domingo, 13 de agosto de 2023

memórias literárias - 1474 - SOLIDÃO - LAMENTO POÉTICO

 SOLIDÃO - LAMENTO POÉTICO 


Há horas em que no peito

Sentimos a falta de um amigo

Alguém com quem falar e rir

Alguém que nos faça bem 


Mas nem sempre há jeito

E por esta razão eu lastimo

Muitos amigos estão a sumir

E dos que há contato não vem 


Viro-me pro lado e me lembro de um

Mas há anos se foi deste mundo

Penso em outro e igualmente

Impossível com ele falar


Abaixo a cabeça e não vejo nenhum

Que comigo queira um assunto

Os amigos se vão lentamente

Deixando um vazio no lugar


Quanto aos jovens, não os conheço

Eles têm suas vidas e histórias 

O coração apertado se sente

E a solidão vem sentar-se do lado


Envelhecer é um passo com preço

A gente passa a viver de memórias

Nosso assunto é de fatos e gente

Sem ouvintes, porém, sou calado.


Vejo a cama, a poltrona e o sofá

As mobílias de minha morada

Tem lugar pra chegar e sentar

Mas sem gente minha sala é fechada


Que bom, meu Senhor, que não somes

Como os amigos que cedo se vão

Se as pessoas e histórias consomes

Tua graça não saí de mim não!


Pro teu ZAP não preciso ligar

Nem buscar teu perfil no Instagram

Não te encontro no meu Facebook

Nem no YouTube o teu vídeo assisto


Para achar-te eu preciso orar

Tua presença meu ser alegrar

E contrito eu abraço teus pés

E em ti eu deposito minha fé


E a solidão, que me fez querer um amigo

Resolve seu caso num encontro contigo

E agora, acarinhado por Teu Espírito

Não há mais solidão, é gratidão que sinto!


Obrigado, Senhor!


Wagner Antonio de Araújo,

13 de agosto de 2023

Um comentário:

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