quarta-feira, 9 de agosto de 2023

memórias literárias - 1461 - SÉRIE HÁ BÁLSAMO EM GILEADE - 11 - O BÁLSAMO DIVINO PARA A NOSSA VELHICE

 HÁ BÁLSAMO EM GILEADE!

11 - O BÁLSAMO DIVINO
PARA A NOSSA VELHICE
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série HÁ BÁLSAMO EM GILEADE! – O REMÉDIO DIVINO PARA AS CRISES HUMANAS. Hoje eu gostaria de falar sobre O BÁLSAMO DIVINO PARA A NOSSA VELHICE.
 
Quando eu era pequeno considerava as pessoas com 21 anos como muito adultas. Alguém que tivesse 40 era já um idoso. E se tivesse 60 seria mesmo alguém extremamente velho. Eu pensava: "como será se eu chegar a essa idade?" Ninguém pensa em morrer um dia. Pensamos ter todo o tempo do mundo.
 
O tempo passou e fiz 21 anos. Passou um pouco mais e completei 40. Estou prestes a fazer 56 e chegar à idade do “ancião de dias” das minhas imaginações infantis. E, por incrível que pareça, dentro de mim eu me sinto a mesma pessoa de quando era criança, apenas com mais tempo corrido, com maior experiência adquirida e muitas mudanças físicas. Os meus cabelos estão grisalhos, a minha pele já é quadriculada e começa a ficar flácida, a minha voz ficou mais grave, o meu fôlego é bem diferente do tempo de criança e os pequenos me enxergam como alguém bastante idoso para os seus padrões. Passar shampo de tinta castanha não devolverá a cor original dos meus cabelos. Usar cremes faciais não impedirá o processo de entropia do meu organismo. Vestir-me como um adolescente não fará de mim alguém jovial. Eu sou o que sou e nada mais que isso. Se perguntarem às pessoas que têm sessenta anos, se elas queriam ter menos, certamente que a maioria dirá que sim. Talvez quisessem ter a sabedoria de hoje para fazer as escolhas que não fizeram no passado. Os jovens têm vigor e não têm experiência; os velhos têm experiência, mas não têm mais o mesmo vigor. É uma troca.
 
A velhice não foi plano de Deus para a vida humana. Ela é parte do castigo que paira sobre nós desde que Adão e Eva, o primeiro casal, ousou desobedecer voluntariamente a Deus, colhendo frutos de uma árvore proibida (que não era nem a macieira e nem a vida sexual). A má escolha deste casal passou para todos os seus filhos o resultado desta desastrosa decisão. Somos filhos de Adão, por isso envelhecemos, adoecemos, expiramos. O pó volta ao pó e o espírito a Deus, que permitiu a sua criação.
 
Como conviver com o envelhecimento? Algumas reflexões podem nos ajudar a aceitar a idade e, ainda assim, ter felicidade, lembrando que jamais teremos a felicidade da juventude em nossos corpos novamente ou a certeza de que não morreremos. Pelo contrário, caminhamos para um de dois fatos: ou morreremos e seremos sepultados, ou seremos a geração que experimentará o arrebatamento da Igreja de Cristo. Isto se formos cristãos. Se não tivermos uma experiência verdadeira com Deus iremos para o Lago de Fogo e Enxofre, num cruel e eterno sofrimento, sem qualquer possibilidade de salvação. Por isso, a esta altura, é importante dizer ao ouvinte que precisa entregar o seu coração para Jesus Cristo, aceitando o sacrifício que Ele voluntariamente fez na cruz do Calvário, pagando o preço de nossa redenção. “A saber, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10.9).

1) A CADA ANO ESTAMOS MAIS PERTOS DO CÉU – Sim, eu poderia dizer “mais pertos da morte”, mas para os crentes a morte não é o fim, senão o começo da eterna bem-aventurança dos salvos. Quando fecharmos os olhos para este mundo estaremos na presença do Senhor. Acordaremos do lado de lá, íntegros, conscientes, vivendo antecipadamente as alegrias do Céu. Depois cumpriremos com Cristo as profecias, regressando com Ele, ressuscitando e completando a nossa estrutura com os corpos transformados e iniciando o reinado sem fim do Senhor. Esta é uma ótima notícia!

2) A APOSENTADORIA NÃO NOS APOSENTA – Alguns pensam que a vida acaba com o seu ingresso no rol dos beneficiados pela aposentadoria. Isto não é verdade. Conquanto o corpo possa estar cansado e envelhecido, nós não morremos! Há muito que podemos fazer ainda, principalmente em ensinar aos mais jovens a fazerem escolhas certas, a seguirem o melhor caminho, a cultivarem boas memórias, a conhecerem a sua história de família e, acima de tudo, a ouvirem as boas-novas do evangelho. Além disto podemos desenvolver novos projetos, agora não mais subordinados a uma futura aposentadoria. Sei que neste país é difícil acreditar num benefício condigno, mas podemos tentar fazer coisas que sejam adaptadas a nós.
3) VIVER CADA DIA COMO UMA DÁDIVA – Mesmo envelhecidos poderemos celebrar o dom da vida, da visão, da audição, da locomoção, do sistema digestivo que funciona, da graça de termos pessoas ao nosso redor. Se tivermos famílias a alegria de termos sido parte de sua criação. Se não tivermos a bênção de podermos fazer parte da vida de outros. Enfim, há sempre algo para celebrar. Hoje, por exemplo, estamos ouvindo este estudo, talvez lendo o texto, e isto é uma dádiva!

4) CRER CADA VEZ MAIS NA GRAÇA DO SENHOR – Conforme o tempo passar devemos ser mais íntimos de Deus. Cada vez menos envolvidos com coisas efêmeras, cada vez mais dedicados à oração, à leitura bíblica, à comunhão com os irmãos e ao partilhar da fé. Este é o BÁLSAMO DE GILEADE, o REMÉDIO DIVINO PARA O NOSSO ENVELHECIMENTO. Que Deus nos ajude a envelhecermos só no corpo e a rejuvenescermos a cada dia dentro do coração. Amém.

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