terça-feira, 26 de abril de 2016

memórias literárias - 334 - FELIZ É A NAÇÃO




 
FELIZ É A NAÇÃO
334
 
Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança. (Sl 33:12)
Bem-aventurado o povo ao qual assim acontece; bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor (Sl 144:15)
 
Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. Uma frase que usamos livremente ao falar da possibilidade de ter um país cristão, de enxergar o evangelho a permear cada capilaridade da sociedade em que vivemos. Frase dita por inúmeros pastores, e lembrada por políticos (inclusive incrédulos), ao buscar o voto de incautos que crêem em qualquer promessa.
 
Tal frase emana dos dois textos citados acima. Ambas foram escritas por judeus, hebreus, gente de Israel. Textos inspirados pelo Espírito Santo. O Salmo 33, de onde vem a primeira frase, enaltece Israel sobre todas as outras nações, chamando os demais de  "gentios". Numa linda poesia, descreve a obra criativa do Senhor, submetendo todos os seres humanos ao poder divino, avisando que todos estão debaixo de seu olhar. E termina o cântico, dizendo que Israel confia em Seu Nome e que espera por Sua misericórdia.
 
Já o salmo 144 fala sobre a guerra contra os inimigos de Israel. Nele são descritas as lutas do povo de Deus. Suplica pela intervenção divina em favor da nação escolhida. Roga por prosperidade e por despensas cheias de mantimentos. E termina, dizendo que um país onde isso acontece, onde há essa intervenção divina em seus negócios, em suas lutas e em seus suprimentos é, de fato, uma nação bem-aventurada.
 
O que se compreende disto? Em minha opinião o texto diz que "feliz é Israel, cujo Deus é o Senhor". Nada mais, nada menos. E em comparação com quem? Com o Egito, com a Etiópia, com a Assiria, com a Síria, com a Filístia, enfim, com todas as nações que existiam ao redor daquele país. E foi uma expressão dentro de um tempo e local, isto é, "feliz é Israel (de agora, deste tempo bíblico), cujo Deus é o Senhor". Certamente esta realidade não durou, porque o povo trocou o Deus Eterno pelos deuses das nações. O império foi rasgado entre reino do norte e reino do sul e ambos foram deportados. O do norte extinguiu-se para sempre. O do sul, levado para a Babilônia, voltou setenta anos depois, reconstituindo-se novamente. Também teve um período de duração limitado, sendo destruído no ano 70 da era cristã pelo General Tito e Roma. E acabou-se a nação bem-aventurada.
 
Seria justo tomar emprestado o versículo e aplicá-lo ao Brasil, aos Estados Unidos, a Portugal, ao atual Estado de Israel  ou a qualquer outro país, parafraseando a mensagem? "Bem-aventurado tal país, cujo Deus é o Senhor"? Não. E por que não? Porque não há nenhuma nação neste mundo que tenha o Senhor como o seu Deus. Yahweh, Jeová, Javé, não é o Deus de nenhuma nação. Hoje a relação divina não se dá a nível de nações, mas a nível de pessoas. Não há mais uma nação sacerdotal, um país escolhido, uma raça humana eleita para representar o Eterno entre os homens. Porque Cristo a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio. (Ef 2:14). Por que não temos mais uma nação sacerdotal ou teocrática?
 
Porque a bíblia diz que este mundo jaz no Maligno.  Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1Jo 5:19)
 
Porque Cristo disse que este mundo tem um príncipe julgado. Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. (Jo 12:31); Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim; (Jo 14:30); E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado. (Jo 16:11).
 
Porque Cristo afirmou que o reino dEle não é deste mundo. Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. (Jo 18:36).
 
Porque este mundo e esta criação serão destruídos por um grande cataclisma; nenhuma das atuais nações subsistirá. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. (2Pe 3:10)
 
Poderíamos alistar dezenas de outras razões, mas estas já são suficientemente fortes para afirmarmos que não há mais nenhuma nação cujo Deus é o Senhor. Nem o atual estado de Israel. Aliás, o Senhor Jesus afirmou: Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor (Mt 23:39). Israel considera o Senhor Jesus Cristo como o mais insignificante dos judeus e oram, pedindo que a Sua memória seja apagada da face da Terra, como se fosse Ele o maior dos ímpios. Esse atual Israel não tem Deus como o Seu Senhor. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. (Jo 15:23). Como exemplo veja o que a TV israelense fala sobre o nosso Senhor: https://youtu.be/6xBpQWkzGy8
 
Seria importante mencionar uma frase jactanciosa, encontrada em várias partes do país e de cidades (geralmente afixadas por políticos crentes ou que se fingem de crentes), que afirma: "O Brasil é do Senhor Jesus; povo de Deus, declare isso!". Essa frase soa bem, mas não soa verdadeira. Vejamos: é o Brasil do Senhor Jesus? No sentido de propriedade universal, sim, pois toda a Terra e todo o universo pertencem a Deus. Mas é o Brasil em sua totalidade um país de remidos através de Cristo, composto por pessoas regeneradas pelo arrependimento e pela fé no Senhor, submissas à autoridade do Reino de Deus? De forma alguma. O Brasil, como nação, é uma lástima diante de Deus: admite o aborto, admite o homossexualismo, admite a corrupção generalizada, vive na promiscuidade em todas as esferas, permite a pobreza do povo, não cultua a honestidade, é absurdamente idólatra, mantém a feitiçaria legal e oficializada nos calendários das cidades etc. Ele não é o único; todos os países do mundo, de uma forma ou de outra, estão contaminados pelo poder do pecado. Logo, nós, o povo de Deus, declararmos que "o Brasil é do Senhor Jesus", não provocaremos coisa alguma; apenas usaremos a técnica de repetir uma mentira até que seja crida como uma verdade. É duro afirmar isso, mas é a verdade. Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1Jo 5:19)
 
O povo de Deus não foi chamado para reformar este mundo e chamá-lo de Céu, lançando as raízes nesta terra contaminada pelo pecado, regada por sangue inocente desde o justo Abel. Nós fomos chamados para arrebatar do mundo as pessoas que desejam a salvação, apresentando-lhes o caminho da vida eterna. Cristo, ao ladrão arrependido, disse: "hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". Aqui não é meu lar! Aqui não é o mundo das igrejas do Senhor! Nós somos cidadãos de dois mundos, somos daqui, por nascimento, e de lá, por renascimento através da conversão! Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. (Hb 11:14)
 
"Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou, Do reino lá do Céu embaixador eu sou. Meu Rei e Salvador vos manda em Seu amor As boas novas de perdão." (Elijah Taylor Cassel, trad. Ricardo Pitrowsky).
 
Não. Este mundo jamais temerá ao Senhor em submissão e obediência. Este mundo está julgado. Em lugar de "Feliz Israel cujo Deus é o Senhor", podemos dizer:
 
FELIZ É O HOMEM (OU A MULHER) QUE CONFIA NO SENHOR - Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia. (Sl 34:8); Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada. (Pv 31:30)
 
FELIZ É O PEQUENINO QUE CONFIA NO SENHOR - Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca. (Mt 18:14);Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus. (Lc 18:16)
 
FELIZ É A FAMÍLIA QUE CONFIA NO SENHOR - Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. (Js 24:15); A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. (Sl 128:3).
 
E quanto ao meu país, a minha nação? Não amamos o Brasil? Não queremos a Pátria para Cristo? Sim, mas simbolicamente, com conversões pesoais genuínas, pois jamais um país inteiro deste mundo se converterá completamente ao Senhor. Assim, que sejamos mensageiros de boas-novas, semeadores eficazes do Reino de Deus, buscando o maior número de patrícios para o Reino do Céu, para a Pátria de Além, para a Nova Jerusalém Celestial, a Nova Canaã! E que oremos pela nossa cidade onde peregrinamos, pois diz Deus: E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz. (Jr 29:7). Conquanto não sejamos Judá em cativeiro, também estamos cativos neste mundo caído. O texto se aplica a nós também!
 
Que os brasileiros, os portugueses e todas as pessoas das nações conheçam o Senhor Jesus como Salvador! É o meu desejo para sempre!
 
Wagner Antonio de Araújo

26/04/2016

quinta-feira, 21 de abril de 2016

memórias literárias - 333 - MAÇÃS DE OURO EM SALVAS DE PRATA


MAÇÃS DE OURO
EM SALVAS DE PRATA
Como maçãs de ouro em salvas de prata,
assim é a palavra dita a seu tempo.
(Provérbios 25:11).

Antes de me casar fiquei responsável por adquirir as alianças. Lembro-me que paguei-as em 10 prestações, um preço considerável. Eram de ouro, durariam a vida inteira. Elas estão em nossos dedos há cinco anos. O seu peso, entretanto, é pequenino; mesmo assim, são caras; afinal, são de ouro, o metal mais nobre, metal duradouro, maravilhoso. E uma maçã de ouro, corresponderia a quantas alianças? Creio que 500, talvez. O preço ultrapassaria a casa de um milhão de reais. O texto fala de "maçãs". Imaginem o quão cara seria essa salva de prata com várias delas! Aliás, eu nunca vi uma maçã de ouro. Salvas de prata sim. Existem nas antigas pratarias de família, ou nos hotéis luxuosos. Peças de ouro e prata são dignas de um palácio e são usadas em momentos especiais, tamanha a sua importância e elegância.

Diz o texto bíblico que a palavra dita a seu tempo vale tanto quanto essa fortuna em ouro e prata! Palavras benditas e adequadas são riquezas incomensuráveis!

Vivemos em uma época em que os políticos e os que usam dos meios de comunicação não avaliam o quanto as suas palavras deveriam ser prata escolhida e ouro de primeira. Infelizmente o que ouvimos não tem valido um tostão furado, um níquel sequer. São palavras inadequadas, chulas, mal pronunciadas, gramática e foneticamente incorretas, de má índole, falsas, hipócritas, cheias de combate ideológico e com nenhum lastro de decência. E, infelizmente, o mesmo se dá em nossas casas, em nosso trabalho, em nossos relacionamentos, em nossos meios de comunicação, em nossas mídias de relacionamento social.

Lembram-se da frase "vinde a mim todos vós, que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei"? Foram ditas há dois mil anos e continuam a valer uma fortuna! Foi Cristo quem a pronunciou. Lembro-me que os evangelhos narram a ira dos sacerdotes contra os soldados que foram prender a Jesus e não o fizeram. Questionados sobre o porquê de lhe deixarem livre, disseram: "nunca ninguém falou como esse homem!" (João 7.46).

Palavras deveriam ser escolhidas, cultivadas, trabalhadas, buriladas, até que fossem pronunciadas. A bíblia nos diz que os homens darão conta de cada palavra pronunciada, e que, por elas, todos seremos julgados. "Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado." (Mt 12:37); "Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo." (Mt 12:36)

Palavras adequadas e ditas em momento certo podem evitar tragédias! Lembro-me de Abigail, esposa de Nabal. Davi e seus soldados prestavam segurança na área. Um dia Davi solicitou a Nabal que desse alguma coisa para que pudessem matar a fome, visto ser ele um próspero e ter sido protegido pelos soldados por um bom tempo. Nabal não apenas negou como desprezou a Davi e a seus soldados. Enfurecido, o futuro rei correu com os soldados a atacar a fazenda desse néscio. A mulher de Nabal, Abigail, informada do fato, correu encontrar-se com Davi, na estrada. Prostrada, implorou a Davi que não levasse em consideração a loucura do esposo e que não maculasse o seu futuro império com o sangue de um homem que, na verdade, não valeria a pena. E forneceu-lhe víveres. Davi declara: "Bendito o Senhor Deus que te enviou ao meu encontro". Abigail livrara o esposo da morte pela espada, e a Davi de sujar-se com o sangue daquele ímpio. Uma palavra que desviou um extermínio!

Lembro-me também do caso de Elias. Acazias, rei doente de Samaria, mandara prender o profeta por ter ele admoestado o imperador, dizendo que não precisava clamar a deuses, pois havia Deus em Israel. Acazias enviou um regimento e o comandante, áspero, mandou que o homem de Deus o seguisse. Elias disse: "se sou homem de Deus, que caia fogo do céu". E caiu mesmo, queimando o comandante e o regimento. Outro capitão foi enviado. Mais uma vez o comandante, arrogante, ordenou que Elias viesse. Novamente fogo do céu fulminou os soldados. O terceiro regimento, ao chegar, teve um comandante sábio. Este, sabedor de que era um homem de Deus que iria prender, disse: "tenha piedade, homem de Deus, que as nossas vidas sejam preciosas diante de ti". Então Elias, orientado por Deus,  seguiu com o capitão. Esse sábio militar soube usar adequada e respeitosamente as palavras, salvando os seus cinquenta soldados, além da sua própria vida.


E nós? Quantas vezes nos arrependemos das palavras ditas num momento de fúria, de agitação, de desentendimento, e depois pagamos caro por elas? Quantos casamentos se deterioram por causa de palavras? Quantos pais rompem com seus filhos por causa de palavras? Quantas igrejas são destruídas devido às palavras ditas do jeito errado, na hora errada? Porém, igualmente verdadeiro é o número de vezes em que Deus, em Sua graça, nos usa com palavras de edificação, palavras de paz, palavras de sabedoria, palavras de luz, que rompem uma crise e irrompem luz na escuridão da violência! As palavras sábias podem levar um possível suicida a reescrever a sua história. As palavras certas podem mudar o curso de um criminoso, o abismo de um promíscuo, a loucura de um terrorista. As palavras sábias podem erguer um doente da cama e dar fôlego de vida a um aposentado desiludido com o futuro. Palavras sábias edificam uma igreja!

Bem, que tipo de palavras temos usado em nosso quotidiano? Será que temos palavras tão valiosas quanto maçãs de ouro em salvas de prata, disponíveis na hora certa e para as pessoas certas? Ou será que as nossas palavras são bolhas de sabão em pratinhos de papelão corroído, que não valem um tostão? Será bom avaliarmos o quão valiosa tem sido a nossa boca, o quão edificante tem sido a nossa língua e o quão relevantes têm sido as nossas frases.

Que possamos servi-las como maçãs de ouro, como palavras que realmente valem.

E servi-las em salvas de prata, nos momentos especiais, na hora certa, do jeito certo, para a glória de Deus.

Amém.

Wagner Antonio de Araújo

terça-feira, 19 de abril de 2016

memórias literárias - 332 - O PASTOR SIQUEIRA MORREU


O PASTOR SIQUEIRA
MORREU
332
"Como? O Pr. Siqueira morreu? Meu Deus! Tão jovem, tão ativo! Que tragédia!"
"Não! O Pr. Siqueira? Não é possível! Ele pregou domingo à noite e estava cheio de planos! O que aconteceu? Ataque cardíaco? Jesus amado..."
Aos poucos os irmãos ligavam uns para os outros. A notícia chegou à ordem de pastores e estes também repercurtiam a notícia.
"Ah, Senhor, que tristeza! Um homem tão experiente, tinha tanto para dar, agora recolhido às mansões celestiais! Estamos empobrecidos!"
"Como eu queria ter tido tempo para beber de sua sabedoria, enriquecer a minha alma, infelizmente os afazeres do dia a dia me impediram de um contato mais longo..."
Chegou a hora do culto da saudade, culto fúnebre. Igreja cheia, lágrimas, dor, mas gratidão pela vida do obreiro. Familiares se revezavam nos cuidados para com os presentes, pastores teciam elogios, enfim, tudo muito bem feito e participativo.
O cortejo acompanhou o caixão até o cemitério. Mais um culto, hinos e, enfim, o sepultamento propriamente dito. Aos poucos todos se despediram, cada um tomou o seu lugar nos automóveis e ônibus e acabou a celebração. No cemitério apenas a terra revolvida e o jovem caixão com o Pr. Siqueira.
Ele deixara a vida para entrar na história, como diria Getúlio Vargas. Mas deixara a igreja terreal, os amigos, os irmãos, os familiares, os vizinhos, os bancos, a receita federal, tudo. Ele agora era um nome no obituário, não na lista telefônica.
Com os dias e meses as pessoas percebiam o quanto perderam tempo e oportunidade. "Ah, como eu gostaria de ter conversado mais com o Pr. Siqueira!"; "Sinto falta dos seus conselhos"; "Como me lembro de suas prédicas, sempre bem feitas e planejadas!"; "Que falta faz a sua administração!"; "Sinto falta de papai; eu poderia ter dito que o amava, mas não o fiz!"; "Perdi tanto tempo na cozinha ou comigo mesmo, e agora sinto que poderia ter vivido melhor o nosso casamento!".
O mundo evangélico também sentia. As revistas cristãs queriam ouvir a opinião daquele querido pastor, tão bíblico e tão equilibrado; mas agora era tarde. Eles lembravam-se de quantas vezes ele os procurara para publicar algum sermão ou artigo, mas nunca lhe deram a oportunidade. A denominação à qual pertencia ressentia-se de não ter oferecido oportunidades melhores para o obreiro, mesmo percebendo que ele sempre estava presente, disposto a cooperar e possuia um carisma profundo e grande temor do Senhor. A igreja que pastoreou sentia falta de seus sermões; muitos que faltavam à Escola Bíblica Dominical, cultos noturnos ou de oração, agora lamentavam-se, dizendo: "tivemos tantas chances de ouvi-lo e agora lamentamos e sentimos falta de seus sermões..."
E assim família, igreja, mundo cristão e a sociedade em geral descobrem-se pobres, terrivelmente pobres, convictos de que eram ricos e não deram o devido valor ao Pr. Siqueira. Se o tempo pudesse voltar, certamente ouviriam mais o querido pastor, dariam a ele maior atenção, desfrutariam de sua preciosa companhia e publicariam suas preciosas mensagens, tão caras e tão bíblicas. Mas o tempo não para e no Rio do Tempo os que saem não regressam mais, senão no dia do grande julgamento. Uma vida que se vai é uma página que se vira na agenda da existência.
Enquanto escrevo muitos estão a imaginar: quem era esse Pastor Siqueira? De onde era, que igreja pastoreava, quando morreu?
E eu digo: o Pastor Siqueira pode ser qualquer um dos pastores que estão nos púlpitos a pregar, nos gabinetes a atender, nas casas a cuidar das famílias, nas denominações a participar de suas atividades. Estes obreiros, talvez por manterem pouco interesse político não brilham como outros. E o brilho dos demais não significa que não possuam algo precioso, importante, "sui generis". Eles só não são percebidos. Muitas vezes os membros de suas igrejas deixam de ouvi-lo nos cultos, faltando nas atividades, porque sabem que domingo após domingo poderão encontrá-lo lá, pronto a pregar, a ensinar e a aconselhar. Deixam essas oportunidades para mais tarde. Muitos familiares, principalmente filhos e netos, mantém como prioridade a sua própria geração, relegando a atenção ao velho obreiro apenas aos dias especiais ou a momentos em que estejam com a agenda vazia. Muitos estão tão seguros de que tal pessoa sempre estará presente, que o confundem com um móvel, um patrimônio, uma árvore. Mas móveis se deterioram; patrimônios se perdem; árvores morrem. E pastores não duram para sempre.
Lembrem-se dos velhos obreiros que cuidaram de suas igrejas. Lembrem-se de suas esposas. Por onde andam? Lembrem-se dos pastores idosos que frequentam a igreja; como estão? Há um poço de conhecimentos e uma fonte de grande sabedoria numa boa prosa e numa boa conversa com eles. As novas gerações poderiam beber de sua longa experiência de vida. A família poderia valorizar-lhe mais, amar-lhe mais, torná-lo mais especial e presente, não um estorvo ou algo secundário no dia a dia da casa.
Vamos dar maior valor aos nossos pastores veteranos. Eles morrem. Eles partem. Eles um dia deixarão de pregar. Ouvi-los no púlpito ou nos cultos domésticos é algo que podemos fazer agora, mas isso um dia terminará. Lê-los e poder discutir seus textos com eles é um privilégio dos contemporâneos, não dos futuros leitores. E dar oportunidade para que falem, publiquem, escrevam, deve ser algo atual para as editoras e rádios, mesmo ceder o próprio púlpito para os pastores idosos; deixar tudo isso para amanhã é perder para sempre. E essa perda jamais será compensada.
Que tal dar mais valor ao seu Pastor Siqueira enquanto ele está vivo?
Pr. Wagner Antonio de Araújo

20/04/2016

segunda-feira, 11 de abril de 2016

memórias literárias - 331 - CONSTRUÇÃO QUE PERDURA


 
CONSTRUÇÃO
QUE PERDURA
331

I Coríntios 3.12-15
 
E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será reveldada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão.
Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo.
 
O texto bíblico acima citado nos fala sobre construções e materiais. O apóstolo Paulo está apresentando a realidade da Igreja do Senhor Jesus Cristo: que Ele, o Senhor, é a pedra fundamental e que a doutrina dos apóstolos funciona como alicerce juntamente. E que fique claro que Paulo falava daqueles apóstolos, os originais, os únicos escolhidos por Cristo, nomeados, consagrados e enviados por Ele. Hoje não há mais apóstolos, ainda que queiram transformar a função especial e fundamental daqueles escolhidos em dons comuns da igreja contemporânea. Não nos consta que a Nova Jerusalém estivesse ampliando o número de fundamentos do seu muro com a série infindável de apóstolos modernos. Não, mil vezes não! Paulo reinvindica o apostolado dele e dos seus contemporâneos chamados, e ninguém mais!
 
Paulo diz que estão a construir a igreja de Cristo. Ele fala de 6 tipos de materiais utilizados: ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha. E afirma que a obra de quem constrói sobre esse fundamento seria provada pelo fogo. Eu, particularmente, imaginei a capela da igreja onde tenho o privilégio de servir o Senhor (Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuíba, São Paulo, Brasil). Ela é inteiramente de madeira, com telhas e janelas de outros materiais, igualmente combustíveis. Se o Senhor provasse essa capela com um maçarico de fogo, pouca coisa restaria, e certamente inutilizável, pois não passaria de ferro e pedaços de coisas retorcidas. A capela não passaria pelo teste do fogo.
 
Mas será que Paulo falava de construção de templos, de capelas, de casas de oração comumente chamadas de igreja? Certamente que não. No tempo dele não havia templos evangélicos, cristãos. Eles se reuniam nas casas, nos quintais, à beira de rios, nas sinagogas e lugares de oração. Os cristãos romanos reuniam-se no cemitério subterrâneo (catacumbas) para evitar as prisões. Certamente que Paulo não falava da construção de prédios, mas da construção viva da igreja do Senhor, da construção que fazemos na Obra de Deus. Paulo falava da vida que construímos na presença do Pai celestial, de nossa carreira como cristãos.
 
Segundo o Apóstolo Paulo, a nossa carreira cristã, a nossa vida, deve ser construída sobre a solidez da Palavra de Deus. E o viver em Cristo, o dia a dia, o serviço na fé, a vida privada, pessoal, tudo o que fazemos, representa uma construção contínua. Se o que fizermos for à luz da vontade do Senhor, será uma construção feita com materiais nobres (ouro, prata e pedras preciosas). Se não for orientada por Deus será feita com materiais perecíveis (madeira, feno, palha). E no dia do julgamento do tribunal de Cristo (e é bom que saibamos que TODOS compareceremos nesse tribunal, mesmo que sejamos crentes), seremos provados pelo fogo. A salvação nos livra da perdição eterna e do "grande trono branco", onde os ímpios serão julgados segundo as suas obras para receber mais ou menos castigo. Os crentes, por outro lado, serão apresentados no tribunal de Cristo e ali prestarão contas do que fizeram de suas vidas cristãs.  Veja-se: E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. (Ap 20:11); Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. (Rm 14:10); Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. (2Co 5:10)
 
Será que existe alguma regra, alguma norma, alguma fórmula que nos conduza a construir dia após dia com materiais que não perecem? Será que é possível levar uma vida nobre, à luz da Bíblia, que nos garanta um julgamento ameno, abençoado, onde apresentaremos construções que não perecerão com o teste do fogo da luz do Senhor?
 
Sim, existe. Gostaria de sugerir três regras básicas de construção, para que escolhamos os melhores materiais e não soframos detrimento no dia do tribunal de Cristo, onde as verdadeiras intenções do coração e as verdadeiras motivações do que fazemos serão esclarecidas e postas à prova.
 
PRIMEIRO DEUS,
DEPOIS O RESTO!
 
Esta é a regra número um para quem deseja construir para a eternidade. O crente fiel e verdadeiramente fundamentado nas Escrituras Sagradas coloca o Reino de Deus em primeiro lugar de sua vida. Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6:33)
 
Colocar o Reino em primeiro lugar significa tomar a cruz e seguir após Jesus. Atualmente, nas igrejas que constróem com palha e feno, não há cruz. A vontade do homem vem primeiro. Eles entretém as pessoas com banalidades, com sociabilidades, com clubes de convívio ou rodas de discussões filosóficas, mas não ensinam o autêntico cristianismo, que exige renúncia, exige abnegação, exige doação. E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. (Lc 9:23)
 
No último sábado jantei com o missionário Josafá Venâncio Fernandes. Um servidor público aposentado, que poderia viver tranquilamente com a família numa chácara, desfrutar da companhia dos filhos e netos, uma agenda pacata e sem surpresas. Decidiu, entretanto, dedicar o resto de sua vida a semear a Palavra de Deus entre os indianos e socorrer os doentes, os feridos, os aflitos, os abandonados daquele país. Em cinco anos de trabalho voluntário e independente, resgatou mais de quatro mil pessoas da morte iminente, dando a elas a possibilidade de voltarem ao trabalho, ao convívio. Ele gasta o que tem e gasta a si mesmo em prol da salvação dos que precisam. Isso é colocar Deus em primeiro lugar.
 
Mas nem todos são missionários no exterior. Podemos fazer isso aqui mesmo, em nosso dia a dia. Quem coloca Deus em primeiro lugar não tem dificuldades em ofertar ao Senhor, em ser dizimista ou em dispor de seus bens em prol da expansão do evangelho. Um dia parei o carro no semáforo e havia um outro à frente, com o adesivo que dizia: "propriedade de Jesus". Fui até lá e pedi a chave do carro. Ele estranhou. Eu disse que era auxiliar de Cristo numa de suas igrejas e que precisávamos comprar o terreno para pregar o evangelho e que, se o carro era propriedade exclusiva do Senhor, Ele reinvindicava o carro, assim como reinvindicou o jumento no passado. O rapaz acelerou e foi embora, chamando-me de louco. Bem, creio que não era eu o louco, mas ele, pois considerava o seu carro nominalmente do Senhor, mas não na realidade. Quem não oferta, não dizima e não dispõe finge ser de Jesus, mas não é. Está a construir com palha, feno e madeira. No dia do tribunal tudo será queimado.
 
Deus vem primeiro para quem constrói com materiais preciosos. Ele não deixa de ler a súa bíblia, não deixa de gastar o seu tempo em oração, não deixa de congregar. Muitas vezes se cansa, muitas vezes se desanima, mas o Senhor o refortalece e ele segue o seu caminho vitorioso.
 
PRIMEIRO O PRÓXIMO,
DEPOIS O RESTO!
 
Para quem constrói com ouro, prata e pedras preciosas o próximo vem primeiro. Depois ele pensa em si próprio. Não são raras as vezes em que pensamos em nos suprir plenamente e, se sobrar alguma coisa que não iremos usar, cederemos ao próximo. Já vi crentes servirem o resto da comida de ontem para alguém que precisava, sendo que a comida do dia estava posta à mesa. Já vi gente doar roupas rasgadas e descosturadas pensando fazer algum bem, quando na verdade buscava livrar-se de lixo e entulho.
 
Para o crente fiel o próximo vem primeiro. Se ele tiver que escolher entre comer ou ceder o seu prato, ele cederá o seu prato. Para ele suprir a necessidade do outro vem primeiro. E não se trata de demagogia ou de caridade barata; deve ser algo da alma. Como poderá comer bem quando o outro sofre carestia? Faz-me lembrar a música da cantata que contava a história de Barnabé. Sim, o crente ama o próximo e o faz com expressões. João, o Batista, preparava a geração messiânica com pessoas que repartissem o que tinham. No filme "O Manto Sagrado", num tempo onde ainda se faziam filmes com algum temor de Deus, Marcelo, o centurião desesperado, dá um cavalo de presente para um menino numa aldeia cristã. Este, imediatamente, o dá para um menino cego. O soldado, furioso, pergunta porque ele fizera isso. O menino responde: "porque ele é cego e queria muito". Os cristãos são assim. Não ajuntam para si, mas para servir. De que vale uma mesa farta na casa de um rei se ninguém vier comer do banquete? O crente é alguém que mantém a vida como um banquete ambulante, sempre buscando servir o outro.
 
Nesse serviço a família está incluida. O pai de família prefere comprar as roupas que as crianças precisam e suprir as necessidades da esposa do que adquirir o veículo esportivo da revista deste mês. Quem busca servir ao próximo não deixa os seus passarem necessidade. Um dia uma irmã pediu para que eu orasse pela sua mamãe, que era tão carente e que estava no asilo. Logo em seguida falou-me da viagem à Europa que faria com o marido, que lhe custara 30 mil reais. Eu perguntei: "será que sua mamãe não vale muito mais do que toda a Europa?" Ela aborreceu-se. E eu lamentei, pois manifestou estar construindo a sua vida com madeira, feno e palha.
 
O crente que ama, que coloca o próximo antes de si próprio é sempre produtivo e é sempre suprido. Ele assemelha-se a um rio caudaloso: a água entra abundantemente. E, com a velocidade com que entra, também sai. Mas deixa um rastro de piscosidade em seu leito, com uma infinidade de peixes e vida aquática, de belezas naturais e de frescor, características que uma lagoa egoísta e sem saída de água não tem. A lagoa só recebe. E tanto recebe sem distribuir que apodrece. Em seu leito está toda sorte de vermes, de bichos e de sujeiras. O crente que constrói com ouro, prata e pedras preciosas é rio, não lagoa sem saída.
 
PRIMEIRO EU,
DEPOIS OS MEUS DESEJOS
 
Uma coisa é a necessidade básica para uma vida suprida; outra muito diferente é a vida regalada, suprida pelos caprichos e pelas vaidades. Aquele que deixa de suprir as coisas fundamentais e básicas para a vida e enche-se de banalidades e de desejos impróprios está construindo com madeira, feno e palha.
 
O meu irmão costuma sentar-se à mesa e primeiro servir-se de salada e misturar com linhaça. Ele come essas coisas e depois serve-se de outras. Sua frase célebre é: primeiro o dever, depois o prazer. Lembro-me daquelas mães que educam filhos pequenos. Se os pequeninos guiarem a mãe para escolherem suas próprias alimentações, encherão o estômago de balas, doces, chocolates, bolos, chicletes. Mas as mães prudentes não permitem; elas dão comida substanciosa e que possua vitaminas e todos os ingredientes necessários. Em alguns momentos liberam os desejos, limitadamente. Elas querem suprir primeiro a necessidade, e só depois dar o prazer.
 
Assim é o crente que constrói com ouro, prata e pedras preciosas. Ele cuida de si. Ele cuida de sua vida interior, lendo coisas que constróem, lendo a Bíblia Sagrada para ouvir a voz de Deus; ele ora diuturnamente, buscando a comunhão com o Senhor. Ele mantém-se ativo em sua igreja e busca o que fazer. Ele exercita-se fisicamente, seja através do serviço ou ajuda ao próximo, seja com exercícios físicos. Ele dorme o suficiente e alimenta-se com responsabilidade. Ele protege-se das infecções e cuida do corpo como o templo do Senhor. Ele é responsável para com a sua vida.
 
Ele não preenche as suas horas vagas com banalidades. Ele não é escravo de jogos intermináveis de videogame ou da internet. Ele não gasta o tempo a assistir esportes sem fim. Ele não passa as noites nas baladas e nem gasta a sua mente com filmes que não edificam. Ele não destrói o corpo e a vida com coisas passageiras e efêmeras. Ele é fiel, é responsável, é prudente.
 
Ele só deixa de observar isso quando oferece a própria vida, a própria carreira, o próprio tempo, a própria alimentação e tudo o que tem por amor a Cristo ou para ajudar aquele que carece de si. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. (1Jo 3:16)
 
Assim, com essas três regras, PRIMEIRO DEUS E DEPOIS O RESTO; PRIMEIRO O PRÓXIMO E DEPOIS O RESTO; PRIMEIRO EU E DEPOIS OS MEUS DESEJOS, nós construiremos uma vida que não será destruída pelo fogo da provação dos reais sentimentos, motivos e valores no dia do grande tribunal de Cristo.
 
Não coloquei PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO porque tudo o que fizermos é simultâneo. Amamos a Deus, amamos o próximo e nos amamos o tempo todo. E harmonizamos esses três focos de amor com a graça do Senhor, com o equilíbrio e com a sabedoria de Deus. Quem assim leva a vida não terá muito que se decepcionar no dia em que for julgado.
 
Para terminar: com que materiais o querido leitor tem construído a sua vida?
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
11/04/2016
 
 
 

 

memórias literárias - 330 - 13 ANOS DE CORBÃ


 


13 ANOS
DE CORBÃ
 
330
Corbã é o nome da igreja batista pastoreada pelo meu amigo Pr. Eurípedes José de Souza. Ele, sua família, ao todo sete irmãos, iniciaram uma congregação há quinze anos. Essa congregação foi abençoada por Deus e há treze foi organizada como igreja, tendo recebido o nome de IGREJA BATISTA CORBÃ. Conheci-a em 2014, quando do congresso da OPBCB naquela cidade. E o Pr. Eurípedes eu conheci na Igreja Batista Vida Nova, em São Paulo, quando do segundo congresso da ABACLASS.
 
Para festejar esses treze anos, o Pr. Eurípedes e Corbã convidaram-me para ser o conferencista de aniversário, o que muito me honrou. Preparei-me diante de Deus e encaminhei-me para Goiânia na quinta-feira, dia 31 de março de 2016. Saí bem cedo de casa, rumo ao aeroporto de Congonhas. O vôo foi sem paradas e cheguei às 10 horas na capital de Goiás. Como não sabia quem iria buscar-me, pedi ajuda ao colega Pr. Aparecido Fernandes, que fez a ponte informativa. De repente um jovem olha para mim e pergunta: "o senhor é o pastor de São Paulo?" Respondi que sim e ele identificou-se como o filho do Pr. Eurípedes e da irmã Simone. Que alegria conhecer o Isaque! Com ele estava o irmão Eurípedes. Um irmão experimentado na vida, temente a Deus, e um serviçal dos mais preciosos na Causa de Cristo,  além de braço direito do pastor. Aguardamos a chegada do Pr. Helcias Rodrigues de Souza e de sua esposa, irmã Andréia, que também participariam. Eles são da Primeira Igreja Batista do Barreiro de Cima, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A chegada do colega foi uma grande festa.
 
Fomos até o centro da cidade, onde me conduziram para o hotel onde ficaria hospedado. Ali pude abrir as minhas malas, dobrar os joelhos e bendizer a Deus pela boa viagem, além de descansar um pouco. Logo depois, no horário do almoço, o irmão Euclides veio buscar-me, pois iria almoçar em sua casa. Levou-me até o seu apartamento, no 25o. andar de um belíssimo prédio. Ao chegar, vi que a família havia feito uma refeição de reis, mesmo hospedando plebeus! A irmã Cleide, sua esposa, é uma exímia cozinheira e muito hospitaleira. Lá estava o Pr. Eurípedes, recém-chegado das aulas de inglês que ministra em escola pública. Também o Pr. Helcias. Uma festa! Pudemos almoçar preciosa refeição e conversar sobre as coisas do Senhor e sobre os planos para a semana, inclusive para a noite, onde teríamos um encontro com a OPBCB (Ordem dos Pastores Batistas Clássicos do Brasil) da cidade.
 
obs: as fotos do almoço e da varanda do apartamento estão aqui:
 
Voltei ao hotel para repousar um pouco e preparar-me para o encontro. O Pr. Eurípedes e o Pr. Helcias vieram buscar-me. Iríamos nos encontrar nas dependências da Igreja Batista em Vila Brasília, na cidade de Aparecida de Goiânia. São cidades que fazem parte da Grande Goiânia; não se percebe quando se entra ou quando se sai, pois as ruas são contínuas, similares às da Grande São Paulo. Chegando à igreja, fomos recepcionados pelo amado Pr. Moisés Figueiró, pastor da igreja por décadas. Um homem provado e aprovado pelo Senhor. Outros colegas chegaram e uniram-se a nós: Pr. Wisley, Pr. Amilton, Pr. Carlos Firme. Sobre o Pr. Carlos Firme, era aquele a quem mais conhecia. Um homem de Deus, amigo precioso, pastor da Primeira Igreja Batista em Aparecida de Goiânia. Dotado de grande inteligência e de profundo amor pela Obra do Senhor, exercera a secretaria regional da OPBCB durante um bom tempo. Tem levado a cabo a construção de um maravilhoso templo em sua igreja, não medindo esforços e gastando tudo o que pode, inclusive a sua saúde, para dar o melhor no Reino do Senhor. Os demais colegas, exceção do Pr. Helcias que é também amigo bem mais conhecido, os demais estavam sendo para mim uma grande descoberta. Descobri no Pr. Amilton um lutador pela Causa, um homem de estabilidade no trabalho, um lutador que não desiste, há muitos anos no ministério. O Pr. Wisley é um jovem pastor (mas com vários anos de experiência), de grande estabilidade e de profunda simpatia. E o Pr. Eurípedes, dele falarei mais tarde.
 
A nossa reunião foi excelente. Uma mensagem poderosa, através do presidente, Pr. Helcias, edificou os nossos corações. Depois eu tomei a palavra, tecendo algumas considerações no papel de sócio-fundador da entidade. Posteriormente abrimos a discussão e refletimos em algumas preciosas questões. Ao término, todos oramos pelos ministérios dos colegas. E os goianos, de comum acordo, decidiram escolher um coordenador espiritual (sem função administrativa ou hierárquica), que convocasse os colegas para as orações e para os encontros fraternos. O Pr. Moisés foi o escolhido. Ele é tido como "o paizão", aquele que é o ombro amigo e o ajudador dos colegas. Bendito seja Deus! O Pr. Moisés nos ofereceu um maravilhoso café ao final do encontro, com pão, salgados, salsichas e refrigerante.
 
As fotos do encontro estão aqui:
 
Os vídeos do encontro estão aqui:
 
Mensagem do Pr. Helcias Rodrigues de Souza:
 
Mensagem do Pr. Wagner Antonio de Araújo:
 
O dia seguinte, sexta-feira, dia 01/04/2016,  foi também um dia tremendamente abençoado. Pude descansar e orar no período da manhã. Eu estava precisando deste bom repouso. Deus proveu-me o local ideal e o tempo ideal. No horário do almoço fui levado pelo irmão Euclides para a casa do Pastor Eurípedes. Lá eu encontrei o jovem Mateus, o filho mais velho do casal. Que menino de ouro. Aliás, os dois, Mateus e Isaque, amam a Jesus e O servem. Também trabalham duro e estudam com afinco, sendo um cartão de visitas de uma família edificada no amor de Cristo e na Palavra de Deus. Descobri no Pr. Eurípedes e na irmã Simone uma família maravilhosa, que ama com sinceridade, que trabalha com alegria e que serve a Deus sem restrições. A irmã Simone tem uma loja de roupas femininas na frente de sua casa, com produtos de extrema beleza e de muito bom gosto.
 
Almoçamos deliciosamente, conversando e falando das coisas do Senhor. Também nos planejamos para as próximas atividades da semana, que seriam várias e muito intensas. O calor estava fortíssimo (a bolha de bloqueio atmosférico que se faz sentir em São Paulo também afetou o clima em Goiânia). Depois de um bom sorvete e doce de coco fui novamente para o hotel, ficando por lá até a tarde.
 
As fotos estão aqui:
 
À noite participei da festividade de jantar. O Pr. Eurípedes e a irmã Simone têm muito bom gosto. Juntamente com as irmãs e irmãos da igreja, prepararam um jantar de gala no salão social de um prédio próximo, onde uma família da igreja reside. Contrataram uns irmãos presbiterianos para cozinhar e arranjaram as mesinhas com esmero e sofisticação. Muitas pessoas participaram do jantar. Enquanto comíamos o Pr. Eurípedes dirigia homenagens à famílias, contava como foi o início do trabalho e todos davam testemunho das bênçãos. Cânticos e orações se intercalaram, dando um clima altamente espiritual ao jantar. Contou-nos o Pr. Eurípedes que começaram a congregação com sete pessoas, incluindo a família do pastor. Tornaram-se congregação. E viam o terreno onde hoje está o suntuoso templo de Corbã, um local que pertencia a um fazendeiro. Por diversas vezes o Pr. Eurípedes tentou adquirir a propriedade, mas sem sucesso. Num dia, porém, o proprietário vendeu, mas o Pr. Eurípedes conseguiu diminuir em 50% o preço do imóvel. Ao chegar à congregação, disse: "irmãos, compramos o terreno da igreja!" Os irmãos perguntaram: "E com que dinheiro, pastor?"  Ele então respondeu: "Com o dinheiro que está no bolso de cada um de vocês!" Ah, foi cômico e, ao mesmo tempo, desafiador. Em pouco tempo, com a graça do Senhor eles reuniram as condições e compraram o terreno. E, ao longo desse tempo construíram as dependências que hoje acolhem confortavelmente os seus 70 membros. Aleluia!
 
Eis as fotos do jantar:
 
O sábado, 02/04/2016,  foi vivido também na graça e no amor do Senhor. Novamente almoçamos na casa do Pastor Eurípedes, que havia preparado uma feijoada para nós. Além disso tivemos arroz de pequí. Eu nunca havia comido a fruta, mas em Goiás é algo típico e muito consumido. Eles me colocaram algum receio, pois dizem que a maioria das pessoas que não estão acostumadas não gostam, e que é muito perigoso morder a castanha, pois há espinhos e podem ferir gravemente. Mas quando o pequí veio com o arroz, eu apreciei imensamente e passei a ser um apreciador de pequí também!
 
O irmão Carlos e a irmã Almerinda foram buscar-me no hotel. O irmão Carlos é uma pessoa das mais especiais e queridas. Ele é sobrinho do saudoso Pr. José Mota dos Reis Pessoa, que pastoreou a Igreja Batista em Vila Zatt em SP por décadas. Seu pai ainda é vivo! Ele e sua esposa servem a Deus em Corbã. O culto da noite foi muito aguardado pela igreja. Seria a noite onde receberiam as igrejas co-irmãs, os pastores amigos e conhecidos e também os familiares. O auditório ficou lotado, repleto mesmo. Havia alegria estampada no rosto de todos! Os pastores clássicos foram com as suas respectivas famílias. O Pr. Firme esteve presente com seus filhos queridos Daniel e Elise, pessoas a quem tanto amo. Conheci a família do Pr. Amilton e do Pr. Wisley. Vi outros colegas, inclusive o Pr. Leoni (creio que seja assim que se escreve o seu nome), que me acompanha pelos e-mails ou facebook por longa data, Pr. Ilton Cesar Dourado etc.
 
O culto foi maravilhoso. Muitos hinos cantados, todos bíblicos, do Cantor Cristão ou bem fundamentados na Palavra de Deus. Várias participações especiais e muitas palavras de incentivo e de celebração. Deus deu-me a graça de pregar sobre O BOM PERFUME DE CRISTO e o fiz com temor e temor. Além disso solicitaram-me para cantar ao Senhor. Como os meus amigos sabem, não sou cantor e não sou instrumentista. Mas o ministério pastoral exige que façamos um pouco de cada coisa, o melhor possível, mesmo com todas as limitações. Eu só sei tocar 3 posições de violão, mas com elas Deus tem me dado a graça de louvá-Lo em vários lugares. Em 2014, no congresso da OPBCB, cantei CEM OVELHAS. Um jovem irmão muito querido, o engenheiro Keller, guardou no coração as cem ovelhas e motivou-se a aprender a tocar também, tamanha foi a edificação que a música lhe trouxe. Mas ele não se lembrava da outra música. Eu também não me lembrava. E ele demonstrou um afeto e uma consideração tão grande por mim, que me constrangeu e me fez bendizer a Deus pela vida preciosa dele. Nada somos, mas se Cristo aparece em algo que fazemos, isso nos traz felicidades. Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. (2Co 10:17).
 
As fotos do culto estão aqui:
 
Os vídeos do culto estão aqui:
CULTO DO DIA 02/04/2016 IGREJA BATISTA CORBÃ
 
VINDE CRISTÃOS
 
NAS ALTURAS DOS CÉUS
 
FICO FELIZ
 
TODOS NECESSITAM
 
CUIDA DE MIM
 
O QUE DEUS TEM PREPARADO
 
MATEUS ISAQUE LARA
 
NO PODER DE CRISTO MESTRE
 
QUÃO GRANDE É O MEU DEUS
 
PR EURÍPEDES IGREJA
 
O BOM PERFUME DE CRISTO PARTE 1
 
O BOM PERFUME DE CRISTO PARTE 2
Quando o culto terminou fomos até a casa do Pr. Eurípedes, que estava com a mocidade reunida ali, junto de seus filhos. E então a boa surpresa: comi a deliciosa pamonha goiana, com linguiça e queijo. Não há ninguém que faça pamonhas melhores do que os goianos. E era um antigo sonho experimentar novamente. Conheci essa iguaria quando preguei em Bela Vista de Goiás, no tempo do Pr. Jonas Alves Costa, de saudosa memória.
No hotel o dia não terminara. Deus deu-me a responsabilidade de administrar outra situação, desta vez envolvendo Belo Horizonte e São Paulo. O missionário Josafá Venâncio Fernandes, nosso precioso amigo e militante na seara do Senhor na Índia, estava em BH aguardando a volta (questão de renovação de vistos). Conseguira pela internet um bilhete com 50% de desconto para ir à Índia no próximo sábado. Na hora de pagar, a companhia disse que ele teria que estar no aeroporto de Guarulhos e pagar em dinheiro no guichê da empresa. Então ligou-me, pedindo para eu ir. Eu disse ser impossível, pois estava em Goiânia. Mas lembrei-me que temos na Boas Novas um EUCLIDES,  um irmão pronto para toda boa obra, o irmão Serginho. Liguei para ele e disse que o missionário iria depositar o dinheiro em sua conta e ele teria que pagar em Guarulhos AINDA HOJE. O Serginho renunciou a compromissos e foi. Ao chegar lá teve o desprazer de ver o seu cartão de banco não deixar sacar o valor, pois tem limites de segurança. E no guichê só receberiam em dinheiro. Ele teria apenas mais uma hora e meia para movimentar-se. Ligou para mim. Eu disse que não havia mais o que fazer, que se desculpasse com o missionário. Dobrei os joelhos. E imediatamente lembrei que o nosso irmão Shiro tinha a oferta para a compra do piso do gabinete pastoral em mãos. Liguei ao Serginho, orientando-o a ver com o Shiro. O Serginho então, rodou 120 quilômetros, indo a Osasco, pegando o dinheiro e levando novamente para o aeroporto. Com a graça de Deus conseguiu pagar e o missionário já se encontra em viagem. Aleluia! Dormi realizado ao ver que um problema resolveu-se.
 
O dia seguinte foi o Dia do Senhor, o domingo, 03/04/2016. Seria um dia intenso para nunca mais nos esquecermos. O Pr. Moisés Figueiró foi buscar-me bem cedo no hotel. Eu iria falar à sua igreja, Igreja Batista em Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia. A distância é considerável e ao chegarmos contemplamos uma igreja viva e muito encantadora. Ela possui mais de 140 membros. Tem excelente estrutura. O Pr. Moisés ao longo de décadas construiu esse templo e ainda não parou. Tenciona adquirir o terreno do fundo um dia.
 
Era dia de profissão de fé. Foi lindo o testemunho dos irmãos que iriam ser batizados à noite. Depois o pastor reuniu toda a igreja, suspendendo as aulas da Escola Bíblica Dominical, para que todos pudessem ouvir o pregador visitante. Lá conheci também o irmão Leoni, não o pastor, outro irmão, Leoni Ribeiro Ornellas. Seu filho seria um dos que iriam batizar-se. Ele também me conhece no facebook de longa data. Eu não filmei a mensagem, mas ele, com o seu celular, filmou-a, postando-a posteriormente. A mensagem foi O MEU TESTEMUNHO, cujo teor está no meu texto E AINDA ESTOU AQUI. Pude contar sobre a minha conversão a Cristo, a conversão de minha família e depois a minha enfermidade letal em 1982 e o meu chamado para o ministério pastoral. Ao término da mensagem muitos vieram congratular-se comigo, e eu glorifiquei ao Senhor pelo Seu poder, quando me encontrou em pecado e transformou a minha vida.
 
As fotos do culto estão aqui:
 
E a mensagem aqui:
 
O Pr. Moisés Figueiró levou-me à Corbã, onde almocei com os irmãos. A comida do jantar fora tão farta que eles fizeram render o suficiente para um almoço generoso. E parece que a comida ficou ainda melhor! Enquanto terminava o almoço pude filmar um querido irmão da igreja, o cantor Vieira, que me permitiu filmá-lo cantando. Depois eu soube que serviu na caserna junto com o Pr. Simey. Que mundo pequeno! Saímos dali e fomos tomar sorvete. Fui levado pela irmã Almerinda e pelo irmão Carlos, meus amigos do coração. E depois fui para o hotel, para tomar um banho e trocar de roupas.
 
A entrevista com o irmão Vieira está aqui:
 
 
Eu pensei que o culto da noite do domingo seria de menor frequência, pois as pessoas da noite anterior não estariam presentes, uma vez que iriam participar dos cultos em suas igrejas locais. Mas eu me enganei! A igreja estava lotada, repleta! Os irmãos prepararam-se longamente para levar seus amigos, parentes e familiares, para participarem desse grande culto. Eu bendisse ao Senhor por tanto empenho e por conhecer uma igreja tão rica, rica de amor por Deus, rica de amor pelas almas perdidas e rica pelo serviço que prestam.
 
O culto foi maravilhoso. Mais uma vez a expressão de uma igreja tradicional, clássica, que prestigia os hinos sacros do cantor cristão e canta a contemporaneidade bem fundamentada. Uma igreja pautada na Bíblia e não nos emocionalismos. E uma igreja feliz por ver tantos visitantes. Foi noite de homenagens. Todos os pioneiros receberam uma linda placa comemorativa. Até eu recebi uma pela participação nestas conferências! Então chegou a minha hora de pregar. Decidi fazer o mesmo que fiz em Vila Brasília: dar o meu testemunho. Antes que eu pregasse, alguém disse: "cante, pastor!" Então eu cantei o hino que o querido irmão Keller queria ouvir: "Tocou-me". Vi verterem lágrimas copiosas de seus olhos. E eu também me emocionei. Ao devover o violão, alguém disse: "cem ovelhas!" E lá fui eu cantar sobre as cem ovelhas. Quando terminei, disse: "Eu creio que o Senhor encontrou a centésima ovelha; vou contar-lhes a história dela". E dei o meu testemunho.
 
Ao terminar, fiz um apelo evangelístico, para que aqueles que não eram crentes, mas que se sentiam tocados pelo Espírito Santo, que fizessem uma decisão de entrega a Cristo e que viessem à frente. Surpreendi-me ao ver mais de uma dezena de pessoas. Ao mesmo tempo apelei aos crentes, para que reconsagrassem as suas vidas ao Senhor. E surpreendi-me novamente, quando vi várias dezenas de pessoas fazendo um propósito de dedicação ao Senhor. Houve lágrimas, choro e muita sensibilidade do Espírito Santo. Deus operara maravilhas. Alguém me procurou, dizendo: "um esposo por quem nós orávamos há tanto tempo, hoje foi o primeiro a vir à frente em lágrimas!". O Pr. Eurípedes disse que sentira no coração o desejo de convidar um amigo e o fez subitamente; o amigo veio e estava ali, decidido a seguir a Cristo. Bendito seja Deus. Uma senhora aproximou-se de mim e disse: "Pastor, eu quero que me perdoe; no iníco de sua palavra eu reclamei, pensando que não teria pregação, mas só o seu testemunho de vida; e, qual não foi a minha surpresa, ao ver a minha querida filha, por quem orava há anos para que finalmente confessasse a Cristo como Senhor e Salvador, vir à frente decidida por Jesus; muito obrigado!" Eu só pude chorar e render-me à vontade do Senhor, que tudo faz para a Sua glória!
 
As fotos do culto podem ser vistas aqui:
 
Os vídeos podem ser vistos aqui:
 
Aleluia
 
Seu sangue
 
Eu não preciso ser reconhecido
 
Homenagem à família
 
Sossegai
 
Mergulhar
 
Crianças
 
Agradeço ao Pai
 
Homenagens Corbã
 
Mateus Lara Isaque
 
Pr. Wagner - meu testemunho parte 1
 
Pr. Wagner - meu testemunho parte 2
 
Apelo conjunto masculino e oração
 
Após o culto todos combinaram de irem tomar mais sorvete. Eu não reclamei. Fui. Mas quando vi que havia pamonha goiana à venda, pedi uma também. Havia vários irmãos jovens ali presentes e tudo foi uma grande festa. O irmão Carlos e a irmã Almerinda levaram-me para o hotel. E ali no hotel eu glorifiquei a Deus por tantas bênçãos que Ele provera! O desafio agora era arrumar a mala. A minha esposa Elaine é capaz de colocar o material de duas malas em uma só (é japonesa); mas eu não sou capaz de devolver as coisas dessa forma! Penei para arrumar as roupas, mas, enfim, consegui!
 
Na manhã da segunda-feira, 04/04/2016, o irmão Euclides veio levar-me ao aeroporto, junto com o pastor. Ele não trouxe a irmã Cleide, sua esposa, pessoa a quem aprendi a amar. Ela é uma mãe amorosa e uma crente fiel. A saudade já batia à porta do coração. O Pr. Eurípedes estava conosco. Descobri no Pr. Eurípedes um homem segundo o coração de Deus. Ele ama a igreja. Ele ama o povo de Deus. Ele ama fazer o bem, edificar o povo do Senhor. Ele busca a solução dos problemas. Ele é humano! A Igreja Batista Corbã tem um excelente pastor e o pastor forma uma família magnífica! A irmã Simone é uma dádiva do Senhor. Gentil, hospitaleira, sorridente, serviçal, faz tudo pelo bem da Causa de Cristo. Ela contou-me que, antes de começarem essa congregação, estavam em outra. E lá percebera a falta da música. Orou ao Senhor e pediu que Ele lhe desse sabedoria, a fim de ajudar no trabalho e no ministério do esposo. Buscou o conhecimento de teclados e tornou-se uma exímia organista. E ainda tem tempo para ser lojista, mãe, esposa, cidadã. Deixaria Goiânia com a certeza de ter feito grandes amigos, tanto na família do Pr. Eurípedes, quanto na família de Euclides, Carlos, Keller, Wilsimar, Vieira e tantos outros! Saí enriquecido e altamente edificado!
 
No aeroporto o Pr. Eurípedes e o irmão Euclides me deixaram. As lágrimas vieram aos nossos olhos. Enquanto eles se iam, eu me sentia grato. Eles não foram em definitivo; à partir de agora uma sólida e vívida amizade no serviço de Cristo estava estabelecida. E muitas outras oportunidades ao longo do tempo o Senhor há de nos dar, até a Sua volta gloriosa.
 
A Igreja Batista Corbã é uma igreja maravilhosa e um pedaço do meu coração ficou lá.
 
Bendito seja Deus!
 
Obrigado por lerem as minhas memórias.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo

11/04/2016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

memórias literárias - 329 - SEMANA SANTA EM PRUDENTE


 

 
SEMANA SANTA
EM PRUDENTE
 

329
A vida pastoral tem alegrias e tristezas. Contudo, há algumas alegrias que persistem por toda a vida. Uma delas é a oportunidade de conhecer novas igrejas e pregar o evangelho em outras cidades.
 
Deus deu-me esta alegria nos dias 25 a 27 de março de 2016. O Pr. Edson Borges de Souza, da Primeira Igreja Batista em Presidente Prudente, Oeste do Estado de São Paulo (560 quilômetros da capital), convidou-me para ser o conferencista da Semana chamada Santa. Minha esposa Elaine, minha filha Rute Cristina e eu saímos de casa às 16 horas da quinta-feira, 24/03/2016, mas ficamos presos na Rodovia Castello Branco, na altura de Barueri, SP, em virtude de um acidente automobilístico. Às 18 e 45 hs conseguimos rumar para o interior.
 
Fomos no meu velho Peugeot 206 - 2008 prata. Esse carrinho de 136 mil quilômetros rodados, tem sido um herói. Louvamos a Deus por ele, um presente recebido há 8 anos atrás do meu irmão Daniel - a quem serei sempre agradecido!
 
Seguimos pela Castello até o seu final, após o quilômetro 310. Rumamos para Ourinhos noutro trecho bem conservado de estrada. Chegamos então à Rodovia Raposo Tavares, que nos conduziria até Presidente Prudente. Atravessamos quatro fortes tempestades. Numa delas sentimos o carro patinar na água da estrada, o que nos fez andar mais devagar ainda. Mas, pela graça do Senhor chegamos às 2 e 7 da madrugada de sexta-feira, 25/03/2016. O Pr. Edson Borges e o Pr. Messias José dos Santos (pastor do colegiado, que me recomendou ao Pr. Edson) acompanharam-nos com amor, oração e atenção, telefonando-nos várias vezes, até terem a certeza de que chegáramos bem. Rutinha chorou em alguns trechos, mas foi uma pequena heroína, nossa companheirinha.
 
25/03/2016 - SEXTA-FEIRA
 

 
Logo cedo o Pr. Edson Borges veio nos cumprimentar e conhecer. Nós só havíamos nos visto uma vez, numa outra viagem, quando visitei o querido colega Pr. Messias José dos Santos em Pirapozinho (uma das várias missões da igreja). Levou-nos até a residência do irmão Paulo. Ele e sua esposa, irmã Cida,  receberam-nos principescamente. Que família maravilhosa! Pudemos conversar, orar e participar de um delicioso almoço. Seremos sempre gratos pela hospitalidade desta maravilhosa família!
 
Voltamos ao hotel para descansar um pouco, pois o culto seria às 19:30 hs. Rutinha, a nossa filha, estava vivendo a sua primeira longa viagem da vida. Elaine e eu estávamos gratos por sermos uma família, uma família cheia de amor e da presença de Deus. Conseguimos descansar e nos preparamos para o culto da noite.
 
O Pastor Edson, solícito e atencioso, foi nos buscar. Chegamos à Casa do Senhor. Que local magnífico! Logo na entrada já se vê a arquitetura similar à Primeira Igreja Batista em São Vicente, litoral de São Paulo. Fez-me lembrar o Pastor TECÊ BAGBY. E qual não foi a minha surpresa quando soube que ele foi o fundador desta também!
 
O culto processou-se maravilhosamente. Um verdadeiro culto cristão. Um culto tradicional. Um culto em espírito e em verdade. Um culto sem emocionalismos, liberalismos, modismos, enfim um culto bíblico. Com relação à eclesiologia batista, um culto verdadeiramente tradicional, clássico, similar aos que eram prestados pelas igrejas no início da denominação no Brasil até os anos 70. Um oásis no meio de tantos modernismos! Hinos cristocêntricos, hinos tradicionais, solos, reverência, leituras bíblicas, orações, meditação. Um culto riquíssimo!
 
Fui o preletor da noite. O assunto foi: JESUS - UMA MORTE SEM IGUAL. Cristo é a razão da existência das igrejas e a razão para a celebração deste culto em especial. Sua morte, lembrada nesta chamada sexta-feira santa, foi evocada em toda a sua importância. A Palavra de Deus é suficiente para a nossa informação, e o Espírito Santo atuou em nossos corações. Seja Deus engrandecido!
 
 
A pregação foi filmada e pode ser assistida em:
 
PARTE 1
 
PARTE 2
 
Gravamos várias partes do culto, que podem ser assistidas aqui:
 
 
As fotos do culto podem ser vistas aqui:
 

 
Após o culto fomos conduzidos a um excelente restaurante, pela família do irmão Hilário. Que família maravilhosa, gentil, hospitaleira! O nosso bife à parmegiana foi maravilhoso, enquanto desfrutávamos de uma conversa abençoada, repartindo as bênçãos da caminhada cristã. Foram momentos inesquecívels. Deixaram-nos, posteriormente, no hotel, onde com alegria pudemos agradecer a Deus e repousar.
 
26/03/2016 - SÁBADO
 
Fui agraciado com a visita do Pastor Messias José dos Santos, que tomou café comigo no hotel. O Pr. Messias é um velho amigo, conhecido desde os tempos em que usava calças curtas: foi meu aluno na classe de adolescentes da Escola Bíblica Dominical da Igreja Batista em Vila Mirante, São Paulo, Capital. Ele, sua esposa Andrezza e seu filho Gabriel estão firmes no Senhor. Ele cuida de congregações, prega na rádio e tem realizado um trabalho brilhante. Naquela manhã iria conduzir-me à rádio, onde eu iria pregar no programa mantido pela igreja.
 
Levou-me ao estúdio e deixou-me aos cuidados do Pr. Luiz Antonio, também velho conhecido, que participava da Igreja Batista Esperança em Osasco, São Paulo. Ele também faz parte do colegiado. Conduziu-me ao microfone, onde o irmão Márcio, sonoplasta, nos aguardava. Deus deu-me a oportunidade de pregar a Sua Santa Palavra. Falei sobre O BOM PERFUME DE CRISTO. Tal mensagem pode ser ouvida no seguinte link: https://youtu.be/oeqMavxc2aQ
 
Após o programa o irmão Márcio levou-me para conhecer o estúdio da Rádio Globo regional, que faz parte do conglomerado de rádios do mesmo proprietário. Vários jornalistas trabalhando, uma aparelhagem considerável. Então, subitamente, o diretor da Globo levanta-se de sua poltrona e convida-me para conceder uma entrevista no microfone da rádio. Agredeci o convite e aceitei-o, louvando a Deus pela oportunidade de me dirigir a um número grande de ouvintes do oeste paulista e noroeste paranaense. Foram dez minutos de entrevista, onde aproveitei para convidar os ouvintes a participarem das conferências na igreja. A entrevista pode ser ouvida aqui: https://youtu.be/zlL-4ZYp9cY
 

 
Após os compromissos radiofônicos, fui conduzido à residência do Pastor Edson Borges, onde sua família e minha esposa já nos esperavam para o almoço. O Pr. Edson e sua esposa Edite são pessoas maravilhosas. Eles têm três maravilhosas filhas. Toda a família serve ao Senhor. São honrados, dignos, fiéis e de uma simpatia cativante. Ofereceram-nos um almoço inesquecível, delicioso. A irmã Edite é uma exímia cozinheira. Após o almoço,  pude desfrutar de um bom dedo de prosa com o Pr. Edson. Pudemos conversar sobre o evangelho, sobre a situação atual das igrejas evangélicas e o desafio do ministério pastoral contemporâneo. O Pr. Edson, com toda a certeza, é um herói da fé, um pastor digno de ser ouvido, seguido e conhecido. De uma elegância ímpar, de temperamento reservado, possuidor de grande simpatia, o Pr. Edson há vinte anos constrói um ministério profícuo, fundamentado na Palavra de Deus. Eu creio que um dos maiores patrimônios do meu coração foi ter conhecido esse obreiro do Senhor, a quem, à partir daqueles instantes, passei a considerar meu amigo.
 

 
Fomos deixados no hotel para descansar. O cansaço já dominava o nosso corpo. Mas aquelas horas de descanso no hotel fizeram-nos bem. Às 19 horas o Pr. Edson veio nos levar para o culto. E que culto! Algo antológico!
 
O templo da Primeira Igreja é simplesmente magnífico, uma autêntica Casa de Oração. Sua arquitetura antiga nos conduz à reflexão. Confortável, de excelente acústica, com ar condicionado e bons bancos estofados, além de genuflexórios para o povo orar, produz uma sensação de deslumbramento e de relevância ao ato do culto.
 
A igreja encheu-se. Muita gente! Há várias congregações mantidas pelo colegiado. Pastores são condignamente sustentados e recebem a responsabilidade de pastorear essas missões. A igreja, solícita e responsavelmente, auxilia em tudo, mantém os trabalhos, compra os terrenos, constrói os templos, até que o grupo seja auto-suficiente e possa ser organizado como igreja batista. Uma eclesiologia bíblica, a mesma dos nossos pioneiros e a que os clássicos mantém. Nessa noite, dia da Ceia do Senhor, cada pastor trouxe o seu povo. Centenas de pessoas tomaram conta dos bancos. Os pastores sentaram-se à frente. E o maravilhoso culto processou-se. Lembrei-me do que o Pastor José Vieira Rocha, o grande líder batista contemporâneo paulista, disse, ao visitar a mesma igreja: "Wagner, eu chorei de felicidade". Agora era a minha vez de chorar também!
 
O culto poderá ser visto aqui, nestes links:
 
26/03/2016 - CULTO DO SÁBADO
 
PRELÚDIO
 
CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA
 
O SANGUE DE JESUS ME LAVOU
 
CRISTO VEIO AO MUNDO
 
QUE SEGURANÇA
 
SOLO AO SENHOR
 
SEU MARAVILHOSO OLHAR
 
ALVO MAIS QUE A NEVE
 
ALTO PREÇO
 
SEGUE-ME
 
DISTRIBUIÇÃO DA CEIA
 
CONTA-ME A HISTÓRIA DE CRISTO
 
SIM NA CRUZ
 
CRISTO JESUS VOLTARÁ
 
JESUS, UMA DOR SEM IGUAL PARTE 1 - Pr. Wagner Antonio de Araújo
 
JESUS, UMA DOR SEM IGUAL PARTE 2 - Pr. Wagner Antonio de Araújo
 
 
As fotos desse dia podem ser vistas aqui:
 

 
Após o culto fomos conduzidos pelo irmão Oscar e sua família para a sua casa. O Pr. Messias nos acompanhou. O irmão Oscar trabalha na UNESP e tem uma família abençoadíssima e maravilhosa. Esposa honrada, filhos fiéis, um lar construído à luz da Palavra de Deus! Estar com aqueles hospitaleiros irmãos foi um privilégio inesquecível! Experimentamos um dos momentos mais maravilhosos de nossas vidas! Se não tivéssemos o culto às seis horas da manhã do dia seguinte, seguiríamos conversando noite adentro. Porém, como o tempo avançava, ficamos até 11 e 20 h, sendo novamente conduzidos ao hotel. Muito obrigado ao irmão Oscar e a sua família!
 
 
27/03/2016 - DOMINGO
 
Rute Cristina, a minha filha de oito meses, participou de tudo, inclusive desse culto! Para a minha filhota não há tempo ruim, ela está feliz em compartilhar com seus papais do culto ao Senhor. Além disso, ela circulava de braço em braço sem estranhar a ninguém, dando a cada um o sorriso carinhoso e seus movimentos de criança. Como essa menina iluminou as nossas vidas!
 

 

Às seis horas da manhã já estávamos no culto. Um abençoado culto a Deus. Eu pensei que os membros não viriam; enganei-me! O povo lotou os bancos da igreja. O Pr. Edson conduziu maravilhosamente o culto. Muitos hinos, orações, excelente comunhão e, para complementar, a pregação da Palavra de Deus. O Senhor permitiu que eu pregasse sobre JESUS - UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL. A mensagem pode ser vista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jCsAk0MbWNs
 


 

Após o culto fomos até a casa da irmã Elvira Purim. Perguntei se ela era familiar do Pr. Purim do Paraná, mas disse que não. Descobri que fora criada na mesma cidade do Pr. José Vieira Rocha e que fez parte dos amigos dele na época de infância. Que mundo pequeno! Essa querida irmã é viúva, reside num belíssimo apartamento próximo da UNESP e é dotada de uma elegância à toda prova. Honrada serva do Senhor, serve a Deus na MCA (organização Mulheres Cristãs em Ação), sendo profunda acolhedora dos pastores. Mesmo com a idade mais avançada, não titubeou e cozinhou para nós. Fez verdadeiras iguarias! E, não contente com isso, deu-nos diversos pratos adicionais! O Pr. Edson e o Pr. Messias nos acompanharam no almoço e no desfrute dessa maravilhosa tarde. A irmã Elvira é uma jóia preciosa!
 
Novamente fomos ao hotel. Agora o cansaço batia à porta do nosso corpo. Mas a jornada teria que continuar. Descansamos um pouco e às dezoito horas fomos ao templo novamente. O Pr. Edson escalou-nos para palestrar aos membros sobre um assunto de nosso interesse. Assim, falamos sobre M M P M. A palestra pode ser vista nos seguintes links:
 

 

Logo após a palestra o culto foi iniciado. Novamente um grande número de irmãos presentes. Só que, desta vez, até os bancos do coral estavam ocupados. Que noite! Aguardo a PIB de Presidente Prudente publicar os vídeos das músicas, pois a minha câmera não os registrou. Mas foram solos inesquecíveis, hinos maravilhosos, tudo de forma solene, clássica e bíblica. Na liturgia dessa igreja não há espaço para os modernismos e as excentricidades do presente século. Todos cantam, louvam, oram, glorificam a Deus e mantém-se fiéis aos valores e princípios bíblicos, como os batistas eram há quarenta anos. Descobrir essa igreja renovou no coração a certeza de que, num universo de igrejas liberais, ainda há sete mil joelhos que não se dobraram a Baal, isto é, ainda há igrejas fiéis que não se converteram à mundana teologia integral, secular e ecumênica. Não estamos sós!

 

 

Os vídeos que temos daquele majestoso culto ao Senhor são estes:

A pregação: TU ME AMAS?

Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=9KLlwywAue4
Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=KoW72gbFmBk
Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=GxKikgygnT0
Homenagem à família do Pr. Wagner Antonio de Araújo
https://www.youtube.com/watch?v=jVJkYzDDTFM
As fotos que tiramos após o culto, bem como do jantar que se seguiu estão aqui:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.536004209904192.1073742091.100004838523642&type=1&l=12a300e43e
Invadimos novamente o apartamento da irmã Elvira Purim, que nos aguardava ansiosamente para servir-nos apetitoso jantar. Quanto amor, quanta dedicação! O Pr. Edson e o Pr. Messias estiveram juntos. Momentos como esses são dádivas que o Senhor concede! Rogamos bênçãos de Deus sobre a vida da irmã Elvira!

 

 
28/03/2016 - SEGUNDA
 

 

Mais uma vez o cuidadoso Pr. Edson Borges de Souza veio nos acompanhar no dia da despedida. Tomou café conosco, numa prosa maravilhosa e nos conduziu até a indústria de bolos VOVÓ FORMIGA que é mantida pelo irmão José Cláudio, membro da igreja. Ele, mesmo aposentado, aceitou o desafio e conduz com brilhantismo uma fábrica dos mais deliciosos bolos da região. Não podíamos sair da cidade sem levar alguns. Ele não fez apenas isso: doou-nos um bolo e ainda foi até o mercado comprar tubaínas (refrigerantes) da marca Funada, da região, para experimentarmos com a família em casa. Depois, levou-nos à casa do irmão Oscar, cuja esposa, irmã Beth,  nos aguardava para uma dádiva de despedida. Que afeto, que carinho, que amor!
 
Tomamos o rumo da Rodovia Raposo Tavares e seguimos às dez e meia da manhã, parando apenas no município de Santa Cruz do Rio Pardo, para almoçar, e no Castelinho da Pamonha, em São Roque, para um lanchinho. Enquanto viajávamos, por várias vezes nos emocionamos, lembrando-nos da maravilhosa viagem!

Quero agradecer publicamente o amor da Primeira Igreja Batista em Presidente Prudente, ao Pr. Edson Borges de Souza, ao Pr. Messias José dos Santos, aos irmãos que nos receberam e nos alimentaram, agradecer pelo hotel onde nos acolheram, agradecer ao irmão Roberto Guedes que cuidou de meus livros, agradecer o carinho, o amor, a comunhão, a amizade e o afeto demonstrados durante todo o período.

Bendito seja Deus!


Wagner Antonio de Araújo
07/04/2016


 

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