FICÇÃO
OU
REALIDADE
Um padre. Um pastor. Um
filósofo. Um ateu. Um comunista.
Todos juntos em
confraternização pessoal e com convergência de idéias.
São ídolos da mídia. São
astros da TV. São consultores empresariais. São gurus de seus adeptos. São
empresários da mídia de si próprios.
Ah, como é linda a união e
a confraternização! Como é bela a unidade das pessoas!
Eu também consideraria
lindo, se não fosse por um detalhe: nesse time o ideário é único. Não pode haver
posicionamento cristão. Se houver a unidade se esfacela.
Exemplo: se o pastor disser
que Deus criou apenas homem e mulher no gênero humano a comunhão da mesa se
desfaz. Se ele disser que não é à favor de bandeiras socialistas, de campanhas
da ONU, de protestos contra racismo, homofobia e que é contra o aborto a unidade
se destrói.
Mas o padre pode falar
sobre os ritos de sua religião à vontade. O filósofo sobre suas teorias de
educação, de economia e de evolução social. O ateu pode dissertar sobre a
materialidade da vida e o existencialismo como única razão do fôlego de vida. O
comunista sobre as conquistas das massas frente aos
capitalistas.
O pastor pode falar tudo
também, desde que não discorde dos demais partícipes. E fala. Ele é o queridinho
das esquerdas, o bibelô dos entrevistadores e o grande admirado pela mídia como
um dos últimos verdadeiros cristãos de mente progressista.
Ouvíamos, nas palestras de
escatologia, as considerações de que o mundo convergiria para uma única
religião, uma única filosofia, uma única mesa, desde que matasse ao cristianismo
e apoiasse as idéias materialistas e anticristãs. Eu mesmo preguei sobre o tema
diversas vezes.
Nestas alturas eu gostaria
tanto de dizer que isto é mais uma de minhas ficções
literárias!
Mas não
posso...
Wagner Antonio de
Araújo.
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