TENHO
VERGONHA
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O pastor foi à lanchonete
com o Eduardo, um jovem que estava muito feliz com Cristo, desejoso de dar a
vida pelo Evangelho.
- Pastor, tenho lido sobre
os heróis da fé. Quanta coragem, quanta dedicação! Eu também quero ser
assim!
- Amém, meu irmão! Vamos
escolher o lanche?
Escolheram um cachorro
quente e um refrigerante.
- Pastor, me encanta ver o
martírio de Policarpo, o testemunho de João Huss, os sacrifícios de Hudson
Taylor! Eu também quero me sacrificar por Cristo!
- Amém, meu
rapaz!
Enquanto conversavam a
refeição chegara. O pastor, então, convida o jovem para
agradecer:
- Vamos dar graças pela
refeição?
- Pastor, vamos fazê-lo em
silêncio, ok?
- Por
que?
- Porque aqui é um ambiente
público.
- E qual o
problema?
- Tem amigos meus da
classe, da faculdade, o que eles vão pensar de mim?
- Você está reparando na
conversa deles nas mesas em que estão sentados? Por que eles reparariam na sua
oração?
- Ah, pastor, por favor,
vamos manter a nossa fé em privado, não precisamos
expô-la!
O pastor, então,
calmamente, chama o atendente e diz:
- Aqui está o valor dos
lanches. Estou de saída.
O jovem
assusta-se:
- O que houve, pastor?
Então o ministro do
evangelho diz:
- Se você não é capaz de
testemunhar do Senhor enquanto come, não será capaz de viver para o Senhor
enquanto estuda, trabalha ou faz qualquer outra coisa. Lamento, meu jovem, mas
se tem vergonha de testemunhar de Cristo numa simples oração no restaurante,
como testemunhará dele num mundo hostil?
O rapaz, enrubecido, de
cabeça baixa, confessa:
- O senhor tem razão,
pastor. Eu tenho vergonha de expor a minha fé. Me perdoe.
O resto da refeição foi uma
aula de testemunho. Ao final, ambos oraram publicamente e o jovem aprendeu que
mais vale viver por Cristo de forma pública que morrer por Cristo apenas como um
ideal inatingível.
Wagner Antonio de Araújo
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