quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

memórias literárias - 596 - NÃO SÃO COMO OS PAIS ...

NÃO SÃO
COMO OS
PAIS...

 
596
 
E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, ainda que não como seu pai Davi.(2Rs 14:3)
 
A impressão que tenho é de que vivemos num declive da vida cristã e espiritual. As duas últimas gerações, com raras exceções, estão deixando os caminhos de consagração de seus pais e avós.
 
Conheço muitos pastores, alguns muito bons. Infelizmente os filhos, na maioria dos casos, não seguem os caminhos de seus pais. Continuam crentes, continuam evangélicos (outros não...), mas não são mais como seus progenitores. Dos heróis da fé que povoam o meu coração, pessoas que conheci em vida, raramente vejo alguém de sua prole consagrar-se como eles. Quem conheceu velhos crentes dedicados pode também chamar à memória esta questão: quais dos filhos e netos deles continuam com o Senhor na mesma proporção de seus patriarcas?
 
Sou pai de duas criancinhas. São tenros, são pequeninos. Acordo-os com o cântico de hinos e saudando-os em nome do Senhor. Nino a minha filha Rute com hinos didáticos e fazendo-a gravar versículos da Bíblia. Ela nos alegra quando, junto dos primos, começa a cantar hinos e a falar sobre o Senhor enquanto brincam. Mas é uma criancinha. Josué ainda não fala, é um bebezinho (ou bebezão!). Se o Senhor não voltar logo eles crescerão (é o que peço a Deus). Serão crianças, depois adolescentes, jovens e, posteriormente, adultos. Qual será a fé que terão? Seguirão o caminho dos seus pais?
 
Filhos de crentes não são crentinhos, como filhos de peixe são peixinhos. A fé não é de todos e eles precisarão de conversão genuína ao Senhor. Se eles não seguirem a fé que ensinamos, não queremos que seja por nossa culpa. Aliás, os entregamos ao Senhor desde a concepção de cada um deles. Nós nos firmamos nesta promessa: Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv 22:6). Não se trata apenas de ensino formal, mas de ensinar a viver em todos os sentidos com Deus. Os meus filhos têm que ver em nós, os seus pais, uma fé viva, verdadeira, pessoal, íntegra, vivenciada em cada ato, palavra, pensamento ou decisão. E contarem conosco para lhes explicar cada um dos mandamentos do Senhor.
 
Ah, como almejo que meus filhos sejam mais crentes do que minha esposa e eu! Como eu gostaria que eles nos sobrepujassem em fidelidade, em amor, em dedicação e em seriedade para com as coisas de Jesus! Não queremos fortalecer a estatística de que os filhos estão abandonando a fé que seus pais ensinaram. Não queremos contribuir com a constatação de que a Igreja colocou a perder a sua nova geração. Pelo contrário, queremos que os nossos filhos sejam semelhantes aos filhos de Jonadabe, elogiados pelo Senhor! As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas; pois não beberam até este dia, antes obedeceram o mandamento de seu pai. (Jr 35:14).
 
Oro para que os filhos que me lêem sejam crentes consagrados. Se os pais não o são, que os filhos o sejam; ou mesmo os netos. Mas se os pais são servos de Deus, que os filhos caminhem nas pegadas deixadas por seus progenitores. E que os sobrepujem em consagração e amor pelo Senhor.
 
Wagner Antonio de Araújo

18/01/2018

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