POR
CAUSA
DE UM
ADUBO
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Há certas pessoas que
mantém o dedo em riste contra os erros dos outros. Mas não fazem nada para
corrigir os seus próprios.
Um conhecido meu recebeu a
visita de uma equipe de jardineiros. Perguntaram se queria que arrumassem as
plantas, podassem as folhagens. O meu amigo explicou que não poderia pagar
muito. Eles fizeram um preço especial, mas quiseram vender um adubo. Tanto
fizeram que o meu conhecido aceitou. Em uma hora arrumaram tudo.
Horas depois a esposa do
meu amigo deu com a falta de dois pequenos pacotes de adubo, comprados
especialmente para um vaso. Perguntou-lhe se os jardineiros o utilizaram. O meu
amigo disse que não, mas, para confirmar, ligou ao jardineiro. Este falou que
usara aqueles também. O meu conhecido protestou, dizendo que ele nem pedira para
usá-los e nem lhe informara do uso. O jardineiro limitou-se a pedir desculpas. O
meu amigo disse que precisava dos pacotes e que deveria devolver a bem da
honestidade. O jardineiro nunca mais voltou. Perdeu a manutenção mensal que
estabelecera com o meu amigo...
E assim o ser humano
caminha, tentando levar vantagem em tudo, perdendo a vergonha e boas
oportunidades por causa de coisas tão pequeninas como um pacote de adubo!
Ficaria muito mais barato voltar e devolver os pacotes, já que não lhe pertencia
e nem estava planejado utilizá-lo. Mas o operário deixou por isso mesmo. Perdeu
um cliente e também a vergonha.
Há pessoas que são os seus
próprios inimigos; eles mesmos cavam um buraco e caem neles! O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece
e dá. (Sl 37:21) Quantas pessoas perderam amigos e relacionamentos
por causa de uma pequena quantia emprestada e nunca paga! Teria sido muito
melhor procurar o credor e dizer que não tinha condições de pagar! Mas quem faz
uma vez costuma fazer duas ou três, e traz sobre si a condenação. Cavou um poço e o fez fundo, e caiu na cova que fez. (Sl 7:15)
O lucro
momentâneo é a falência derradeira; se o juízo não vier neste mundo, não
escapará do juízo final.
Sejamos honestos como
Abraão. Jurando que desde um fio até à correia de um
sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu
enriqueci a Abrão; (Gn 14:23)
Wagner
Antonio de Araújo
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