memórias literárias - 1132 - SANTIDADE AO SENHOR - 09 - SANTIDADE NA ORAÇÃO
1132
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Uma vida de santidade,
de separação para Deus, de consagração ao Senhor exige também uma dedicação
autêntica e profunda à prática da oração.
Orar é conversar com Deus. A oração é o meio através do qual nós
falamos com Deus. E a Bíblia Sagrada é o meio através do qual Deus fala conosco.
Este ato de falar e de ouvir é semelhante à respiração. Nós expiramos quando
oramos e inspiramos quando recebemos a mensagem do Senhor. Um crente sadio e que
leva uma vida santa mescla em sua devoção diária a prática da expiração, isto é,
a da oração, e a da inspiração, isto é, a da leitura da Palavra de
Deus.
Há algumas coisas que devemos fazer quando oramos ao Senhor e que
nos serão muito úteis para que alcancemos o coração de Deus e nos sintamos
completos em nossa devoção diária.
A primeira prática na oração é confessar os nossos pecados e
comprometermo-nos a abandoná-los. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel
e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (1Jo
1:9); O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as
confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Pv 28:13). Precisamos confessar
nominalmente ao Senhor as coisas que fizemos. Se não soubermos ou se algo
estiver encoberto aos nossos olhos, poderemos orar como Davi. E vê se há em mim
algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno (Sl 139:24). Deus nos dará a
graça de consertar a vida enquanto de joelhos
orarmos.
A segunda coisa que devemos fazer é louvá-Lo com a alma
agradecida. Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra,
pois puseste a tua glória sobre os céus! (Sl 8:1). Enquanto oramos trazemos à
mente os inúmeros motivos e razões pelos quais glorificamos a Deus. Devemos
exaltá-Lo pela Sua justiça, pelo Seu amor, pelas obras criadas e,
especificamente, pela nossa família, pelos nossos pais, pelos filhos que nos
deu, pelo corpo que nos concedeu. Enfim, há inúmeros motivos que podemos citar
(e, às vezes, iremos nos emocionar enquanto o fazemos!), como forma de gratidão
por tantas dádivas que Ele nos concede. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não
te esqueças de nenhum de seus benefícios. (Sl
103:2).
Em terceiro lugar usaremos da oração para interceder. Interceder é
pedir por outra pessoa, é estar em lugar de alguém. Paulo solicitava
intercessores para o seu ministério. Irmãos, orai por nós. (1Ts 5:25). Os
cristãos devem interceder pelas autoridades constituídas, por piores que sejam.
Assim lemos: Orai pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que
tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; (1Tm
2:2). Devemos orar pelos três poderes da nação (executivo, legislativo e
judiciário), pelo presidente da república, pelo governador do estado, pelo
prefeito da cidade, pelos deputados, senadores e vereadores, pelos policiais,
bombeiros, pelos que exercem poder, para que o façam com justiça e tenham
sabedoria em suas decisões. Devemos também orar pelos missionários e pelos que
pastoreiam o rebanho de Deus, para que sejam exemplares e tenham autoridade
espiritual no exercício de seu trabalho. Devemos orar pelos irmãos que estão
debaixo de perseguição religiosa, pelos que estão atravessando provações, pelos
que passam fome e pelas crianças ao redor do
mundo.
Em último lugar devemos orar por nós mesmos. Deixar a oração
particular por último é um ato de amor, quando procuramos primeiro a glória de
Deus e o auxílio ao próximo, e só depois o suprimento de nossas próprias
necessidades. Assim lemos na Bíblia: Não estejais inquietos por coisa alguma;
antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e
súplica, com ação de graças. (Fp 4:6). Não há bem maior para a nossa alma do que
lançar sobre Deus a nossa ansiedade. Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós. (1Pe 5:7). Podemos orar e confiar. Podemos contar
ao Senhor tudo o que passa na nossa alma e encontrar alívio, companhia e
socorro. E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
(Sl 50:15).
Aquele que desenvolve na vida uma íntima comunhão com Deus tem o privilégio de viver uma vida rica em propósitos, sem depressão ou ansiedade e pode testemunhar com eficácia do poder de Deus em sua vida. Pais que oram são capazes de viver por Cristo e dar aos filhos um exemplo vivo do que é o cristianismo de fato. Patrões que oram podem ser justos e generosos tanto para com os funcionários como para com os clientes. Pastores que oram estão sensíveis à voz do Espírito Santo de Deus e são capazes de detectar qual a vontade de Deus no exercício de seus ministérios. Casais que oram vivem de forma melhor e vencem as dificuldades com fé e muita esperança.
Como está a sua vida de oração, prezado ouvinte? Não há
santificação sem uma vida de oração e de autêntica comunhão com Deus. Busque-O
agora e estabeleça uma meta bastante clara: não deixar de orar com sabedoria e
com persistência. Que Deus nos abençoe.
Amém.
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