domingo, 3 de maio de 2020

memórias literárias - 878 - TERRIVELMENTE EVANGÉLICO

TERRIVELMENTE
EVANGÉLICO

 
878
 
Quando eu me converti evangélico era sinônimo de crente, de protestante, de "bíblia", de gente que não seguia o catolicismo, que se vestia decentemente, que não adorava às imagens, que não falava palavrões, que tinha vida limpa, honesta, que era simples e que não perdia oportunidades para falar do amor de Deus e da salvação em Cristo. Evangélica era a igreja protestante do bairro, sem imagens, sem altares, mas com cara de igreja (ou não), que enchia de gente no domingo, famílias inteiras que iam adorar ao Senhor. Evangélico era o amigo que não participava de rifa, que não estava na roda de piadas sujas, que vivia numa paz que ninguém mais possuía. Evangélico era o novo testamento cinza, distribuído na porta da escola, dos Gideões Internacionais, temido pelos pais como livro dos crentes e não recomendado para a leitura.
 
Depois evangélico tornou-se grife, moda, lugar de status na sociedade. Com o advento dos oportunistas chamados cantores gospel e igrejas moderninhas passaram a cativar jogadores de futebol, de origem evangélica, que cantarolavam as músicas populares desses grupos. Também se tornou símbolo da decadência da cultura: a Rádio Scalla 99 FM, a Rádio Musical FM, a TV Record e tantas outras, antes segmentadas para os seus públicos-alvo, tornaram-se propriedade das igrejas imperiais do comércio da fé e estigmatizaram a opinião de que evangélico era ladrão do dinheiro dos fiéis iludidos pelos falsos milagres. Evangélico também tornou-se um grupo político, cuja força fez-se ver nos pedidos de apoio que os candidatos solicitavam na época das eleições. Pastores impostores subiam nos eventos de Camboriú e tornavam-se deputados, senadores, governadores. Evangélico tornou-se sinônimo de politicagem.
 
Hoje evangélico tornou-se sinônimo de ladrão. Líderes dessas igrejas comerciais são os que se impõe sobre o governo federal e inúmeros estaduais e municipais. Misturaram a fé com o roubo do dinheiro público. Transformaram o "Templo do Senhor" em "covil de ladrões", trocando orações e ajuda espiritual por cargos políticos, verbas orçamentárias e multidões de gado a correr para onde lhes for orientado. Pastores tornaram-se adúlteros, ladrões, corruptos, traficantes, suicidas e ícones de tudo o que não se deve fazer. Líderes dessas seitas satânicas chamadas evangélicas emporcalharam o termo, deixando os verdadeiros evangélicos incomodados em ainda usarem essa classificação. Quando um presidente da república dobra o joelho diante de um dos maiores ilusionistas da fé e empresário da boa fé pública, então percebe-se que o deus deles é MAMOM e não JEOVÁ. A salvação deles se chama DÓLAR e não JESUS. E o céu deles se chama PARAÍSO FISCAL e não NOVA JERUSALÉM.
 
Quando o termo evangélico torna-se sinônimo de roubo, seria bom encontrarmos um termo que reclassificasse os autênticos cristãos prostestantes crentes, órfãos muitas vezes de igrejas dignas e de representantes ilibados nas esferas mais elevadas da sociedade.
 
O nome deste fenômeno é APOSTASIA. E a indicação deste fenômeno se chama PAROUSIA, "A VOLTA IMINENTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO".
 
Ora vem, Senhor Jesus!
 

Wagner Antonio de Araújo, um crente TERRIVELMENTE incomodado em ser chamado de "evangélico" segundo o uso vulgar desta corrompida palavra...

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