NÃO VÁ
LÁ,
MARCELINO...
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Marcelino era um jovem
atraente, tinha dezoito anos, porte atlético, cheio de futuro. As meninas
apaixonavam-se por sua beleza. Inteligente, bem criado, manifestava desde cedo a
paixão pelas artes marciais. Deus, contudo, não estava neste negócio, uma vez
que rejeitava veementemente um compromisso com o Senhor. Seus irmãos iam à
igreja, mas ele sempre dizia: no próximo final de semana eu irei. Tinha paixão
por combates, por lutas, por violência, por tudo aquilo que não compõe o
espírito cristão.
Marcelino foi convidado
para um baile à beira da praia. Como morava no planalto, tinha que deslocar-se
com outros amigos. Seus pais instaram para que não fosse, pois à noite haveria
culto de louvor ao Senhor. Ele, contudo, no auge de sua arrogância adolescente,
disse peremptoriamente: "Não irei ao culto; irei ao baile. No próximo sábado
irei à igreja". Seus irmãos tentaram dissuadi-lo, mas ele ameaçou bater-lhes.
Seus pais, entristecidos, diziam: "Este caminho não vai lhe trazer vida, filho
querido. Volte-se para Deus!" De nada adiantou.
Marcelino seguiu para o
baile, ao lado de seus colegas maconheiros. Chegando lá encontrou muitas meninas
bonitas, que o disputavam para dançar. Uma delas, a Patrícia, encantou-o. Ele
pediu uma dança; ela não aceitou. Ele insistiu, ela cedeu. E, enquanto dançavam,
um jovem mais velho, mais forte também, aproximou-se, dizendo-se namorado dela.
Marcelino agrediu-o, voltando à dança. O outro, então, furioso, tomou um pedaço
de caibro (madeira), correu por trás de Marcelino e deu-lhe com força nas
costas. Marcelino caiu a três metros de distância. E dali não levantou-se mais.
Todos gritavam, choravam, corriam, desesperavam-se.
Chamaram os bombeiros, que
o levaram ao hospital. Havia quebrado a coluna vertebral. O jovem agressor
desapareceu. Os pais de Marcelino, desesperados, foram vê-lo. Sua mãe estava
inconsolável. Os irmãos estavam chocados e revoltados; prometeram vingança. O
pastor, que também estava por perto, bronqueou-os veementemente, lembrando-lhes
do que o Senhor Jesus Cristo havia ensinado (perdoar aos ofensores e entregar a
causa a Deus). Além do mais, as autoridades constituídas cuidariam de procurar o
criminoso. Aos poucos muitos irmãos em Cristo, parentes e conhecidos chegaram ao
hospital. A perspectiva era a pior possível: havia hemorragia
severa.
O seu pai, pobre homem, de
semblante caído e mergulhado em lágrimas, ficou ao pé do leito da dor de
Marcelino. Chorava e dizia: "Marcelino, meu filho amado, meu herdeiro, minha
juventude! Por que você não ouviu o conselho de seu pai?" Marcelino, ainda com
vida, sussurrou: "Perdão, meu pai! Perdão por não ter considerado o seu
conselho! Na semana que vem eu estarei na ig..." E
desmaiou.
Foi um corre-corre no
hospital, pois entrara em coma e, em seguida, parada cardíaca. Tudo fizeram para
ressuscitá-lo. Mas o ferimento fora sério demais e Marcelino
morreu.
A semana que vem, tão
anunciada por Marcelino como o tempo de seu reencontro com Deus, nunca mais
chegaria. Ele partira para a eternidade, sem Cristo e perdido em seus pecados.
Fizera as piores escolhas!
Há um
caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte. (Pv
16:25)
Ouve o
conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio. (Pv
19:20)
Filho
meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe, (Pv
1:8)
Aos Marcelinos que me lêem
agora, que pensam aproveitar a vida nos bailes e nas baladas do bairro, que se
julgam muito fortes e atraentes, que consideram retrógrados os conselhos de seus
pais: lembrem-se de Marcelino! Esse jovem tinha tudo para ser feliz. Estaria
hoje com mais de quarenta anos, teria certamente esposa e filhos para criar.
Hoje, contudo, está sepultado há vinte e poucos anos e tornou-se tema de minha
estória. E por que? Porque achava que os seus caminhos distantes de Deus eram
melhores do que os caminhos do Senhor. Achava que o Reino de Deus poderia ficar
para o próximo final de semana. Julgava-se cristão, mas não tinha
Cristo.
Mas você, Marcelino que me
lê, tenha o nome que tiver, pode ter um destino diferente, se tomar decisões e
seguir por caminhos diferentes dos seguidos por Marcelino deste
texto.
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai,
pequei contra o céu e perante ti; (Lc 15:18)
Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho
dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores. (Sl 1:1)
Não
endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da
tentação no deserto; (Sl 95:8)
Volte-se hoje ao Senhor.
Troque a balada, o baile, pelo culto, pelo encontro com Deus. Na hora final os
seus amigos lhe abandonarão, mas seus pais e irmãos em Cristo estarão com você.
E mais: Jesus Cristo não o deixará na morte, mas seguirá com você após o túmulo
e ao final lhe ressuscitará.
Entregue-se a
Jesus!
Wagner Antonio de
Araújo
29/07/2017
obs: com algumas alterações, este
fato foi REAL.
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