
um mal em si, mas é a aparência do mal. Sobre isso a Bíblia diz: Abstende-vos de toda a aparência do mal. (1Ts
5:22).
4) Maledicência – Isso é uma desgraça em nossa vida
e deve ser picado em pedacinhos irrecuperáveis, pois não servem para nada de
bom. Maledicência é falar mal, comentar coisas ruins, abastecer a mente e o
coração de conversas sobre a maldade, sobre os defeitos dos outros, sobre os
pecados das celebridades, sobre os problemas do pastor, sobre os defeitos do
chefe, sobre as mazelas dos cônjuges. Está na hora de usarmos a nossa boca
apenas para o que edifica. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a
que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. (Ef
4:29)
5) Palavra torpe – Palavrões, frases ácidas ou
sarcásticas, coisas que derrubam, que denigrem, que ferem. Nestes dias um
jornalista, gravado num intervalo, foi pego em racismo. Quantos de nós, em
privado, dizemos coisas que nos envergonhariam em público? A nossa boca deve ser
fonte de vida e não de morte. Os nossos filhos, cônjuges, amigos, familiares e
irmãos em Cristo devem confiar que de nossa boca só saem coisas boas. Linguagem sã e
irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que
dizer de nós. (Tt 2:8).
Então, vamos
limpar os nossos armários para o ano novo? Pegue os sacos de lixo e encha-os.
Coloque toda a ira, toda a cólera, toda a malícia, toda a maledicência e toda
palavra torpe e amarre bem, para que nada escape. E comece o ano com a paz de
Deus, que ultrapassa a todo o entendimento. Dê a Jesus o seu melhor e FELIZ ANO
NOVO!
Wagner Antonio de Araújo
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