domingo, 27 de dezembro de 2020

memórias literárias - 980 - NÃO CONFIO NO MEU ARCO - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS - NÚMERO: 090

NÃO CONFIO NO MEU ARCO

SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS

NÚMERO: 090

 

980

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.

 

O livro dos Salmos possui inúmeros textos que nos confortam. Eles eram cânticos entoados no templo de Israel. O Senhor Jesus Cristo cantou salmos, a igreja primitiva também os cantou. Eles fundamentam a nossa fé e tocam profundamente a nossa alma.

 

O Salmo 44 é um salmo triste. Ele foi escrito pelos filhos de Corá. Ali o escritor fala das inúmeras vitórias que Israel recebera do Senhor. Depois, ao avaliar as derrotas que sofreram em virtude de seus próprios pecados, lamentava a situação tão ruim e desesperadora. Por fim o salmo termina com uma súplica pelo socorro divino. Um versículo pode nos ajudar a compreender com maestria uma grande verdade: “Não confio no meu arco, e não é a minha espada que me salva”. Salmo 44.6.

 

A ingratidão é uma constante na história do universo. José, filho de Jacó, ficou preso injustamente e interpretou sonhos de prisioneiros de Faraó. Um deles, que foi liberto, prometeu que falaria sobre ele tão logo estivesse livre. Mas quando viu-se fora da prisão esqueceu-se do compromisso e deixou José dois anos esquecido na cadeia! Como isso dói! Israel também deveria ser grato ao Senhor em virtude das inúmeras bênçãos recebidas. Contudo, quando tiveram imperadores fortes e poderosos, quando os seus negócios andavam bem e não havia muito o que se preocupar, deixaram o Senhor. Como é triste a ingratidão.

 

Se eu perguntasse aos ouvintes se já foram alvo de ingratidão, certamente que todos teriam uma história a contar. Eu, igualmente, já perdi a conta de pessoas que não manifestaram qualquer gratidão pelas coisas que, com a graça de Deus, pudemos fazer para ajudá-las. Jesus Cristo enfrentou a mesma situação: ao curar dez leprosos, nove foram embora sem dizer obrigado; um deles, estrangeiro, resolveu voltar e agradecer. Como são poucos os que agradecem!

 

Deveríamos saber que tudo o que temos, tudo o que somos, tudo o que fazemos não se deve ao nosso arco, às nossas ferramentas, à nossa inteligência, ao nosso dinheiro ou à nossa saúde. Se Deus soprar sobre nós a justiça viraremos cinza e de nada adiantará prestígio, fama, poder ou recursos. Devemos dar graças a Deus pelo que temos e sermos justos para com aqueles que nos ajudaram, que nos ampararam, que estenderam para nós a mão na nossa hora de necessidade. Se isto não fizermos poderemos ser surpreendidos com a justiça divina, que se encarregará de nos demonstrar que não somos nada e nem ninguém. O orgulho precede a queda e a ingratidão precede a carestia. Que Deus nos livre destes sentimentos perniciosos e que tenhamos consciência da dependência divina. Que Ele nos abençoe. Amém.

 

Wagner Antonio de Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...