sexta-feira, 28 de junho de 2019

memórias literárias - 788 - ENQUANTO VIVER...

ENQUANTO
VIVER...

788
O tempo é limitado. Não viveremos para sempre. Não há horas a mais. Ou as usamos ou as perdemos. Elas não retornam. A ampulheta da vida humana não pode ser revertida.

Se somos cristãos o nosso tempo é dedicado a Deus. Fomos perdoados pelo Senhor através do sacrifício de Cristo na cruz. Ele pagou a dívida eterna que estava sobre as nossas costas, tirando o fardo letal que nos levaria ao Inferno. Livres, somos chamados a testemunhar dEle para os ainda não salvos, os que precisam da graça para esta vida e para terem a vida eterna.

Hoje estamos bem, sorrimos e cantamos, nos locomovemos e conversamos. Amanhã, contudo, poderemos não estar mais. Os olhos que vêem, a boca que fala, o ouvido que ouve, o nariz que cheira, a mão que pega, a perna que nos locomove e o pé que nos sustenta poderão não estar mais disponíveis ou em pleno vigor. A vida passa e é um vapor que se desvanecesse com a chegada da velhice, da enfermidade e da morte. Se não fizermos uso exaustivo no serviço do Rei, teremos profundo arrependimento. E será uma perda irreversível.

Jesus Cristo morreu na cruz e ressuscitou para nos dar a vida eterna, não qualquer vida, vida de sofrimento ou distante de Sua graça. Vida eterna em Cristo é o tempo sem fim, com saúde sem fim, com alegria sem fim, com a plenitude sem fim, sem doenças, sem morte, sem envelhecimento e sem saudade. A Bíblia chama de A Glória dos Filhos de Deus. Mas antes de chegarmos lá ou passaremos pela morte ou seremos arrebatados, na chegada de Cristo para cumprir as profecias. Se Ele vier logo, subiremos; se Ele se demorar, morreremos e nos encontraremos com Ele no Paraíso.

Assim, enquanto estamos aqui, vivamos o dia. CARPE DIEM, como diriam os latinos. Mas não de qualquer maneira. Vivamos o dia de hoje como se Cristo voltasse amanhã. Celebremos a Sua presença, desfrutemos de Sua graça, amemos a nossa família, alegremo-nos com as dádivas recebidas e fortaleçamos a fé mútua. Deixar para falar com um familiar, um amigo, um irmão, apenas quando for possível é contar com o acaso, pois "amanhã poderá ser muito tarde". O próximo continua tão próximo que pode ser alcançado pela nossa solidariedade!

Deixar para usar os dons e talentos que Deus nos deu apenas quando exaurirmos os ítens de agenda, as programações longas, as rotinas estudantis e trabalhistas, não é o caminho certo. Jesus chama a estes que assim procedem  de loucos, pois se a alma for pedida para quem deixarão o legado? Trabalha-se tanto a juntar dinheiro e depois os filhos e netos queimarão tudo com as más escolhas. Edifica-se um sólido patrimônio material e o governo vem e desapropria toda a construção. As coisas mais importantes na vida não são coisas; são pessoas, já dizia o ditado americano. Assim, nada compensa um pai ausente, uma mãe sem tempo, um marido desatento ou uma esposa ocupada. Nada pode ser mais importante do que amar e estar disponível .

É tempo de servir. Está na hora de lavar os pés dos condiscípulos. Está na hora de orar, de cantar, de declamar, de socorrer, de encorajar, de ir por todo o mundo a semear, de dar atenção aos filhos e netos, de fazer algo por aqueles que nada possuem, de servirmos e fazermos felizes os que cruzam o nosso caminho. Enquanto temos vida, saúde e disposição digamos a nós mesmos: "Vou servir ao Senhor".

Em breve a vida vai findar; aqui não mais eu cantarei. Porque no céu irei morar, lá na presença do meu Rei. E face a face vê-lo-ei! De graça salvo, cantarei! (Pr. William Edwin Entzminger).

Wagner Antonio de Araújo

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