quarta-feira, 9 de agosto de 2023

memórias literárias - 1457 - SÉRIE HÁ BÁLSAMO EM GILEADE - 07 - O BÁLSAMO DE DEUS PARA A GANÂNCIA HUMANA

 HÁ BÁLSAMO EM GILEADE!

07 - O BÁLSAMO DE DEUS
PARA A GANÂNCIA HUMANA
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série HÁ BÁLSAMO EM GILEADE! – O REMÉDIO DIVINO PARA AS CRISES HUMANAS. Hoje eu gostaria de falar O BÁLSAMO DE DEUS PARA A GANÂNCIA HUMANA.
 
Quando ouvi um animador de televisão dizer em alto e bom som: “Já comprei metade do estado tal”, gabando-se por ter uma fazenda de mais de mil quilômetros de extensão, eu pensei: “talvez nem se ele ficasse o resto da vida a andar por sua fazenda conheceria toda a sua dimensão por completo”.
 
Lembrei-me do João. Ele era um profissional na área de madeiras. Começou de forma simples, humilde. Aos poucos foi conquistando uma vasta freguesia. Gostava de ostentar, convidando os amigos e irmãos da igreja para restaurantes caros e requintados. Associara-se com um outro que fazia os projetos. Ele era da área industrial.
 
O orgulho precede a queda, diz a Palavra de Deus em Provérbios 16.18. Foi o orgulho desse senhor que o tirou da igreja. Para ele todas as igrejas e todos os pastores estavam errados. Maculou o trabalho antigo que fazia e escandalizou a muitos, inclusive a mim. Ele possuía um físico avantajado, forte como um urso. Mas uma diabete sorrateira veio fazer morada em seu corpo e a força foi ao chão. Atacou os seus rins e exigiu que fizesse hemodiálise. Numa dessas oportunidades a vida acabou. Estava encerrada a carreira de quem achava que os bens materiais sobrepunham-se aos espirituais.
 
Há muita gente que gasta a saúde para adquirir bens e, quando a enfermidade ou a idade chegam gastam os bens para preservar a saúde. E sempre sucumbem, pois a morte coloca um ponto final na arrogância humana. Nós somos mortais. Está escrito na Bíblia: “Porque o salário do pecado é a morte”, Romanos 6.23A . O ser humano tem uma sede insaciável de ajuntar bens, de erguer impérios, de conquistar fortunas que nunca poderá gastar plenamente. Acabam ou deixando para filhos e netos que não terão cuidado com o patrimônio, ou gastando para preservar a saúde, ou doando como forma de tirar o peso da consciência. Muitos milionários estão doando as suas fortunas para organizações específicas, porque sabem que os seus bens nem sempre foram adquiridos de maneira totalmente lícita ou não têm paz para deixar nas mãos dos herdeiros. Um cineasta genial do Brasil, que fez inúmeros filmes nas décadas de 60 e 70, deixou uma enorme fortuna e inúmeros bens, que foram alvos de disputas de seu filho adotivo e de parentes que se julgavam aptos a tomar algum quinhão.
 
A nossa finitude garante que os nossos bens não continuarão nossos. Eles ficarão. Por isso lemos na Palavra de Deus: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” (I Timóteo 6.7-8). A nossa felicidade deve girar em torno de usar bem os bens que Deus nos confia e não usar toda a nossa vitalidade para conquistar bens que nunca poderemos gastar plenamente e nem levar conosco para o além. “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (I Tm 6.9). Certa vez Jesus contou uma parábola de um homem que se fez próspero com uma colheita e que disse a si próprio: “tenho muitos bens para muito tempo; agora é desfrutar disto, minha alma!” Jesus diz a ele: “Louco! Hoje te pedirão a tua alma. E o que tens preparado para quem será?” (Lucas 12.20).
 
Podemos ter bens e ser ricos? Sim, mas desde que não sejamos egoístas, usando tudo só para nós mesmos, nem colocando o coração nas riquezas materiais. Os bens só têm valor quando são compartilhados, quando podem gerar suprimento para quem está próximo, quando podem trazer dignidade para quem trabalha conosco. A generosidade sem ostentação gera bênçãos do Senhor. “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão no vosso regaço” (Lucas 6.37). Paulo diz: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para o nosso aprazimento; que pratiquem o bem, que sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida” (I Tm 6.17-19).

Deus abençoa os que desejam prosperar. Mas quando a prosperidade se torna impeditivo da generosidade, quando as riquezas nos afastam dos caminhos de Deus ou quando achamos que os bens nunca se acabam, ela se torna uma maldição em nossas vidas. Que olhemos para o Senhor, que, sendo rico, se fez pobre por amor de nós. Que repartamos o nosso pão, que partilhemos as nossas roupas, que sejamos generosos para com o próximo e que saibamos que a verdadeira riqueza não se acumula na terra, mas no céu, levando uma vida que agrade a Deus e que faça de Jesus Cristo a base de toda a existência. HÁ BÁLSAMO DE DEUS CONTRA A GANÂNCIA HUMANA! Use-o com fé e submissão. Que assim seja. Amém.

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