A EPÍSTOLA
DE
PAULO
AOS
EFÉSIOS
Por
Wagner Antonio de Araújo,
Pastor
da
Igreja
Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba,
São
Paulo, Brasil
2ª
MENSAGEM
EFÉSIOS 1.3-14
–
NOVE BÊNÇÃOS
CONCEDIDAS
O TEXTO – Efésios
1-3-14
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção
espiritual nas regiões celestiais em Cristo,
4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,
7 no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,
8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência,
9 desvendando-nos o mistério da
sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em
Cristo,
10 de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra;
11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,
12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;
13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;
14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
INTRODUÇÃO
Elaine e eu
formávamos um casal sem filhos. Orávamos e pedíamos ao Senhor para nos conceder
herdeiros que nos fizessem companhia, a quem pudéssemos criar e a quem
deixássemos o patrimônio de nossa existência. Deus nos atendeu. Primeiramente
deu-nos a Rutinha, nossa primogênita. Depois concedeu-nos o Josué, nosso garoto
tão querido.
Os nossos filhos
nasceram nus, sem pertence algum; não tinham roupas, nem objetos, nem armários,
nem cama, nem nada. Nós, os seus pais, fizemos a provisão de tudo para o seu
conforto e manutenção, juntamente com os presentes que ganhamos. Compramos
móveis para o quarto, berço, roupas de cama, roupinhas para vesti-los, objetos
de higiene, mamadeira, carrinho, enfim, tudo. Quando eles saíram da maternidade
e chegaram em nossa casa já tinham a provisão necessária para o início da vida. Como eles mudaram a nossa rotina!
Nesta semana
Rutinha dormiu fora pela primeira vez, longe da mamãe. A vovó cuidou dela. Para
nós, entretanto, a noite foi difícil: não conseguíamos sentir conforto com a
ausência da filha amada. Tudo em casa lembrava a Rute. Quando a vovó a trouxe, o
brilho voltou nos nossos olhos e a casa estava completa de
novo.
Hoje queremos
nos deter nos versos 3
a 14 do capítulo 1 de Efésios. Como sabem, Paulo, o
Apóstolo, escreveu esta carta provavelmente no ano 62 da era cristã. Ele a
escreveu da prisão em Roma, como Colossenses, Filipenses e Filemon. A carta deve
ter circulado por várias igrejas da época e não foi escrita para combater
nenhuma heresia, senão para vislumbrar tudo o que Deus nos concedeu em Cristo,
transformando-nos em filhos adotivos dEle.
É justamente
sobre isso que queremos falar.
Assim como
Elaine e eu, Deus proveu o Céu, proveu os homens convertidos com coisas que os
qualificaram para que vivessem como filhos do Pai Celeste. Assim como nós os
geramos e deles cuidamos, o Pai proveu em Cristo uma série de coisas
importantes, maravilhosas, estupendas, através das quais nos capacitou para a
vida eterna, para a glória celestial, para o progresso eterno e para a salvação
total e perfeita.
Gostaríamos de
citar nove bênçãos da salvação em Cristo, da conversão, da vida eterna recebida
através do arrependimento de pecados e da fé em
Jesus.
I – NOS ABENÇOOU (“nos tem abençoado”, v.
3)
Deus é bendito e nós, que somos do
Senhor, fomos abençoados pelo Seu Santo Nome. Como sobre nós repousa o Nome
dEle, a presença dEle, então a Sua bênção também está sobre nós. Cristo em nós,
Cristo em nosso coração, Cristo em nossa vida, somos contados como Seu povo, Sua
igreja, Seus Filhos adotivos. Não há bênção maior do que
essa!
II – NOS ESCOLHEU (“nos escolheu nEle”, v. 4)
Há duas verdades
antagônicas e paradoxais nas Escrituras Sagradas. Uma é aquela que nos garante o livre arbítrio para
fazer as nossas escolhas. E o
Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha;
e quem quiser, tome de graça da água da vida. (Ap 22:17) A outra, não menos importante, é a que afirma
categoricamente que Deus tem direito de escolha e usa esse direito para escolher
aqueles que serão por Ele salvos e recebidos. É isto que o texto
diz.
Paulo afirma que
Deus nos escolheu “antes da fundação
do mundo”, isto é, antes de qualquer criação, antes do nosso nascimento,
antes que tivéssemos feito alguma coisa para merecer esta dádiva.
Como harmonizar
estas duas verdades? Como equilibrá-las? As tentativas são diversas. A
polarização tem trazido enormes prejuízos para as igrejas. Muitos destacam o
livre arbítrio e lançam por terra a verdade de que Deus nos escolheu por conta e
por vontade própria, como afirma o texto. Outros, ignorando a verdade de que ao
homem foi dado o direito de optar, de escolher, de receber ou de rejeitar,
lançam a raça humana no determinismo absoluto de um Deus
fatalista.
O melhor caminho
é sabermos que a mensagem do Senhor nos é pregada visando a nossa conversão.
Quando somos convertidos descobrimos que, muito antes de nascermos, antes da
fundação do mundo, o nosso nome já era conhecido pelo Pai. Assim, o livre arbítrio e a predestinação
dão as mãos de forma efusiva e festiva, celebrando com alegria a bênção da vida
eterna. O crente diz: “Então Deus me amou antes da fundação do mundo? Eu
já era conhecido dEle? Aleluia, Senhor! Eu não mereço, mas
agradeço!”
Deus teve dois propósitos ao nos
escolher.
O
primeiro: sermos santos, isto é,
separados, consagrados, sem nos misturarmos com o mundo de onde viemos, com os
seus valores, com a sua aparência, com as suas crendices. Esta santificação é
fundamental na vida do escolhido de Deus. Segui a paz com todos, e a santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor; (Hb 12:14)
O
segundo: andarmos de forma irrepreensível, dando o testemunho de
transformação. Não fomos
escolhidos para uma vida folgada, sem compromisso, sem testemunho. Pelo
contrário, os escolhidos têm o dever de serem bons pais, bons cônjuges, bons
filhos, bons trabalhadores, bons cidadãos, bons pagadores, bons crentes, bons
irmãos, bons em tudo!
III – NOS
PREDESTINOU ( “nos predestinou” v.
5)
Assim como a
eleição citada acima, ela salienta uma predestinação com um objetivo: “a adoção de filhos”. Lembro-me
daquele querido irmão que não tinha filhos. Ao ver aquele bebê tão carente, tão
necessitado e tão clemente, não teve dúvidas: o escolheu para que fosse seu
filho. Ao recebê-lo e ao registrá-lo como seu, num ato forense, num ato
cartorial, como o seu coração alegrou-se! Balbuciou ao pequeno: “Não tenha medo;
de hoje em diante você será chamado de meu filho!” Oh, gloriosa beleza do amor
de Deus! Ele nos predestinou para fazer de nós filhos Seus! Mas,
a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
aos que crêem no seu nome; (Jo 1:12)
IV – NOS CONCEDEU ( “nos concedeu...para sermos
...” v. 6, 12)
Em Cristo
foi-nos concedida a dádiva de sermos “para o louvor da glória de Sua graça”.
E o que isto significa?
Éramos pecadores
inverterados, mortos e separados de Deus. O amor do Criador, contudo, nos
alcançou no túmulo de nossa existência (conquanto vivos fisicamente, estávamos
mortos espiritualmente). Ergueu-nos, atuou de forma miraculosa pelo Espírito
Santo, convencendo-nos do pecado, da justiça e do juízo, e provocou em nós o
novo nascimento, através do qual fomos feitos novas criaturas, novos nascidos. O
resultado foi uma transformação radical e profunda. Um exemplo disto foi aquele
homem de Gadara, absolutamente possesso e que vivia entre os sepulcros,
machucado, nu e solto. Ao ser encontrado por Jesus teve a libertação cabal: mais
de dois mil demônios o deixaram! O resultado para o homem foi a sua completa
libertação, o vestir-se, o juízo perfeito, a paz e a calma. Os conterrâneos,
perplexos com a mudança, viram o que Deus havia feito. Infelizmente usaram desse
milagre para expulsar a Jesus (os porcos dos quais cuidavam haviam morrido). Mas
a vida transformada deste libertado tornou-se louvor da glória de Sua graça! Ele
tornou-se missionário no meio de sua família.
Cada um de nós,
alcançado pelo Senhor, também foi transformado por Ele! Os que eram promíscuos
tornaram-se santos no seu procedimento; os que xingavam limparam a sua boca; os
que fumavam abandonaram esse vício; os que se embriagavam abandonaram a cerveja
e o vinho; os que se dobravam aos ídolos passaram a ajoelharem-se apenas diante
de Deus. E assim as mudanças são um testemunho magnífico de transformação, o que
promove entre os homens e anjos motivo
de se dizer: “Bendito seja Deus por tão grande
salvação”!
V – NOS REDIMIU ( “no qual temos a redenção” v.
7)
Na época do
Apóstolo Paulo havia dois tipos de pessoas. Os cidadãos, aqueles que
possuíam todos os direitos legais e
civis, e os escravos, que não tinham direito algum, que eram propriedade e
patrimônio de alguém abastado. Quando alguém era comprado, a posse daquele
escravo era transferida para o novo dono. Alguns eram comprados e alforriados,
isto é, libertados para tornarem-se homens livres. Outros para serem escravos
dos compradores.
Paulo usa a
mesma linguagem para explicar que Jesus Cristo, pelo Seu precioso e inigualável
sangue, derramado na cruz do Calvário, comprou-nos do poder de Satanás, que era
o senhor de nossas vidas em pecado. Cristo libertou-nos do mal, do Inferno e da
perdição. Ele nos comprou! Tirou-nos das mãos do tirano, das mãos do pecado e
transportou-nos para o Seu Reino e para o Seu amor! As cordas que nos amarravam,
as gaiolas que nos continham, os compromissos sob ameaças que nos impunha o
maldito proprietário foram rompidos, pois Cristo pagou pela nossa libertação.
Aleluia!
VI – NOS DERRAMOU ( “derramou abundantemente sobre
nós...” v. 8)
A palavra
“derramou” significa “sobejamente, abundantemente, mais do que poderia ser
contido”. Lembro-me de nossa casa na roça, na Meia Légua, em Cambuí, Minas
Gerais, onde eu passava anualmente pelo menos dois meses. Papai canalizara a
água de uma mina, numa montanha próxima. O cano tinha duas saídas, uma para a
pia da cozinha, dentro de casa, e a outra para a pia do tanque, do lado de fora.
A força da água era tanta que, às vezes, o sabugo que servia de rolha, era
expulso com violência, deixando vazar a água abundantemente. A água jorrava
livremente (e não havia conta de água!)
Assim também
Deus derramou sobre nós a “riqueza da sua graça”, isto é, dando-nos tudo
gratuitamente em Cristo, o Amado, o Senhor, o remidor! E não deu pouco,
milimetricamente contado; deu-nos “a transbordar”! Tudo o que recebemos, tudo
aquilo de que fomos supridos, não é mérito nosso, é graça de Deus, é favor
imerecido, é puro exercício de misericórdia de Deus! Essa graça não veio por
medidas, mas ela está presente e se derrama, é abundante, está acima do que
podemos conter! A graça nos salva, nos perdoa, nos assiste, nos enche de paz,
nos dá a plenitude do Espírito, nos concede segurança, nos mostra o caminho a
seguir, nos coloca oportunidades de amar, nos dá boca para testemunhar; enfim, a
graça é tal que se derrama e influencia a todos que conosco convivem! “Preciosa
graça de Jesus!” “Oh, profundidade das riquezas, tanto da sabedoria quanto da
ciência de Deus!”
Tal graça
abundante concede duas grandes dádivas para cada um de
nós.
A primeira:
torna-nos “sábios”, nos enche de sabedoria. O
temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a
sabedoria e a instrução. (Pv 1:7)
A segunda é a
“prudência”. Através dela podemos tomar decisões fundamentadas na razão,
na certeza, na convicção espiritual, nos fundamentos do que é certo, e não
daquilo que sentimos, que achamos, que desejamos. A prudência nos coloca os pés
no chão. Ela nos faz gastar apenas o suficiente, dizer apenas o que é
necessário, sentir apenas aquilo que é edificante, guardar apenas o que nos
edifica.
VII– NOS
DESVENDOU (“nos desvendou o mistério...” v.
9)
A graça de Deus
desvenda aos nossos olhos e corações o grande propósito de Deus: fazer convergir
em Cristo toda a criação, todas as criaturas, toda a história, todo o universo.
Este é o propósito divino: centralizar em Cristo o mundo que através dEle foi
criado. A plenitude dos tempos é o tempo certo, escolhido por Deus, para que
Cristo viesse e se tornasse o Cordeiro de Deus, o reconciliador divino entre
criador e criaturas.
Toda a criação
confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Todo o universo, todas as dimensões se
submeterão à Sua autoridade e mostrarão que foi do agrado do Pai convergir em
Jesus Cristo todas as coisas, quer as visíveis, quer as invisíveis. Ele é o
Senhor da vida, da morte, da eternidade, do espaço, do tempo, do amor e da
graça. E este reconhecimento começa conosco, que O recebemos como Senhor e
Salvador de nossos corações, estendendo-se, no futuro, por uma confissão maciça
desta verdade. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é
o Senhor, para glória de Deus Pai. (Fp
2:11)
VIII– NOS FEZ
HERANÇA ( “fomos feitos herança” v. 10)
Esta afirmação
pode significar duas coisas.
A primeira delas
diz respeito a tornar-nos parte de Sua própria herança, isto é, fez de
nós propriedade Sua, tendo em vista que nos comprou do pecado e de Satanás,
fazendo-nos Seus servos, mas, acima de tudo, Seus filhos. Tornamo-nos herança de
Deus, parte de Seu patrimônio. Lá em casa dizemos: “O que é realmente nosso aqui
somos nós, a nossa fé e os nossos filhos”. Os filhos são herança nossa
indubitavelmente!
A segunda
possibilidade é que nós nos tornamos “participantes desta herança”. Jesus
Cristo, como Filho, é o herdeiro de todas as coisas criadas, quer as do Céu,
quer as da Terra. Como proprietário de tudo, Deus deu a cada filho adotivo, a
cada um que recebe a abundância e o derramamento desta graça, o direito de ter
parte em tudo isso. Jesus reparte conosco a posse de todo o universo, pois em
Cristo fomos feitos Seus irmãos e herdeiros com Ele de todas as
coisas.
Que verdades
maravilhosas e gloriosas! Somos a herança do Senhor e, igualmente, somos
participantes de toda a herança de Jesus! Oh, Deus, não somos dignos! Oh, Deus,
não há nada em nós que possa comprar tamanho amor e misericórdia! Como
agradecer-Te?
IX – NOS SELOU ( “ fostes selados...” v. 13)
Nos dias do
Apóstolo Paulo havia um lacre que selava, fechava, tornava inviolável a
correspondência que era endereçada para alguém. Era uma cera derretida sobre o
documento ou sobre o objeto fechado, que comprovava que aquilo não fora violado.
Hoje temos as versões modernas em nossas aquisições. A empresa avisa: “ao
receber o produto pelo correio, não aceite, caso o plástico, a caixa ou o
adesivo estejam danificados”. As autoridades usavam nos lacres e nos selos uma
estampa, um símbolo, que identificava quem estava enviando, qual a autoridade do
remetente. Por fim, um selo estampado, marcado por uma autoridade vigente
oficializava um ofício, uma escritura, uma
declaração.
O texto bíblico
diz que nós fomos selados pelo Espírito Santo. Ele foi enviado ao nosso coração
e nos estampou, nos fez um sinal, grafou em nós o símbolo que significa
“propriedade exclusiva de Deus”. Oh, profunda verdade! A graça de Deus nos salva
para sempre, é inviolável, é eterna, uma vez que a autoridade de quem nos selou,
de quem nos marcou, de quem nos estampou é a maior de todas! Quem nos separará
do amor de Deus?
No entanto, este
selo também funciona como “penhor”. Nas lojas de penhor se costuma deixar um
objeto como garantia de que iremos pagar o empréstimo. O texto diz que o
Espírito Santo em nós é o penhor que Deus nos deixou, prometendo nos redimir por
completo no Dia de Cristo. Ele não apenas nos salvará exclusivamente por Sua
graça, como deixou um sinal, um adiantamento.
A presença do
Espírito Santo em nós funciona como “parcela de entrada”, isto é, a garantia de
que o negócio está feito. Nós damos a entrada no preço de um terreno, de uma
casa, de um carro, garantindo ao proprietário que pagaremos o restante. Assim
Deus deu a nós o Espírito Santo, que é a garantia externa, sobrenatural, de que
Ele completará a obra que começou: salvar-nos e levar-nos para o Seu Reino
eterno de luz e de paz! Aleluia!
E como saber se
o Espírito Santo está em nós? Seria através de barulho, de línguas
ininteligíveis, de dons sobrenaturais? Não, pois tudo isso poderia ser simulado
pelo enganador de nossas almas. O grande sinal de que Deus está em nós é a
transformação que se dá quando nos convertemos ao Senhor.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo. (2Co 5:17). Além disto, se o
Espírito Santo estiver em nós, seremos conduzidos a reproduzir em nós o caráter
e a personalidade de Jesus Cristo. Isto se chama “fruto do Espírito” e faz-se
presente no coração transformado de todo crente. Mas
o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, domínio próprio. (Gl 5:22) Isto não pode ser fabricado, não
pode ser simulado. Se nós não vivemos como transformados pelo Senhor, alguma
coisa vai mal com a nossa fé. Precisamos do selo do Espírito, da conversão
genuína.
CONCLUSÃO
Assim como
provemos aos nossos filhos tudo o de que precisam para uma vida confortável,
digna e bem aproveitada em seu crescimento e maturidade, assim Deus nos concede
em Cristo todo o suprimento espiritual e existencial necessário. Como miseráveis
pecadores perdidos, Deus nos compra do poder do pecado, nos transforma
interiormente e nos capacita de forma sobrenatural e definitiva, fazendo de nós
Seus herdeiros, Seus filhos, Seus súditos, Seus adoradores, Seus
mensageiros.
Em Cristo
somos
1) Abençoados
2) Escolhidos
3) Predestinados
4) Motivo de louvor
5) Redimidos
6) Agraciados
7) Revelados
8) Herdeiros
9) Selados e guardados!
Queira Deus, em
Sua infinita graça, fazer de nós dignos cristãos que valorizam a obra de Cristo
em nós. Queira Deus implantar em nós santo temor, santa consagração, santa
convicção. E transformar-nos em portadores de boas-novas àqueles que ainda não
conhecem o farto suprimento que temos em Cristo, autor e consumador de nossa
fé.
Amém.
PALAVRAS GREGAS CONTIDAS NO TEXTO
SELECIONADO:
Bendito – eulogetos
Em hebraico: bendito - barukh
Bênção – eulogia
Espirituais – pneumátikos
Mundo – kosmos
Santos –
hagios
Sem mácula/mancha/irrepreensíveis
– amomo
Predestinou – prooridzo
Adoção –
huiothesia
Vontade –
thélema
Glória – doksa
Graça – charis
Fez agradáveis/concedeu
gratuitamente – chairtoo
Amado – agapáo
Redenção/remissão – apolytrosis
Alma – haima
Ofensas – paráptoma
Sabedoria – Sophia
Prudência – phronesis
Mistério – mysterion
Revelar – gnoridzo
Beneplácito – eudokía
Propusera –
protithemai
Tornar a congregar / reunir – anakephalaiomai
Cristo – Christos
Dispensação – administração – oikonomia
Plenitude – pleroma
Tempos / ocasião oportuna – kairós
Céu – ouranos
Terra – Gê
Feitos herança – kleróo
Propósito – próthesis
Faz – energéo
Conselho / volição – boulê
Louvor –
epainos
Palavra – lógos
Verdade – alethéia
Evangelho –
evangelion
Salvação –
soteria
Crido – pisteuô
Selado / marcado / estampado – sphragidzo
Espírito – pneuma
Promessa – epangélia
Penhor –
arrhabon
Abundantemente –
perisseuo
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