quarta-feira, 9 de agosto de 2023

memórias literárias - 1448 - SÉRIE OS DEZ MANDAMENTOS - 11 - 10o. MANDAMENTO - NÃO COBIÇARÁS

 OS DEZ MANDAMENTOS

10o. MANDAMENTO:
NÃO COBIÇARÁS
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série OS DEZ MANDAMENTOS. Hoje focalizaremos a nossa atenção no 10º. Mandamento, escrito pelo dedo de Deus nas tábuas de pedra, concedidas a Moisés, no Monte Sinai. Assim lemos em Êxodo 20.17:
 
“NÃO COBIÇARÁS A CASA DO TEU PRÓXIMO. NÃO COBIÇARÁS A MULHER DO TEU PRÓXIMO, NEM O SEU SERVO, NEM A SUA SERVA, NEM O SEU BOI, NEM O SEU JUMENTO, NEM COISA ALGUMA QUE PERTENÇA AO TEU PRÓXIMO”.
 
Cobiçar é querer o que é do outro, não apenas o ter o que ele tem. O desejo do invejoso é que o outro não tenha. Assim a cobiça é corrosiva, invasiva, destruidora, maligna. Deus abomina a cobiça.
 
Há quem cobice a esposa do próximo. Em sua mente ele pensa que a grama do quintal do vizinho é mais verde. Assim, não satisfeito com o seu próprio gramado, procura tomar aquilo que é do outro. Um caso claro na Bíblia quanto a esse assunto foi o do Rei Davi. Ele tinha esposa. Aliás, e contrariamente ao padrão do formato familiar de Deus, tinha mais de uma. No entanto cobiçou a esposa de Urias, o heteu, soldado de seu exército e um de seus valentes. Ele adulterou com ela e provocou a morte prematura do soldado, deixando livre o caminho para tornar Batseba a sua esposa. O resultado: Deus o puniu severamente e trouxe a espada sobre a sua própria família: um filho praticou o incesto com outra filha. Outro filho vingou a irmã desrespeitada e matou o irmão ofensor. Este mesmo usurpou o trono de seu pai, buscando matá-lo e a todos os seus súditos fiéis. Os soldados de Davi o encontraram e o mataram. Davi chorou em demasia, pelo que o seu general avisou-o que, se assim continuasse seria abandonado por todos. Ao final da vida viu dois irmãos a brigarem pelo trono. Davi pagou caro.
 
Outro caso foi o de Acabe, rei de Israel e Nabote,  o proprietário de uma vinha. O rei quis comprá-la e Nabote não aceitou a proposta. A esposa do rei, Jezabel, matou a Nabote e apossou-se da vinha. O resultado, somado a outras inúmeras feitiçarias desse casal foi a da morte hedionda de ambos, onde foram comidos pelos corvos e o seu sangue foi lambido pelos cachorros.
 
Há pessoas que cobiçam o cargo dos outros, na empresa, no comércio e, quiçá na igreja onde dizem servir ao Senhor. Eles não sossegam enquanto não destroem a reputação alheia e tomam aquilo que não era deles. Deus abomina esse pecado.
 
Há outros que cobiçam a atenção alheia. Não estão satisfeitos com a fama de outra pessoa, com o carinho que lhe dão ou com o conceito que dela têm. Então farão tudo para destruir a pessoa, senão teoricamente, violentamente. Temos visto na história casos e mais casos desse tipo de comportamento. No mundo político isso acaba sendo trivial: opositores trabalham dia e noite para atacar e para destruir reputações alheias. Quando não conseguem fazem o impossível para destituí-los de seus cargos e tomar-lhes o lugar. Tudo isso se chama cobiça e é pecado diante de Deus.

O Apóstolo Paulo diz, a respeito deste texto: “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência”. Romanos 7.7-8.
 
O mandamento serviu para mostrar como que através de um espelho, toda a maldade que havia no coração dele, mesmo que ele pensasse não haver. No coração do homem, ainda que este pense estar movido pelos mais nobres sentimentos, há o pecado que tenazmente o assedia. Satanás, o adversário, maquia, disfarça e dá uma roupagem santa àquilo que é pagão e maligno. Ele nos faz pensar que são nobres os sentimentos que nos levam a certas atitudes, mas, na verdade são armadilhas para destruir a nossa própria integridade.

Devemos ser gratos pelo que temos e não desejar o que é do outro. Enquanto reclamamos que o quintal do vizinho tem mais grama e mais pássaros que o nosso, deixamos de cuidar de nosso espaço e permitimos que as ervas daninhas cubram o gramado. Enquanto cobiçamos a relevância e a quantidade de pessoas de outras congregações, deixamos a nossa desassistida, abandonando a prática das boas obras e o exercício dos dons que o Espírito Santo nos deu para a edificação de nossos irmãos. Enquanto cobiçamos a vida alheia deixamos a nossa vida passar. E ela não voltará mais.

NÃO COBIÇARÁS – Não desejareis o que é do outro. Não desejareis a namorada ou esposa do outro, ou o esposo ou namorado da outra. Não desejareis a função profissional, a posição estudantil, as graduações acadêmicas do outro. Não desejareis a casa mais bonita do vizinho, nem o carro mais atualizado do parente, nem a conta bancária abastecida daquele conhecido. O nosso sucesso e felicidade está em sermos gratos pelo que temos e buscar transformar no melhor aquilo que o Senhor nos colocou à mão. Um rego dágua na propriedade pode ser criador de lama, mas, bem cuidado, pode tornar-se um belo regador para a nossa lavoura. Que Deus nos ajude a jamais cobiçarmos. Amém.

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