EU
IMAGINO
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No auge desta
quarentena fomos impedidos de celebrar a Deus o culto que lhe é devido em
reuniões de irmãos. As nossas igrejas estão fechadas. Os cultos são por
internet. A comunhão é à distância. Eu sabia que o fim dos tempos iria chegar,
preguei muitas vezes sobre isso e agora vejo o quão difícil é enfrentá-lo. Um
Domingo de Páscoa com igrejas vazias!
Ao ler as
notícias sobre esse virus e sua mortífera rotina diária ouço vozes que dizem
nunca mais podermos sair sem um pano na boca, jamais voltar ao normal em nosso
convívio e não ter mais a liberdade do ir e vir como acontecia há dois meses. O
mundo como conhecíamos acabou.
Fico a
imaginar, com esperanças dispersas, um eventual novo ano e a celebração da
Páscoa. Crentes em lágrimas saindo de suas casas e reunindo-se nas igrejas,
livres novamente para darem a Deus o seu culto comunitário. Pais a olharem para
os filhos, emocionados, lembrando-se do sofrimento do isolamento deste ano.
Pastores em lágrimas ao verem os salões de culto repletos de fiéis que prestam
culto com emoção ao Senhor. Que saudade do convívio fraterno, do abraço apertado
e da liberdade de estar próximo dos que amamos!
Será que
teremos isso? Será que as coisas voltarão ao normal? Há um ano eu estava
participando do café da manhã e da celebração da ressurreição na Primeira Igreja
Batista em Ribeirão Pires, São Paulo, Brasil. Jamais imaginaria que em tão pouco
tempo tudo iria mudar. Hoje as igrejas estão fechadas, sem perspectiva alguma de
melhora. Pelo contrário, o virus torna-se forte e letal. Haverá um
amanhã?
Certamente
que no Céu haverá. E aqui, haverá?
Eu não sei.
Eu queria passear com os meus filhinhos, queria ir aos parques, à piscina, estar
com pessoas e novamente obter um tempo normal de vida. Mas hoje não
posso.
Não posso
ver, não posso prever, mas posso orar e confiar. Confiar nas promessas de Deus e
na Sua vontade, que é boa, agradável e perfeita.
Eu só confio
em Ti, ó meu Senhor!
Wagner
Antonio de Araújo
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