terça-feira, 18 de junho de 2024

memórias literárias - APENAS UM NOME DE RUA...

 APENAS UM

NOME DE RUA...
1491
 
Enquanto recadastro os livros de minha biblioteca leio um pouco aqui e ali. E emocionei-me, relendo a biografia do Presbítero Walter de Camargo Schützer, escrito por sua amada mãe. Um homem temente a Deus, cientista renomado, trabalhador competente, mestre em sua área, que construiu magnífica família e que faleceu por força de problemas neurológicos, cujos sintomas iniciaram-se no cansaço e na cegueira.
 
Seus textos, suas meditações, seus púlpitos tão edificantes no presbiterianismo e no mundo das igrejas reformadas foram monumentos à fé cristã.
 
Então procurei na internet, esse mundo seletivo de conhecimento, alguma coisa a mais sobre este servo de Deus. E encontrei!
 
Ele virou NOME DE RUA! As notícias que leio são sobre A RUA QUE LEVA O SEU NOME, aliás, as ruas, pois em São Carlos e em São Paulo elas homenagearam o seu nome.
 
Mas com a mais absoluta certeza eu sei que quase a totalidade das pessoas desta geração NUNCA OUVIRAM FALAR DESSE HOMEM, uma vez que partiu para Cristo em 5 de setembro de 1963!
 
Imagino o mundo, caso ele não tenha explodido nas mãos dos loucos que governam esta geração perversa, dentro de 60 anos. Outras pessoas, outros nomes, outros costumes, outras informações. O que seremos nós para aquela época? Será que seremos nome de viela, ruela, praça, avenida? Será que terá sobrado alguma informação a nosso respeito? Ou seremos grandes e esquecidos anônimos, que viveram há muito tempo, dos quais não se sabe quase nada, pessoas irrelevantes para o futuro...
 
Lembro-me na estrada entre Barbosa e Penápolis, que existe ali um cemitério indígena, com ossos que remontam dois séculos. Quem foram aquelas pessoas? Ninguém realmente sabe, exceto que habitaram ali um dia.
 
Nós viramos pó! Ninguém se lembrará de nós, salvo algum colecionador, caso guarde fotos antigas ou livros velhos, contando que deixamos algum retrato nosso ou alguma coisa escrita. No mais, seremos outros antepassados longínquos. Esquecidos, desaparecidos, como se nunca tivéssemos nascido.
 
Será?
 
Walter está no Céu com Jesus Cristo. Sim, ele aguarda o Dia da Ressurreição consciente e vivo, como o ladrão crucificado ao lado de Jesus e que arrependeu-se, pedindo por clemência.
 
Ele está salvo por seu redentor, pois creu em Jesus Cristo de todo o coração e construiu a sua casa sobre a rocha.
 
Ele deixou nos familiares e irmãos das igrejas onde congregou o testemunho marcante e sua vida foi contada em livro. Mas nem precisava, pois Deus não o esqueceu, não o perdeu, não o desconheceu!
 
"PORQUE MORRESTES, E A VOSSA VIDA ESTÁ OCULTA JUNTAMENTE COM CRISTO, EM DEUS" Colossenses 3.3
 
Para concluir: encontrrei uma foto de alguém que não conheço, no meio de um velho livro que comprei no sebo. Um bebê. A pessoa que vendeu o livro não atinou para a foto esquecida. Eu atinei, ao abrir o livro. Assim estamos nós, dentro das páginas de Cristo, escondidos. No dia em que Jesus Cristo se manifestar nós também nos manifestaremos com Ele, vivos, transformados, redimidos e jubilosos!
 
Walter estará lá e nós, os que cremos, também.
 
Não seremos esquecidos, ainda que não sobre nada a nosso respeito neste mundo.
 
Aleluia!
 
Wagner Antonio de Araújo
18/06/2024
 
 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

memórias literárias - 1490 - PODE SER O FIM

 PODE SER

O FIM
1490
 
Em todo o tempo de minha vida (58 anos e 10 meses) nunca estive tão perto da 3a. Guerra Mundial. Os líderes globais enlouqueceram. Sob a égide de manter os seus territórios; outros de defenderem-nos; outros de mostrar seu poderio bélico; outros de exterminar etnias inimigas e tantas outras razões, os líderes estão movimentando pelo planeta as ogivas nucleares, prontos para apertarem os botões e levar o planeta pelos ares.
 
Eu confesso que sinto melancolia. Vejo os meus filhos na escola a progredirem nos estudos; vejo os projetos profissionais e de vida que tantos de nós estão seguindo; mas confesso que diante do cenário que se apresenta fica uma grande indagação: até quando tudo isso estará funcional?
 
Rússia e Ucrânia em conflito cerrado. OTAN querendo a tomar as dores da Ucrânia e países do BRICS as da Rússia. Israel a combater os grupos terroristas e as Coréias em prontidão de batalha. Estados Unidos governado por um líder senil e a China a tentar reconquistar sua ilha rebelde e agora as guerras são feitas em frentes letais totais: ARMAS NUCLEARES, contra as quais não há remédio. Elas farão sucumbir agressores e agredidos. Elas farão com que a frase "nem para mim e nem para você" faça sentido.
 
Pregar sobre escatologia (o fim do mundo) e viver exatamente na beirada desse tempo é algo sui generis. Um misto de ansiedade pelo regresso do Senhor Jesus Cristo, acompanhado de uma melancolia por ver que todo o esforço em todas as áreas pode vir por água abaixo, nas nossas construções terrenas.
 
Não importa. O conflito pode arrefecer e os líderes, loucos pelo sangue, por territórios e dinheiro, que não pensam nas outras gerações, que sequer pensam na preservação da humanidade podem ter um súbito constrangimento e desacelerar esse processo, diminuindo as tensões e trazendo um fôlego no tempo de vida. Mas, deixando para depois ou acontecendo agora, a verdade é uma só: este mundo explodirá e Deus trará um novo céu e uma nova terra, onde apenas Jesus Cristo e os Seus discípulos, bem como os que morreram na esperança antes de Seu nascimento, estarão presentes num reino eternal. Sim, há as profecias milenares e tantos detalhes, que apenas durante o acontecimento poderemos entendê-las com a mais absoluta precisão. Mas, com os conflitos em voga HOJE, sabemos que muito sangue, muita dor, muita fome e muita destruição da natureza ocorre e ocorrerá.
 
O meu propósito com este texto e dizer a você, leitor, que acerte a sua vida com Deus enquanto é tempo. Pode ser que amanhã seja tarde demais, e não estou aqui a usar de retórica literária! O tempo está acabando. Não sei se teremos essa hecatombe nuclear agora ou dentro de semanas ou meses. Mas sei que o mundo jaz no Maligno e que precisamos acertar a nossa vida com Deus.
 
Ele nos deu um caminho para a vida eterna. Ele mandou o Seu Filho Jesus Cristo para ser o nosso Salvador. Cristo levou sobre Si os nossos pecados, cravando-os na cruz. Hoje, se crermos no Senhor Jesus Cristo de todo o nosso coração, reconhecendo a Sua divindade, a sua vida, a sua morte e a sua ressurreição, e O recebermos como o nosso único e suficiente Salvador, receberemos o perdão dos pecados e a certeza da vida eterna. Esta segurança faz toda a diferença, pois a nossa vida neste mundo é temporária, mas a vida em Cristo em Seu Reino será eterna. Ele prometeu perdão plenário dos pecados e a segurança da salvação.
 
Entregue-se a Cristo e tenha essa certeza e conforto.
 
E estejamos preparados para as grandes catástrofes que se aproximam a galopes incontidos. Ao mesmo tempo, oremos pela misericórdia divina, para que os líderes globais pensem no futuro da humanidade e diminuam as  tensões a níveis de convivência entre os povos.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
17/06/2024
 

quinta-feira, 6 de junho de 2024

memórias literárias - 1489 - SOU O QUE ESCREVO?

 SOU O QUE

ESCREVO?
1489
 
Nós, que escrevemos não o fazemos apenas para receber os parabéns dos leitores. Aliás, a nossa sociedade não lê mais; ela é analfabeta funcional. As pessoas hoje assistem vídeos, ouvem podcasts e leem coisas alusivas a 5 áreas principais do pseudoconhecimento: críticas religiosas, críticas políticas, fofocas, esportes e futilidades. Qualquer texto que fuja ao padrão imediatista dos textos, inclusive que tenha mais de 10 linhas de redação é deixado para nunca mais ser consultado.
 
Dito isso quero testemunhar o dissabor obtido com a busca por um autor.
 
Como estou recadastrando a minha biblioteca de livros em papel tenho encontrado livros das diversas áreas do saber. Quando me interesso por um título vejo o autor e busco informações sobre a sua vida. Os meus estão geralmente mortos, pois são livros antigos. Mas, de vez em quando algum livro mais moderno aparece.
 
E foi assim que identifiquei um livro com vastas informações sobre a fundação da cidade de Salvador, de São Paulo e os primórdios do Brasil-colônia. Achei sensacional a redação do autor, a elegância do livro e o conteúdo composto das informações. Num ímpeto instintivo fui buscar sobre o autor as informações, principalmente se ele estava vivo ainda.
 
Que decepção! Que tragédia! Não apenas está vivo como é exatamente o oposto da elegância literária de suas páginas em papel. Ele é uma pessoa com linguagem chula, participa de múltiplos podcasts, fala promiscuidades, tem posições políticas mutantes e agride os seus questionadores com palavras de baixo calão.
 
Olhei bem para o livro, olhei para a cara do autor nos vídeos publicados e pensei: esse autor não corresponde ao que está escrito. Ele é um blefe!
 
Muitos de nós somos também um grande blefe. Blefamos na igreja, quando oramos, quando cantamos, quando erguemos a mão em compromisso para algum chamado ou algum compromisso e, no dia seguinte, em nosso ambiente de leveza e de desprendimento agimos completamente ao contrário do que mostramos na igreja! Alguns de nós blefam diante das câmeras, pregando algo que não vivem. Outros de nós, no afã das promoções e das graduações em mestrado, doutorado e afins, nos valemos de serviços pagos, de copia-e-cola, de frases que arrumamos aqui e ali e, em consequência das demandas obtemos os certificados, papéis e títulos vazios de uma mentira acadêmica.
 
Hoje um artigo religioso, nas publicações denominacionais, pelo menos na minha, se não tiverem uma informação de 15 linhas das graduações e dos títulos do articulista não podem figurar na publicação. Conheço muitos destes, que não valem a tinta que usam, ou melhor, o editor de textos onde escrevem seus artigos.
 
Mas, como sói acontecer, viro a mesa, olho-me no espelho e me pergunto: Wagner, seria você um blefe também? Você é o que prega, o que escreve, o que fotografa, o que filma, o que publica? Você material autêntico ou não passa de mais um ser esperto e mascarado das mídias?
 
Esse tipo de pergunta é desconfortável. Não somos perfeitos. Não somos o que deveríamos ser. Mas há algo que pode nos separar dos blefes e dos autênticos.
 
Os blefes não estão preocupados com a verdade. Eles mentem sem qualquer pejo, fingem, blefam, afirmam num artigo ou vídeo e se desmentem no outro, dependendo dos benefícios que acreditam obter. Eles são camaleões: uma cor, uma linguagem, uma roupa e uma mensagem para cada público, para cada mídia, para cada auditório, para cada interesse.
 
Os autênticos são o que são: a mesma coisa nas telas, nos podcasts, nos vídeos e nos textos. Nem mais e nem menos. Simplesmente eles mesmos.
 
Quanto a mim, se eu escrever algo que não corresponde ao que creio, ao que vivo ou ao que defendo, então sequer publico. O meu pejo não permite. Eu tenho vergonha na cara. Eu tenho caráter e honro o nome que recebi de meu pai. Além disto eu não suportaria enxergar-me a falar e me contradizer ao mesmo tempo. Até para participar de alguma atividade pública em algo com o que não concordo sinto-me desconfortável. Há alguns dias tive que me retirar de um evento, pois tudo o que ali acontecia era antagônico ao que eu cria.
 
Um dia, diante do JUSTO JUIZ seremos desmascarados. Alguns de nós ficarão envergonhados por serem vistos como realmente são: hipócritas, atores, fingidos. Outros tantos, e espero sinceramente encontrar-me entre estes, não terão máscaras para tirar. Responderão pelos seus atos e manterão firmes as posições que abraçaram, quer tenham sido felizes ou não. Assumirão a responsabilidade e dirão: "Bendito seja Deus, eu estava certo.", ou "Me perdoe, meu Deus, eu estava errado.".
 
Por fim, eu iria cadastrar este livro como História do Brasil. Mas ele não merece, não pelo conteúdo, mas pelo demérito do autor. Então recebeu o selo "diversos", e isto pela minha complacência, não pela dignidade de quem escreveu.
 
E tenho dito.
 
Wagner Antonio de Araújo
 

memórias literárias - 1488 - A FÁBULA DO APAGÃO

 A FÁBULA

DO APAGÃO
 
1488
 
O mundo evoluira e todo o conhecimento encontrava-se nas mídias eletrônicas, nas nuvens de dados, na inteligência artificial, nos hds de computadores potentes, nos celulares e telemóveis esparramados pelas mãos dos homens. Nenhuma informação era difícil. A eletrônica traduzia textos, preparava estudos, desenvolvia teses, encontrava o conhecimento e o disseminava na medida das necessidades humanas. Os livros? Eram todos eletrônicos. As bíblias? Só em aplicativos das mais variadas versões. As impressões? Praticamente só existiam para colocar selos, estampas, caixas de papelão de supermercados e etiquetas de marcas e preços.
 
Um dia, desses dias que separam as épocas, houve uma forte explosão solar. BUM! Ninguém ouviu, ninguém viu e nem percebeu. Mas, cinco minutos depois uma hecatombe elétrica assolou o planeta: os satélites se desligaram, os computadores apagaram e as mídias, os tais conhecimentos acumulados eletronicamente não podiam mais ser acessados. Aliás, nem se sabia se estavam preservados, pois algo acontecera com a eletricidade: ela não funcionava mais.
 
As comunicações instantâneas acabaram. As consultas do conhecimento pela inteligência artificial desapareceram. Os professores ficaram sem materiais para as aulas. Os alunos não possuíam mais as matérias para o aprendizado. Os rádios, os sites, os celulares, tudo emudeceu.
 
O mundo regrediu na sua tecnologia. Conquanto motores mecânicos funcionassem, não havia meios de fazer a eletricidade ser produzida ou conduzida. A humanidade precisou reinventar-se.
 
E agora? Onde buscar o conhecimento? Será que há ainda livros para consulta e para o aprendizado?
 
Foram atrás dos sebos, das poucas livrarias que existiam, dos colecionadores que tinham bibliotecas particulares.
 
Ah, aqueles livros velhos, amarelados, empoeirados, gastos e relegados aos porões das casas e das instituições, tornaram-se da noite para o dia os grandes chafarizes de conhecimento para a humanidade órfã. Os livros foram redescobertos!
 
Como não conseguiam fazer a eletricidade funcionar, as poucas gráficas mecânicas que existiam imprimiam às correrias os livros mais básicos para as necessidades: cartilhas de alfabetização, livros de história, matemática e, pasmem, bíblias!
 
Sim, estas estavam desaparecidas das igrejas, das faculdades teológicas. A demanda era tanta que passaram a escrever cópias à mão. Um livro teológico tornou-se tesouro e era emprestado com muita rapidez e grande cuidado. Aos poucos o mundo foi se readaptando à nova realidade mecânica e manual, não mais eletrônica.
 
Uma geração inteira passou, com formação em velhos e empoeirados livros. As músicas eram tocadas por músicos que se especializaram sem o auxílio de máquinas. Produziram-se novamente lindas melodias. As poesias tornaram-se humanas, reminiscentes ou futuristas. E os cultos a Deus transformaram-se em adoração única e absolutamente celebrada, pois não podiam ser gravados ou replicados. Alguns, que tinham boa redação, escutavam a mensagem e escreviam o que podiam guardar, com lápis, caneta e papel. E depois copiavam e distribuíam.
 
Ah, que geração lutadora e feliz! A qualidade do mundo tornou-se fantástica! Até que, num dia inesperado a eletricidade simplesmente voltou. BUM! As velhas máquinas, do apagão vintenal ligaram e a eletricidade retornou. Que festa! Que dia feliz! O mundo novamente comunicou-se entre si e as máquinas, obsoletas em vinte anos, tornaram-se preciosas!
 
Mas a lição do apagão eletroeletrônico cravou profundamente na humanidade. JAMAIS deixaram que uma energia não confiável ceifasse o esforço humano e o acúmulo mecânico e físico do conhecimento. Ao lado da eletrônica a versão física do conhecimento sempre estaria presente. Os livros impressos, ah, estes monumentos de informação e conhecimento retornaram ao centro da educação e da informação.
 
Fim.
 
Wagner Antonio de Araújo
 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

memórias literárias - 1487 - E POR FALAR EM BRASIL...

 E POR FALAR

EM BRASIL...
1487
 
1)Ao ver o Rio Grande do Sul destruído pelas chuvas e o poder federal jogando migalhas na lama e não efetivar nada que preste;
 
2)Ao ver as doações sendo direcionadas para armazéns, quando novas, e jogadas à população quando usadas;
 
3)Ao ver dinheiro que foi desviado do seu fim proposto;
 
4)Ao ver um deputado maligno, mentiroso e corrupto sendo reconduzido à normalidade pela comissão de ética, que decidiu arquivar a sua obcenidade, e contemplar a mentira a presidir o Brasil em todas as esferas, sem qualquer justiça basilar ou solidez jurídica;
 
5)Ao ver um supremo tribunal politizado e punindo o viés de direita, ignorando qualquer ato ou crime de viés esquerdista (8/1 punido e e a invasão em Curitiba nem mencionada);
 
6)Ao ver a economia ruindo e o povo inerte, sem voz audível, com muitos absolutamente tranquilos com o caos nacional, nivelando o país com ditaduras e pseudo-democracias latino-americanas vizinhas;
 
7)Ao ver a sanha dos poderosos em destruir o arroz brasileiro de nossa agricultura e comprar arroz do exterior, cuja qualidade é questionável ou completamente imprópria, além de caríssimo;
 
8)Ao ver a possibilidade da censura da mídia livre e a corrupção total da mídia clássica;
 
9)Ao ver ONGs corrompendo crianças com a falácia da natureza TRANS em suas marchas e passeatas pela confusão genérica;
 
10)Ao ver o responsável pela elaboração do plano de vacinas dos Estados Unidos, Sr. Sauci e as toneladas de informações caóticas alusivas ao caso;
 
11)Ao ver a direita em auto-sabotagem com eventos mal organizados e em disputas públicas internas;
 
Eu declaro:
 
1) Não há um justo sequer, não há quem faça o bem;
 
2) Nossos gonvernantes não temem a Deus e nem se preocupam com o povo;
 
3) Não há esperança nos que nos governam, pois a corrupção e a ideologia dominam cada esfera do poder público;
 
4) Há um Deus nos céus que permite o juízo sobre um povo promíscuo, idólatra e injusto;
 
5) Há poder na oração dos crentes, que pode trazer arrependimento genuíno em grande parte da população e dos governantes;
 
6) Há justiça em Deus, que, por amor de alguns justos(tementes a Deus) pode reverter esses tentáculos malignos, cortando-lhes o poder e o suprimento;
 
7) Há poder no Senhor para levantar lideranças mais justas, mais dignas, sem ideologia totalitária e tementes aos mandamentos divinos;
 
8) O fim dos tempos se aproxima, mas isso não significa que não possa haver reversão localizada de maldições por bênçãos, conforme II Cron 7.14;
 
9) Quanto mais assistimos, mais tristes ficamos;
 
10) Quanto mais orarmos e confiarmos, e obedecermos ao Senhor, e clamarmos por arrependimento, queda do império da maldade e soerguimento de homens e mulheres de valor à testa das lideranças brasileiras, mais fortes ficaremos, mesmo que de joelhos dobrados;
 
11) Somos os cristãos desta geração, cujo compromisso é fazer o possível e o impossível para que o mal não "tratore" o bem; pelo contrário, na força do Senhor enxergarmos um raio de luz de esperança.
 
É o que eu desejo para mim. E quem for também concorde, que se una a mim nesta esperança.
 
Wagner Antonio de Araújo
05/06/2024
 
Decido

terça-feira, 4 de junho de 2024

memórias literárias - 1486 - AS CINCO VISITAS

 AS CINCO

VISITAS
1486
 
Levantei-me cedo, decidido a fazer meia dúzia de  visitas. A manhã estava fresca, convidativa a uma saída.
 
Rumei para o Clóvis Bevilácqua, a escola do bairro Vila Anglo-Brasileira, aqui em São Paulo. Cheguei no horário do recreio. Vi quando as classes gritaram e, pela escadaria desceram crianças afoitas. Muitas foram para a fila da merenda, que hoje era de brevidades, aqueles bolos doces que o estado manda. Mas havia uma cantina ao lado da quadra e a multidão de pessoinhas era grande, cada um pedindo o lanche de sua preferência: hambúrguer, cachorro quente, pizza, coxinha.
 
Encontrei-o a pagar pelo lanche.
 
- O que você pediu?
 
- Pedi bolonhesa com guaraná.
 
Bolonhesa era um pão de cachorro quente com muito molho de tomate e dois ou três pedacinhos de salsicha.
 
- Quanto você gastou?
 
- Vinte centavos. Mamãe me dá uma moeda dessas todo dia. Dá pra comprar uma bolonhesa, um guaraná e uma paçoquinha.
 
- Sentamo-nos no banco de concreto em frente a quadra.
 
- E o que você está estudando agora?
 
- Verbos. A professora me ensinou todo o modo indicativo. Mas ela é muito brava.
 
- Sério? Como assim?
 
- Ela manda a gente conjugar de memória lá na frente. Se erramos ela dá um bofetão.
 
- E você, errou?
 
- Errei. Ganhei um tabefe!
 
- E ficou aborrecido?
 
- Na hora sim. Mas estudei muito e agora ela me chama todo mês pra tomar guaraná com rosquinhas na casa dela!
 
Eu sorri, dei-lhe um abraço e disse:
 
- Deus te abençoe, menino!
 
Segui a minha jornada. Fui para a Vila Souza, na zona norte. Eu estava na oeste. Cheguei na igreja batista local. Um barracão de moradia na frente e um salão pequeno ao fundo. Ao lado uma construção com tijolos à vista e uma porta aberta. Entrei. Achei o jovem pastor com meia dúzia de livros abertos sobre a mesa.
 
- Olá, pastor. O que faz aqui a esta hora?
 
- Eu dou plantão. Se precisarem de mim é só chegar. E enquanto aguardo preparo os estudos da escola dominical e os sermões que pregarei. Quer ver o título do que estou preparando?
 
- Claro!
 
"A IGREJA INDIGESTA"
 
- Este sermão é sobre o que?
 
- Sobre a igreja de Laodicéia. Encontrei informações muito boas sobre as expresões de Apocalipse 3. Estou aqui preparando o acabamento.
 
Dei-lhe um abraço afetuoso e disse:
 
- Deuus te abençoe, jovem pastor!
 
Saí dali e decidi ir até o aeroporto de Guarulhos. O trânsito não estava ruim e cheguei no horário do almoço. Encontrei-o na fila do check-in.
 
- Olá, pastor! Para onde está indo?
 
- Acredita que vou para Portugal?
 
- Sério? Como foi isso?
 
- Eu nem sei explicar direito. Eu só sei que coloquei os meus textos nessa tal internet e um deles, "ENCONTREI O MEU NOME" foi parar no computador do pastor da igreja batista de Coimbra. Ele gostou tanto que publicou no boletim da igreja e agora quer que eu pregue no aniversário de sua congregação!
 
- Rapaz, que legal! Está feliz?
 
- Ah, nem me fale! Eu imagino os meus ancestrais, que há 120 anos deixaram Portugal para virem ao Brasil. Acho que quando eu chegar a Lisboa vou beijar o chão!
 
Eu ri muito, chamei-o de papa e lhe disse, num afetuoso abraço:
 
- Deus te abençoe, jovem conferencista!
 
Almocei no aeroporto e rumei para Carapicuíba. Essa é uma cidade colada em Osasco e em São Paulo. Cheguei até uma construção imensa, no fim de uma praça sem saída. Quando entrei assustei-me: cinco caminhões e um grande trator, recolhendo rochas imensas e colocando-as nas caçambas.
 
- Pastor, que obra gigantesca! Por que tudo isso?
 
- Sabe, era pra ser apenas a construção de uma plataforma sobre a qual os americanos ergueriam uma capela, aquelas que eles costumam doar. Mas quando fomos mexer no terreno achamos uma rocha gigantesca. Dois tratores quebraram enquanto tentavam romper a rocha! Já saíram 31 caminhões de pedra e eles dizem que há outros dez para encher!
 
- E tem gente suficiente para congregar aqui, pastor?
 
- Não tem agora, mas com uma capela linda como ela há de ser, havemos de ter muita gente a servir a Deus conosco! Já posso imaginar o estacionamento, o gabinete pastoral, tudo!
 
Eu sorri ao ver as esperanças deste pastor de meia idade. Sonhar é bom. Dei-lhe um abraço e disse:
 
- Deus te abençoe, meu caro pastor sonhador!
 
E saí. Estava entardecendo. Eu tinha uma última visita a fazer. Desta vez seria no Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, na casa de um pastor que há décadas estava servindo a Deus.
 
Ao me deparar com a casa, assustei-me!
 
Era a minha própria casa...
 
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Wagner Antonio de Araújo
04/06/2024

memórias literárias - APENAS UM NOME DE RUA...

  APENAS UM NOME DE RUA... 1491   Enquanto recadastro os livros de minha biblioteca leio um pouco aqui e ali. E emocionei-me, relendo ...