NÃO CONFIO NO MEU ARCO
SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS
NÚMERO: 090
980
Olá!
Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.
O livro
dos Salmos possui inúmeros textos que nos confortam. Eles eram cânticos entoados
no templo de Israel. O Senhor Jesus Cristo cantou salmos, a igreja primitiva
também os cantou. Eles fundamentam a nossa fé e tocam profundamente a nossa
alma.
O Salmo
44 é um salmo triste. Ele foi escrito pelos filhos de Corá. Ali o escritor fala
das inúmeras vitórias que Israel recebera do Senhor. Depois, ao avaliar as
derrotas que sofreram em virtude de seus próprios pecados, lamentava a situação
tão ruim e desesperadora. Por fim o salmo termina com uma súplica pelo socorro
divino. Um versículo pode nos ajudar a compreender com maestria uma grande
verdade: “Não confio no meu arco, e não é a minha
espada que me salva”. Salmo 44.6.
A
ingratidão é uma constante na história do universo. José, filho de Jacó, ficou
preso injustamente e interpretou sonhos de prisioneiros de Faraó. Um deles, que
foi liberto, prometeu que falaria sobre ele tão logo estivesse livre. Mas quando
viu-se fora da prisão esqueceu-se do compromisso e deixou José dois anos
esquecido na cadeia! Como isso dói! Israel também deveria ser grato ao Senhor em
virtude das inúmeras bênçãos recebidas. Contudo, quando tiveram imperadores
fortes e poderosos, quando os seus negócios andavam bem e não havia muito o que
se preocupar, deixaram o Senhor. Como é triste a
ingratidão.
Se eu perguntasse aos ouvintes se já foram alvo de ingratidão, certamente que todos teriam uma história a contar. Eu, igualmente, já perdi a conta de pessoas que não manifestaram qualquer gratidão pelas coisas que, com a graça de Deus, pudemos fazer para ajudá-las. Jesus Cristo enfrentou a mesma situação: ao curar dez leprosos, nove foram embora sem dizer obrigado; um deles, estrangeiro, resolveu voltar e agradecer. Como são poucos os que agradecem!
Deveríamos saber que tudo o que temos, tudo o que somos, tudo o que fazemos não se deve ao nosso arco, às nossas ferramentas, à nossa inteligência, ao nosso dinheiro ou à nossa saúde. Se Deus soprar sobre nós a justiça viraremos cinza e de nada adiantará prestígio, fama, poder ou recursos. Devemos dar graças a Deus pelo que temos e sermos justos para com aqueles que nos ajudaram, que nos ampararam, que estenderam para nós a mão na nossa hora de necessidade. Se isto não fizermos poderemos ser surpreendidos com a justiça divina, que se encarregará de nos demonstrar que não somos nada e nem ninguém. O orgulho precede a queda e a ingratidão precede a carestia. Que Deus nos livre destes sentimentos perniciosos e que tenhamos consciência da dependência divina. Que Ele nos abençoe. Amém.
Wagner Antonio de Araújo
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