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segunda-feira, 30 de novembro de 2020
memórias literárias - 942 - MAS EM CASA...
domingo, 29 de novembro de 2020
memórias literárias - 941 - FURGÃO SEM MARCAS
FURGÃO
memórias literárias - 940 - E ACABOU ...
E
sábado, 28 de novembro de 2020
memórias literárias - 939 - SAUDADE E VOLTA
SAUDADE
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
memórias literárias - 938 - NAMORAR NÃO É ...
NAMORAR
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
memórias literárias - 937 - FICÇÃO OU REALIDADE
FICÇÃO
memórias literárias - 936 - MINISTÉRIO BEM SUPRIDO
MINISTÉRIO
BEM SUPRIDO
"fui moço e já, agora, sou velho;
porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o
pão". Salmo 37.25
INTRODUÇÃO
Falar neste JUBILEU DE CRIZO, nesta comemoração de
33 anos de ministério pastoral do Pr. Neilson Xavier de Brito à frente da
Igreja Batista em Vila Pompéia, São Paulo, Brasil, é uma honra muito grande, e
também uma responsabilidade.
É uma honra porque falo de quem conheço. O Pr.
Neilson foi o pastor de minha família. O meu pai Antonio Paulino de Araújo e a
minha mãe, Elzira Bonfante, foram suas ovelhas. Emiliana Pereira Cruz, minha
irmã adotiva, é ovelha de seu pastoreio. Ele os assistiu nas horas alegres,
participando de suas felicidades, e também esteve presente nas horas tristes,
oficiando o sepultamento de ambos, inclusive acolhendo os ossos de meu pai na
sepultura desta igreja. Ele esteve no meu concílio examinatório e no meu
concílio de consagração em 1991, quando, após 4 anos de experiência na igreja
onde servia e em estágios, inclusive aqui, impôs sobre mim a mão, junto do
presbitério, concedendo-me o reconhecimento pastoral junto às igrejas do
Senhor. Ele deu-me a graça de casar-me nesta igreja e também de festejar o
primeiro aniversário de minha filha Rute Cristina nestas dependências. Ele
orientou-me na construção do gabinete pastoral da igreja que pastoreei por 22
anos, Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil.
Ele tem sido presente ao longo de todo o tempo. Por isso foi uma honra receber
o convite para pregar nesta EFEMÉRIDE.
Mas também uma grande responsabilidade. Ocupar este
púlpito é um privilégio, uma concessão por demais preciosa. Ser porta-voz do
Senhor e trazer palavras que Ele nos ilumina é, de fato, algo a se fazer com
tremor. O que dizer diante de tamanha bênção, de tamanha longevidade pastoral?
O que dizer diante desta Casa de Oração tão confortável, ampla e bela, fruto do
labor incansável do seu obreiro? O que fazer ante a obra social que, ao longo
de tantos anos, vem coroando o ministério do Pr. Neilson, mostrando ao mundo
que ele não é apenas um homem de palavras, mas de prática? De fato dependo da
graça do Senhor, a quem pedi a mensagem e agora solicito de todos a atenção
para o que tenho a dizer.
Escolhi um versículo que nada tem a ver com
ministério pastoral. O texto foi escrito pelo Rei Davi, que viveu a mil anos
antes de Cristo. Um "homem segundo o coração de Deus", conforme diz a
Escritura Sagrada. Ele não nos serve de modelo em muitas coisas, pois não foi
perfeito. Por ser a Bíblia a Palavra de Deus, um livro verdadeiro, não escondeu
de nós os pecados desse rei, que foram grandes e hediondos. Contudo, também não
nos escondeu o coração quebrantado e arrependido que teve diante de cada
deslize e a maneira com que aceitou as consequências de suas más escolhas. Foi
pastor de ovelhas, foi instrumentista, foi soldado, foi general, tornou-se rei
por escolha divina, foi profeta, foi compositor, foi pai, foi construtor. Uma
vida de duração mediana (não foi longevo), cujos efeitos, resultados, exemplos
e legado permanecem para sempre, comprovando aquilo que a própria Escritura
diz: E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre. (1Jo 2:17).
Gostaria de abordar três afirmações deste
versículo, relacionando-as com a vida ministerial do Pr. Neilson Xavier de
Brito, quiçá com a vida de cada ministro fiel do evangelho de Cristo. São elas:
I - FUI MOÇO E AGORA SOU VELHO
Davi afirma que um dia foi moço. Ele não diz que
outra pessoa o foi, mas que ele mesmo teve mocidade. Ele diz que agora, quando
compõe o salmo, é um homem velho. Ele experimentou a vida, experimentou o
desabrochar de toda a sua potencialidade, vivenciou a cada dia os desafios que
se lhe apresentavam. Os seus cabelos eram claros e ruivos quando iniciou, mas
agora já não eram como antes. Era forte e corajoso, cheio de vigor e
ideais. Agora estava vivido, o corpo cansado, já não saía mais às batalhas de
antes e sabia que não havia muito a descobrir. Ele envelhecera. Ou melhor, ele
fizera-se semente.
Lembro-me, no início de minha vida cristã, quando
perguntei ao Pr. Waldemur o porquê eu não sentia mais aquele entusiasmo dos
primeiros dias de convertido, aquela alegria tão presente e tão espontânea em
cada coisa. Eu lhe contava que a igreja, os irmãos e a vida não eram exatamente
como eu enxergava; as pessoas não eram tão santas quanto eu as julgava e agora
a igreja tinha problemas que antes eu não via. O pastor, com santa experiência,
afirmou-me: "Wagner, antes você era uma flor que desabrochava para o
evangelho. Tudo era festa, era a chamada "alegria da salvação". Agora
a flor caiu e a beleza se foi. Contudo você hoje é semente, é vigor, é realidade
e tem consigo o poder da vida constante com Deus". Como me fez bem ouvir
aquilo! Eu agora tinha experiência, não era um neófito!
O Pr. Neilson chegou aqui em Vila Pompéia bem jovem
e moço. Seu casamento era recente e gerou a seus filhos, criando-os aqui.
Conquanto tivesse aprendido grandes lições no seio do seminário, descobriu pela
prática que não era suficiente para enfrentar os desafios ministeriais do dia a
dia. Foi com o tempo que aprendeu a lidar com o seu orçamento de forma que
pudesse sobreviver condignamente. Foi com o tempo que conseguiu harmonizar vida
familiar e ministerial, não privando a nenhum dos dois de seus cuidados e
presença. Foi com o tempo que aprendeu a sorrir com os que sorriem e a chorar
com os que choram. E então, a cada dia, enriqueceu o seu interior,
enriqueceu a sua prédica, enriqueceu o seu ministério. A igreja enriqueceu-se
juntamente com ele.
Foram muitos dias. 12.045 dias mais precisamente.
Também atravessou 1.720 semanas. Foram muitos meses, 396, na
realidade. Foram 33 natais, 33 anos novos, 33 páscoas e só Deus sabe
quantos outros dias especiais.
Ao longo deste tempo o Pr. Neilson viu centenas de
crianças nascerem. Apresentou-as diante do Senhor. Levou centenas aos pés de
Cristo, batizando-os no Senhor. Celebrou inúmeros aniversários. Participou de
muitas festas de 15 anos. Esteve na formatura de muitos irmãos. Celebrou o
casamento de outras tantas pessoas. Viu os seus filhos virem ao mundo. E, ao lado
disto, também sepultou muitos outros que dormiram no Senhor. Chorou junto ao
leito de dor e intercedeu noites inteiras. Socorreu a tantos que não sabiam o
que fazer na hora amarga. Eu fui um deles. Participou do festejo e da
realização de vitória de quantos outros! Isto não se consegue com um tempo
curto, um ministério de tempo limitado. Isto é o fruto de anos e anos, de uma
vida inteira dedicada a um rebanho!
Sim, Pr. Neilson. O senhor foi moço. Agora já não é
mais. É um homem experiente, vivido, calejado. Muitos de seus cabelos brancos
são troféus de experiências que teve, umas felizes; outras, nem tanto. O senhor
assumiu o ônus da responsabilidade em dar a esta igreja o tão sonhado templo
que desejava. Saíram de uma casa de oração pequenina, de bairro, configurada
para os anos 30 do século passado, para um suntuoso edifício, completo,
confortável, digno do bairro que cresceu e se sofisticou. O senhor manteve a
boa música que a igreja já tinha e tornou-a ainda mais relevante,
assessorando-se de outros ministros extremamente capazes. O senhor deu a todos
o seu vigor, o seu sangue e a sua vitalidade. O senhor foi moço e deu-se pela
igreja.
II - NUNCA VI O JUSTO DESAMPARADO
Se o senhor tivesse que contar apenas com os
recursos de sua inteligência, de seu intelecto, de seu físico, de seus diplomas
acadêmicos ou de sua influência política, o ministério não teria chegado até
aqui. O que temos que não tenhamos recebido? O que somos senão agraciados pelas
mãos do Senhor? Há situações que um pastor de longa data passa, que não podem
ser imaginadas pelo coração de quem não viveu esta experiência.
Quantas vezes sentiu-se só? Quantas vezes teve que
lutar sozinho as lutas que Deus lhe dava? A esposa, fiel companheira, não podia
sofrer com tudo o que o seu coração sofria. A igreja, que tantas vezes é o
motivo de alegria, por algumas vezes é também razão para as lágrimas. Por mais
que um pastor faça, por mais que um pastor lute, por mais que um pastor se
dedique, há sempre aqueles que, com um dedo em riste, acusam-no de não ter
feito tudo ou não fazer bem feito. Quantas vezes as condições eram poucas!
Quantas vezes a coberta não cobria o corpo todo! Quantas vezes não se sabia se
haveria jantar!
Mas a cada desafio permitido pelo Senhor havia
também o socorro bem presente que Deus lhe dava, ora de algum milagre local,
ora de alguma surpresa exterior, ora de uma transformação das situações! Deus
esteve presente! Deus se fez ver! Deus estendeu a mão! Deus curou as feridas!
Deus derramou o seu "bálsamo de Gileade"! Deus reverteu as coisas! A
alegria de um problema resolvido é refeição cara, da qual só participa quem
teve a experiência da dor, da aflição, do temor e da falta de recursos!
Quantas curas Deus efetuou, ora pelas mãos dos
médicos, tão capacitados; ora pelas próprias mãos de Deus a usar as orações
pastorais! Quantas pessoas reencontraram ânimo, quantas encontraram o refúgio e
quantas descobriram a que vieram, depois de serem supridas pelo amparo
pastoral, agraciado pelo amparo divino! Deus usou a sua vida para salvar
casamentos, para evitar suicídios, para consertar vidas moralmente
comprometidas e para dar ao desesperado a esperança necessária! Deus usou a sua
vida para soerguer os caídos, para limpar as feridas dos aflitos e para
construir na juventude a certeza de dias melhores!
III - A DESCENDÊNCIA NÃO MENDIGA O PÃO
Davi fala do suprimento de Deus nas horas de
infortúnio e das bênçãos divinas para a posteridade dos justos. Eu a uso para
falar de outro pão, o pão que o pastor precisa fornecer quente e apetitoso
todos os dias no púlpito que lhe é confiado. Falo do suprimento do pão da vida.
Infelizmente muitos púlpitos estão dando pão para o povo, mas pão de joio,
quentinho e mortífero. Mas o Pr. Neilson, diferente daqueles, tem sido um
padeiro de Deus na entrega dos pães do céu há 33 anos, na mesma igreja!
Através de suas pregações o pecador tem encontrado
a salvação. Sim, porque hoje em dia não se prega mais conversão, mas adesão.
As pessoas aderem a um projeto, aderem a uma causa, erguem uma bandeira e
ficam até que se esgotem as pautas daquele ideal. Mas um pastor verdadeiro não
faz nada disso. Um pastor verdadeiro apresenta ao inconverso a sua situação de
miséria espiritual e de perdição. Coloca-o no seu devido lugar, como um
condenado ao Inferno. Mas, ao mesmo tempo, apresenta-lhe a Jesus Cristo, o
Filho do Deus Vivo, o Redentor da humanidade. Conta ao pecador a história da
salvação, o plano de Deus para levar o homem ao Céu e lhe dá a chance de
converter-se, de mudar de vida, de abraçar a fé, de tornar-se cristão. Num
púlpito de um pastor autêntico a bíblia não precisa ser atualizada e nem é
insuficiente. Sei que o Pr. Neilson tem dado pão de trigo e este pão dá vida e
dá sustento! Quantos batismos bíblicos em nome de Jesus, pela Santíssima
Trindade, não foram realizados por suas mãos!
Quem aprendeu a ouvir-lhe não mendiga o pão, Pr.
Neilson. Muitas pessoas trocam o púlpito do pastor de sua igreja pelos famosos
ganhadores de dinheiro com a boa fé evangélica, ouvindo os famosos hereges de
sempre. Eles estão nos celulares, no facebook, no youtube e, não raras vezes, recebem
o dízimo de quem deveria primar em sustentar o trabalho de sua igreja local.
Mas eles são um blefe, uma ilusão. Eles estão só na mídia, não na vida das
ovelhas reais do Senhor. Na hora da doença, na hora da morte, na hora do
conflito familiar, na hora do aconselhamento não são esses atores hipócritas
que estarão ao lado dessas pessoas (eles são caros e inacessíveis!), mas o
pastor de sua igreja local, cujos ensinos foram, muitas vezes, desprezados,
relegados a coisa de pouco valor.
Não, Pr. Neilson. Não teria esta igreja dado ao
senhor 33 anos de seu púlpito se não experimentasse ao longo dos anos a bênção
de receber de seus lábios, de sua prédica, de seus conselhos, de suas
orientações, de seus ensinos, de sua firmeza, da solidez de seu caráter uma
alimentação sadia, um suprimento saudável, um antídoto contra o falso evangelho
que grassa por toda parte em nossa denominação e no mundo cristão. Não, Pr.
Neilson. Não se trata de falar sibolete ou chibolete, dialetos no mesmo idioma,
opiniões sobre assuntos secundários. Trata-se de considerar que o seu
ministério tem sido um "assim diz o Senhor". Um púlpito assim
alimenta! Isto é o pão real, único alimento que um pastor tem a
responsabilidade de dar ao seu rebanho.
CONCLUSÃO
Caríssimo Pr. Neilson. Quero aqui lembrar-me das
palavras do Anjo Gabriel para Daniel, o profeta: "Tu, porém, segue o teu
caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para
receber a tua herança". Daniel 12.13
Hoje o pastor está em pleno vigor físico, no
exercício de seu ministério. Cumpra-o com o mesmo temor e a mesma
responsabilidade dos últimos 33 anos. Não desista. Não pare. Não cesse. Deus
mostrará até quando deverá continuar. Mas saiba: a memória das igrejas é
bastante deficiente e, aos poucos, tudo o que fez irá ficar para trás, no
esquecimento. Se outro obreiro condigno, no futuro, honrar a quem precisa ser
honrado, fará com que os principais fatos sejam lembrados. Caso contrário o
irmão será um retrato em cima da mesa de alguém por alguns anos. E depois nem
isso. Talvez um artigo de Wikipedia ou nome de rua.
Mas esteja certo de algo: DEUS NÃO LHE
ESQUECERÁ! Há um Deus que vê! Há um Deus que jamais se esquece e que não
deixará de recompensar nem um simples copo de água fria. Ele não precisa de
registros históricos, de fotografias, de facebooks, de youtubes, de instagrans,
de whatsapps, de notas fiscais, de registros ou quaisquer outras coisas. Tudo o
que o irmão fez e faz estará nas mãos dele e há recompensa para os que são
fiéis. Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho
do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e
ainda servis. (Hb 6:10). Cada mensagem, cada sermão, cada estudo, cada culto,
cada oração, cada vigília, cada reunião, cada visita, cada oferta, cada lágrima
vertida, cada sorriso difícil, cada levantar de manhã, cada noite mal dormida,
cada esperança de dias melhores. Deus a tudo viu, de tudo esteve ciente e o
recompensará com bênçãos eternas! Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a
mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2Tm 4:8)
Que, pela graça de Deus o senhor tenha outros
jubileus, muitos, a celebrar como pastor desta igreja.
Parabéns, Pr. Neilson Xavier de Brito!
Wagner Antonio de Araújo,
22 de novembro de 2020
sábado, 21 de novembro de 2020
memórias literárias - 935 - NOVA RAÇA
NOVA
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
memórias literárias - 934 - AMIZADES QUE PERDURAM
AMIZADES
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