SERÁ
O
FIM
DA
FÉ?
911
Pastor e
estelionatário que finge ser judeu é denunciado por agredir colega seu na
sinagoga que dirige, tendo sido exposto em seus múltiplos atos imorais e
indecorosos ao longo dos vários estágios ministeriais. O denunciante é outro
processado com grande ficha corrida. As imagens da briga onde ambos se agridem e
se xingam tornou-se viral pelo país. Esse pastor, muito conhecido e muito
popular, circuncidou-se, transicionou a sua igreja para o judaísmo e ainda prega
a não-divindade de Cristo. E agora?
Padre que
simula grande compenetração em seus programas e que dirige rede nacional de tv e
uma basílica no país é denunciado pelo ministério público. Foi apresentada
denúncia de grandes crimes monetários, desvios milionários das ofertas e
contribuições de seus fiéis, que pagam os carnês da igreja. Entre os bens
adquiridos estão fazendas, rádios, casas, apartamentos e outras coisas. Ele
aparecia na principal rede católica, mas nos últimos meses acabou criando uma
emissora mais potente e mais moderna que a anterior. E
agora?
Nas capitais
brasileiras igrejas estão alterando a celebração da Ceia do Senhor. Algumas
mandam retirar os elementos no estacionamento em marmitinhas e servirem em casa
para todo mundo. Outras consagram as coisas através do celular, em vídeos que
podem orientar sobre como fazer. Os cultos deixaram de ser um todo e tornaram-se
uma colcha de retalhos: o editor de vídeos recorta alguns louvores filmados,
algumas orações de outras atividades, uma pregação e uma bênção, e está feito o
culto de hoje. E agora?
Supostos
missionários revelam a vida das pessoas através de lives promovidas às
sextas-feiras. Ali, através de doações feitas na hora as pessoas recebem
palavras proféticas e revelações sobre o que acontece em seus relacionamentos,
descobrem as causas das doenças e os números da sorte para investimentos e
jogos. Esses obreiros são tão desonestos que usam informações que encontram nas
redes sociais, nos sites de relacionamento e a pura adivinhação, induzindo os
incautos a gastarem o seu dinheiro nas mentiras, e em nome de Deus! E
agora?
Em Brasília
os padres e pastores poderosos nas comunicações continuam a receber dinheiro,
cargos políticos, poder de barganha e concessões de canais. Considerou-se normal
esse tipo de influência. Assim, um é dono de um partido; o outro tem ministros e
filhos no congresso; o outro mantém o curral eleitoral; o outro tem encontros
constantes e orienta gente do poder. Ainda outro faz o presidente se ajoelhar
aos seus pés. E assim os "teólogos da corte" repetem os estragos da história
cristã, a prostituição das igrejas com o poder político. E
agora?
A fé está se
extinguindo em quase toda parte. A fé original, aquela que Jesus Cristo disse
que salvava. A fé e não a crendice. A fé e não a idiotice. As igrejas
evangélicas associam-se mutuamente numa religião sem cor, sem poder, sem vida e
sem bíblia, apenas mantendo uma estrutura supostamente aceitável em toda parte.
Aos poucos todos os conceitos de pecado e de abstinência vão caindo, sendo
reinterpretados pelos novos doutores da lei e da crendice. Ministros abandonaram
as vestes clericais e sociais e agora buscam uma aparência cada vez mais
mundana, mais aceitável, mais palatável. Se fizerem tatuagens, se criarem
"confraria dos machos" e "grupos das mulheres", melhor ainda, e com cara de
reformados! A linguagem chula tornou-se comum e ninguém repara mais. Não há mais
escândalo. O que vale é lives com milhares de pessoas e doações em alta. Nem é
preciso pregar nada. Basta manter no ar um monte de gente feliz dizendo:
"Aleluia, Deus é amor!" Tempos difíceis.
Quando a
pandemia terminar teremos metade da membresia dispersa. Acostumaram-se sem
igreja. A outra metade procurará as igrejas cujas lives melhor se encaixam aos
seus padrões de vida (cada um fará a religião ao seu próprio gosto). Igrejas
locais serão vendidas, porque não terão como se manter. As mais ricas
continuarão mais ricas e as mais pobres desaparecerão. Poucas serão as igrejas
de bairro. E muitos pastores bíblicos não terão mais rebanhos para
pastorear.
Os redutos de
fé cristã autêntica diminuirão e só não acabarão porque Deus sempre mantém sete
mil joelhos, isto é, um remanescente fiel. Mas há cidades que nem isso terão.
Editoras fecharão as portas, se não quiserem aderir ao modernismo. Pastores não
terão renovação de suas credenciais denominacionais, se não aceitarem o "juntos
somos mais". E, em sendo pastores independentes, dificilmente formarão rebanhos
que possam pastorear, uma vez que todos os dízimos estão desviados para os
programas midiáticos.
Igrejas do
jeito que conhecemos, isto é, com cultos cristocêntricos, com hinos sacros, com
ordem e decência, plataformas que não são palcos, servos e não animadores, isto
estará muito raro. Seguir a Cristo à moda antiga se tornará algo bizarro. São
chegados os dias da apostasia tão anunciada nas cartas do Novo Testamento. Gente
em adoração reverente, sentadas, ouvindo, orando, cantando, isso será coisa do
passado. Igrejas com sinos, com vestíbulos, com salas de escola dominical, darão
lugar a estúdios pretos, escuros, adaptados para a mídia, para a escravidão
eletrônica dos zumbis religiosos.
A verdadeira
igreja de Cristo será arrebatada. Ela não encontrará mais lugar aqui neste
mundo. Jesus virá buscá-la. Em seu lugar ficará a igreja da estrada larga e da
porta gigantesca. Será um tempo breve, pois logo descerá com Cristo e reinará
com Ele por mil anos. A igreja apóstata não precisa de fé. A igreja apóstata
precisa de crendice.
A fé
verdadeira diminui como as abelhas pelas colméias do mundo.
Se o leitor é
membro de uma igreja bíblica, participe com fervor e mantenha acesa a chama de
fidelidade. Se não é, procure uma; bem pode ser que encontre. Se não encontrar
preserve a fé em seu coração e, se tiver família, sirva a Deus ao lado dela.
Haverá tempo em que para preservar a verdadeira fé será preciso evitar certas
igrejas. Se houverem outros cristãos bíblicos próximos de você, congreguem
juntos, fortalecendo a fé que uma vez por todas foi dada aos santos. Se não
tiver, não esmoreça.
A verdadeira
fé não vai acabar enquanto Jesus for o Senhor de nossas vidas. Quando não
houverem mais corações "convertíveis" Ele
regressará. Estejamos preparados.
Wagner
Antonio de Araújo
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