domingo, 26 de abril de 2020

memórias literárias - 875 - SEBASTIÃO EMERICH

Partilho com todos um texto que circulou em 2014, quando do falecimento do irmão Sebastião Emerich. Tal escrito é uma preciosa biografia daquele que conheci aos 14 anos e aos pés de quem aprendi a ser cristão. O texto não é meu, mas, para evitar perdê-lo, decidi colocá-lo em meu blog.
 
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SEBASTIÃO EMERICH – UM HOMEM QUE VIVEU SUA FÉ
E PARTIU PARA DEUS, AOS 94 ANOS, NO DIA 16.09.2014.
UM DOS PRECURSORES DA IGREJA BATISTA DE IACANGA,
ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL.

Conforme noticia recebida através do Pastor Rinaldo Bonifácio Lange, noticiamos o falecimento de um dos últimos pioneiros do evangelho em nossa região: SEBASTIÃO EMERICH.

A família de imigrantes tomou conhecimento do evangelho nos primordios do nascimento da Igreja Batista de Ibitinga, ainda nos anos quarenta. Há controvérsias sobre quem teria sido o primeiro convertido. Seu irmão José Emerich (já falecido), costumava chamar essa honra para si, muito embora o vício do tabaco tenha prolongado seu batismo até o início dos anos sessenta.

A Igreja em Ibitinga começou na Fazenda Monte Alegre mas logo depois ela foi transferida para a Fazenda Lagoa dos Patos, às margens do Rio Tietê. E foi nessa fazenda que a família Emerich conheceu o Senhor Jesus como Senhor e Salvador.

A primeira menção de seu nome data de 7 de março de 1948. Nesse dia a Igreja aprovou a criação de um núcleo de estudos bíblicos no sitio de Vicente Gouveia, um novo convertido. Sebastião Emerich foi nomeado Tesoureiro desse “ponto de pregação”, nome que se dava às missões rurais daqueles dias. Joaquim, irmão de Sebastião, era o Dirigente.

Em meados de 1959, Sebastião Emerich se transferiu para a Fazenda Santa Clara, no municipio de Iacanga. Nesses dias a Igreja de Ibitinga era pastoreada pelo Pastor Ciro Costa e Silva e sob a direção dele um núcleo se instalou nessa Fazenda. Desse núcleo saiu o grupo que mais tarde deu orígem à Igreja Batista de Iacanga. A Fazenda Santa Clara tinha um grupo de presbiterianos e junto a eles, todos os domingos, um culto era realizado na chamada “Casa do Boiadeiro”. O dirigente era exatamente o irmão Nenê Emerich (Sebastião).

Foi nessa Fazenda, no dia 28 de junho de 1959, que o primeiro grande batismo da Igreja de Iacanga foi realizado. Entre os que foram batizados contava-se Ruth Emerich, sua primeira filha. O crescimento do grupo levou a Igreja a transformar o “ponto de pregação” em Congregação Batista da Fazenda Santa Clara. O dirigente eleito continuou sendo o irmão Sebastião Emerich. E como Dirigente ele continuou até 2 de julho de 1961 quando se transferiu para a cidade de Itaju onde já residia seu irmão José Emerich. Um novo ponto de pregação já estava começando em Itaju.

A Congregação da Fazenda Santa Clara continuou a existir até que parte dos seus integrantes se transferiu para a cidade de Iacanga e deu início à Igreja da cidade, até hoje uma das grandes obras missionárias de nossa região. De seu casamento, o Senhor lhes concedeu cinco filhas: Rute, Damaris, Vasti, Ester e Clotilde.

De Itaju o irmão Sebastião se transferiu para a capital vindo a se tornar o fundador da Igreja do Sumarezinho onde permaneceu como membro até que Deus o chamou para o Lar Celestial. Era o dia 16 de setembro de 2014, ano em que celebrava seu 94º ano de nascimento.
“Foi um homem que pautou sua vida pelas Sagradas Escrituras. É o exemplar típico do homem que é fiel até o fim. Foi um estudioso leitor das Escrituras Sagradas. Alegrava-se em afirmar que já tinha lido o livro sagrado mais de cem vezes. Embora fosse um pregador apaixonado pelo que pregava, viveu sua vida inteira como Diácono da Igreja. Nunca quis o reconhecimento do ministério pastoral que na verdade exerceu. Seu maior desejo era pregar e ensinar o evangelho. E foi assim que ganhou sua família para o Reino de Deus (palavras do Pastor Rinaldo)”.

Seu corpo foi velado no templo da Igreja paulistana que ajudou a nascer, a Igreja Batista do Sumarezinho. Pelo privilégio de ter conhecido esse valente de Deus e por fazer parte da Igreja que o viu nascer, graças damos ao Pai Celestial. Que seus familiares desfrutem do consolo que o Santo Espírito tem reservado para quem confia e espera no Senhor. A DEUS NOSSO LOUVOR E GLÓRIA PARA SEMPRE. AMEM.


(Notas de Marcos Lourenço e Rinaldo Lange - pastores).

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