EU
CONFIEI...
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Eu confiei no
meu candidato político. Apostei todas as fichas nele. Briguei por ele e
tornei-me adepto de carteirinha. Eu acreditava que ele resolvesse os graves
problemas da nação. De repente as promessas de campanha não foram cumpridas e o
que eu pensei que era solução tornou-se decepção. Eu sinceramente
confiei.
Eu confiei no
meu vigor físico. A minha alimentação era balanceada, fazia exercícios físicos
regulares, tinha comportamento atlético e não deixava de fazer os exames anuais
para checar se todos os índices estavam normais. A promessa era de que, se eu me
cuidasse e fizesse tudo certinho teria saúde até o fim. Mas de repente uma
doença apareceu. Ela veio da noite para o dia. O meu vigor sumiu; o meu apetite
acabou; a minha cor mudou e estou acamado. Eu realmente confiava no meu vigor
físico.
Eu confiei no
amigo. Ele sempre fora tão leal, tão sincero, tão presente. Ele conhecia as
minhas lutas, os meus desabafos, as minhas particularidades. Eu estivera
presente em sua história tantas vezes! Ele nunca, nunca me trairia. Mas,
infelizmente, me traiu. Contou para os outros as minhas confidências e renegou
as coisas que dizia acreditar. Eu, que tanto confiei nele, agora vejo-me
perplexo com o seu comportamento.
Eu confiei na
minha religião. Eu acreditava sinceramente que estava certo. O ministro que
pregava e que exercia as práticas do meu credo parecia ser tão íntegro, tão
correto, tão cumpridor dos compromissos! Ontem ele foi preso por pedofilia.
Disseram-me que ele fazia coisas erradas com os filhos dos membros da religião.
Eu, que deixava os meus filhos perto dele, senti calafrios! Eu confiei
nele!
Eu confiei em
mim. Eu achei que era senhor da situação, que não seria escravo de ninguém, que
só faria o que desejasse. Eu cria que jamais quebraria as regras que considerava
verdadeiras. Mas quê! Eu quebrei a minha própria confiança! Eu experimentei
algumas drogas que os amigos ofereceram e, diferentemente do que achava, acabei
por tornar-me dependente. Eu disse que o álcool não me escravizaria, mas hoje
bebo cada vez mais e não sou capaz de parar. Eu disse que deixaria o cigarro na
hora em que quisesse e hoje ando com um tubo de oxigênio do meu lado. Eu afirmei
que seria fiel à minha esposa e não fui. Eu disse que nunca decepcionaria o meu
filho e o decepcionei. Eu confiei em mim e falhei...
....
Assim diz
o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e
aparta o seu coração do Senhor! (Jr 17:5)
....
Quem faz de si próprio, dos outros ou de ideologias humanas a sua âncora tende a afundar tão logo surjam as contradições. Nós somos pecadores e todas as nossas ideologias e plataformas são construídas no pecado. Assim, cedo ou tarde, descobrimos que confiamos em algo que não valia a pena.
Mas há alguém
fora desse esquema, fora do império de nossa insensatez, fora de nosso domínio,
que merece e pode nos dar segurança, confiança e estabilidade. Esse alguém é
JESUS CRISTO. Ele, Filho do Deus vivo, por quem e para quem tudo foi criado, tem
em Suas mãos o domínio de tudo e JAMAIS nos decepcionará. NEle nós podemos
confiar. Sua palavra é a verdade, Sua promessa é real e Sua presença é
consoladora. Se nEle confiarmos poderemos dizer: o que me pode fazer o homem? Se
confiarmos nEle e não em nós mesmos poderemos dizer: Ele é o meu Salvador. Se
confiarmos nEle e não nos políticos poderemos dizer: Ele é soberano e dEle emana
todo o poder.
Que tal
confiar no Senhor?
Wagner
Antonio de Araújo
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