MÚSICA
OU
MILITÂNCIA?
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Desde há muito a música
popular brasileira deixou de ser música para ser militância. Atualmente a
situação tornou-se caótica. Uma banda de rock acaba de postar um vídeo onde há
beijação gay entre gays e lésbicas, incentivando e enaltecendo a prática. Uma
atriz global postou vídeo de música com cenas eróticas de lesbianismo. No Rio de
Janeiro é comum bandas de funk postarem apologia ao crime e às drogas. No meio
goiano e central do Brasil os safadões cantam as conquistas e noitadas de orgia.
Isso pode ser qualquer
coisa, menos música.
Em meu tempo de adolescente
era vergonhoso ouvir qualquer coisa brasileira; vingava a idéia de que era
chique e aceitável escutar disco music e ritmos americanos. Hoje, conquanto a
situação cultural tenha sido absolutamente invertida, o conteúdo de toda a
cultura musical é algo execrável e desanimador. Os que apreciam não estão
satisfeitos em ouvir; eles equipam os seus carros e casas com sonorização
monstruosa. Um carro toca uma música a um quilômetro de distância e os vidros da
janela de casa tremem.
Música é anterior ao ser
humano. Existiu entre os anjos e estes, quando do nascimento de Jesus Cristo,
trouxeram um coral para executar uma cantata natalina diante de pastores no
campo. Satanás, sob todos os aspectos, é um ser de origem musical, com a
condução de louvores angelicais a Deus. Foi na música tão bela que corrompeu-se.
E agora, músico primevo, torna-se responsável em usá-la para ludibriar toda a
humanidade, tornando-a dopada e possuída pelos seus ritmos, pelos seus gingados,
pelas suas baladas e pela militância de suas idéias.
E o que a música
contemporânea tem ensinado?
Ela ensina que o mal é bom.
Ela diz que é bonito, é belo, é chique ser ruim. Ela ensina que o que importa é
o que eu sinto, o que eu acho, o que eu desejo, o que me fascina, o que me
encanta. Ela diz que eu sou o único parâmetro para avaliar se algo é válido ou
não. O certo e o errado não passa de opinião abstrata.
Ela doutrina a militância
homossexual. Um travesti, morto recentemente, afirmou: "Deus fez o homem e a
mulher, e o diabo inventou o gay". A música torna esse amargo desencontro com a
criação original divina num suco adocicado, servido às massas em copos
descartáveis. Nas escolas, nos times, nos grupos, nas baladas, essas músicas são
tocadas, repetidas, e agora, com os vídeos, são representadas por imagens de
promiscuidade sem limites. O resultado é uma geração entorpecida e sem direção,
que não tem certeza do que realmente é. Para este povo uma genitália não é
suficiente para emitir um laudo de sexualidade.
A música faz a apologia ao
crime. Ela incentiva o roubo, a ganância, ela mostra como virtude o engano, a
esperteza, o tirar vantagem ilicitamente. Ela busca enaltecer aquele que
constrói a vida pisando nos outros, burlando as regras, tornando-se o maioral.
A música incentiva o
adultério, o incesto, a pedofilia, a promiscuidade. Não fala de poesia e de
coisas bonitas; ela fala de cama, de suor, de contatos físicos, fala de roubar a
mulher do outro, de ter vários homens, de ficar com toda a turma da escola. A
música não tem mais pejo no uso de palavras; ela rebaixa o vocabulário para
manter chula a canção. Um funkeiro carioca possui mais de uma dezena de mulheres
e suas músicas são o último grau de esgoto. Basta anunciar um show e a
bilheteria se esgota em um dia. Eles ganham fortunas com a ostentação da
prostituição e não sentem arrependimento.
A música, enfim, ensina a
rebelião. Ela ensinou a se erguer contra as autoridades, a se indispor contra a
polícia, a erguer a mão contra os pais, a protestar contra a moral, a apontar o
dedo no rosto de Deus, a negar qualquer gesto ou ato de submissão. A música é o
carro-chefe para se rebelar contra qualquer sistema.
O que se fez com a música
verdadeira, a brasileira? Onde está a poesia e o canto do amor verdadeiro? E as
canções que falavam sobre o país, as florestas, a história, sobre as famílias,
sobre as alegrias e tristezas, sobre a cultura e os valores da nação? Estão nos
museus. A música instrumental tem os seus nichos como "cult", sem propagação
nenhuma. A música regional tornou-se "raiz", confinada a um grupo seleto de
saudosistas ou provincianos localizados. Poesia? Se não houver palavrão serão
esquecidas e jamais tocadas. Música erudita? O que é isso, é alguma
comida?
Triste situação de um país
cuja música tornou-se ruído ensurdecedor! Até as igrejas deixaram sua hinódia
clássica, suas canções bíblicas, seus hinos tradicionais, por música de consumo,
feita à luz dos desejos populares, lançadas para que sejam vendidas e
popularizadas! Cânticos antigos como "Buscai Primeiro" e "Calmo, Sereno e
Tranquilo", que tornaram-se hinos eternos, deram lugar ao lixo de consumo de
gente do glamour dos palcos religiosos do comércio da fé.
Música ou militância? O que
há hoje é militância. E, por trás de toda a militância delas, está Satanás, a
preparar o palco para o anticristo.
Chega de
militância.
Eu quero ouvir música de
verdade.
Wagner Antonio de
Araújo
07/09/2017
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