quarta-feira, 9 de agosto de 2023

memórias literárias - 1460 - SÉRIE HÁ BÁLSAMO EM GILEADE - 10 - O BÁLSAMO DIVINO PARA AS NOSSAS DOENÇAS

 HÁ BÁLSAMO EM GILEADE!

10 - O BÁLSAMO DIVINO
PARA AS NOSSAS DOENÇAS
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série HÁ BÁLSAMO EM GILEADE! – O REMÉDIO DIVINO PARA AS CRISES HUMANAS. Hoje eu gostaria de falar sobre O BÁLSAMO DIVINO PARA AS NOSSAS DOENÇAS.
 
Depois que o pecado entrou na raça humana jamais ficamos livres das enfermidades. Quando Jesus Cristo realizou o Seu ministério entre nós, um dos sinais claros de que Ele era o Messias, o Ungido, o Cristo prometido, era o Seu poder para curar as enfermidades. Assim estava escrito: “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças (Mateus 8.17, citando Isaías 53.4). Quando João, o Batista, quis confirmar se Jesus era, de fato, o Messias prometido, enviou mensageiros para perguntar-lhe. Na mesma hora Cristo operou grandes milagres e poderosa libertação nos escravizados por Satanás. Ao escolher apóstolos Jesus delegou a eles autoridade similar, dando-lhes condições de fazer aquelas obras e ter a mesma autoridade. Entretanto, com a morte daquela geração messiânica o fenômeno curativo não se perpetuou. Aliás, entre aquela geração houve enfermidades que não foram curadas. Paulo, por exemplo, dá a entender que tinha problemas em seus olhos: “Vejam com que grandes letras vos escrevi”, Gálatas 6.11. Ele cita um problema oftálmico como motivo de ter parado na Galácia: “E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física” (Gálatas 4.13). Timóteo provavelmente tinha gastrite ou úlcera. Por esta causa Paulo faz a seguinte recomendação: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (I Timóteo 5.23). Tiago recomendava à igreja nascente: “Está alguém entre vós doente ?  Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor” (Tiago 5.14). Por fim encontramos em Apocalipse: E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Ap 21:4). Isso nos credencia a afirmarmos duas coisas: 1) A nossa fé não nos imuniza das enfermidades, apesar de, em alguns casos poder debelá-las ou amenizar o seu sofrimento; 2) Somente após a ressurreição é que seremos livres de toda dor, envelhecimento, doença e deficiência. Quem ensina de outra forma carece de fundamentação bíblica e corre o sério risco de estar a ensinar a mentira, prometer o que Deus jamais prometeu para as gerações de crentes posteriores aos sinais messiânicos.
 
Neste período pandêmico inúmeros irmãos, obreiros, pastores, familiares e amigos foram acometidos pela COVID 19. Ao longo de minha vida assisti a um sem-número de pessoas que adoeceram gravemente, com câncer, com lúpus, com paralisia, com derrames, com infartos, com mau funcionamento de órgãos etc.
 
Eu sofri muito com a enfermidade cardíaca que carregava. Fui mal formado no ventre de minha mãe. Nasci com uma bomba-relógio no peito. Aos 17 anos tive uma severa catapora, que provocou a doença. Fiquei na UTC, terapia de choque, entre a vida e a morte por 3 dias. Não havia mais o que fazer. Ali eu me rendi aos cuidados do Senhor, preparando-me para partir. Ele decidiu que eu deveria ficar. Saí da UTI e vivi de forma difícil por décadas, tomando mais de 24 comprimidos controlados por dia! Quantas orações foram feitas pela minha cura! Mas decidi viver com o que tinha e servir ao Senhor. E pude dar a Ele o meu melhor. Eu aceitei de bom grado continuar doente até a morte. O fato de estar vivo após os 17 anos já foi um bônus grandioso demais. Contudo, no meu caso o Senhor desejou fazer algo mais. Há 4 anos eu fui miraculosamente curado e o meu coração não tem mais nenhum problema. Não fui operado, não houve tratamento de cura. Apenas a doença desapareceu. Se eu continuasse enfermo diria: bendito seja Deus! Como fui curado eu digo igualmente: bendito seja Deus!
 
Minha mãe era uma mulher de muita fé. Aos 75 anos ela sofreu um tombo e quebrou o ombro. Como era obesa e já não caminhava, exceto do quarto para o banheiro, ficou acamada. Em um mês a situação complicou-se. Levada ao hospital perdeu os sentidos, entrou em coma profundo e ficou 16 dias entre a vida e a morte. Milhares de pessoas oraram por ela. O meu irmão Daniel e eu, no 16º. dia decidimos deixar Deus decidir e a entregamos completamente em Suas mãos. Ele a levou. Ele não a curou. Ele quis que Sua biografia fosse fechada ali. Quem éramos nós para questionar? Deus me curou, mas não curou a minha mãe. Devemos ter gratidão, pois Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Este é o BÁLSAMO DE GILEADE, o REMÉDIO DIVINO PARA AS NOSSAS ENFERMIDADES: gratidão no coração, resignação submissa e a certeza de que, quando o Senhor voltar, assim como Ele é, também nós seremos: corpos transformados, incorruptíveis, eternos. Aleluia!
 
Prezado ouvinte: eu sei que as enfermidades ceifam os nossos sonhos, tiram a nossa vitalidade e desestabilizam as nossas emoções. Deus conhece isso muito bem. Mas Ele não nos deixará provar mais do que pudermos suportar e para cada sofrimento Ele tem um propósito. Que possamos dizer: “Senhor, cumpra em mim o Teu querer, e extrai do meu coração um louvor autêntico, uma gratidão incondicional”. Que assim seja com cada um de nós, em nome de Jesus. Amém.

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